Entretenimento

Diversidade pode ser a palavra que contextualiza todo o primeiro semestre no Instituto de Comunicação e Artes da UNA.

No inicio do mês de abril, entre os dias 08 e 09, ocorreu o Circuito Comunica: Cores da Igualdade, organizado pelo coletivo ABUNA. O coletivo que, em tupi-guarani significa “Homem Preto”, é um grupo institucional formado por 11 alunos do Centro Universitário UNA, responsável por realizar o evento.

Com palestras e workshops, o Circuito foi de grande sucesso no ICA (Instituto de Comunicação e Artes). O workshop “Turbantes: Origem, Significados e Torções para o Cotidiano”, realizado pela estudante Énia Dára Medina, teve a participação dos professores e dos alunos que não tiveram vergonha de se jogar na moda dos turbantes.

Sob o comando da professora Daniela Viegas, os alunos do 3º período de Relações Públicas, organizaram o II Fórum Comunica intitulado como Diversifica. O evento contou com a presença dos palestrantes Cris Guerra, blogueira e colunista de moda, Wesley Schunk, médico e ex-BBB, Gustavo Jabrazi, representante da agência Filadélfia, Roberto Reis, professor e coordenador do UNA-SE Contra a Homofobia e Tania Rodrigues, representante do grupo Black Soul de BH.

Segundo Viegas, a experiência de organizar o Fórum foi muito gratificante, não só para ela, como para os alunos e participantes, pois todas as decisões sobre o evento foram feitas em discussões democráticas em um processo deliberativo.

Texto: Luna Pontone
Foto: Diogo Fabrin

A exposição GENESIS, de Sebastião Salgado, se encontra a partir de hoje, 4, até o dia 24 de agosto no Palácio das Artes. O fotografo fez mais de trinta viagens por diversas regiões do mundo para desfrutar de suas maravilhas e fazer uma profunda especulação sobre problemas sociais e ambientais atuais.

Os últimos oito anos que Sebastião dedicou neste projeto, envolveu expedições a vários lugares remotos com povos isolados, helicópteros, canoas e caminhadas em terrenos difíceis. Tendo o preto e branco predominante em suas fotografias, a exposição foi dividida em cinco seções geográficas, recebendo os nomes: Planeta azul; Santuários; África; Terra do Norte; Amazônia e Pantanal.

O projeto que é patrocinado pela empresa Vale desde 2008, mostra que a relação homem – natureza é primordial para o equilíbrio do planeta. Com os registros ele incentiva de forma educacional e informativa a preservação da natureza. As 254 fotografias que já passaram por outras cidades, inclusive no Museu de História Natural de Londres, estão expostas na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard e no Espaço Mari’Stella Tristão e outras 52 fotos externas encontram-se no Parque Municipal Américo René Gianetti.

Texto: Bárbara Carvalhaes
Foto: Divulgação

Faltando oito dias para o inicio da “tão esperada” Copa do Mundo no Brasil, fica evidente que a capital mineira não anda muito animada em receber o Mundial e consecutivamente os turistas que desembarcarão na cidade neste período. Diferente dos mundiais anteriores (2010 e 2006) as ruas, as lojas e os restaurantes não estão enfeitados ou em clima de copa – aquela agitação pré-mundial. Só se vê por ai, a promessa de uma grande manifestação no dia 12 de junho, abertura oficial do evento.

Apesar do desanimo dois restaurantes estrangeiros instalados na capital decidiram enfeitar o local em comemoração à Copa. O restaurante, Soléa e a Pizza Sur, ambos restaurantes estrangeiros.

Restaurante Pizza Sur

A escola de dança espanhola Soléa abre as portas para o almoço e jantar, sendo considerado um restaurante espanhol. O local já possui tema da Espanha, mas para agradar a todos turistas, eles enfeitaram o ambiente com faixas em verde amarelo, simbolizando o Brasil. Já a Pizza Sur, desde o Mundial de 2006 é toda enfeitada com artigos do país argentino.

O argentino e proprietário, Gustavo Romano, explica que em toda Copa do Mundo eles enfeitam o restaurante com artigos argentinos, “Nosso restaurante é famoso entre torcedores da argentina, ele se tornou uma fortaleza para os clientes latino-americanos”.  Romano ainda ressalta que, “enfeitar o restaurante é como se estivesse em casa, além de agradar muita gente”.

Texto e foto: Juliana Costa
 

Escola de dança e restaurante Soléa 

No meio musical ou literário nós nos encontramos em um tempo que criar algo novo é praticamente impossível. Para tentar contornar o que já é conhecido autores e compositores tentam inovar suas criações misturando estilos já vistos antes. Esse é o caso da banda mineira Dolores 602, cada integrante possui uma influência musical e em busca de fazer um som que seja gostoso de ouvir elas criam suas próprias letras e arranjos musicais.

