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Crédito: Divulgação

*Por Bianca Morais

Belo Horizonte é a capital dos bares e a região metropolitana já é considerada como um polo cervejeiro. Somos um povo boêmio que adora reunir a turma para beber aquela gelada. Acontece que o público, consumidor de cerveja, tem se tornado cada vez mais exigente, e para eles um mercado específico e crescente traz inúmeras opções, o mercado das cervejas artesanais. De acordo com dados de 2019 do Ministério da Agricultura, 241 micro cervejarias registradas no estado, a maior parte delas (51) na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A vida noturna regada a boa comida e bebidas garantiu à capital o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco no ano passado, e o que há de melhor para acompanhar a boa culinária mineira é uma cerveja tão bem produzida. Investir nas cervejas é algo além do gostar, é produzir sua individualidade, sua marca, ver o retorno de um público que está aceitando cada vez mais a experiência de novos sabores.

A cerveja radical

Limonada e Balonista. Foram essas duas palavras que Flávio Cremonesi disse a Guilherme Fonseca em sua visita a Tasting Room Olec, um bar de cervejas artesanais. Limonada, apelido de Flávio e balonista sua profissão, sempre esteve ligado as cervejas tradicionais, “ex brahmeiro”, se sentiu em um parque de diversão quando conheceu o lugar. Depois das palavras trocadas e a boa prosa em que Limonada conta a Guilherme sua travessia de balão entre o oceano Atlântico e Pacífico, Guilherme solta um “vamos fazer uma cerveja dessa história”. Na mesma hora passava perto Henrique Mafra (a segunda parte da sociedade da cerveja LIFT), que foi quem criou a receita da cerveja, no estilo Saison/Farmhouse Ale, originária da Bélgica, um dos países mais influentes nos estilos mundiais de cerveja.

“Toda história boa pede uma cerveja; e toda cerveja boa tem que ter uma história pra contar” disse Guilherme naquele dia. Em busca de mudanças e inquietação para ser o dono da própria história, Flávio Cremonesi, aceitou a ideia e dali nasceu a LIFT. A escolha do sabor nasce da ideia de Brasil, país tropical, cerveja refrescante, e claro, do nome do dono da marca, Limonada. “A LIFT é um produto com alma e atualmente é muito raro (além da cerveja) produtos e serviços que tenham mais alma e histórias inspiradoras/impactantes” conta Cremonesi.

A Estação Lift, lar da cerveja Lift, fica no bairro Anchieta, um local agradável, com cadeiras de praia na calçada. “O topo da “cadeia alimentar” pro mineiro ir curtir um final de semana na praia. A proposta de trazer a cadeira de praia é justamente trazer o lúdico pra dentro do bar e mexer com os sentimentos dos clientes”.

No Brasil, a cerveja é encontrada em 50 bares em sete cidades, Belo Horizonte/MG, Pedro Leopoldo/MG, Juiz de Fora/MG, Rio de Janeiro/RJ, Piracicaba/SP, Bauru/SP e São Paulo/SP.  A ideia da cerveja, o ambiente do bar, tudo remete a essa ideia do descontraído.

Para aqueles que ainda não se desprenderam da cerveja comum Limonada garante que está na hora de evoluir como consumidor e ser criterioso para entender as boas marcar que colocam a alma no produto. “Buscar novos conceitos. Ser curioso. Mas, daí vai depender de cada postura pra buscar cervejas independentes”.

Toda arte é local antes de ser regional, mas, se prestar, será contemporânea e universal.

As cervejas independentes, desvinculadas das tradicionais, com diferentes sabores, abre um leque de oportunidades e deixa o amante da cerveja com vontade de experimentar e conhecer mais. “Acredito que beber a mesma cerveja, da mesma cor e do mesmo gosto desde Adão e Eva cansou. É uma evolução do paladar/sensorial, do olfato e das cores são essenciais pra atrair a atenção do consumidor final” diz Limonada.

