curiosidade

prontoO que mais atrai o consumidor na hora de comprar um produto é o preço. Existem estudos em todo o mundo que tentam explicar o comportamento do consumidor em relação aos valores dos produtos e serviços que ele adquire.

Boa parte dos compradores se interessam por preços mais baixos, principalmente quando o preço é quebrado. Dessa forma, para tornar os preços mais atraentes, os comerciantes evitam os valores cheios, com finais 5 ou 0, optando por algarismos ímpares, geralmente 9. Tal precificação dá ao consumidor uma idéia de que se está pagando menos. R$5,99 parece mais com R$5 do que com R$6. Na psicologia esse fenômeno é conhecido por “Gestalt”.

Os comerciantes podem fixar o preço da forma que eles quiserem: R$1,99 ou R$1,95. O que é obrigatório é eles terem troco.  Laudir Flávio Saraiva, 57 anos, aposentado confessa que não cobra o troco de centavos, “eu sei que eles não vão ter para me dar.”

Os comerciantes tem registrado todos os produtos e preços, não há motivo para não ter um planejamento para quantidade de troco. Mas, assim como  Saraiva, os jovens Lucas Guerra e Mariana Amaral, ambos estudantes de 18 anos, desprezam os centavos de troco por experiência: “eles nunca têm o troco, e eu não vou brigar por dois centavos”.

De acordo com o Código de Defesa do consumidor, os estabelecimentos comercias são obrigados a devolver o troco ou baixar o preço do produto até ele ter troco. Se o produto custa R$ 9,99, a pessoa paga com R$ 10 e ele não tem um centavo, tem que ver se tem cinco centavos para devolver. Não só o comerciante está lucrando um valor que, provavelmente, não será contabilizado para fins fiscais, como também o consumidor, mesmo que não perceba, está sendo lesado por não receber o valor equivalente ao seu troco

EMPURRAR BALAS POR TROCO

Existe uma cultura não declarada para os consumidores brasileiros: ao fazer a compra, na hora de receber o troco, o caixa oferece balas ou chicletes para cobrir os centavos do troco que deveriam ser devolvidos aos clientes. Empurrar doce ou qualquer outra mercadoria para abater a dívida que o estabelecimento criou ao não prover o troco é crime.

Caso o fornecedor não tenha troco, deverá arredondar o preço para baixo e não entregar balas para suprir a falta do troco.

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou em 2009 o Projeto de Lei 1758/07 que estabeleceu que as diferenças em troco inferiores a R$ 1 serão pagas em favor do consumidor, quando o comerciante não puder dar o troco exato. A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, também analisou o projeto de lei e aprovou a emenda que determinava o pagamento do troco em favor do consumidor independentemente do valor. O deputado Walter Ihoshi (DEM-SP), que assinou o projeto, acredita que a obrigação de pagar as diferenças no troco em benefício do consumidor tornará os comerciantes mais precavidos. O projeto também obriga os estabelecimentos comerciais a fixarem cartazes com as regras nos locais de pagamento. A placa é uma maneira de educar os clientes para que eles façam cumprir seus direitos. Mas ainda não está sendo fiscalizado a fixação dos cartazes em Belo Horizonte. De qualquer forma, a multa por descumprimento da norma varia de R$ 250,00 a R$ 500 mil. Em caso de reincidência, a punição poderá chegar ao dobro desses valores.

Também não é aceitável o fornecedor ficar devendo a quantia do troco ao consumidor, pois ficará constatado aí um ato ilegal de enriquecimento ilícito em detrimento do patrimônio dos consumidores. Com a retenção destes centavos de troco, as empresas acabam aumentando o seu índice de lucratividade, recaindo no art. 884 do Código Civil – “Aquele que sem justa causa se enriquecer a custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários”, bem como no art. 39 do CDC, além de ser uma prática abusiva.

Não tem troco, não tem compra?

Não é uma situação inusitada. Direta ou indiretamente, todos passamos por isso: ao fazer uma compra, o estabelecimento não aceita terminar o processo porque não tem troco para a quantia que foi oferecida. Você acaba saindo sem o produto desejado porque o comerciante não estava preparado para receber a quantia que você dispunha. Apesar de ser comum, não há respaldo legal para tal situação. Cabe ao lojista tentar conseguir o troco, até mesmo para não perder o cliente e a venda.

