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Venha conhecer mais sobre essa banda que é destaque no cenário musical de BH

*Por Bianca Morais

A velha guarda do rock belorizontino foi representada neste almanaque pelo trio de bandas parceiras, os “frendes” que estão nessa estrada há mais de 10 anos. O estilo rock tem sumido e não que ele esteja morto, mas é cada vez mais raro você ver aqueles meninos de 17 ou 18 anos, amigos de colégio, formarem uma banda de rock. Em meados de 2014 e 2015 houve um boom desse fenômeno, mas hoje a frequência é muito menor. Os jovens de hoje se influenciam por outros tipos de música. Por isso, quando apareceu a Chico e o Mar, a Devise vibrou.

Quem é Chico e o Mar e porque eles cativaram as bandas de rock de BH, eu vou contar agora.

O nome da banda Chico e o Mar não nasceu do Rio São Francisco que deságua no Oceano Atlântico. Na verdade, nasceu de um brainstorming de ideias vindas de uma noite qualquer na cobertura do apartamento do vocalista Daniel Moreira, onde estava ele, o Caio Gomes, baterista, o primo Paulino e o Jairo da banda Young Lights.

*Escutem Young Lights nas plataformas de streaming. A banda, além de parceira dos caras da Devise, também apadrinhou a banda Chico e o mar e serve de muita inspiração para os garotos.*

A banda precisava de um nome e de uma coisa eles tinham certeza, queriam algo brasileiro e leve. O avô do Dan se chama Chico e o vocalista sempre quis colocar o nome dele em algum projeto. Pois bem, a noite terminou e no dia seguinte o Jairo mandou uma mensagem pela manhã para o Dan escrito “Chico e o Mar”, e foi isso. A banda agora tinha um nome para se apresentar.

Você quer algo mais brasileiro que o nome Chico e mais leve do que a palavra mar?

Ao longo do tempo, o nome começou a tomar outras proporções. No início, era algo que foi criado na pressa para suprir a demanda da banda de ter um nome, mas com a entrada dos outros integrantes foram atribuindo novos significados. Quanto mais o grupo de cinco garotos se conhecia e trocava experiências, mais o nome ganhava sentido diferente na cabeça de cada um. O mar é algo infinito, que nos faz navegar por oceanos desconhecidos e descobrir novas coisas. O nome é amplo e permite descobrir novos caminhos a cada dia.

A Chico e o Mar é uma banda independente que vem buscando sempre fazer as coisas com sua cara e encontrar o espaço dela no cenário. Nunca gostaram de tocar covers. Eles têm uma ideia muito forte de que você tem que ir a um show deles, escutar as músicas e depois de três ou quatro shows você já vai saber cantar todas suas músicas e gostar do trabalho deles. E eles estão errados? Claro que não. É muito comum bandas com medo de se arriscar no cenário musical e, por isso, acabarem colocando covers no repertório para agradar ao público. A Chico não quer isso. Eles não querem que vocês gostem deles por músicas de terceiros e o tempo que gastariam treinando música de outras pessoas, eles preferem gastar trabalhando nas próprias músicas.

Destemidos, eles sempre estão em busca de mostrar que BH não é somente o circuito do rock com banda cover. Eles querem ser a resistência, um grito de “tem música boa em BH”.

Com dois anos de banda, eles tem se sentido mais à vontade para percorrer diferentes cenários musicais. Se você escutar a primeira música “Vida” e a última “Afogado”, vai ver que eles deixaram de ser aquela banda que tocava somente romance e passaram a abordar novos temas como amizade, coisas que gostam de fazer juntos, um dia legal, trocas e relações familiares.

É muito gostoso escutar Chico e o Mar, principalmente se você é um jovem de 16 a 24 anos, porque você consegue se enxergar nas experiências. Ao longo do tempo, a nossa narrativa de vida muda, conforme vamos vivendo e ganhando experiência. Tem períodos que você passa por um término de namoro e outros que você está feliz com a vida.

Como tudo começou

Daniel Moreira tinha um projeto solo, mas ele não queria ser solo, queria os amigos perto dele. Foi então que lá em 2015 uma amiga em comum apresentou o Dan vocalista para o Caio baterista, já na intenção de que dali iria surgir um cunho musical. Acontece que além da música, nasceu uma amizade muito íntima e os dois começaram a construir juntos o sonho de uma banda.

Da primeira formação até hoje, muitas coisas mudaram. Com o primeiro baixista, o Bode, a Chico apresentava um som bem diferente, algo mais dark, que dizia muito a respeito do que passavam na época, adolescentes vivendo um contexto caótico (quem nunca passou por problemas na juventude, não é mesmo?). Mas esse som mais pesadão não deu certo e o Bode resolveu meter o pé.

Caio e Dan não desistiram do seu objetivo e pelo caminho encontraram o Calil, onde nasceu a segunda versão da Chico. O Calil era um tunisiano, não falava português, muito classudo no seu modo de tocar. Caio e Dan eram músicos que queriam se expressar pela música, colocar suas coisas no mundo e todo aquele perfil técnico do baixista não se encaixava a eles. O ritmo não inseria, mas era o que tinha para o momento.