A cerveja rock n roll

Cerveja e rock n roll, esse é o slogan da cerveja Küd. Bruno Parreiras, o proprietário e apaixonado pelo rock resolveu unir suas duas paixões em uma marca. O consumidor da cerveja consegue sentir as referências musicais em cada gole da cerveja, na concepção dos produtos criados.

“Nossa proposta não é usar do sucesso que foi o trabalho dos nossos ídolos musicais para vender nossas cervejas, mas sim, usar essa inspiração que o rock nos dá para criar as nossas cervejas. É uma forma de tentar colocar o sentimento que o rock nos passa de volta na cerveja e tentar resgatar e celebrar um estilo de música que mudou o mundo pra sempre”, conta Bruno.

Atrelando um bom atendimento e um produto de qualidade, a cervejaria é resultado de um trabalho e materialização do sonho de quase 10 anos atrás, que foi pensado pelos idealizadores da marca com propósito de entregar algo feito com muito cuidado, atenção e de fato, cheio de conteúdo.

“O cuidado que temos que ter com este termo, cerveja artesanal, é justamente não banalizar essa expressão, tornando-a um termo vago, pura e simplesmente uma ferramenta de venda para colocar no mesmo “balaio” produtores sérios e preocupados com o setor, daqueles que estão ali só pra surfar na onda, sonhar em ganhar muito dinheiro e no final das contas, acabar frustrado com a dura realidade do mercado” disse o diretor da empresa. Bruno defende que esse mercado tem crescido de uma maneira muito boa em Belo Horizonte, devido ao fato do público estar cada vez mais ligado na proximidade com o que gasta e cada vez mais comprando conteúdo e experiência ao invés de produtos oferecidos em massa.

A cervejaria Küd, localizada no Jardim Canadá, reflete em seus produtos o seu amor por fazer cerveja, trabalham com a verdade. As cervejas artesanais são um sub-segmento do muito “nichado” setor das bebidas, principalmente no segmento de cervejas, fato relacionado ao grupo específico que querem atingir, consumidores mais interessados em um conceito. Eles não estão no mercado para competir com um produto de um preço caro, mas para oferecer um trabalho que cativa e uma experiência diferenciada.

Seja através da energia radical de andar de balão ou aquela que só o rock n roll nos causa, as cervejas artesanais refletem o desejo, vontade, paixão, o gosto de seus criadores. Elas são essencialmente uma sensação. A cerveja artesanal antes do sabor ou qualquer outra coisa, ela tem uma história para contar.

As cervejarias unem pessoas desconhecidas em pró de um comum, o apreciar aquela cerveja única, o sabor elaborado, essas cervejarias não trabalham em competição uma com outra, e sim em parceria, valorizam o trabalho do outro e se esforçam para tornar Belo Horizonte uma capital que atraia admiradores desse produto.

 

 

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*Por Daniela Reis

Você sabe o que é gemista? É um prato grego de vegetais recheados. E hoje quem nos agracia com essa receita vegetariana é Izabela Pereira, aluna do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una.

Que tal aproveitar o calor que vai fazer no final de semana e fazer esse prato que tradicional do verão grego?

Gemista

Ingredientes

  • 2 tomates grande
  • 2 pimentões amarelos ou vermelhos grandes
  • 400g de batata inglesa
  • 100g de beringela em cubinhos
  • 100g de cenoura em cubinhos
  • 100g de abobrinha italiana em cubinhos
  • 25g de alho poró
  • 75g de arroz de risoto
  • 50g de cebola (picada bem pequena)
  • 100ml de azeite de oliva
  • Salsinha, orégano, tomilho, pimenta do reino, manjericão e sal a gosto

Preparo

  1. Corte o fundo do tomate e do pimentão para formar uma tampa e retire as sementes.
  2. Corte as batatas rusticas, coloque-as em uma assadeira junto ao tomate e ao pimentão. Acrescente azeite, sal e pimenta, reserve.
  3. Leve os legumes ao fogo médio com 20ml de azeite, adicione sal, pimenta e doure.
  4. Adicone o arroz e 100ml de agua, cozinhe até a textura ficar al dente.
  5. Adicione a salsa, tomilho, manjericão e o orégano.
  6. Recheie o tomate e o pimentão, feche com a tampinha, cubra com papel aluminio e leve ao forno a 200°C por 40 minutos.