Eu compro cigarro com dinheiro ou cartão de crédito e ninguém vai me impedir!

Os comerciantes são obrigados a aceitar qualquer pagamento feito em dinheiro. Mas, quando eles oferecem outras formas de pagamento como cheque, cartão de crédito ou débito, o uso dessas ferramentas não pode ser restrito.

É abusivo aceitar apenas dinheiro na venda de cigarros, ou qualquer outro produto. Assim como só receber cheques que tenham um prazo mínimo ou  impor limite mínimo para compras feitas com cartão de crédito.

Diferenciar preços de acordo com a forma de pagamento também é proibido, sendo o desconto á vista válido para qualquer forma de pagamento feita sem parcelamento. Caso não seja aceito cheque de terceiros e sem consulta de crédito, a informação deve ser exposta de forma clara.

CONSUMIDOR

Para mais informações, consulte o Código de Defesa do Consumidor

Texto e infográfico: Camila Lopes Cordeiro

Cazuza morreu aos 32 anos de idade vítima de complicações em decorrência da AIDS

Vida e Carreira

Filho de Lucinha Araújo e João Araújo, ele era jovem de classe média, que não se contentava apenas com aquilo que lhe era mostrado, seu pai era um dos maiores nomes da indústria fonográfica do país, mas para ele isso não era o suficiente, ele queria mais, e mostrar seu talento sem depender do nome que seu pai adquiriu com o passar dos anos.

No ano de 1981 ingressa no grupo Barão Vermelho, que lança seu primeiro álbum no ano de 1982, e logo em seguida emplaca os maiores sucessos da época como “Bete Balanço”, fazendo sucesso nas rádios de todo o país e fazendo diversos shows, inclusive no Rock in Rio, em sua primeira edição no Brasil, em 1985. No mesmo ano do Rock in Rio, Cazuza decide abandonar o Barão Vermelho e seguir sua carreira solo, com o lançamento do disco “Exagerado”.

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Infográfico: Marina Rezende

Cazuza para os fãs

Para algumas pessoas, o dia sete de julho é um dia comum, mas para quem conhece e gosta da obra do cantor e compositor Cazuza, não é tão simples assim, é um dia triste, de memórias e lembranças de um ídolo que se foi jovem vítima da AIDS. “Assisti um show de Cazuza no Palácio das Artes em 1989, pouco antes de Cazuza falecer, em 1990, estava muito magro, com um lenço na cabeça, foi um show muito intimista, ele estava bastante debilitado por causa da doença e apenas com a voz baixa e seu violão. A plateia bastante emocionada”, desabafa Valéria Bontempo, 49, que é professora universitária.

Com um público bem diversificado e de todas as idades, o cantor tem um público bem fiel as suas letras e composições atualmente, mesmo 25 anos após seu falecimento. Para o publicitário Rodrigo Franco, 27, “Cazuza entrou em minha vida aos 12 anos de idade, quando iniciei a minha adolescência, meus amores platônicos dessa época foram embalados ao som de Caju. Tenho algumas semelhanças com o meu ídolo, principalmente a forte ligação com a mãe. Deixou o legado de um jovem rebelde que sempre demonstrava seus sentimentos e de forma translouca, acreditava que o Brasil poderia mudar”.

Legado de Cazuza:

O Jornal Contramão conversou com Thiago Pereira Alberto que é especialista em Crítica e Produção Cultural em Belo Horizonte.

Qual a sua análise sobre a carreira do cantor e compositor Cazuza?

Cazuza é um dos nomes cruciais para se entender a música brasileira dos anos 1980 para frente. Ele gostava e fazia e compunha rock, mas também gostava e compunha exemplares típicos de MPB, bossa nova, etc. Não era um xiita, não se escorou apenas nessa trincheira fundamental que foi o rock brasileiro dos 80´s. Regravou Cartola, Caetano Veloso (e foi regravado por ele), tem parcerias com Gilberto Gil (em “Um Trem Pras Estrelas”) e Ney Matogrosso (no campo afetivo e profissional) e por aí vai. Sua discografia pode se apresentar meio errática, mas possui exemplares notáveis do que de melhor se produziu na música brasileira durante o período em que viveu tanto nos excelentes primeiros discos do Barão quanto na carreira solo. Trata-se de um nome maíusculo, importantíssimo não só no campo da música, mas como retrato comportamental de toda uma geração.