Elas não estão atrás de um rotulo musical só querem fazer música e se possível conseguir tirar algum ganho financeiro disso. O nome da banda possui várias histórias dentre elas, um “causo” que chegou ao ouvido delas: – Havia uma senhora que morreu e ela colecionava os potes dos remédios que ela tomava. Vasculhando a casa descobriram que ela tinha um caderninho com os nomes dos amantes que teve ao longo da vida. Eram 301 frascos e 301 amantes, ao todo 602 e o nome dela era Dolores.

Leiam na integra o bate papo que o Jornal Contramão teve com a Banda Dolores 602:

Como a banda surgiu?

Isabella: Eu e a Camila já tínhamos tocado juntas em duas outras bandas, de estilos bem diferentes, ai quando a última banda terminou estávamos a fim de formar outra. A gente sempre, tipo, querendo caçar confusão. E ai coincidiu da Camila conhecer uma pessoa, uma aluna dela indicou, disse que já conhecia uma menina que cantava e estava a fim de formar uma banda, ai apareceu a Débora e a Táskinha a tira colo, que já tocava com a Débora, ai combinamos um ensaio lá em casa no meio de 2010 e rolou.

Camila: Ficamos seis meses preparando o repertório e em fevereiro do outro ano, começamos a tocar. Foi no nosso tempo, só tínhamos o final de semana para ensaiar.

Isabella: Não tínhamos muita pretensão, no inicio só queríamos fechar um repertório cover para tocarmos.

Quando que começaram a trabalhar nas músicas do EP?

Camila: Uma no final de 2011, outra em janeiro de 2012, dai, há três meses surgiu outra, a gente começou a inserir elas no repertório, a gente viu que eles casavam com o repertório que cover que a banda tinha. Rodamos 2012 assim, 2013, ano passado, a gente foi pra São Paulo participar de um festival, e ganhamos o primeiro lugar, foi uma grande surpresa. Não acreditamos quando anunciaram o nome da nossa banda em 1º lugar.

Quem é a responsável pela composição e arranjos?

Camila: Eu acho que estamos nos descobrindo, essa resposta vai mudar.

Táskia: Mas por enquanto eu e a Camila.

Camila: As músicas que estão no EP são da Táskinha e do Miro, que é um amigo dela, parceiros de composição. Tem algumas minhas e tem uma que é da Luiza Brini e da Raquel Dias.

Táskia: E tem a Nine Out Of Ten que é do Caetano Veloso.

Dolores 602: Os arranjos são feitos por todo mundo, durante os ensaios, uma da pitaco no da outra, a Débora sempre acha que deve por mais prato.

Quais as influências musicais da banda?

Débora: Acho que cada uma tem uma bagagem diferente. Taskinha está mais no Rock’ n’ Roll e no blues.

Isabella: Eu gosto de ouvir tanta coisa diferente! Gosto muito de Folk Rock, Axé, de Rock de tudo, acho que até as coisas que não gostamos acaba influenciando também, pelo menos alguma coisa você tira, pelo menos para não fazer igual. É difícil olhar assim pra trás e perceber o que influenciou, é uma mistura de tantas épocas diferentes da nossa vida.

Camila: E eu acho que o que a banda faz hoje não é buscando um estilo e nem é buscando referências para trás, não conscientemente, pelo menos. Vamos muito pelo som, queria que soasse assim, queria que causasse essa sensação. Eu acho que não tem muita essa coisa de estilo em primeiro plano, está lá na nossa vida, construiu a gente, mas nós vamos muito pelo som.

Quais os desafios de ser uma banda mineira?

Camila: Não somos música mineira. Eu acho que, depois de 30 anos de Clube da Esquina, está rolando uma estereotipia em Minas. Por exemplo, música do Espírito Santo é música que se faz no Espírito Santo. Música carioca é música que se faz no Rio de Janeiro, música do Mato Grosso do Sul é música do Mato Grosso do Sul e música mineira é Clube da Esquina, quando se fala música mineira, cunhou aquele estilo e ficou. Acho que às vezes isso limita. Existe uma cena muito efervescente, que é totalmente diferente disso. Lógico que não tem como não ter ouvido Clube da Esquina na vida e não gostado de algumas coisas ou de tudo, entende?
Nós somos uma banda mineira, pelo menos eu tenho muito orgulho de ter nascido aqui, mas acho que isso é uma coisa que a gente vai ter que lidar assim, não é música mineira, mas é música mineira. (Entendeu?)

Débora: Não é uma música mineira é uma música de Minas.

Quando as coisas passaram a dar certo para a banda?

