As crianças que derrubam reis

As crianças que derrubam reis

O “deitado eternamente em berço esplêndido” da capital mineira e do país acordou. Na tarde para noite de ontem, 17,  uma multidão considerável foi novamente para a Praça Sete e fechou o cruzamento mais importante do centro de Belo Horizonte. A maioria era de jovens com máscaras, cartazes nas mãos e muita raça e vontade de mudança. Mais cedo, a partir das 13h,  já havia ocorrido o primeiro protesto da capital com mais de 20 mil pessoas. Não satisfeitos, os manifestantes voltaram ao ponto principal e reavivaram a voz do movimento.

Por volta das 19 horas o protesto retomou voz e vez, quando os participantes gritaram frases de protestos, mostrando descontentamento com o atual cenário político e econômico do país. A Polícia Militar que havia rechaçado os manifestantes mais cedo, agora  acompanhava todo o movimento a mais ou menos 100 metros de distancia. O quarteirão das avenidas Afonso Pena e Amazonas foi cercado e fechado pela cavalaria e pela frota de carros da PMMG. O protesto se manteve pacífico em todo o trajeto.

Uma peculiaridade marcante estava no fato de que varias faixas etárias faziam parte da passeata. Um cordão humano foi feito por alguns estudantes na Avenida Afonso Pena. Logo depois, eles sentaram-se ao redor do Pirulito na Praça Sete, como forma de mostrar que não tinham a intenção de sair do local. O último protesto da noite terminou  por volta de 23:00, na porta da prefeitura, com uma certa exaltação dos ânimos, porém, logo em seguida, os manifestantes retornaram ao ponto inicial, retomando os gritos de guerra.

Por: Aline Viana

Fotos: Aline Viana

Vídeo: Ana Paula Gonzaga

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