Até que ponto você acha que a doença de Cazuza interferiu em sua carreira?

Interferiu, primeiramente, no sentido de abreviá-la, muito precocemente. Prova disso é a quantidade de material pós-morte que se apresentou depois. O que é algo bastante lamentável. Outro ponto de vista é justamente a opção de Cazuza, corajosamente, lidar com sua condição em público, na vida e na arte. É muito difícil, a partir de certo momento de sua carreira, isolar o dado da doença de sua trajetória. Ele se tornou uma espécie de exemplo e de vitrine da AIDS no Brasil, de forma muito nítida. No campo da criação, desenvolveu canções magníficas, densas, sobre sua situação, o embate entre vida e morte, sua condição de figura pública, etc. Não podemos esquecer que Cazuza morreu trabalhando, febrilmente, em busca de registrar tudo que podia; situação que é bem ilustrada no disco “Burguesia”. Podemos acreditar então que Cazuza tinha muito a produzir ainda.

Qual a sua opinião sobre a saída de Cazuza do Barão Vermelho? Para você, isso teve um impacto positivo na carreira do cantor?

Minha opinião é de que o público ganhou mais do que perdeu. Particularmente sou um admirador da obra do Barão pós-Cazuza, apesar de ter em alta conta os discos com Cazuza cantando e compondo, talvez estejam ali os melhores momentos criativos de ambas as partes. Mas, assim como o Barão driblou muito bem- e a duras penas- a ausência de Cazuza, a narrativa construída por Cazuza solo é interessantíssima, especialmente por tudo aquilo que pontuei na primeira resposta. Acho que ambos os lados encontraram saídas válidas e interessantes para seguirem em frente.

Qual o maior legado que Cazuza deixou para essa geração que não teve a oportunidade de o ver de perto e vivenciar sua obra?

A coragem, a personalidade, a liberdade musical, a firmeza poética, a vontade de narrar com precisão, em um primeiro momento, o seu “aqui e agora” de noitadas e amores expressos nas garrafas e bitucas de cigarro no Baixo Leblon, e, em um segundo momento, os temas universais à condição humana como a ética, o tempo, o amor e a morte.

Por: Raphael Duarte

Foto: Vivacazuza.org/ Divulgação

Na contramão do mercado, casas de shows da região centro-sul de Belo Horizonte têm aberto, cada vez mais, suas portas para músicos e bandas independentes. Abrigando artistas covers ou autorais, casas como Baixo Cultural e A Autêntica pautam sua programação, majoritariamente, por apresentações do gênero.

O Jornal Contramão mapeou as quatro principais casas de shows que recebem musicais independentes e entrevistou Bernardo Dias, músico e sócio-proprietário da A Autêntica.

Contramão

Como você enxerga a música autoral belo-horizontina? Ela tem ganhado mais espaço no cenário cultural da cidade?

Bernardo Dias

Belo Horizonte é uma cidade riquíssima em produção cultural, mas com poucos meios de difusão desse material. Mas ótimas iniciativas acontecem na cidade que fazem com que as perspectivas sejam as melhores possíveis.

Acho que ainda há um espaço mínimo pro tanto de material cultural que a cidade  produz. Mas a construção de uma cena é assim mesmo, a formação de público tem que acontecer não só pelas bandas, como também pelas casas noturnas que trabalham nesse mercado. São várias iniciativas que acontecem separadamente, mas que juntas impulsionam essa construção.

Contramão

Qual é o principal objetivo da A Autêntica? Ela prioriza ou pretende evidenciar bandas e cantores autorais independentes?

Bernardo Dias

O principal objetivo é ter um espaço em BH onde o público possa sair pra se divertir e conhecer novos sons que estão acontecendo na cidade, no país e no mundo; dar a opção ao público que se interessa pelo novo de vir e ter acesso a artistas que não têm muitas opções de se apresentar na cidade. A consequência disso é que criarmos para os artistas uma nova possibilidade de se apresentarem e encontrarem um público sedento por novidade.