Nesse meio os irmãos Guilherme Vittoraci e Gustavo Vittoraci entraram na banda trazendo consigo uma sintonia muito forte. O Caio tocou em igreja durante muito tempo de sua vida, o Guilherme e o Gustavo também. Tocar todos os finais de semana para um determinado público trouxe para eles muita segurança e capacidade de improvisação. Por isso, no primeiro ensaio deles rolou aquele clássico jam que durou uns 10 minutos e no final um olhou para o outro e falou “NU, que doido!”.

A Chico começava a crescer, mas ainda faltava um elemento, já que o Calil resolveu seguir seu caminho, pois viu que ali já não cabia mais.

Coincidências engraçadas, BH é um ovo. Lembra daquele encontro de rua que fez o Leo e o Rapha da Ous terem a ideia de voltarem com a banda? Então, aparentemente encontros ao acaso são muito mais comuns no mundo da música do que parece. Porque foi em uma ida à academia para cancelar sua inscrição que o Dan encontrou o Gabriel Frade.

Pois bem, quem é Gabriel Frade? O Frade é músico profissional há um tempão, já tocou em um milhão de bandas e foi desses rolês que ele conheceu o Dan. E ele também já estudou com o Guilherme lá em 2015. Ou seja, ovo.

No encontro na academia, o Dan contou para o Frade que estava procurando um baixista e o chamou para um ensaio. Frade enxergava no Dan uma determinação e vontade de crescer rápido e, por isso, foi todo nervoso para esse ensaio. Se preparou como se fosse uma entrevista de emprego, com medo. Mas deu certo. E até hoje ele está aí.

A chegada do Frade trouxe à banda um conhecimento de mercado. Eles já tinham músicas, ensaios, mas a chegada dele foi como sair da imaturidade e procurar se profissionalizar.

Os meninos não se conheceram no colégio, mas a vida os uniu e os fez compartilhar de uma amizade muito forte que qualquer um que acompanha a banda um pouco consegue perceber. As capas dos singles sempre são eles tumultuados, juntos, um em cima do outro. No Instagram, as fotos demonstram o carinho que têm um pelo outro, abraço, beijo no rosto, arrumar o cabelo, abotoar o botão da camisa, coisas simples de convivência que criaram e demonstram muito o que a Chico e o Mar é: jovens garotos com um sonho em comum e uma amizade linda.

As composições

As músicas da banda na maioria são composições que o Dan trouxe com ele da sua carreira solo e então os cinco repaginaram para a versão Chico e o Mar. Antes era uma versão mais Dan, mais grunge e a Chico colocou aquela pegada divertida, alto astral, leve, brasileira, dançante. Eles são o que eles próprios chamam de Indie Pop dançante.

Dan e Gui tem uma capacidade de composição rápida. É algo muito orgânico, depois que sai das mãos deles, o Caio pensa em um riff e uma melodia e em seguida vai para o Frade e para o Gui contribuírem.

A história por trás da música Vida:

Vida é uma canção que representa muito a ideia de como as letras que o Dan trouxe da carreira solo foram transformadas pela banda em conjunto. Ela nasceu de um romance que ele viveu, um relacionamento que ia e voltava (claro que você está passando ou já passou por isso, certo?).

“Claro que não vou te deixar

Para de pensar assim

Deixa o coração guiar

Segue o que ele mandar”

No final ela foi embora, o relacionamento acabou e o Dan estava solteiro, mas não sozinho, porque a vida o trouxe o Caio, o Gui, o Gu e o Frade. Juntos eles mudaram a melodia daquela canção e adicionaram um detalhe ao final.

“Mas não é você quem vai me fazer feliz

Não é você quem vai me deixar aqui”

Foi importante contar que depois de tudo positivo que a música trouxe, o romance acabou. Estamos acostumados a não querer que as coisas vão embora, mas uma hora acaba acontecendo.  A música então serve como abraço, um consolo para esses corações partidos.

Mas não só de tristeza e melancolia vive a Chico e o Mar. Sereno, a segunda música, já tem algo mais dançante, flertando com o pop.

A banda não se prende a estereótipos. Sempre se expressam da forma que querem e autenticidade é uma palavra boa para definir. E por falar em autenticidade, a banda já foi campeã de uma Sessão Autêntica, evento que acontece na casa Autêntica. Falaremos dela mais para frente.

Festa é uma pegada mais orgânica e lenta, com inspirações no Clube da Esquina. Carnaval é uma música mais animada. Já o último lançamento, Afogado, quebra todas as expectativas, ritmo lo-fi, baixa produção. O Gui fez o beat do celular e o Dan gravou em um fone de 10 reais. Mesmo assim, a música bomba nas plataformas de streaming.

A relação com os fãs

Se você está procurando uma banda para ser fã, a Chico e o Mar é uma ótima opção. Eles vão te tratar como amigos, trocar ideia com você e te chamar para beber junto antes dos shows. Como eles denominam o rolê, “Chico e o bar”. E se depois do show você ainda estiver animado, pode encontrá-los pela Savassi para beber mais e se divertir.

