Já dizia o filósofo Nietzsche, “o homem é o único animal que ri”, e é justamente o riso o tema do mês de agosto na Casa UNA de Cultura. Um dos destaques da programação é a mostra “Riso em cena” que destaca o trabalho de artistas brasieliros e estrangeiros. A exposição leva a assinatura do fotógrafo Daniel Protzner que reuniu 20 imagens enaltecem o riso.
Protzner trabalha, há 11 anos, na cobertura de espetáculos e eventos ligados às artes cênicas, entre eles o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH), o Feto – Festival Estudantil de Teatro, o Aporta – Encontro Estudantil de Artes Cênicas e o Festival de Artes Cênicas de João Monlevade.
A exposição “Riso em cena” fica em cartaz até o dia 31 de agosto e pode ser vista de de segunda a sexta, das 14h às 22h, e aos sábados, das 10h às 13h. Entrada é franca. A Casa UNA fica na Rua Aimóres, 1451, Lourdes e para mais informações acesse o site www.casauna.com.br
As obras de reivintalização da Praça da Savassi têm sido vistas por muitos como transtorno absoluto, mas a expectativa de término das obras é grande. Para muitos, o resultado vai ser muito bom.
Assista ao vídeo:
As obras começaram em março deste ano e fazem parte do Programa Centro Vivo, que visa a recuperação de áreas da região central de Belo Horizonte. Do Programa, estão em andamento os projetos de requalificação da região do entorno do Mercado Central e a revitalização da avenida Amazonas, no trecho entre o Boulevard Arrudas e a rua Espírito Santo.
Os investimentos previstos são superiores a R$ 8 milhões. As obras da praça Raul Soares, escolhidas pela população no Orçamento Participativo Digital, estão adiantadas. Diversas áreas da cidade já foram revitalizadas, como trechos das ruas Rio de Janeiro e Caetés e as praças Sete e da Estação. Também integrou o programa o remanejamento dos trabalhadores informais para os shoppings populares.
Requalificação
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a requalificação da Praça da Savassi é uma antiga reivindicação dos comerciantes e moradores da região e tem como objetivo resgatar a unidade visual da praça e melhorar a qualidade das calçadas.
Ainda de acordo com a Prefeitura, o empreendimento prevê o alargamento e elevação das travessias, novo desenho de piso no cruzamento, extensão da praça nos calçadões e colocação de quatro fontes idênticas nas quatro pontas centrais da praça.
Abaixo a simulação do término das obras:
As medidas adotadas pela Prefeitura para amenizar os impactos para a população foram: a obra está sendo feita de forma que garanta o acesso ao comércio, trânsito local para acesso às garagens e passagem de pedestres. “Tudo devidamente discutido e analisado com a comunidade local, como é praxe da Prefeitura de Belo Horizonte de 1993 até os dias atuais”, garante Fabiana Rabelo, da Gerência de Comunicação e Mobilização Social.
“Além disso, a administração municipal tem uma equipe especialmente dedicada ao bom andamento das obras na Savassi. Com um número de telefone à disposição (3277.8139) e um e-mail [email protected] para receber críticas ou sugestões”, informa Fabiana Rabelo.
A PBH defende, por meio da Gerência de Comunicação e Mobilização Social, que as obras agregam em ganhos financeiros e culturais para a cidade. “Após a requalificação, o local terá valorizado a diversidade de suas atividades e se consolidado como um espaço para encontro de todos”, explica Rabelo.
Mais informações sobre o Programa Centro Vivo, acesse o site:
Na manhã do dia 4 de agosto, entre 11h e meio-dia, os comerciantes próximos ao local das obras da Savassi fecharam as portas e, juntamente, com o Sindilojas-BH, fizeram uma manifestação para protestar contra a lentidão das obras. Houve discurso sobre trio elétrico, charanga e distribuição de panfletos para os pedestres.
De acordo com Fabiana Rabelo, a Secretária de obras reitera que a obra está dentro do cronograma e segue rigorosamente todas as normas técnicas relativas a um empreendimento dentro da área urbana.