Contramão

Para você, Belo Horizonte tem espaços suficientes que recebam os artistas musicais independentes? Por quê?

Bernardo Dias

Não, tanto que enxergamos essa demanda em aberto para podermos trabalhar. Isso acontece porque existe um público reprimido para esse tipo de evento. Eles existem, mas não saem por falta de opção. Por isso que digo que nosso desafio também é formar o público. Exatamente por essa suposta “falta” de público poucos empreendedores investem nesse mercado.

Contramão

Quais são os critérios para a escolha dos artistas que se apresentam na A Autêntica?

Bernardo Dias

Pelo fato de estarmos formando o público da casa ainda, precisamos que os artistas que se apresentam aqui tenham seu público pra que a noite aconteça e, infelizmente, este é um dos critérios. Mas a tendência é que, com a formação do público da casa, possamos trabalhar 100% com a essência do som.

Buscamos aqui sempre artistas com trabalho contemporâneos, inovadores e produções que possam surpreender o nosso público. A nossa linha de corte não é por estilo, mas sim por atitude musical. Um projeto bem montado, com boas músicas, uma produção competente, responsável e alinhada com os nossos princípios de comunicação têm as portas abertas para proporem datas aqui, seja o estilo musical que for.

Por Gabriel da Silva

Foto: Divulgação

Parklet, conhecido como minipraça, é instalado na Rua dos Goitacazes como área de lazer e descanso para pedestres.

Todos os dias, centenas de pessoas passam pela Rua dos Goitacazes, algumas caminhando até suas casas ou trabalhos, enquanto outras aproveitam as lojas para fazer algumas compras. A Goitacazes, diferentemente de várias outras ruas do Centro de Belo Horizonte, não possui um grande fluxo de carros, mesmo com o grande número de estacionamentos.

Pensando nesse fluxo de pedestres e no comércio da Goitacazes e ruas próximas, como a Rio de Janeiro, começou a ser instalado, no dia 21 de maio, o parklet. Mesmo tendo em vista que já existe um implantado na Savassi como experimental, o parklet da Rua dos Goitacazes é o primeiro aprovado pela prefeitura de Belo Horizonte e BHTrans, com 10 m de comprimento e 2,2 m de largura. O projeto possui piso, bancos e postes inspirados em praças das cidades do interior de Minas Gerais.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Fundado e aprovado no ano de 2010, em São Francisco (EUA), os parklets chegaram ao Brasil no ano de 2013 através da ONG Instituto Mobilidade Verde, na capital paulista. Desde então, outros estados o adotaram.

Mas o que são os parklets?

A palavra parklet é derivada de “parking”, que em inglês significa estacionar, mas em vez de ser utilizado por carros como estacionamento, o Parklet (que é uma minipraça com um mobiliário urbano de caráter temporário) serve para que pessoas possam descansar, ler, tomar um café e observar o movimento, por exemplo, e também estacionar suas bicicletas enquanto fazem tudo isso.

Os parklets são instalados em lugares onde exista um bom fluxo de pessoas, com trânsito que chegue a no máximo 40 km/h. Eles ficam em paralelo à pista de rolamento de veículos, expandindo o passeio público e reduzindo o número de vagas para estacionamento. O investimento é feito por bares, restaurantes ou lojas da redondeza, mas ele pode ser utilizado por qualquer pessoa que esteja passando pelo local.

Os parklets da Rua dos Goitacazes e da Avenida Bandeirantes, entre as ruas Ribeiro Junqueira e Júlio Vidal, ficarão instalados durante 2 anos apenas, sendo desmontados após este período.

Foto: Júlia Guimarães

Ecológicos, os parklets de Belo Horizonte serão feitos com materiais reciclados e terão iluminação solar fotovoltaica. A prefeitura recebe vários pedidos para autorizar a implantação da estrutura em outros bairros. Um deles é de comerciantes e produtores culturais do Bairro Floresta, que fizeram um bazar de roupas para arrecadar dinheiro e bancar os custos das varandas.

Matéria por Sthefany Toso e Julia Guimarães

O Museu das Minas e do Metal, localizado na Praça da Liberdade, terá dois eventos nesta quinta-feira, 25: o Ensaio Aberto e o Língua Afiada. O primeiro é um ensaio da banda de rock Docs on the Rocks, e o segundo é um debate sobre a América Latina, os Incas, os Astecas e o Tango.

