curiosidade

Já pensou o que vai fazer no fim de semana? Preparamos algumas sugestões para vocês:

FESTA JUNINA CHEVALS

No sábado, 20 de junho, separe sua botina e sua camisa xadrez porque vai rolar a 9ª edição da Festa Junina Chevals, das 17h às 01h, no Centro Hípico Chevals. (Rua Atlas 465, Vale do Sol, Nova Lima).

Pode esperar muitas comidas típicas, shows, além de Djs, quadrilha, muita gente bonita, produção inovadora e toda a decoração típica são alguns dos detalhes que tornam o evento ainda mais especial, destaque para as muitas barraquinhas espalhadas pelo local.

Atrações:

Rick & Ricardo, Alan & Alex, Quadrilha, DJ Ric Barreto (Forró), DJ Vavá (House)

Pontos de venda: Lojas Colcci (BH Shopping / PátioSavassi / Diamond Mall)

Valores: Masc R$200,00 / Fem R$170,00 – Lote 1

Mais informações:  Central dos Eventos

CAZUZA – O MUSICAL (ENTRADA FRANCA)

Cazuza
FOTO: DIVULGAÇÃO / INTERNET

O espetáculo “Cazuza, Pro Dia Nascer Feliz” fará única exibição na Praça da Estação, aberta ao público, no dia 21 de junho, às 19h. O show integra a turnê especial, com apresentações gratuitas e encenadas em locais abertos ao público.

“Cazuza Pro Dia Nascer Feliz, O Musical” esteve em Belo Horizonte em abril do ano passado em cinco sessões que lotaram o Grande Teatro do Palácio Das Artes. Só na capital mineira, mais de 6 mil pessoas assistiram ao musical, que carrega os títulos de Melhor Espetáculo, Melhor Direção (João Fonseca) e Melhor Ator (Emílio Dantas), na categoria musical do Prêmio Arte Qualidade Brasil 2014. Para a construção do texto, Aloisio de Abreu partiu das conversas com pessoas próximas a Cazuza e fez uma ampla pesquisa para a criação da estrutura dramática do espetáculo.

Data: 21 de junho (domingo), às 19h, na Praça da Estação (Avenida dos Andradas 201 – Centro)

Entrada gratuita

Classificação: 14 anos

Duração: 1h40

Informações: (31) 3889 2003

CARMEN

O Palácio das Artes recebe, entre os dias 18 e 28 de junho, uma nova montagem de Carmen, ópera de Georges Bizet que completa 140 anos em 2015. Com traços inovadores, no formato de ópera concerto, a encenação homenageia os 140 anos de estreia da obra de Georges Bizet. Os ingressos podem ser adquiridos nas bilheterias do Palácio das Artes ou pelo site ingresso.com e serão vendidos a preços populares: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia-entrada).

A direção musical e regência são do Maestro Marcelo Ramos e a concepção, direção cênica e cenografia de Menelick de Carvalho. A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico de Minas Gerais, o Coral Infanto-juvenil Palácio das Artes e a Cia de Dança Sesi Minas completam o elenco.

“SENHORA DOS AFOGADOS”

Teatro Marília recebe, de 05 à 21 de Junho, o espetáculo “Senhora dos Afogados”, de Nelson Rodrigues.

Data: 05/06/2015 à 21/06/2015

Horário: Sextas e sábados às 21h, domingos às 19h

Local: Teatro Marília

Preço: Na bilheteria: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia) – R$ 12,00 no Sinparc

Classificação indicativa: 16 anos

MINAS TCHÊ 

Entre os dias 19 e 28 de Junho, a Serraria Souza Pinto recebe a 13ª edição do Minastchê em BH. A feira gaúcha conta com diversos artigos de gastronomia, artesanato, além de muita cultura e diversão com shows de dança e música todas as noites.

Realizada em território mineiro, a Minas Tchê é uma feira de produtos e serviços gaúchos incluindo música, danças típicas, costumes, moda em couro, malhas, selarias, churrascarias, chimarrão, vinhos, chocolates e diversos outros produtos típicos vindos diretamente do sul do país.

Local: Serraria Souza Pinto – Av. Assis Chateaubriand, 809
Horário de Funcionamento: Segunda a sexta, de 16h às 23h e sábados e domingos de 12h às 23h
Crianças até 12 anos e idosos acima de 60 anos não pagam entrada.
Estacionamento no Local

 

Por: Raphael Duarte

Nos últimos anos, as vendas de jornais e revistas impressos caíram significativamente, o que tem feito com que bancas de jornais busquem um novo modelo de negócios, ou seja, alternativas inovadoras para se sobressaírem no mercado.