Lacarmélio Alfeo de Araújo, 52, escritor, desenhista, vendedor, é um quadrinista de rua, da capital, também conhecido pelo nome do seu personagem mais famoso, Celton.
Visto frequentemente pelos sinaisde trânsitoda cidade, com sua moto e sua grande placa amarela com os dizeres: “Leia Celton.”
Lacarmélio afirma: “a ideia de mexer com quadrinhos surgiu quando eu tinha 6 anos de idade, mas eu publico as revistas desde 1981. A recepção do público é ótima, hoje em dia é melhor do que eu esperava. É uma conquista que a gente vai conseguindo através dos anos”. Lacarmélio é um personagem hoje em Belo Horizonte. Já expôs seu trabalho na primeira edição da Mostra Mineira de Zines em 2005.
Sua principal obra é a revista Celton, com personagem principal de mesmo nome, produzida desde 1998. As histórias da revista se passam em Belo Horizonte ou região metropolitana, com riqueza de detalhes e ênfase característica típica da região.
Lendas regionais, como aLoira do Bonfimou oCapeta do Vilarinho compõem, junto com temas atuais, os roteiros de Celton.
Desde 1998, o autor, que já foi assunto do Globo Repórter, já lançou 15 edições, que totalizam cerca mais de um milhão exemplares vendidos.
Arevistafoicriada, desenhada e produzida por Lacarmélio. O próprio Lacarmélio é às vezes chamado deCeltonpelos passantes e leitores, que confundem o autor,arevista eopersonagem.
Figurando histórias, paisagens e lendas típicas deBelo Horizonte,Celton é hoje uma das mais conhecidas revistas em quadrinhos da capital mineira.Aproduçãocaseiraéfeita inteiramente pelo próprio Lacarmélio, o quetorna o trabalho ainda mais interessante e pitoresco. Tanto a revista quanto o autor já são parte do folclore de Belo Horizonte.
Lacarméliodiz quelida com as revistas através da lógica e que tem os mesmos anseios de um profissional, seja qual for a área. Busca um crescimento à medida que as oportunidades vão surgindo, ocupando os espaços conquistados e partindo para outras oportunidades.
“Eu vendo revista no trânsito, porque é lá que eu vi possibilidades de venda. Já experimentei várias formas diferentes de vendas e a que deu mais certo foi a no trânsito. Todos os caminhos em que eu vi oportunidade eu experimentei”, conclui Lacarmélio.
A partir de amanhã, 02 de agosto, às 19h, a Biblioteca Pública estadual Luiz Bessa abriga a exposição “Escrito na Embalagem” que une Artes Plásticas e Publicidade. “O título da exposição faz uma referência às informações que, normalmente, vem contidas em rótulos de produtos”, explica o publicitário e artista plástico Lamounier Lucas Pereira Junior, o criador das obras. “A gente sempre presta atenção nos slogans publicitários e no que está escrito neles, convivemos com as embalagens boa parte de nossas vidas”, destaca.
Uma das obras que compõe a exposição é uma embalagem de Polvilho Antiséptico Granal. Estampada nas suas diversas versões para que o observador acompanhe a evolução da peça publicitária, o artista plástico e publicitário incrementa a imagem com a foto de uma negra. A mulher estampada no quadro é uma empregada da sua avó, ela não gostava de negros e não se sentia como uma, após tomar banho ela se encharcava com o polvilho para que ela ficasse branca. Essas lembranças que guardam relação com uma memória afetiva das pessoas foi o critério para a seleção de rótulos a serem trabalhados artisticamente, de acordo com Lamounier Lucas.
Lamounier explica ainda como escolheu as embalagens: “O recorte para a escolha das obras partiram desse ponto de vista afetivo. Não escolhi marcas quaisquer, não escolhi marcas que fosse de mais fácil acesso. A escolha foi por marcas que de alguma forma marcaram a minha infânciae adolêscia, marcas que são conhecidas por boa parte das pessoas e marcas que tenham uma certa vida, uma certa história”.