Com a palavra, Izabela

“Comecei a me encantar com o mundo gastronômico ainda criança, enquanto ajudava minha mãe a preparar as refeições em casa. Esse amor ganhou ainda mais força quando resolvi buscar alternativas saudáveis para minha alimentação e da minha família, substituindo ingredientes calóricos por outros menos calóricos e mais nutritivos de boa procedência, além do uso reduzido de proteína animal”.

 

 

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Conheça o projeto do Programa Universidade Aberta para cuidados e inclusão dos idosos

Por: Italo Charles

Hoje, dia 1º de outubro, é celebrado o Dia Internacional do Idoso. Para além de festejar é importante cultivar os cuidados e lutar por direitos juntos as pessoas da categoria. E, com o  intuito de promover a longevidade e o empoderamento das pessoas idosas, o Instituto Ânima criou o programa Universidade Aberta.

Fundado em 2011, o Programa Universidade Aberta possibilitou formação  através de cursos, oficinas e palestras a vários idosos. “Até o momento, se considerarmos todos os projetos desenvolvidos, já conseguimos beneficiar mais de 5 mil idosos”,  comentou a Gestora de Projetos, Naiane Santos. 

Ao passar dos anos, surgiram várias possibilidades de atuação voltadas ao público da terceira idade e,  uma delas, o Projeto Plenitude 60+ que surgiu no primeiro  semestre deste ano (2020).

Definido a partir dos pilares de saúde física e mental, saúde financeira do idoso,  sociabilidade e direitos, o Projeto Plenitude 60+ é um Núcleo de Comunicação e Campanhas Educativas para idosos e tem por finalidade produzir conteúdos para as redes sociais a fim de promover a autonomia e a inclusão social do idoso.

O coordenador do Projeto, Elias Santos, comentou que a universidade precisa olhar para o público idoso, uma vez que a sociedade e o mercado de trabalho não oferecem oportunidades.  “A Universidade Aberta foi um grande mudança para mim, primeiro como professor e segundo como radialista, profissional do mercado, pois o mercado não respeita as pessoas da categoria”.

o Plenitude 60+ também atua através do Conselho Municipal do Idoso (CMI), órgão responsável pela mediação entre o poder público municipal e a sociedade na execução das políticas em atendimentos aos direitos dos idosos.

Para conhecer mais sobre o Programa Universidade aberta, acesse o Facebook .

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis.

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*Por Daniela Reis 

Oi, pessoal! Na sexta não conseguimos postar a nossa tradicional receita, devido a probleminhas técnicos que acontecem nas melhores famílias, então bora de gostosura nesta quarta-feira.  Hoje é salmão em crosta de ervas com purê de banana-da-terra, vinagrete de pepino e arroz perfumado. Quem nos agraciou com essa delícia, foi a aluna do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una, que também é editora de gastronomia da Revista Encontro e curadora do Festival Fartura, Carolina Daher

Um pouco sobre a Carolina

Apaixonada por comida e gente. Estudiosa da gastronomia mineira e brasileira. Jornalista que vive nas Gerais e caminha pelo mundo em busca de sabores e histórias.

Receita

Salmão em crosta de ervas

INGREDIENTES

  • 4 postas de salmão (sem pele, cerca de 150 g cada)
  • 1 colher (sopa) de tomilho seco
  • 1 colher (sopa) de alecrim seco
  • 1 colher (sopa) de orégano seco
  • 1 colher (chá) de alho desidratado
  • 1 colher (chá) de semente de cominho
  • 1 colher (sopa) de páprica doce
  • 1 colher (chá) de sal
  • azeite a gosto

