O livro “300 Anos de Ouro Preto em Imagem” será lançado nesta quarta-feira, dia 14 de dezembro, no Museu Inimá de Paula. A obra foi organizada por Paulo Lemos e conta também com a participação de Mauro Werkema, Rui Mourão, Suely Perucci, Dom Francisco Barroso, Victor Godoy, Germano Neto e do jornalista e prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo.
A obra é apresentada em inglês e português e reúne 272 imagens que avançam no tempo, pois abordam várias épocas da cidade, monumentos e conjuntos urbanísticos, neste ano quando se comemoram os 300 anos de Ouro Preto.
A ilustração da capa foi feita pelo pintor Carlos Bracher. A edição, organização e pesquisa iconográfica são de Paulo Lemos e colaboradores para a jovem editora Graphar de Ouro Preto.
A obra conta com o trabalho fotográfico de Germano Neto, que vem há muitos anos registrando imagens de Ouro Preto, além de outros fotógrafos.
Dia: 14 de dezembro de 2011 Horário: 19 horas Local: Museu Inimá de Paula End.: Rua Bahia, 1201. Centro Entrada: Franca Informações: (31) 3212-4320
Texto: Marina Costa
Foto: Disponibilizado pela Fundação Inimá de Paula
Espaço Tim do Conhecimento e California Coffe apresentam neste sábado, 3, às 11h, “As culturas pré-cabralinas do Brasil”, com Andre Prous, arqueólogo Francês e professor. Com o objetivo de abordar as principais características dos povos antigos que viviam no país, seu modo de vida em relação ao meio ambiente, ao meio econômico e à forma de comunicação. Este evento será realizado no Espaço Tim UFMG do Conhecimento, na Praça da Liberdade.
Antes mesmo de entrar no Palácio das Artes já se ouvia pessoas com tons de angustia na voz, pois queriam comprar ingressos de quem chegava ao local. Logo na portaria, um homem me parou para perguntar se eu tinha ingresso, depois que respondi que sim, ele me disse quase em desespero que sua prima, que estava com seu ingresso, havia sumido e não atendia ao celular.
Ao entrar no Palácio, percebi na feição de muitos uma grande ansiedade. Enfim, quando os seguranças disseram que o show iria começar, as pessoas foram entrando aos poucos no grande teatro, onde logo começaria o show de Chico Buarque de Holanda.
As luzes se apagaram e depois de algum suspense, o tão aguardado músico subiu ao palco. O ambiente se transformou, em poucos instantes. A platéia gritava, batia palmas e assobiava. Uma mulher que sentava na fileira atrás de mim estava em prantos. Logo percebi que ela não era a única. Ao meu lado, outra mulher estava aflita por não conseguir tirar fotos focadas do artista.
Pessoas que queriam ficar mais próximo de Chico se aglomeravam nos corredores, sentadas no chão cantavam e se emocionavam. Quando a plateia percebeu que a próxima música era “Geni e o Zepellin” foi ao delírio. O refrão não tinha quem não o cantasse.
Em um momento em que Chico Buarque foi à frente do palco, as pessoas se levantaram e ficaram próximas do artistas. Algumas se escoraram no palco. Uma menina subia na cadeira para ver e tirar fotos melhores. Outra me pediu licença para subir na cadeira em que eu estava sentada, já que também me levantei. Chico obedeceu aos gritos de bis da plateia duas vezes, deixando a todos muito felizes e empolgados. As pessoas não paravam de gritar e cantar juntas. Quando Chico saiu do palco pela terceira vez, não mais voltou e os gritos de “mais um” do público foi se espalhando aos poucos.
Na saída do teatro, olhos brilhantes e rostos de satisfação eram perceptíveis. Uma senhora parou meu irmão para pedir que ele enviasse a ela os vídeos que fez durante o show, pois queria guardar lembranças concretas de um show tão lindo.
Na fila
Para presenciar tal show não foi fácil, dormir na fila, pois não é nada agradável. Durante a espera para comprar o ingresso muitas pessoas dormiram na rua. Cada um se ajeitava como podia. Ao meu lado um casal levou um puff e se acomodou nele. Uma menina dormia profundamente em cobertas empilhadas.
Para o tempo passar mais rápido, as pessoas já entravam no clima do show, cantando e tocando músicas de Chico Buarque. Quando amanheceu o dia, olhos cansados eram evidentes no rosto de quem estava na fila, que crescia cada vez mais.
Hoje se comemora o dia D, a data é uma iniciativa do Instituto Moreira Sales e uma homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, que hoje comemoraria 109 anos. Em Belo Horizonte a livraria Mineiriana montou uma exposição que resgata a vida do escrito.
A capital mineira não é a única a homenagear o poeta. “O Rio de Janeiro, São Paulo, Itabira (que é a terra dele), entre outros lugares, que não estão ligados ao movimentos do Instituto Sales Moreira, mas comemoram o aniversário de Drummond”, destaca o livreiro Sebastião Apolinario.
A homenagem na livraria de BH conta com: “alguns poetas, exposições de obras, algumas cartas, fotos retiradas de alguns livros sobre Drummond e reportagens”, explica Apolinario. Ainda segundo ele a exposição teve a colaboração da biblioteca pública, que cedeu um acervo de banners com poemas e alguns desenhos do poeta, o acervo particular que é do poeta Mário Alex, do Afonso Ávila, do Carlos Ávila. “O Instituto Moreira Salescolaborou com o selo da marca e um CD com várias pessoas lendo Drummond”.
Carlos Drummond de Andrade foi um escritor que sempre soube olhar a vida de maneira perspicaz. Suas crônicas, poemas e contos, apesar de explorar o caráter prosaico das coisas, constitui uma rica descrição de objetos, olhares, gestos, de sentimentos, personagens e suas singularidades, que ele soube como ninguém transcrever para o papel. Até mesmo uma inusitada pedra no caminho do poeta mineiro serviu de inspiração para uma das mais famosas poesias da literatura brasileira.
A livraria Mineiriana fica na rua Paraíba, 1419, Funcionários – Belo Horizonte
Em comemoração da Semana Nacional do Livro e da Literatura, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa promoveu nesta tarde, 26, a palestra com o escritor espanhol, Enrique Páez. Em seu estudo, Páez trata da integração e difusão das culturas, de fronteiras geográficas, linguísticas, religiosas, raciais e culturais.
“Toda a diversidade humana pode e deve ser compreendida graças aos emigrantes e imigrantes, embaixadores culturais de seus povos de origem”, explica Páez. O palestrante ainda completa: “a literatura infantil e juvenil uma ferramenta fundamental para disseminar as diferenças genéticas e artísticas do ser humano”.
Quando questionado sobre o interesse da criança com a literatura na atualidade, ele enfatiza: “Eu fui um bom leitor e eu era a minoria na minha época. Hoje, vejo mais crianças lendo, mas não muitas”, finaliza.
Sobre o autor
Enrique Páez é um escritor espanhol que atualmente vive em Tenerife, Espanha. Tem sete romances infantis e juvenis publicados e foi traduzido em mais de dez idiomas, inclusive a obra “Me chamo Suzana, e você?”, pela primeira vez publicado no Brasil. Seu livro teórico “Escrever: manual de técnicas narrativas” é uma das maiores preferências espanholas entre os manuais de escrita criativa. É fundador e coordenador geral da Rede Internacional de Contadores de Histórias.