A banda é construída em um conceito de amizade e, por isso, eles tentam quebrar a ideia de ídolo e tentam se aproximar dos fãs pela interação. “Chico e o zap” é o grupo de Whatsapp onde eles realizam uma troca mais íntima com quem curte o som deles. Esse público apresenta um retorno muito positivo ajudando a banda com divulgação, seja comparecendo em shows, divulgando clipes novos ou filtro do Instagram.

A ideia de Economia Colaborativa:

A Chico e o Mar é uma banda jovem, cheia de energia e vontade de produzir o novo. Porém, jovens e estudantes no começo da carreira, passam pela famosa dificuldade de todas as bandas independentes: a grana.

Acontece que a geração Z de mentes jovens e revolucionárias como a Chico e o Mar aprendeu como administrar essa situação a seu favor. Com a noção de economia colaborativa, a banda aprendeu a abraçar quem está por perto, fazendo trocas com as pessoas que estão no cenário da arte.

Belo Horizonte sempre foi um lugar de muito fluxo de produção. Principalmente em um momento que existem olhos voltados para a capital mineira, a ideia de pessoas produzindo em conjunto, crescendo e ganhando visibilidade é algo muito importante.

Ao invés de pensar no melhor fotógrafo da cidade, a banda vai em busca de pessoas que eles acreditam que são boas e possam trabalhar de forma colarativa com eles. Todos ganham. A banda tem crescido para fora da capital mineira, por isso, o trabalho de quem os ajuda também.

 

*Esse produto resultado do Trabalho de Conclusão de Curso do Centro Universitário Una da Jornalista Bianca Morais.

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*Por Bianca Morais

Entre os dias 17 e 19 o  Centro Universitário Una irá promover palestras com o tema Comunicação organizacional: ações e desafios para o futuro. O evento é uma proposta da área de comunicação e artes que nas últimas semanas tem promovido encontros entre os alunos trazendo os desafios reais do mercado de trabalho. Os debates são online e gratuitos.

Uma das principais áreas de atuação de um profissional de Relações Públicas é a comunicação organizacional de uma empresa, principalmente no atual momento de pandemia em que vivemos, essa comunicação tem se mostrado uma das chaves para vencer desafios dentro das companhias. Em um cenário de instabilidade e insegurança, ter esse diálogo entre público externo e interno dentro de uma empresa é fundamental para ela se manter de pé e crescendo.

Pensando nessa proposta foram convidados profissionais destaques na área para compartilhar um pouco de sua vivência.

Abrindo o evento, dia 17, Eduardo Vaz, head de comunicação organizacional e comercial da Cedro Têxtil, abordará junto com Isabela Albertini, estilista da empresa, ações para esse momento de crise.

“Iremos iniciar trazendo um pouco da cultura organizacional de empresas como a Cedro que possui um perfil de colaboradores muito diverso, uma vez que somos quase 3500 funcionários. Apresentar como atuamos e quais os retornos que temos com o trabalho de engajamento e promoção dos colaboradores. Além disso, vamos apresentar dois cases da Cedro que foram reinventados durante a pandemia, quais os desafios e os efeitos positivos que surtiu na empresa com essa adaptação” conta Eduardo.

No dia 18, o evento recebe Viviane Mansi, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Toyota, que apresentará os desafios de trabalhar essa cultura da sustentabilidade na organização. No dia 19, encerrando o evento, Pedro Costa, superintendente de Comunicação da FIEMG, traz sua experiência e desafios de se trabalhar com comunicação em plena pandemia, ações que desenvolvem ganhos para os funcionários e componentes da empresa em Minas Gerais.

Participe! As inscrições para as palestras estão sendo feitas Sympla.

 

 

Edição: Daniela Reis

 

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Conheça os candidatos a prefeitura de BH

*Por Daniela Reis, Bianca Morais e Italo Charles

No próximo domingo, dia 15, acontecem as eleições municipais. Os eleitores vão escolher os seus candidatos a prefeito e vereador que vão administrar e fiscalizar o município nos próximos quatro anos. Pensando em auxiliar os cidadãos que ainda estão indecisos, o Jornal Contramão trouxe a lista com informações dos 15 candidatos a prefeitura de BH.

Confira:

Alexandre Kalil (PSD):

Alexandre Kalil, 61 anos, é o atual prefeito de Belo Horizonte e concorre à reeleição. Kalil é empresário na área da construção civil e ficou conhecido por ter ocupado o cargo de presidente do Clube Atlético Mineiro. Ele concorre esse ano pelo PSD e tem como vice Fuad Noman, ex-secretário da Fazenda na capital. Sua candidatura tem apoio do MDB, DC, PP, PV, Rede, Avante e PDT.

Áurea Carolina (PSol):

Áurea Carolina, 37 anos, lançou sua candidatura pelo PSOL. Em 2016, foi eleita a vereadora mais bem votada de Belo Horizonte e agora disputa o cargo de prefeita. Socióloga e cientista política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),  Áurea levanta bandeiras do feminismo e causas igualitárias. Seu vice é Leonardo Péricles, do Unidade Popular pelo Socialismo e recebe apoio do PCB

Bruno Engler (PRTB):

Bruno Engler, 23 anos, é Deputado Estadual de Minas Gerais desde 2018 e se candidatou a prefeito pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro. Sua vice é a Coronel Cláudia, do PRTB. Bruno é cristão e conservador, fundou o movimento Direita Minas, que ajuda a espalhar pautas tradicionalistas no Estado.

