As visões não são apenas de Ludwig

As visões não são apenas de Ludwig

Ao chegar a uma exposição de arte e me deparar com pessoas realmente interessadas naquilo que estão em sua frente, é incrível. Há muito tempo não presenciava algo igual ao que está exposto no Centro Cultura Banco do Brasil – CCBB. A exposição “Visões na Coleção Ludwig” é vasta e traz obras que o mundo merece apreciar.

A organização e a estrutura do ambiente são impecáveis. Crianças, jovens, adultos, idosos todos completamente encantados. Há quem diga que desde quando a instituição inaugurou, nunca foi exposto algo com tanta sintonia e harmonia. Os quadros falam por si. Expressões marcantes. Cores fortes. As salas bem divididas dão a sensação de que todas as obras foram feitas para combinarem com o ambiente. O movimento de entra e sai de pessoas no local, em uma quarta-feira, 15 horas da tarde, é relativamente grande se comparado a outros eventos. Pensei. Grande parte deste público deveria estar estudando ou trabalhando neste horário.

O interesse é visível. Em seus olhos vidrados frente a uma obra. Elogiando. Olhando cada detalhe atentamente e, logo fazendo diversas anotações esse era o perfil encontrado naquele espaço. Pode parecer clichê, mas ficar parado apenas observando algumas das obras, como “Lanchonete de Unadilla” me faz sentir ali, dentro do ambiente exposto pela imagem. Já a obra “Cabeça de criança”, que se encontra no pátio, é tão real que o semblante da garota passa uma sensação de angustia, ou talvez, tristeza.

Hoje, 20, é só o primeiro dia de uma exposição que promete ter grande aceitação do público. Belo Horizonte recebe a graça de expor parte do acervo de Ludwig até 20 de outubro, então, não perca!

Texto e Foto: Bárbara Carvalhaes

 

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