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Durante o Carnaval, muitas ruas de Belo Horizonte ficam tomadas por foliões, entre mineiros e turistas. Mas a capital não oferece apenas o melhor carnaval de rua, durante o feriado a cidade está cheia de atrações que fogem um pouco da folia. Para quem quer ficar longe do barulho e da intensa programação de blocos e bailes carnavalescos, o Jornal Contramão listou algumas opções para aproveitar o feriado:

Curtir um bom filme no cinema.

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Nada de filas, barulhos ou risadas no cinema. Durante o carnaval as salas de cinema que costumam ficar vazias, irão exibir filmes para todos os gostos, como a estreia: “Cinquenta Tons de Cinza”, dirigido por Sam Taylor-Johnson. O longa é baseado na trilogia de livros de mesmo nome, que hoje, é um grande fenômeno de vendas em todo mundo.

Veja outros filmes que estarão em cartaz entre 13 e 18 de fevereiro:

“Bob Esponja: Um Herói Fora d’Água” Assista o trailler:

“Dívida de Honra”; “Um Santo Vizinho”; “James Brown”; “Corações de Ferro”; “O Destino de Júpiter”; “O Imperador”; “Tinkerbell e o Monstro da Terra do Nunca”; “O Duplo”; “Annie”; “Eco Planet 3D” e
“O Jogo da Imitação”

Clássicos do Cinema

Sexta Feira 13? Para os amantes de filmes de terror, a mostra  “O fascínio do medo: terror anos 70”, é prato cheio. A abertura da mostra acontece na sexta-feira, 13, no Cine Humberto Mauro. Serão exibidos os filmes: “O Despertar dos Mortos” (1978), do diretor George A. Romero, “O Exorcista” (1973), do diretor William Friedkin e “Hallowen – a noite do terror” (1977), dirigido por John Carpenter. Prepare-se! O terror é gratuito!

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Passeios ao ar livre

Para valorizar o céu aberto da cidade, existe em BH, ótimos espaços para passear com a família e tomar um ar fresco. Uma ótima opção é o Parque Municipal Renné Giannetti, localizado no centro da capital. O parque tem 180 mil metros quadrados de vegetação e conta, ainda, com quadra de tênis, lagos com barcos a remo e pedalinhos, aparelhos de ginástica, bar, lanchonete, bosques e trilhas com bancos e jardins.

Selecionamos outros locais para um passeio agradável:

  • Jardim Zoológico e Botânico;
  • Praça da Liberdade;
  • Parque Ecológico da Pampulha;
  • Mirante Mangabeiras;
  • Parque Municipal das Mangabeiras;
  • Parque do Inhotim;

Esportes: Que tal acompanhar um jogo de basquete?

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Mesmo que você não possa mais ver Michael Jordan em quadra, ou ver de perto astros como Lebron James ou Kobe Bryant. Aqui no Brasil você pode acompanhar de perto bons jogos de basquete. Para quem é fã do esporte, no dia 13 de fevereiro, sexta-feira de carnaval, ocorre a disputa entre Minas e Paulistano, às 20:00 hrs na Arena Vivo; Rua da Bahia, 2244, Lourdes. A partida acontecerá pela 23ª Rodada da Liga nacional de Basquete.

Se refrescar em alguma cachoeira próxima a BH.

Minas não tem mar, mas têm cachoeiras. Selecionamos algumas cachoeiras próximas da capital, para você se refrescar durante o feriado.

 

Cachoeira da Ostra –  Brumadinho
Cachoeira dos Marques – Piedade de Paraopeba
Cachoeira dos Carrapatos – Piedade de Paraopeba
Cachoeira Chica Dona – Rio Acima
Cachoeira de Santo Antônio – Morro Vermelho
Cachoeira do Paiolinho – Serra da Moeda
Cachoeira do Bené – Jaboticatubas
Cachoeira do Maluco – Ipoema
Cachoeira Grande – Serra do Cipó
Cachoeira Véu da Noiva – Serra do Cipó
Cachoeira dos Prazeres – Lavras Novas
Cachoeira da serra do Caraça –  Catas Altas
Cachoeira do Chuvisco – Santo Antônio do Rio Abaixo

Exposições de arte

Os amantes de arte, poderão visitar exposições por toda a cidade. O Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários), traz, do dia 4 de fevereiro a 30 de março, a exposição “Cabeça”, do artista carioca Milton Machado. O trabalho caracterizado pela organização de elementos em série , foi considerado pelo jornal “O Globo”, como uma das dez melhores exposições de 2014. Vale a pena conferir!