Débora: Eu acho que deu certo a partir do momento em que falou: – É isso, vamos lá! Deu certo pra gente, gosto de estar aqui, gosto de fazer isso mesmo, adoro tocar com essas meninas e é bom pra caralho.

Táskia: Eu acho que deu certo quando colocamos um objetivo. Que ai as coisas começaram a caminhar. Acho que foi a partir de algumas reuniões que teve no ano passado, começamos a pensar o que queríamos para a banda e como artistas.

Curtiram o papo das garotas? Acessem o site da banda e realizem o download do primeiro EP da Dolores 602.
Vejam a nossa galeria de fotos da banda!

Foto e Texto por: Juliana Costa

O Grupo de dança belo-horizontino Primeiro Ato estreia seu 18° espetáculo intitulado “InstHabilidade”, neste sexta-feira, 30. As apresentações ocorreram até domingo, 01, no Teatro Bradesco Minas, localizado na Rua da Bahia, número 2.244.

 Criado no ano de 1982, pela diretora artística Suely Machado, o Primeiro Ato tem como objetivo formar criadores além de interpretes da dança. O grupo começou apenas como uma escola de dança e atualmente possuí quatro braços: Dançando na escola, Acervo e Criação Compartilhada, Centro de Dança e Grupo e Dança este possuindo sete integrantes.  Através de suas danças, o grupo sempre tenta falar de um sentimento comum para o seu público, trazendo de diversas formas suas memórias, dores e delicadezas para que possa mostrar o mundo violento em que vivemos. Atuando significativamente na profissionalização de crianças e jovens de diversas classes sociais, o Primeiro Ato estimula a sensibilidade por meio da música, de filmes e de livros de modo que a partir deste, possa orientar qual caminho artístico a pessoa deve seguir.

 Segundo Suely, o espetáculo “InstHabilidade” faz jus ao próprio nome. Ele mostrar a vivência no mundo, as mudanças repentinas, a solidão, as escolhas que somos obrigadas a fazer respondendo a pergunta “Qual a habilidade que tem que ter para lidar com esse momento de instabilidade?”.

No dia 10 de Junho, ocorrerá o lançamento do Livro “Primeiro Ato: 30 anos”, no Sesc Palladium, tendo a autoria de Glória Reis, historiadora de dança.

Texto: Bárbara Carvalhaes

Foto: Cedida pela Mais Assessoria de Imprensa

Nesta quinta-feira, 29, aconteceu a abertura oficial da 9ª Edição do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. A cerimônia aconteceu no Cine Vila Rica, onde apresentou à temática e os homenageados desta edição.

A CineOP se caracteriza pelo único evento a ter enfoque a preservação, a história e a educação audiovisual no Brasil. Entre os homenageados, estão os cineastas Luiz Rosemberg Filho, Ricardo Miranda e ao grande preservador e ex-curador da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Cosme Alves Netto.

Na temática histórica, Rosemberg, é considerado um dos mais inventivos, radicais artistas da geração de 68, onde desenvolveu um cinema mesclando erotismo, crítica, política e amor ao cinema. Já Ricardo Miranda, foi um artista, montador, cineasta, professor e um cinéfilo que o fez uma das grandes referências da sétima arte das duas últimas décadas. Pensando na temática de preservação, ninguém melhor do que Cosme Alves Netto, que esteve à frente da cinemateca do MAM entre 65 e 88, resistindo à ditadura militar, lutando e organizando a memória do cinema, além de ter sido um dos maiores incentivadores da produção cultural e independente da época.

Durante a cerimônia, os homenageados receberam o simbólico troféu Vila Rica. As viúvas de Ricardo e Cosme subiram ao palco para receber o prêmio e falaram da importância do reconhecimento do trabalho de ambos para o cinema brasileiro. Rosemberg, foi aplaudido de pé e, como já era de se esperar, não fez nenhuma declaração, visto que sempre se manteve longe dos holofotes da mídia, mas dedicou o prêmio aos amigos mais próximos.

Após a cerimônia de abertura, a pré-estreia do documentário “Tudo por amor ao cinema”, de Aluísio Michiles, que narra à trajetória da vida de Cosme Alves Netto através de depoimentos de amigos e cenas de filmes, que ajudam a narrar um momento de sua vida – intercalação de filmes que ajudam a ilustrar e narrar cada momento relembrado em cena. Michiles contou que “Desde jovem, me perguntava para onde iam os filmes aos quais assistia no cinema, eu queria saber o que acontecia com eles”, por isso resolveu dirigir um longa-metragem que contasse a vida de um dos homens que mais representam essa memória cinematográfica no país.

Mais informações: www.cineop.com.br 

Por Lívia Tostes
Fotos: Leo Lara/Universo Produções