MODO DE PREPARO

  1. No mini-processador de alimentos bata bem as ervas com as especiarias, o alho e o sal (estes ingredientes vão formar a crosta e temperar o salmão). Se preferir pique fino na tábua o tomilho, o alecrim, o orégano, o alho e a semente de cominho e misture com a páprica e o sal.
  2. Num prato fundo, coloque a mistura de temperos e empane as postas de salmão dos dois lados. Atenção: não cubra as laterais.
  3. Leve uma frigideira ao fogo médio. Quando aquecer, regue com 1 colher (sopa) de azeite e coloque quantas postas de salmão couberem, uma ao lado da outra, com a crosta em contato da frigideira. Deixe dourar, sem mexer, por cerca de 3 minutos. Com uma pinça, vire delicadamente e deixe cozinhar por mais 3 minutos – a ideia é obter uma casquinha bem crocante e deixar uma faixa estreita no miolo de peixe praticamente cru. Transfira para um prato e repita com o restante, regando a frigideira com azeite a cada leva.

Purê de banana-da-terra

INGREDIENTES

  • 6 bananas-da-terra maduras
  • ½ cebola
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • caldo de 1 limão
  • ½ xícara (chá) de água
  • sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

 

MODO DE PREPARO

  1. Descasque e corte as bananas em rodelas de 1 cm, transfira para uma tigela, regue com o caldo do limão e reserve. Descasque e pique fino a cebola.
  2. Leve uma panela média com a manteiga ao fogo baixo. Quando derreter, acrescente a cebola, tempere com uma pitada de sal e refogue por 2 minutos, até murchar. Junte as bananas (com o caldo de limão) e misture bem.
  3. Regue com a água, tempere com sal e pimenta, tampe e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 5 minutos, mexendo de vez em quando, até as bananas ficarem bem macias – o tempo de cozimento das bananas pode variar, se a banana estiver menos madura, mais firme, junte mais água e deixe cozinhar mais um pouquinho.
  4. Desligue o fogo e, com o mixer, bata as bananas na própria panela até formar um purê bem liso e cremoso – se preferir uma textura mais rústica, amasse as bananas com a colher de pau. Sirva a seguir.

Vinagrete de pepino

INGREDIENTES

  • 2 pepinos japoneses
  • ½ cebola roxa
  • 2 colheres (chá) de gengibre ralado
  • ¾ de xícara (chá) de azeite
  • ⅓ de xícara (chá) de vinagre de arroz
  • 1 pimenta dedo-de-moça
  • sal a gosto

MODO DE PREPARO

  1. Com uma escovinha para legumes, lave bem a casca dos pepinos sob água corrente. Descarte as pontas e corte os pepinos ao meio no sentido do comprimento; corte cada metade em 4 tiras e as tiras em cubos de 0,5 cm. Descasque e corte a cebola em cubos pequenos.
  2. Lave e corte a pimenta dedo-de-moça ao meio, no sentido do comprimento. Descarte as sementes e fatie fino as metades.
  3. Numa tigela, coloque os legumes e tempere com o azeite, o vinagre e sal. Sirva a seguir ou mantenha na geladeira até a hora de servir – o vinagrete fica ainda mais gostoso se curtir por 20 minutos na geladeira antes de servir.  

arroz perfumado

INGREDIENTES

  • 1 ½ xícara (chá) de arroz
  • 2 xícaras (chá) de água
  • 1 anis-estrelado
  • 1 colher (chá) de sal

MODO DE PREPARO

  1. Na panela de pressão, coloque o arroz, a água, o sal e o anis-estrelado. Misture, tampe e leve ao fogo alto.
  2. Assim que a panela começar a apitar, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 5 minutos. Desligue o fogo e espere todo o vapor sair e a panela parar de apitar antes de abrir a tampa. 
  3. Descarte o anis-estrelado e transfira o arroz para uma tigela – o resultado é um arroz perfumado e mais grudadinho, perfeito para acompanhar receitas orientais. Sirva imediatamente.