Cabo Xavier (PMB):

Cabo Xavier, 48 anos, é policial militar. Candidatou-se pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), com a vice Paula Maia do mesmo partido. Ele é presidente nacional do PDS (Partido da Defesa Social), partido ainda em formação que não participa das eleições deste ano.

Fabiano Cazeca (Pros):

Fabiano Cazeca, 65 anos, é candidato pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS), sua vice é a Doutora Paula Psiquiatra é do Partido Trabalhista Cristão (PTC). Disputou as eleições de 2018 para deputado federal mas não foi eleito. Fabiano é empresário, proprietário da Multimarcas Consórcios e conselheiro do Clube Atlético Mineiro.

João Vitor Xavier (Cidadania):

João Vitor Xavier, 38 anos, é formado em jornalismo e deputado estadual desde 2010. Candidato pelo Partido Cidadania concorre tem como vice Leonardo Bortoletto, do Democrata. Xavier também é conhecido por ser apresentador de um programa esportivo na Rádio Itatiaia. A candidatura tem o apoio dos partidos PTB, PMN, Podemos, PSC, PL, PSB e PSL

Lafayette Andrada (Republicanos):

Lafayette Andrada, 54 anos, é deputado federal e concorre pelo Republicanos. É advogado, doutorando em Direito pela Universidad Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e membro do Instituto Mineiro de Direito Constitucional e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Também estudou Agronomia na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e é técnico licenciado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Sua vice, Marlei Rodrigues, é gestora de projetos na Escola do Legislativo da ALMG e obreira na Igreja Universal.

Luisa Barreto (PSDB):

Luisa Cardoso Barreto, 36 anos, é formada em Políticas Públicas e Gestão Governamental com especialização em Gestão Estratégica pela Fundação João Pinheiro. Atuou como secretária-adjunta na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Em 2019 filou-se ao PSDB e lançou sua candidatura ao pleito de Belo Horizonte junto ao candidato a vice, Juvenal Araújo.

Marcelo Souza e Silva (Patriota):

Marcelo de Souza e Silva, 54 anos, é economista graduado em Administração pela Universidade Fumec e Ciências Contábeis pela Newton Paiva. Em 2007 assumiu a diretoria de projetos da Junta Comercial de Minas Gerais e permaneceu no cargo por dois anos. Atuou como Secretário do Desenvolvimento Econômico e Secretário da Regional Centro-sul até 2015, e foi  presidente da CDL-BH entre os anos 2013 e 2019 quando se licenciou para iniciar sua campanha para o ano de 2020. Neste ano, desassociou-se do partido Novo e filiou ao Patriotas pelo qual concorre à prefeitura de BH.

Marília Domingues (PCO):

Marília Garcia Domingues, 25 anos, é natural de São Paulo (SP), estudante do curso de  Letras. É coordenadora nacional da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Concorre a prefeitura de BH pelo partido PCO e tem como foco da campanha defender os direitos dos negros, mulhres da juventude e dos trabalhadores.

Nilmário Miranda (PT):

Nilmário Miranda, 73 anos, é jornalista e redator formado pelo PUC-MG e com especialização em Ciências Políticas pela UFMG. Foi eleito como deputado estadual em 1986 e em 1990 conquistou o cargo de deputado federal, o qual foi reeleito em 1994 e 1998. Assumiu o cargo de Secretário de Estado de Direitos Humanos em 2003. Em 2019 assumiu a presidência do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh), e se licenciou para candidatar à prefeitura de BH pelo PT. 

Prof. Wendel Mesquita (Solidariedade):

Wendel Cristiano Soares de Mesquita,  41 anos, é formado em Comunicação Social e Artes Cênicas pela UFMG. Foi eleito por duas vezes vereador em Belo Horizonte, na Câmara Municipal de Belo Horizonte foi presidente da Comissão de Educação, Cultura, Lazer e Turismo. Em 2018 concorreu e foi eleito como deputado estadual, e atualmente concorre ao pleito da capital pelo partido Solidariedade.

Rodrigo Paiva (Novo):

Rodrigo Antônio de Paiva, 57 anos, é graduado em Engenharia Civil pela UFMG, com mestrado em Engenharia Civil e Mecânica pela Massachusetts Institute of Technology (MTi). É empresário, em 2018 concorreu ao senado mas não foi eleito. Assumiu a presidência da Codemge em 2019, mas se desvinculou do cargo para concorrer à prefeitura de BH pelo partido Novo neste ano.

Wadson Ribeiro (PC do B):

Wadson Nathaniel Ribeiro, 44 anos, é natural de Juiz de Fora e formado em Administração Pública. Em 1999 assumiu a presidência da União Nacional dos Estudantes (Une) e permaneceu por dois anos. Atuou como Secretário Executivo do Ministério do Esporte entre 2007 e 2010. Foi eleito como presidente estadual do PCdoB em 2013 e é concorre à prefeitura de Belo Horizonte pelo mesmo partido.

