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A Mostra de Cinema de Tiradentes colocou em debate no sábado, 24, o seu tema central: “Qual o lugar do cinema hoje”. Participaram da conversa ,o crítico de cinema e curador da mostra , Cleber Eduardo e o cineasta Felipe Bragança. A conversa teve como mediador o crítico e curador Francis Vogner. Além do tema principal, outras questões como as mudanças na realidade do cinema com o surgimento de várias outras mídias e o papel do cineasta na atualidade foram discutidos.

O mediador Francis Vogner iniciou o debate falando de como o surgimento de diferentes formas de escoamento do que é produzido pelo cinema hoje trouxe a necessidade de uma reflexão sobre qual seria o seu papel na arte na contemporaneidade. Ele se disse preocupado com essa nova maneira de contato com as obras, com as possibilidades de uma pessoa, ao mesmo tempo, ter acesso a muitas telas, a não estar mais em contato com uma obra do começo ao fim,falou ainda da ansiedade das pessoas, que ficam mais preocupadas em checar o status do facebook que seguir a história do filme até o final.

Cleber Eduardo afirmou que é difícil manter a atenção dos jovens durante um longo período vendo um filme, pois, eventualmente eles irão se dispersar usando seus celulares ou conversando com as pessoas ao lado. Ele concluiu dizendo que o lugar do cinema deveria ser nas salas de exibição, porém, alguns enxergam isso como autoritário, já que não têm a possibilidade de parar de assistir ou mudar de canal como feito na tv por exemplo. “É difícil competir com uma tela que está dentro de casa e que as pessoas acreditam que não estão pagando nada para tela ali dentro”, lamenta.

Felipe Bragança defendeu de que tão importante quanto o lugar do cinema hoje é o lugar do cineasta. Realizador com filmes exibidos nos principais festivais do mundo, Felipe defende que os cineastas devem “se jogar mais para o mundo” e criar usando as varias opções disponívels: “é possível fazer coisa boa e usar como forma de exibição a TV, internet e as diferentes mídias”. “ O cinema é forte o suficiente pra lidar e se misturar com esses outro espaços e sair de lá criando um novo território”, conclui.

Texto Felipe Chagas

Imagens Yuran Khan

Começa hoje, 23, a 18ª “Mostra de Cinema de Tiradentes”, evento mais esperado pelos amantes da sétima arte. Ao todo, 128 filmes representaram 16 estados brasileiros durante toda a mostra, além dos filmes, oficinas, seminários com bate-papo, ocorrerá lançamentos de livros e DVDs entre outras atrações.

A edição 2015 irá homenagear a atriz paraense Dira Paes, em reconhecimento aos 30 anos de carreira da artista nas telas do cinema. Paes, que participa do filme “Órfão do Eldorado”, do diretor Guilherme Coelho, estará presente na estreia do filme que oficialmente abrirá o evento.

Com o tema “Qual o lugar do cinema hoje?”, 27 debates e 20 bate-papos que integram a série: “Encontro com a crítica, o diretor e o público”, acontecerão no decorrer das duas semanas. O público infanto-juvenil também tem programação garantida com a Mostrinha de Cinema, que tem como objetivo formar novas plateias e novos públicos para o cinema brasileiro.

O evento irá promover uma temporada de atividades culturais. Ao todo serão 10 oficinas de formação com a oferta de 270 vagas, 10 lançamentos de livros e Dvds, cortejo e teatro de rua, performances audiovisuais e intervenções artísticas. A programação vai até 31 de janeiro, e é totalmente gratuita.

Texto: Felipe Chagas/ Foto: Divulgação

A “VI Mostra de Cinema: Cultura Arte e Poder” traz a Belo Horizonte filmes consagrados e as produções dos novos talento do cenário cinematográfico brasileiro, e mais um longa do diretor cabo-verdiano Tambla Almeida, conhecido como “Ulime”, de  2010.