 

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Cleuza Maria Teixeira Reis - Professora e supervisora da rede pública de educação

As aulas online são uma saída para a educação durante a pandemia, mas a rede pública ainda enfrenta problemas com famílias carentes

*Por: Jéssica Reis, Marcelo Duarte e Mariana Aroni

A inesperada pandemia de Covid-19 afetou todos setores importantes do Brasil, e a educação é um dos mais afetados. Segundo a Unesco, estima-se que cerca de 776,7 milhões de crianças e jovens estão sem aula em 85 países que adotaram o isolamento social. Na rede pública os desafios diários, como falta de acesso à internet, à computadores e telefones, têm sido enfrentados pelos professores, que tentam diminuir o impacto no ensino dos alunos.

Novas medidas tiveram que ser acionadas para que o ano letivo pudesse continuar a ser ministrado. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) preparou uma metodologia integrada com suporte de três ferramentas para utilização de um material construído por professores da própria rede pública para este momento. Os materiais disponibilizados são: o Plano de Estudo Tutorado (PET), o programa de TV Se Liga na Educação e o aplicativo para telefone Conexão Escola.

A professora e supervisora da rede pública, Cleuza Maria Teixeira Reis, pós-graduada em psicopedagogia e especialista em educação inclusiva, falou ao Jornal Contramão um pouco das dificuldades e barreiras que este momento de isolamento social tem trazido para os professores.

 

 Como estão sendo ministradas as aulas para os alunos da rede pública?

As aulas estão sendo ministradas de maneira remota, através da formação de grupos no WhatsApp com cada turma, através do “Conexão Escola”, aplicativo do governo, e pela Rede Minas,com o programa “Se Liga na Educação”. E também, por meio de grupos em facebook, blogs da própria escola, etc

 Quais os maiores desafios que as aulas online trouxeram para a educação? Como está sendo o processo de adaptação para todos os envolvidos?

As aulas online trouxeram mudanças bruscas para o setor público educativo,  levando a mudanças em nossa rotina para que pudéssemos nos adaptar a esta nova versão de ensinar. Quanto ao processo de adaptação, depende do querer de cada um envolvido. Para o servidor público são muitas indagações, principalmente no que se refere à valorização dos nossos serviços. De como se dará isto, já que nas aulas presenciais era preciso ir para as ruas adquirir direitos que nos foram negados. Agora, em casa com a pandemia, a luta só fica nas redes sociais. Quanto às famílias, percebemos uma grande dificuldade de adaptação pois, muitas vezes, a falta de acesso à internet e [baixas] condições financeiras, impossibilitam que o material chegue até elas. Outras famílias não querem saber deste novo jeito, acham que a escola é obrigada a ensinar e não elas.

 Você acha que o sistema de aulas remotas será capaz de suprir as necessidades e trazer um conhecimento efetivo para os alunos?

Acredito que se houvesse uma adaptação melhor por ambas as partes poderíamos à longo prazo, sim. Mas… como temos visto, há dificuldade para chegar naquela criança sem telefone, sem televisão, até mesmo [sem] o que comer em casa. Impossível haver efetividade de ensino diante de tantas desigualdades sociais e educacionais.

 Vocês, professores, diretores e comunidade escolar, participaram da elaboração do material e dos conteúdos que estão sendo ministrados por meio das videoaulas e da apostila da Secretária de Educação? Como foram feitos?

Como professora, não. E acredito que uma parcela muito pequena dos servidores tivesse informações sobre este material.

 Desde o começo do ano letivo de 2020 a rede estadual está em greve. Em meio à greve surgiu a pandemia e, logo em seguida , as diretrizes de isolamento. Você acha que este ano letivo está perdido ou vê saída

Talvez, depende de vários fatores que nos ligam. O problema maior são nossas famílias que não possuem condições de terem telefones com internet, muitas vezes também não querem ter trabalho… Enfim, o novo é sempre difícil, mas o querer sair de onde estamos precisa acontecer de ambas as partes.

 Assim como estudantes, os professores também são prejudicados por falta de estrutura na migração das aulas presenciais para online. Como vocês têm sido afetados?

Com certeza, ambas as partes saem prejudicadas. Principalmente o professor por ser cobrado e não ter condições de pagar a própria conta por atraso do pagamento salarial e continuar ministrando suas aulas. Quanto à mim, sou afetada somente quando a internet não pega na região. Tenho buscado me adaptar.