Wanderson Rocha (PSTU):

Wanderson Paiva Rocha, 46 anos, é pedagogo pela PUC-MG e mestre em Ciências Sociais pela Universidade de Coimbra, Portugal, e também é especialista em Gestão Escolar pela UFOP. Em 2019 passou a fazer parte da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH. No começo de 2020 entrou para o Conselho Municipal de Educação de Belo Horizonte e para executiva estadual da CSP-Conlutas.

 

Atenção às novas regras

De 7:00hs às 10:00hs – Pessoas excepcionalmente maiores de 60 anos

De 10:00hs às 17:00 – Público normal

O mesário não poderá pegar seus documentos. Você deverá mostrar.

Álcool gel – eleitor deverá passar álcool em gel nas mãos antes e depois de votar

A caneta para assinatura não poderá ser compartilhada.

Não esqueçam de levar:

📌 Caneta

📌 Máscara (Uso obrigatório)

📌 Identidade

📌  Título de eleitor

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*Bianca Morais

A receita de hoje é um clássico! Uma sobremesa deliciosa para qualquer momento. 

Torta de Morangos

Descrição do prato: Torta muito leve e fresca.

Quantidade de porções: 8 porções

Tempo de preparo: 2 horas

Categoria: Tortas

Nível de dificuldade: Intermediário

Ingredientes:

Massa sablée com amêndoas

250g de farinha de trigo

100g de açúcar de confeiteiro

70g de farinha de amêndoas

125g de manteiga sem sal

½ fava de baunilha

2g de sal

Creme de Confeiteiro(adaptado)

500ml de leite

1 fava de baunilha

80g de açúcar

25g farinha

25g de amido de milho

75g de açúcar

2g de sal

100g de gema

30g de manteiga

30g de cream cheese

20g de chocolate branco

Geleia de morango

200g de morango

100g de açúcar

2g de pectina

4g de ágar-ágar

0,3g de ácido cítrico

Morangos frescos para cobrir

Passo a passo para a preparação:

Massa sablée com amêndoas

Colocar todos os ingredientes no processador de alimentos e processar até ficar homogêneo.

Reservar em geladeira, por 2 horas, embalado em plástico filme.

Abrir a massa e dispor em aro de 20cm.

Levar para assar a 170º C até ficar levemente dourada.

Retirar do forno, pincelar com gema e leite e voltar ao forno para terminar de dourar.

Creme de Confeiteiro

Juntar o leite a fava de baunilha e a primeira parte de açúcar e levar para ferver.

Em uma tigela misturar, com um batedor de ovos, as gemas, a segunda parte de açúcar, sal, farinha de trigo e amido de milho.

Temperar a mistura de gemas com o leite quente adicionando o líquido lentamente e mexendo sem parar, para não coagular as gemas.

Voltar a mistura para a panela e aquecer em fogo médio/baixo até a mistura espessar e eliminar o gosto de amido.

Adicionar a manteiga, o chocolate branco e o cream cheese, respectivamente, misturar bem.

Colocar plástico filme em contato com a superfície do creme e levar a geladeira.

Depois de frio bater na batedeira para voltar a consistência ideal.

Geleia de morango

Em uma panela adicionar os morangos picados e metade do açúcar, levar para aquecer.

Misturar o restante de açúcar com a pectina.

Após 4 minutos de cocção adicionar o açúcar com a pectina e deixar espessar um pouco.

Adicionar o ágar-ágar diluído em água.

Interromper a cocção e adicionar o ácido cítrico.

Montagem:

Aplicar o creme de confeiteiro na massa assada até quase o topo. Completar com uma camada fina de geleia e adicionar as rodelas de morango. Aplicar gel brilho.

Sobre o chefe 

Erike Assis é aluno do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una.Quando seus pais se separaram, Erike e seu irmão precisaram aprender a cozinhar. Logo no início o garoto já tomou gosto pelas panelas e pelo encantamento que elas geram. Começou cozinhando para alguns amigos e quando se deu conta já estava envolvido com a culinária. 

 

 

 

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*Por Bianca Morais

A Clínica Integrada de Atenção à Saúde oferece gratutamente encontros semanais em grupo voltados para condições médicas como: obesidade e sobrepeso, diabetes e hipertensão. Os encontros sãoonlines pelo google meets, sempre às quartas- feiras, 11 horas.

O atendimento é realizado pelos estagiários do curso de Nutrição do Centro Universitário Una, uma prática regulamentada pelo CFN (Conselho Federal de Nutrição). Os estudantes preparam as orientações com antecedência sob a supervisão de um profissional responsável. 

Os grupos operativos funcionam desde 2018 e pela primeira vez acontece online. A dinâmica em grupo permite às pessoas mais liberdade para falar, contar suas experiências, o que funcionou e o que não deu certo, é um verdadeiro bate papo, com linguagem bem simples para que todos possam tirar suas dúvidas. Para aqueles, no entanto, que não se sentem à vontade, também existe a possibilidade do agendamento individual.