O evento começará exibindo, no Sesc Palladium, entre essa sexta (16),e domingo (18), às 19h, três sessões do filme “O lobo atrás da porta”, do diretor Fernando Coimbra. O filme, que estreou no cinema em 2014, recebeu vários prêmios, entre eles o de Melhor Filme e Direção, no “31st Miami Film Festival”. Em fevereiro, de 6 a 12, a mostra exibirá curtas, longas e documentários, alternando entre nomes consagrados e novos talentos do mercado.

Sávio Leite, 43, responsável pela curadoria do evento, conta que a importância de agregar nomes já consagrados no evento é “primeiramente para reconhecer e legitimar a mostra, mas também para chamar a atenção do público”. Ele relata que “desde o início (da Mostra) temos essa meta na cabeça. Apresentar jovens realizadores através de uma sessão que chamamos de ‘perspectiva’”.

Com o cenário mineiro tendo eventos voltados à área durante todo o ano, Leite afirma que “todo evento de cinema é importante para divulgar essa produção, que muitas vezes está afastada da televisão, e é pouco conhecida”. Segundo o curador, esse evento tem em especial o poder de jogar uma luz sobre uma produção recente em cinema, que muitas vezes foi pouco vista e mostrada.

Confira a programação completa

Por: Ítalo Lopes

Desde o dia 20 até o dia 30 deste mês está acontecendo o 18º Fórum de Antropologia e Cinema, com mostras de filmes etnográficos e documentários.

Realizado em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, o Fórum trouxe um dos cineastas mais ilustres de Israel, conhecido por seu compromisso com a justiça social, cultural e política do Oriente Médio.  Avi Mograbi é referência por seu experimentalismo e contribuição inovadora para a linguagem cinematográfica.

Hoje, no Cine Humberto Mauro, uma das mais prestigiadas obras de Avi será exibida: “Uma vez entrei num jardim”, às 21h. E o melhor de tudo é que o próprio diretor conduzirá os expectadores durante a exibição!

A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes do inicio da sessão. Recomenda-se chegar com antecedência.

Cine Humberto Mauro: Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte.

Tel: (31) 3236-7400

Para saber mais sobre Avi Mograbi e conhecer o trabalho do cineasta acesse: https://www.avimograbi.com/#!watch-now/ck0q

Texto: Camila Lopes

Foto: Divulgação

O cinema brasileiro está em cartaz e nessa segunda-feira, 10. O Cinemark apresenta a 15º edição do Projeta Brasil. Durante todo o dia a rede de cinemas se dedicará a exibição de filmes nacionais, ao todo, serão projetados 38 filmes em 528 salas de cinemas de 68 cinemas da rede no país.

As sessões estarão com preço diferenciado devido ao evento e cada ingresso custará R$ 3. Dentre os filmes escolhidos, econtram-se “Hoje Não Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, que estará concorrendo ao Oscar 2015. Também serão exibidos a animação em stop-motion “Minhocas”, “Trash – A Esperança vem do lixo”, “Tim Maia”, entre outros.

Cota de Tela

Os cinemas são obrigados a exibir filmes brasileiros. Para isso criou-se a Cota de Tela que é uma normatização definida pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) para os cinemas no Brasil. O Decreto Nº 8.176, de 27 de dezembro de 2013 define que cada rede de cinema deve exibir no mínimo 60 diárias nacionais por ano com títulos diferentes. Assim, nessa segunda-feira a Cinemark coloca em exibição os títulos brasileiros também para cumprir o que determina esse decreto.

Entretanto, a ideia da exibição de filmes brasileiros passa por um incentivo à procura por filmes nacionais nos cinemas, mas não é o mais eficiente. “Ao colocar os filmes numa segunda o público será pequeno”, explica Joana Soares, cineasta e advogada, que desenvolve pesquisa sobre as cotas de tela no Brasil. “Não tem tanta repercussão”, acrescenta.

Ainda de acordo com Soares, o que falta para o Projeta Brasil ser mais eficiaz na difusão do cinema brasileiro é a Ancine fiscalizar mais efetivamente as salas de cinema quanto ao cumprimento da Cota de Tela. O uso de novas ferramentas, como as mídias sociais ajudaria nessa tarefa, de acordo com a cineasta.