“O mercado está realmente em decadência, mas não no último ano. Isso foi uma coisa que foi ocorrendo com o tempo; de uns quinze anos para cá, as vendas foram diminuindo cada vez mais. Creio que muita gente ainda lê jornal, mas a juventude é que mais está antenada às novas tecnologias e está preocupada com seus smartphones e tablets”, afirmou Valentin Santos, 60, proprietário da banca de jornal localizada na Rua Gonçalves Dias, próximo ao Museu Memorial da Vale.

“A modernização é uma coisa que acontece, não tem como evitar, e quem tem que se adaptar ao mercado somos nós proprietários de bancas de jornal”, argumenta Valentin.

A queda na venda dos jornais impressos e revistas vem ocorrendo devido a fatores como o acesso mais facilitado das pessoas à internet e ao poder de compra de produtos tecnológicos, entre eles computadores, notebooks, tablets e smartphones.

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“Trabalho em banca de jornal tem quinze anos. Quando comecei nesse mercado, as vendas eram realmente expressivas. Hoje em dia, tanto o jornal quanto a revista impressos tiveram suas vendas bastante reduzidas. Não sei te dizer por qual fator, mas ultimamente tem melhorado as vendas”, ressalta João Paulo, 33 anos. Para o proprietário da banca, localizada na Av. João Pinheiro, próximo ao restaurante Xodó, tudo influencia nas vendas. “Por exemplo, o valor das assinaturas, o acesso à internet, e hoje em dia podemos vender outras coisas, como bombonière, créditos para celular, salgadinhos, cigarro, entre outras coisas, e isso é mais do que justo, pois vários lugares vendem jornais e revistas que não são bancas de jornal”, desabafa João Paulo.

Por: Raphael Duarte

Aconteceu ontem, dia 3, o 1º Encontro Solidário dos Grupos de Pedais Noturnos Urbanos de BH. A ideia do evento é unir solidariedade, promovendo arrecadação de donativos para instituições de caridade, e reunir os grupos noturnos de pedalada que acontecem pela cidade. O evento visa, também, conscientizar as pessoas sobre a importância da bicicleta não só para quem pedala, mas para a vida urbana como um todo.

Com o apoio da polícia militar, da BHTrans, de monitores voluntários e de carros de apoio, a pedalada de 11 quilômetros foi um sucesso: sem acidentes e com muitos sorrisos.

O trajeto:

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Da Praça da Liberdade, descemos pela Av. Brasil até a R. Álvares Maciel. Viramos à direita na Av. do Contorno e subimos até a Av. Getúlio Vargas. Pedalando pela avenida, que tem uma vida boêmia agitada, passamos em frente a vários bares e fomos aplaudidos pelos fregueses sentados em suas mesas. Pegamos a Av. do Contorno novamente até a Av. Augusto de Lima, no Barro Preto. Chegamos à Praça Raul Soares e subimos a Av. Bias Fortes até alcançar a Praça da Liberdade novamente.

Entrevista com Thiago Tinganá, um dos organizadores do evento:

Por que vocês decidiram fazer esse encontro?

São duas ideias. A primeira é fazer um pedal solidário para poder arrecadar donativos, agasalho, alimento não perecível e leite. E o pessoal do Anjos do Asfalto está vendendo a camisa deles para ajudar na manutenção do auxílio que eles prestam na BR-381. E junto com isso, reunir todos os grupos de pedal urbano noturno de Belo Horizonte. Então organizamos o evento numa região bem central, no meio da semana, numa véspera de feriado, para ninguém ter desculpa de amanhã ter que trabalhar. Mas a ideia é unir solidariedade com integração dos grupos e pedalar pela cidade.

Quantas pessoas o evento está esperando?

A gente estava com medo, porque no evento do Facebook havia confirmadas mais de mil pessoas, então, em conversa com a polícia Militar, que está nos apoiando, decidimos encurtar o trajeto, que antes era de 34 km para 12 km, pela região central. Mas até agora estão presentes pouco mais de 350 pessoas, não deve ir muito além disso.

Thiago, você usa a bicicleta para lazer ou também como meio de transporte?

Também como meio de transporte. Eu tenho uma bicicleta dobrável e eu vou pro serviço com ela, entro em banco, mercado central, shoppings.

Há quanto tempo você usa a bicicleta com frequência?