Para as nutricionistas Izabela Broom e Junia Drews, responsáveis pela iniciativa, movimentos como esses são de grande importância para quem tem a doença ou a predisposição. De acordo com elas, o indivíduo precisa entender sua condição para que possa se adaptar no dia a dia, evitando dietas que estão na moda e muitas vezes são restritivas e acabam por gerar mais compulsão e problemas de saúde. Quando a pessoa entende sua condição, ela se empodera para fazer melhores escolhas e ter maior adesão ao tratamento.

As inscrições para os grupos estão disponíveis no link

 

*Edição: Daniela Reis

 

 

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*Por Bianca Morais ,

E hoje é dia de música!!! Sim, vamos dar continuidade ao Almanaque de Bandas Independentes. Na publicação de hoje, destaque para a banda Devise.

DEVISE

Mote:

Substantivo masculino.

[Literatura] Estrofe que, localizada no início de uma composição poética, é utilizada como razão da obra, desenvolvendo o tema do poema.

Ok, mas por que eu estou explicando isso?

Porque em francês a palavra Mote é traduzida como Devise. E é dessa banda que vamos falar agora.

Não, eles não são franceses, muito menos falam francês. Mas o vocalista, Luís Couto, na procura de um nome para a banda, para além de um significado, procurava por algum nome forte que soasse legal e marcasse a imagem da banda. Começou então a pesquisar qualquer coisa que viesse à cabeça e traduzia para outras línguas para ver se soava interessante em português.

Estudando um pouco a estrutura de poesia, acabou lendo sobre o mote, o tema central da poesia, a essência de tudo.

Pensou então “bacana, mas Mote é um péssimo nome para uma banda.”.

Jogou em um dicionário e em francês deu Devise.

Pronto, é isso.

Apesar de no final ter um significado marcante, não foi esse o principal objetivo.

A banda nasceu em 2012 na cidade de São João Del Rei, onde o Luís e o Bruno Vieira (Mike, guitarrista) cursavam administração na UFSJ (o Mike era calouro do Luís). O Luís já conhecia o Daniel Mascarenhas (D2, baterista) lá de Bom Despacho, cidade natal dos dois, onde tocavam covers. O Bruno Bontempo (baixista) foi o último a entrar, substituindo o Coruja que ficou um ano na banda, pois havia substituído o Rafael Carvalho, que virou médico em 2016 e saiu da banda.

O Luís e o D2 tinham uma banda cover, o Luís possuía algumas músicas engavetadas e pensou em colocá-las para jogo. Ele já fazia parte de uma banda autoral, a Churrus, (escutem Oldfield Park da Churrus, também nas plataformas digitais), mas sentia que os estilos não combinavam muito e resolveu começar um novo projeto.

Luís chamou seu calouro Mike para gravar algumas dessas músicas e foi instantâneo, a banda precisava de um guitarrista como ele. Na época foram gravando três ou quatro músicas, guitarra e voz, e foi quando decidiram começar a ensaiar com a banda toda. O Rafa e o Daniel iam para São João Del Rei e a banda começava nascer ali.

O primeiro EP saiu no mesmo ano. Houve o lançamento e começaram a fazer shows, principalmente em Belo Horizonte, Bom Despacho e São João Del Rei, as cidades com as quais tinham um vínculo pessoal. O repertório no início era mesclado com alguns covers, mas apenas para preencher o setlist, já que o EP contava com 5 faixas. Como uma boa banda independente no começo, por mais que tocassem cover, a Devise sempre procurou dar o seu estilo para essas músicas.

Durante o ano de 2013, a banda ficou um pouco parada voltando apenas no final quando começaram a gravar o álbum Lume. Em 2014, houve o lançamento do disco e desde então não pararam mais. Posteriormente, em 2017, veio o Petricor e diversos singles.

Informações úteis para você continuar lendo sobre a Devise: o apelido do Daniel é D2 por causa da época do colégio. Na sua turma tinham três alunos com o nome de Daniel e ele era o segundo (não tem nada a ver com o Marcelo D2).

O Bruno Vieira é o Mike. Quando era mais jovem, era branquinho, magrinho e o cabelo grande levou os amigos a chamá-lo de Mick Jagger ou Michael Jackson, então a junção desses apelidos deu origem ao Mike.

Explicações dadas, como bons rockstars, vou me referir a eles aqui pelos apelidos que são conhecidos.

Banda geradora de caixa, não é uma banda geradora de lucro

A Devise está no mercado de bandas independentes há oito anos e hoje é uma das bandas de rock mais conhecidas da capital mineira. Já tocou no mesmo palco de grandes nomes da música brasileira, como exemplo, a participação no Breve Festival com Mano Brown, Iza e Djonga.

Já produziu com Jean Dollabella, tocou junto com Andy Summers, do The Police e João Barone, do Paralamas do Sucesso. Foram entrevistados pelo Henrique Portugal e sempre é lembrada pelo Samuel Rosa, do Skank.

Mas nada veio de mão beijada para os meninos vindos do interior, que não cresceram na capital, não tinham contatos do meio musical e não conheciam produtores musicais, que são as principais pessoas para abrir portas para shows. Tudo que conseguiram até hoje foi porque desde cedo eles correram muito atrás para conquistar. Foi com o tempo e entregando shows de qualidade que passaram a criar os contatos.