De acordo com a analista de comunicação do MM Gerdau, Paola Oliveira, 27, “o ensaio aberto é um projeto que proporciona um momento de descontração no café. Não tem como objetivo ser um show, e sim uma apresentação, por isso que recebe este nome: é ‘ensaio aberto’, não cobramos couvert. A banda desse mês é Docs on the Rocks, que toca clássicos do rock nacional e internacional.”. O ensaio aberto ocorre pelo menos uma vez por mês, nas quintas-feiras.

Já o evento Língua Afiada também ocorre hoje, às 19:30, e é no estilo de debate, que colocará na mesa a situação da América Latina, os Incas, os Astecas e o Tango. Participam da mesa Priscila Midori e Victor Marcello. “Esse evento tem como objetivo trazer uma coisa diferente a cada semana para o museu, seja palestra, café, contação de histórias, ensaio aberto, entre outras coisas”, destaca Oliveira.

As inscrições podem ser realizadas pelo site do museu e a entrada é franca.

Confira abaixo os participantes do Língua Afiada que acontece hoje:

Priscila Midori – mestiça de japonês e negro, morou dos 2 aos 17 anos na fronteira entre Brasil e Bolívia, em frente ao Pantanal. Aos 17, voltou para o Brasil, fez o curso de Comunicação e pós-graduação em Marketing. Trabalhou como redatora publicitária, criou campanhas para lançamentos de filmes, e ganhou prêmios em festivais de publicidade.  Com Nosotros, ela volta a viver a rica diversidade cultural, tão presente em sua vida.

Victor Marcello – enquanto todos decidiam entre Engenharia ou Direito, ele já sabia que trabalharia desenhando. Desde pequeno, conviveu com os ilustradores do Jornal do Brasil e passou tardes testando os materiais de desenho. Cursou Pintura na faculdade de Belas Artes da UFRJ e Cinema na Estácio de Sá.  Trabalhou durante anos com Broadcast Design e, ao iniciar uma pesquisa de tipos latinos para seus personagens, esse estudo cresceu e se transformou no Projeto Nosotros.

 

Informações Adicionais:

Local: MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal

Endereço: Praça da Liberdade, s/n, Funcionários – Prédio Rosa

Horário: 19h30

Data: 25/06

Preço: Entrada Franca

 

 

Por: Raphael Duarte

 

A 10ª Mostra de Cinema de Ouro Preto, a CineOP, encerra as atividades hoje, dia 22. A CineOP é um evento que promove o cinema brasileiro como patrimônio cultural, em três eixos: Preservação, História e Educação. Com programação gratuita, estruturada em seminários, oficinas, lançamentos de livros e exibição de filmes brasileiros, a mostra acontece anualmente na cidade histórica de Ouro Preto.

A décima edição prestou homenagens para cada um dos três eixos em foco. Na temática Preservação, a homenageada foi a conservadora audiovisual, Fernanda Coelho; em História, a CineOP prestou tributo para a representação do negro no cinema brasileiro, e o ator, Milton Gonçalves recebeu homenagens. Na temática Educação, o Cineduc − instituição sem fins lucrativos que dá a crianças e jovens a oportunidade de conhecer elementos da linguagem cinematográfica − foi a prestigiada.

Mais do que um circuito de festivais e mostras de cinema, a CineOP propõe agregar valor de patrimônio à sétima arte por meio de diálogos e discutir a preservação do audiovisual como um dos instrumentos mais importantes de nosso tempo para a construção de cidadania e da cultura. Durante os seis dias de evento, esta 10ª edição propôs debates sobre “Acesso e Acessibilidade” − em que os presentes trocaram informações sobre a dificuldade que a sociedade brasileira tem para acessar os bens culturais que ela mesma produz e as consequências disso −, e “O Negro em Movimento” − debates sobre a representação dos personagens negros no cinema nacional.

A Mostra de Cinema de Ouro Preto contribui para a construção da memória e da preservação do patrimônio fílmico nacional e propõe, por meio de discussão com o público, a construção de um modelo eficaz, democrático e de qualidade para a preservação audiovisual do país.

Texto: Camila Cordeiro

Foto: Yuran Khan