A exposição fica aberta ao público até o dia 26 de agosto. A visitação é de segunda a sexta das 8h às 20h e, aos sábados, das 8h às 13h.
A partir da terça-feira, 05, passaram a valer as novas alterações no trânsito na região da Savassi, em decorrência das obras de revitalização da Praça Diogo Vasconcelos. Desta vez a Avenida Cristovão Colombo entre a Rua Paraíba e Tomé de Souza, foi interditada ao trânsito de veículos e retenções no fluxo foram inevitáveis.
“Para o passageiro fica difícil, pois a gente tem que buscá-lo na porta [após receber a chamada da Central de Taxi], mas conforme o local onde o passageiro mora, ele tem que vir até o carro, arrastando a mala, e se estiver chovendo o transtorno é maior”, avalia o taxista Geraldo dos Reis que passa todos os dias pela Avenida Cristovão Colombo.
As dificuldades não se restringem apenas aos motoristas, os vendedores da região, apesar reconhecerem a importância das obras, reclamam da queda nas vendas no local devido à poeira na Avenida Cristóvão Colombo, altura do número 336. “O movimento cai, porque o pedestre evita passar deste lado da rua, passa do outro lado”. “Eu fui avisada [pela PBH sobre as obras e os desvios], mas não posso fazer nada, eu tenho um comércio e não posso carregar ele para outro lugar, ele tem que ficar aqui até a obra acabar”, finaliza.
O desvio na Avenida Cristóvão Colombo também provoca retenção no trânsito nas imediações da Praça da Liberdade. Na Rua da Bahia, por exemplo, onde o trafego de veículos fica intenso, a partir das 16h, e congestionado, a partir das 17h. “O trânsito na Rua da Bahia este horário fica ruim, mas as obras na Savassi pioram bastante”, afirma o garçom Gilson Oliveira.
Para mais informações sobre os desvios acesse o site da BHtrans:
Centenas de funcionários da Copasa fizeram uma manifestação, de três horas, na tarde de terça-feira, 12, como parte das ações relativas à greve de advertência da categoria. Na pauta de reivindicações estão melhoria salarial e investimentos para os serviços de tratamento de água e de esgoto. Munidos apitos e faixas, os funcionários entoavam canções de protestos e se concentraram na porta do Ministério Público do Trabalho, na Rua Bernardo Guimarães, entre as ruas da Bahia e Espírito Santo. “Nós trabalhadores da Copasa exigimos maior respeito”, declara o presidente do Sindágua, Alexander Silva Carmo, funcionário da Copasa há 20 anos. Ouça as reivindicações:
A Copasa, hoje, é considerada uma das empresas pública mais estruturada do país. No entanto, os empregados alegam que os seus funcionários são desvalorizados e denunciam que a empresa apenas visa beneficiar os acionistas. Em meio à paralisação os funcionários gritam: “Eu sou de luta, com muito orgulho, com muito amor”. O presidente do Sindicato diz, ainda, que há uma ameaça de que o tratamento de água do sistema Rio Manso seja terceirizado o que evidencia a desvalorização dos funcionários segundo ele. Ouça:
Alexander Carmo explica, também, a escolha do local da manifestação. “Estamos fazendo esta manifestação aqui diante do Ministério Público do Trabalho porque, hoje, neste exato momento, está havendo uma reunião entre representantes da Copasa e dos Sindicatos, o Sindágua, o sindicato dos Engenheiros e o Sindicato dos Administradores do Estado de Minas Gerais”. De acordo com o fiscal de obras e projetos, Paulo Souza a greve é a única forma de luta do trabalhador que o patrão reconhece. Ouça o áudio:
O Sindágua garante que os serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto não serão interrompidos com a greve.
Nossa equipe entrou em contato com a Copasa e a Assessoria de Imprensa encaminhou à redação do Contramão uma nota em que garante que a companhia “mantém o diálogo com os representantes dos Sindicatos”. Leia a nota.