Realidade seja dita que para uma banda independente se manter, principalmente quando quer atingir um material de qualidade igual ao da Devise, há um custo financeiro alto por trás. Todos os rendimentos deles são para a subsistência da banda, seja na gravação de discos ou clipes.

A Devise é uma banda geradora de caixa, não de lucro. O Mike, Luís, D2 e Bontempo não sobrevivem à custa da Devise. Eles, assim como a maioria das bandas independentes, têm outros empregos e são realistas quando afirmam que é necessário ter outro trabalho que permita fazer o que querem. No meio da música independente, é fundamental que uma banda ame o que faz, pois somente isso fará com que continuem.

Os meninos da banda sempre correram muito atrás de tudo que conquistaram e entre eles existe admiração mútua e amizade muito grande. Viver de música não é fácil e desistir nunca foi uma possibilidade, mas sempre que alguém estremece, o que os mantêm firmes e fortes são os shows. O vício dos quatro integrantes é o palco. Quando se reúnem em cima dele para tocar, sentem a energia, a força e a vontade de não se render.

A amizade é outro elemento fundamental para a sobrevivência de uma banda independente, porque quando um companheiro de banda pensa em desistir ou começa a ficar distante, é pela amizade que os outros o trazem de volta. É uma questão pessoal.

Parar? Jamais. A sensação que os novos lançamentos proporcionam a eles dá a sensação de que o trabalho está acontecendo e, mesmo com as dificuldades e perrengues, a banda está viva.

A sintonia da banda

A Devise é uma banda que trabalha em sintonia, cada um de seus membros traz ao grupo diferentes referências e, todas unidas, cria-se uma liga. Cada cabeça consome influências diferentes e também conversam entre si.

Uma analogia breve sobre a Devise, por Bontempo:

A música tem que funcionar como um carro.

D2: funciona como uma força, tanto fisicamente por tocar a bateria, como no som dele, que é bem particular e bate no peito de uma forma diferente dos outros bateristas. Sendo então o motor desse carro, algo que move. Mesmo com seu jeito caladão, ele faz as coisas acontecerem. Segundo os outros colegas de banda, também pode ser o tanque de gasolina, porque bebe muito.

Bontempo: seria o volante que, em suas próprias palavras “o chato que só dá a direção, mas não faz nada”. Manda ir para lá, vir pra cá, mas, na verdade, é apenas o famoso palpiteiro. Os colegas, no entanto, afirmam que é um homem franco, tanto na personalidade quanto no seu som.

Mike: os adornos, os kits. Tudo de requinte e tudo que a gente reclama em um carro. Todas as coisas bonitas, os detalhes, a atenção.

Luís: as rodas. Não importa se você tem um baita carro, um motor excelente, os adornos e kits mais bonitos ou quem está na direção, sem as rodas não se vai a lugar nenhum. É o essencial para o carro andar.

O Mike fissurado em Led Zeppelin, o Bontempo em Red Hot Chilli Peppers, o Luís em britpop e o D2 metaleiro. Essas referências são muito encontradas nas músicas.

Se você escutar Go With the Flow do Queen of the Stone Age, vai gostar de Bodatista.

Se você escutar Berlin do Black Rebel Motorcycle Club, vai gostar de Indra.

Resgatando todas as referências, acabaram produzindo uma identidade sonora que vem amadurecendo muito desde o primeiro EP até hoje. A mudança do som de um disco para outro se dá principalmente pelo reflexo do que eles estão consumindo como música.

Em oito anos de banda, a Devise aprendeu a ousar mais. Sem medo de arriscar, atribuem elementos que gostam e escutam em suas músicas. Já colocaram órgão por influência de Deep Purple, guitarras mais barulhentas por causa de Oasis e guitarras mais rasgadas por causa de Led Zeppelin e Whitesnake. Em um disco da banda você vai tudo isso e muita referência do britpop e indie rock. E assim eles se enquadram no famoso rock alternativo.

Cada música surge de um jeito. Algumas enquanto estão passando som antes de algum show, alguém começa a tocar alguma coisa e dali sai uma base que é trabalhada na produção. Tem as músicas que o Luís escreve, tem outras que saem de um riff do Mike. No Whatsapp, a banda tem um grupo destinado apenas às ideias sonoras, então quando finalmente se reúnem no estúdio o processo flui bem rápido. Eles apenas unem o que foi discutido anteriormente no grupo, consolidam e colocam em ação.

É claro que essa rapidez e fluidez vem também do tempo de banda, que faz cada um entender mais de si e do grupo, se comunicar e pensar melhor. Criar playlists com referências também é uma dica que a banda dá para que todos entrem em sintonia e entendam melhor o projeto que um deles está propondo.

O Luís é o compositor principal e o grupo trabalha em volta fazendo os arranjos ou interferindo em alguma letra que ele compõe. As composições mudam de acordo com o momento de vida pelo qual passam. As letras, em sua maioria, são inspiradas em situações cotidianas e pessoais.