Com maior frequência tem de 3 a 4 anos. Mas pedalando com o pessoal à noite já tem 10, 11 anos.

Você viu diferença em Belo Horizonte para quem pedala?

Sim.  Nota-se um número crescente de gente de bicicleta na rua. A gente está vendo um respeito muito grande tanto por parte de motociclista, motorista de carro e ônibus. Mas infelizmente a gente vê que alguns ainda não têm essa consciência e não veem que tem um ser humano ali em cima da bicicleta. E têm sido implantadas as ciclovias, as ciclofaixas, que é um início. Tem que começar de algum lugar, mas o pessoal está tendo maior consciência no trânsito.

IMG_4294Hoje, dia 26, começou o TipCOM − evento de comunicação organizado pela Cria-UFMG.

Serão três dias de palestras, oficinas e bate-papos sobre as diferentes formas e plataformas de comunicação.

O evento foi inaugurado pelo quadrinhista e diretor de animação, Juliano Enrico. A palestra de Enrico foi sobre o desenho animado “Irmão do Jorel”, de quem é o showrunner (criador, roteirista e diretor de animação). “Eu tinha as ideias, mas não tinha um projeto. O ‘Irmão do Jorel’ começou há dez anos, na revista ‘Quase’. Tudo aconteceu muito devagar. Foi uma jornada até chegar a animação”, disse Enrico.

Depois, quem subiu ao palco foi a designer gráfica, Bianca Reis, criadora do quadrinho “Anna Bolenna, a perturbada da corte”. “Eu só sabia desenhar os personagens ou de frente ou de perfil, mas isso não me impediu de continuar”, começou Reis. “Eu fui vender o fanzine − publicação em xerox de trabalhos alternativos − e alguns dias depois recebi um e-mail com uma mulher dizendo que eu estava difamando a Anna Bolenna com meus quadrinhos! A própria Bolenna se difamou naquela época mesmo, eu não tenho nada a ver com isso!”, concluiu Reis, com a plateia rindo.

O TipCOM é uma oportunidade para pessoas que têm ideias, mas que têm receio de investir e de perguntar para quem investiu nos próprios sonhos.

A galeria Mama/Cadela realiza a abertura da exposição Trahere, do artista multimídia Bruno Duque, idealizador e coordenador do Coletivo Diametral (2014), hoje (22), às 19 horas.

A equipe do Jornal Contramão conversou com Duque sobre a produção artística em Belo Horizonte e sobre suas expectativas para a Mostra.

CONTRAMÃO

Para você, qual é o papel que a arte abstrata exerce sobre as pessoas? É um exercício de reflexão?

BRUNO DUQUE

A arte abstrata é muito diversificada. Houve muitas correntes históricas que se desdobraram de formas muito diferentes. Desde obras muito carregadas emocionalmente, até obras puramente racionais. A arte abstrata é muito potente, não só como conjunto de formas e configurações de cores, mas também de ideias, expressões, emoções e outros. É difícil falar sobre o efeito da arte abstrata sobre as pessoas porque os artistas que trabalharam neste âmbito aprofundaram muito em suas pesquisas, conseguindo resultados muito importantes e aumentando ainda mais as possibilidades criativas. Quanto à pergunta sobre se a arte abstrata é um exercício de reflexão, tenho certeza que toda arte é um exercício de reflexão, sendo que algumas exigem maior concentração, enquanto outras são mais arrebatadoras.

CONTRAMÃO

Você, como artista multimídia e idealizador do recente Coletivo Diametral, enxerga BH como um polo artístico? Em sua opinião, a cidade está crescendo ou não no que se diz respeito à produção artística e cultural? Por quê?

BRUNO DUQUE

 Acho que Belo Horizonte é um polo artístico, sim. Esta cidade sempre teve grandes artistas e sempre terá. Não acho que a cidade tenha muita participação no mercado e acho que tem muita produção mais tímida pela própria dificuldade que os artistas encontram em participar do circuito, mesmo do circuito local de Minas. Em comparação com outras cidades em outros estados do Brasil, Belo Horizonte precisa ser mais aberta e, principalmente, mais convidativa para jovens artistas, dando-lhes mais oportunidades.

CONTRAMÃO

Qual é a essência da exposição Trahere? Há alguma mensagem ou sentimento fundamental que você deseja passar para o público? Se sim, qual?