As exibições estão acontecendo ao longo dessa segunda-feira. Em Belo Horizonte o Cinemark corresponde as salas de cinema do BH Shopping, Pátio Savassi e Diamond Mall. Com o término das exibições, a programação retorna a como estava, e filmes como “Trash – A Esperança vem do Lixo” e “Na Quebrada” continuam em cartaz. Veja abaixo quais filmes estarão em cartaz durante o 15º Projeta Brasil.

Filmes em exibição:

Até que a Sorte Nos Separe 2

SOS – Mulheres ao Mar

Os Homens São de Marte… E É Pra Lá Que Eu Vou

Amazônia

Vestido Para Casar

O Candidato Honesto

Tim Maia

Made In China

Confissões de Adolescente

Alemão

Copa de Elite

Getúlio

Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho

Trash – A Esperança Vem do Lixo

Muita Calma Nessa Hora 2

Quando Eu Era Vivo

Jogo de Xadrez

Entre Nós

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Confia em Mim

A Grande Vitória

Praia do Futuro

Do Lado de Fora

O Lobo Atrás da Porta

Meninos de Kichute

Riocorrente

Causa e Efeito

A Onda da Vida – Uma História de Amor & Surf

O Menino e o Espelho

Sobrevivi Ao Holocausto

A Oeste do Fim do Mundo

De Menor

Lascados

Isolados

A Pelada

O Duelo

Na Quebrada

Até que a Sbornia nos Separe

Texto: Umberto Nunes

Foto: Divulgação: Trash – A esperança vem do lixo.

A 8ª CineBH – Mostra internacional de cinema e 5º Brasil CineMundi foi aberta na noite de quinta-feira, 16, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A noite de estreia apresentou o longa-metragem “Deserto Azul”, do mineiro Éder Santos. O diretor subiu ao palco com toda sua equipe de produção, incluindo os atores Odilon Esteves e Chico Diaz, protagonistas do filme.

Durante a apresentação, Éder pediu para que todos deixassem os celulares ligados. Sua equipe montou quatro redes de wifi com o nome do filme e distribuíram um código para que pudessem digitar. Durante a projeção, o público pôde obter informações adicionais sobre o que estava sendo exibido, criando assim, uma forma de interação entre os espectadores e o filme em exibição.

O cineasta argentino Santiago Loza, foi surpreendido antes da sessão. A produção preparou uma singela homenagem. “Faço filmes pequenos, muito pessoais e intimistas, não esperava por isso, não imaginava que meus filmes seriam tão reconhecidos”, comentou Loza. A programação aprensenta uma retrospectiva pela carreira  do cineasta.

A sexta-feira, 17, começou agitada no Palácio das Artes. Com 21 convidados internacionais, o 5º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting apresentou uma série de seminários e debates. Entre os temas, “Mercado Audiovisual Brasileiro – Políticas Públicas, Avanços e Perspectivas”, contou com a presença de representantes da Ancine, SAV (Secretaria do Audiovisual) e ABTIV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão), com mediação do crítico e jornalista Pedro Butcher, no qual debateram diretrizes públicas, ações de intercâmbio e coprodução do audiovisual brasileiro.

Santiago Loza apresentou uma masterclass onde relembrou toda a sua carreira, que passa pelo cinema, literatura e teatro. O crítico mais aguardado da CineBH e Brasil CineMundi foi Tag Gallagher, que também ministrou uma masterclass. Tag, é conhecido no meio do audiovisual como um dos maiores nomes da crítica cinematográfica em atividade, mas ninguém conhecia o rosto dele, nem a produção, nem seus próprios admiradores.

A CineBH e Brasil CineMundi se estende até dia 23 de outubro. Filmes, seminários e oficinas são gratuitos.

Mais informações: https://www.cinebh.com.br/

Por Lívia Tostes