 Além do atraso nos salários e no décimo terceiro, os professores da rede pública enfrentam ainda a dificuldade de trabalhar com escolas sem estrutura e alunos carentes, que por vezes não têm o básico para estudarem. Como esse cenário tem se agravado neste período de quarentena?

Cenário triste das periferias, onde as condições são precárias e a estrutura familiar sofre com a falta do que comer. Há crianças que iam à escola para se alimentar. Agora, com toda a situação de pandemia, são obrigadas a se virarem pelo pão de cada dia. Ficam sem condições de estudar, não se encaixam ao novo.

 

* A entrevista foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis e do professor Maurício Guilherme Silva Jr.

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Receita by @chefl.santos

*Por Daniela Reis

Hoje, 23 de setembro, é celebrado o dia do sorvete! Para comemorar essa delícia, que paixão mundial, trouxemos um conteúdo especial com muitas histórias e curiosidades. Ahhh… e final tem uma receita maravilhosa, confira:

Criação do Sorvete

São muitas as histórias dessa iguaria gelada, mas acredita-se que ele foi criado há mais de 3 mil anos, na China. Naquele tempo, o sorvete nada mais era que uma pasta de leite de arroz, misturado com neve. Ainda bem que as coisas evoluíram e hoje temos inúmeros sabores, não é?

Sorvete no Brasil 

A delícia só chegou ao Brasil em 1834, no Rio de Janeiro. As lojas, na época duas, foram inauguradas por Lourenço Fallas, sendo uma na Rua do Ouvidor e outra no Largo do Passo. Para garantir que os produtos não derretessem vierem, de navio, dos Estados Unidos mais de 215 toneladas de gelo.

Hora marcada

Como naquela época não havia como conservar o sorvete depois de pronto, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo. Um anúncio colocado em 4 de janeiro de 1878 no jornal A Província de São Paulo dizia: “Sorvetes todos os dias às 15 horas, na Rua Direita nº 14″.

Casquinha

A famosa casquinha só caiu no gosto popular em 1904, depois que um imigrante sírio que participava de uma feira de alimentos na Louisiana, Estados Unidos, ficou sem pratos de papel. Para resolver o problema, ele serviu o sorvete em cones feitos de uma massa parecida com o waffle, chamada zalabia.  Uma outra versão conta que o italiano Ítalo Marciony cansou de ver seus clientes quebrarem os copos de vidro em que servia o produto e optou pelo cone crocante.

Uma receita especial para você, leitor

A receita de hoje é um delicioso sorvete de jabuticaba, desenvolvida pelo ex-aluno do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una, Luan Henrique dos Santos (@chefl.santos). Ele trabalha como personal chef e é proprietário da Sanxav Paradaria Atesanal.

Sorvete de Jabuticaba

Ingredientes:
6 gemas de ovos
250g de açúcar
300ml de leite
250ml de creme de leite fresco
1 colher de sopa de essência de baunilha
60g de compota de casca de jabuticaba
100 ml de licor de jabuticaba

Modo de preparo:
1 – Misture a compota de jabuticaba com o licor e deixe incorporar por 6h;
2 – Bata as gemas e o açúcar até formar um creme firme e claro;
3 – Em uma panela coloque o creme de leite fresco e o leite, leve ao fogo. Assim que começar a ferver, retire essa mistura e despeje cuidadosamente aos poucos sobre o creme feito com a gema e o açúcar e misture na batedeira para encorpar bem;
4 – Em outra panela, faça um banho maria e leve essa mistura, cozinhe até engrossar;
5 – Retire e acrescente a essência de baunilha;
6 – Coloque a mistura em uma forma de alumínio larga e refrigere levando ao freezer;
7 – Assim que começar a congelar bata novamente;
8 – Coloque novamente no freezer ou congelador e repita o processo mais duas vezes;
9 – Após a última batida colocar apenas a casca da compota que estava no licor e misturar com uma colher;
10 – Deixe que congele totalmente e sirva.

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