O bilhete de Kurt Cobain a Arnaldo Baptista

Nem somente de algo pessoal falam as músicas da Devise, um exemplo disso é Bodatista. A música nasceu depois que Luís assistiu ao documentário do Arnaldo Baptista, mais precisamente no momento em que o artista fala do bilhete que Kurt Cobain, ex-vocalista e guitarrista da banda grunge Nirvana, escreveu para ele. Na época, Kurt veio ao Brasil e queria encontrar o integrante da banda Os Mutantes, porque o considerava sensacional. Porém, o encontro não aconteceu e, por isso, ele escreveu um bilhete ao músico:

“Arnaldo, te desejo o melhor e cuidado com o sistema. Eles te engolem e te cospem de volta como o caroço de uma cereja marrasquino. Com amor, Bill Bartell da Gasatanka Records e White Flag e Kurt Cobain do Nirvana”.

Isso o tocou muito, porque o vocalista enxergou que os dois artistas compartilhavam a mesma dor do julgamento das pessoas por ser quem eles queriam ser. Assim, resolveu fazer uma homenagem a ambos.

O nome da música vem da capacidade incrível do Luís de dar nomes (por mais que ele diga que não) a tudo. Fã de Kurt Cobain, Luís estudou o músico e descobriu que Cobain tinha um amigo imaginário e que o nome era Boddah, por isso Bodatista, vindo do encontro dele e do Baptista.

Luís, tenha a certeza de que sua imaginação e criatividade para nomes é realmente muito boa e muito diferenciada, por assim dizer.

Mesmo o rock não estando no seu auge, ainda há um grande público em seu favor. A Devise procura atrair a galera que quer conhecer bandas novas, abrindo a mente deles para o rock local, além de atingir pessoas que não querem ouvir AC/DC, Strokes e Oasis para o resto da vida (não que isso seja um problema).

Abrir a mente é algo essencial para começar a gostar de bandas autorais e independentes. A Devise foi a primeira que escutei. Me lembro como se fosse ontem o dia que uma amiga me fez ir ao show deles em um evento onde só tocariam bandas independentes e o ingresso custava 20 reais, no Espaço Do Ar. Imagina um lugar longe, é lá mesmo. E outro detalhe, só vendia cerveja artesanal e… xeque mate!

Para mim, jovem que ama cerveja barata e escutar bandas covers que tocam um pouco de tudo que eu gosto, ir a um rolê onde eu não saberia cantar nenhuma música e também não beberia, era um sacrifício enorme por uma amizade que valia ouro (a minha, no caso).

Chegando ao evento, para minha surpresa, não somente as bandas eram autorais, mas até o DJ só tocava música autoral. Me senti perdida e entediada, até que chegou a hora do show.

A minha amiga já era muito fã da banda e, como boa fã (e a amiga da boa fã), nos posicionamos na frente do palco. A Devise começou e imediatamente algo mudou. Tudo que eles tocavam me remetia a bandas que eu gostava muito. O show foi acontecendo e as músicas entrando na minha cabeça de uma forma involuntária. A voz do vocalista parecia tanto com a do Liam Gallagher que, quando ele abriu a boca para cantar Além do Próprio Espelho, na primeira frase “deixa o dia recomeçar”, eu achei que ia sair um “today is gonna be the day” ali. Não saiu, mas que música boa.

O show foi todo autoral e juro para vocês, nem um coverzinho. Eu não conhecia nenhuma música. A minha boca nem mexeu, mas a minha cabeça estava a milhão. Quando entramos no Uber para ir embora, fui despejando na minha amiga tudo que eu conseguia lembrar de frase ou de melodia para que ela me falasse o nome da música. No dia seguinte eu já estava com a playlist Devise pronta no meu Spotify e dali não parei de ouvir mais.

O segundo show que fui deles e o primeiro com as letras na ponta da língua, foi n’A Obra. Ali eu me sentia em um mega show, de uma banda super famosa que eu era muito fã. Eu realmente cantava as músicas com emoção e eu conhecia todas. Foi incrível. Dali para frente, em todos os shows consigo ir, eu vou e me divirto muito.

Agora eu vou falar porque você deve escutar as bandas independentes da sua cidade. Sempre vai ter show. Sabe a sua banda internacional favorita que vem ao Brasil de 2 em 2 anos e olhe lá? Então, sempre haverá show das bandas da sua cidade. Você sempre vai ter a oportunidade de sair pelo menos uma vez no mês para se divertir e cantar ao vivo as músicas que canta lá no busão ou no banho. Tem coisa melhor? Além disso, por que ouvir uma cópia de grandes sucessos se você pode ouvir algo original e diferente? É ótimo passar a madrugada bêbado com amigos ouvindo e vendo alguma banda cover reproduzir Live Forever do Oasis, Californication do Red Hot e You Shook Me All Night Long do AC/DC, mas experimenta a sensação de ir a um show da Devise e ouvir toda a plateia cantando o refrão de Sem Fim, em coro. Abra sua mente e dê uma chance para o cenário local.

 

*Esse é um produto resultado do Trabalho de Conclusão de Curso do Centro Universitário Una da Jornalista Bianca Morais.