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Outras exposições espalhadas pela cidade:

João Lelo – Tropikania
Sesc Palladium – Centro

Paulo Werneck – Muralista Brasileiro
Museu de Arte da Pampulha – Pampulha

Mostrar – Mostra de Artefatos 2014
Plugminas – Horto

Demasiado Humano
Espaço do Conhecimento UFMG – Savassi

Texto: Victor Barboza
Imagens: Divulgação

 

Com o objetivo de iniciar a formação de novos profissionais e ampliar a indústria do audiovisual em Minas Gerais foram realizadas dentro da programação da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes dez oficinas gratuitas voltadas para o público adulto e infanto-juvenil. Os participantes tiveram aulas em diferentes áreas de criação.

 

A professora Anna Rosaura que ministrou a oficina “Por trás da câmera: o suspense no cinema” destaca que as aulas são oferecidas desde a quarta mostra e que como ‘oficineira’ acha fundamental esse trabalho para o evento. “É uma forma de o público interagir com a mostra e para aqueles que têm o objetivo de produzir filmes esse trabalho faz com que criem com qualidade e responsabilidade. É uma sensibilização para quem participa e com isso eles consequentemente ficam com o olhar mais crítico diante do que eles assistem e recebem como imagem e audiovisual”.

 

Renata Fernandes, que ofertou a oficina de Stop Motion para adolescentes, diz que é sempre um grande desafio trabalhar com esse público e despertar neles o interesse pela criação. Ela optou por incluir os participantes nos vídeos, e na produção para que eles interagissem e se identificassem com produto final. Renata participou de oficinas na mostra e vê esse trabalho como fundamental, pois foi a partir dessas oficinas que se interessou ainda mais pelo cinema. “Ter a oportunidade de deixar a semente do audiovisual é fascinante, com a idade que os alunos têm se eles inventarem um bom roteiro, a gente consegue fazer um filme e exibir na mostra, isso pra mim é muito legal”.

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Renata Fernandes, ex-aluna das oficinas e professora

As oficinas tiveram aulas teóricas e práticas, e no final da mostra foi exibido um longa produzido pelos alunos participantes das oficinas.

Texto Felipe Chagas

Imagens Yuran Khan

No sábado, 31 de janeiro, ocorreu o encerramento da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes e nesta data foram anunciados os vencedores da Mostra. Ao todo, foram exibidos 128 filmes nacionais, em três espaços da cidade, além de 28 debates que discutiram, entre outros assuntos, o lugar do cinema brasileiro e as perspectivas para o audiovisual em 2015.

O vencedor da Mostra Aurora foi o longa “Mais do que eu possa me reconhecer”, de Allan Ribeiro. O filme levou o prêmio Itamaraty no valor de R$ 50 mil. “A mostra Aurora foi o melhor lugar para esse filme estrear, porque é onde esse tipo de obra encontra crítica e público de uma forma muito especial para nascer”, destacou Ribeiro.

Na categoria Melhor Longa, o filme que documenta a vitória do Clube Atlético Mineiro na Libertadores, “O dia do Galo” levou o prêmio. Já o Melhor Curta eleito pelo público foi “De castigo”, de Helena Ungaretti. Eleito pelo júri jovem na Mostra Transições, o longa “O tempo não existe no lugar em que estamos”, de Dellani Lima foi o vencedor.

“Estátua”, de Gabriela Amaral Almeida foi eleito pela crítica e recebeu a premiação na Mostra Foco. O Prêmio Aquisição Canal Brasil foi para o curta “Outubro Acabou”, de Karen Akermane e Miguel Seabra Lopes, além do prêmio de 15 mil reais, o curta ainda pode concorrer ao Grande Prêmio Canal Brasil no valor de R$ 50 mil.

Texto Felipe Chagas

Imagens Divulgação Universo Produções

Dentro da temática da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes as opiniões sobre o lugar do cinema brasileiro são diversas. Em uma conversa mais ampla com realizadores mineiros a dúvida era: Qual o papel do cinema em Minas?

Conversamos com alguns diretores mineiros, que estão com filmes sendo exibidos nessa mostra, para saber deles como é fazer cinema em minas e como levar as produções do estado para todo o país.

Assista às entrevistas.

texto Felipe Chagas

imagens Natalie Matos e Yuran Khan

Frases épicas como “Toto, eu tenho a impressão de que não estamos mais no Kansas”, da Dorothy, no filme O mágico de Oz, de Victor Fleming, e cenas como a que personagem Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) do filme …E o vento levou volta para a fazenda da sua família e a vê destruída podem ser revistas, agora, na tela grande. A Mostra 1939, cartaz do Cine Umberto Mauro, termina no dia 5 de fevereiro com a reexibição de clássicos da chamada Era de Ouro de Hollywood (1930-1940).