BRUNO DUQUE

A exposição Trahere é muito cerebral. Eu só quis fazer uma coisa “bonita” para também poder falar sobre beleza, mas por trás da estética das obras tem muitos questionamentos e muitos paradoxos desvelados. Cada obra tem um diálogo extenso com a história da arte. Mas ao invés de deixar claro os meus embates com a obra, eu prefiro criar algo que possa levantar muitas questões para pessoas diferentes. De certa forma, não é a pergunta que importa, e sim a interrogação. Minha produção é uma tentativa de oferecer uma interrogação para que cada um faça sua própria pergunta.

CONTRAMÃO

Quais são suas expectativas em relação à exposição Trahere?

BRUNO DUQUE

Eu estou muito feliz em poder mostrar este trabalho, pois é uma exposição individual, e sendo assim eu pude ter todo o controle. Espero receber muitas críticas. Espero que muita gente possa vê-la. E eu gostaria que algum dia minha produção servisse de influência para outros artistas (mas não só aos artistas). Acho que a riqueza da arte é exterior ao indivíduo. É uma coisa da humanidade toda. Estou amadurecendo muito meu trabalho ainda, mas luto para algum dia fazer diferença, pois essa é maior coisa que uma pessoa pode conseguir.

O Mama/Cadela fica localizado na Rua Pouso Alegre, 2.048, Santa Tereza. A exposição fica no espaço do dia 23 de maio a 24 de junho, e o bate-papo com o artista ocorre no próximo domingo, 24, das 15h às 17h. A entrada é gratuita.

Por Gabriel da Silva

DSC_0026Centenas de pessoas desfilaram pelas ruas de Belo Horizonte, reivindicando uma cidade que acolha a diferença e a diversidade.

No Dia Nacional da Luta Antimanicomial, 18 de maio, o Fórum Mineiro de Saúde Mental, com a Associação de Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais, organizou mais uma edição do Desfile da Escola de Samba “Liberdade Ainda que Tan Tan”, que reivindica uma cidade que acolha a diferença e a diversidade.

Neste ano, a manifestação homenageia o psiquiatra italiano Franco Basaglia, que veio ao Brasil nos anos 1970 e inaugurou o diálogo “Reforma Psiquiátrica” – que discute, por exemplo, a ineficácia de manicômios e encarceramento.

Desde a visita de Basaglia, houve importantes avanços na política antimanicomial, mas essas conquistas ainda são vulneráveis e há possibilidade de retrocessos. Há quem defenda a internação em manicômios, e muito frequente os encarceramentos são tratamentos eficazes.

A cirurgiã-dentista Vanessa de Moura foi internada três vezes em manicômios da cidade e afirmou: “É um inferno. Você entra de um jeito e acha que vai sair melhor, mas pelo contrário, você sai bem pior”. Moura revela que ficou enclausurada por 30 dias, entre homens e com pessoas menos orientadas que ela. “Eu procurei ajuda e foi isso que eu encontrei. Agora eu fiquei sabendo do centro de convivência. Lá eu faço mosaico, faço pintura e, claro, tomo minha medicação, vou às consultas com psiquiatra”, conclui Moura.

Com o tema “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça: por uma sociedade sem manicômios!”, seis blocos desfilam pelas ruas da capital até à Praça da Estação, cantando o samba enredo deste ano:

Samba Manifesto

Autoria: Coletivo do Centro de Convivência Providência

Refrão

Se já teve Bombrilhão e também

Psiu psiu

Foi por causa de Basaglia da Itália

Pro Brasil

Junto com Napoleão o lamento registrou

De um povo abandonado, sem saúde e

Sem amor

Foi entrando pela frente que Basaglia

Quis chegar

Barbacena não sabia mas iria se afundar

Refrão

Eu não sou de oba oba e não quero confusão

Quero ser tratado apenas como um

Louco cidadão,

Se Basaglia veio aqui pra poder me libertar

Para que retroceder se é necessário caminhar.

Eu chamava por xangô, por pajé e por tupã,

Foi Basaglia quem chegou e me mostrou

O amanhã.

Impossível era o passado, o possível já

Chegou,

Tratamento em liberdade minha vida

Começou.

No país das maravilhas é onde posso crescer,

Movimentos sociais pros meus direitos valer,

A história da loucura marcou o meu coração

Se existo loucamente é para salvar sua geração.

Eu não posso me calar nem tampouco

Consentir

A serpente higienista não pode me excluir

Ao lado de marco cavalo minha marca vou deixar

Nem de cabeça pra baixo eu irei me rebaixar.

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi instituído após profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios, durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Naquela manifestação, nasceu o Movimento Antimanicomial.

Texto e fotos: Camila Lopes Cordeiro