O assistente de programação da mostra, Bruno Hilário, 29, explica que vários fatores influenciaram para esse ano ter sido tão marcante para o cinema. “Cada produtora tinha seu próprio elenco e diretores inventivos e audaciosos, como é o caso do Victor Fleming. Eles fizeram esses filmes que se tornarem grandes clássicos e entraram no imaginário do homem”, esclarece. O programador ainda complementa dizendo que o público que visita o evento é bem diversificado. “Jovens, adultos e idosos, dos mais saudosistas até os que querem conhecer sobre esse cenário do cinema”.

Veja a Programação completa:

Conversas de saguão

Quando eu saí da redação para ir conversar com o público da mostra, por volta das 16h30, acreditei que iria encontrar um ambiente vazio e de saudosistas. O tempo abafado e os sinais da chuva me faziam acreditar na previsão. Minha surpresa foi grande ao encontrar a fila dando voltas no espaço. Pessoas chateadas por não ter conseguido ingresso, e maior ainda ao ver crianças acompanhando seus responsáveis. O filme a ser exibido era O Morro dos ventos uivantes. “Quero saber como era naquela época, então vou ver esses filmes mais antigos para saber. E não é ruim, é bem legal”, declarou a estudante Lua Clara, 12.

A secretária executiva aposentada Giselda Prazeres já havia assistido ao filme e não hesitou em rever Merle Oberone e Merle Oberon em cena. “Os atores contracenavam melhor e eram talentosos. Não existia essas tecnologias de efeitos especiais. Hoje em dia, os filmes são todos projetados em computador”, explicou. Para a aposentada os atores, em 1939, eram mais versáteis. “Os atores eram re-al-men-te [disse enfatizando cada sílaba] talentosos, dançavam, cantavam e eram muitos mais bonitos [risos]. Meus bonitões preferidos eram o Clark Gable e o Cary Grant.

Pouco antes de a sessão começar mais pessoas chegavam a procura de ingressos, mas sessão estava esgotados. Enquanto aguardava o próximo filme, a jornalista Barbara Profeta, 25, destacava a importância de rever os clássicos na Mostra. “É ótimo porque nem todo mundo tem acesso a esse conteúdo. Quem tem apenas TV aberta não vai assistir, a não ser que corra atrás. Uma mostra dessa e no Palácio das Artes é um atrativo a mais”.

Por: Ítalo Lopes

Imagem:  Warner Bros. Home Entertainment Group

 

Em busca de resposta para as perspectivas para o audiovisual brasileiro em 2015, cineastas e produtores de diversas regiões do país participaram  na segunda, 26, do debate  com Rodrigo Camargo, coordenador do departamento de fomento da ANCINE – Agência Nacional do Cinema -, ligada ao Ministério da Cultura. A discussão teve como mediador o critico de cinema Pedro Brecher.

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Rodrigo Camargo destacou algumas realizações nos últimos anos da Agência  e citou os quatro principais eixos de ação para o FSA (Fundo Setorial de Audiovisual): o desenvolvimento, a produção, a exibição e difusão e a capacitação.  Rodrigo aproveitou o espaço para divulgar editais que estão com inscrições abertas. São editais para produção e desenvolvimento de projetos audiovisuais. “Esses editais  contemplam não só projetos de cinema, mas, como o desenvolvimento de séries de tv, series para vídeos por demanda e formato de programa de televisão também”, destacou.

Rodrigo falou também de editais contínuos, que ficam abertos durante o ano todo e que são destinados a produções independentes, complementação de recursos e verba para lançamento de filmes: “ a perspectiva é de produzir trezentos longas metragens , 400 obras seriadas dando um total de duas mil horas de programação, o equivalente a toda a exibição de tv paga no ano de 2012”.

Os realizadores presentes lamentaram a ausência do presidente da ANCINE Manoel Rangel, anunciado na programação do evento, pois, buscavam uma discussão sobre  a política nacional para o audiovisual. Durante o debate,  apresentaram problemas  que encontram como o alto grau burocrático para aprovação de seus projetos, e o baixo incentivo para exibição de filmes independentes. Algumas questões não puderam ser respondidas por Rodrigo. “O que a gente vê é um distanciamento da ANCINE  para essa conversa com o setor de audiovisual no Brasil, e  quando o presidente não vem e manda um representante ele é só um representante,  e aqui é um local de interlocução”, lamentou Karen Abreu, vice-presidente do Congresso Brasileiro de Cinema e membro do Fórum Mineiro de Audiovisual.

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O Presidente do Congresso Brasileiro de Cinema, Frederico Cardoso,  levantou questões negativas presentes no próprio relatório anual da ANCINE. Entre elas, o baixo número de espectadores nas exibições de filmes brasileiros no cinema. E aproveitou para tentar mobilizar os cineastas, “quero convocar os realizadores a se unir e pensarem juntos em politicas publicas efetivas para o setor”.

Texto e reportagem: Felipe Chagas
Fotos/imagens: Yuran Khan