Entrevista

Pessoas que sobem e descem a Rua da Bahia. Pés apressados e um buraco na calçada. Uma combinação que pode render acidentes. Na esquina da Rua da Bahia com a Bernardo Guimarães, os buracos atrapalham a circulação de pessoas, principalmente crianças, idosos, cegos e pessoas com deficiência física.

Veja a opinião dos cidadãos que passam pela Rua da Bahia e se deparam com esse problema todos os dias no vídeo abaixo.


O que fazer?

Para registrar uma reclamação sobre os buracos nas calçadas e outras questões relacionadas à acessibilidades nas ruas de BH, deve ligar para 156. A reclamação é encaminhada para um departamento técnico da Operação Tapa Buracos. O prazo para a vistoria com o envio da notificação e o tempo para os responsáveis resolverem as irregularidades é de 90 dias úteis.

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Por Felipe Bueno, Thaline Rachel e Vanessa C.O.G.

Fotos: Felipe Bueno

Cerca de cem crianças do ensino fundamental, do Colégio Claretiano Dom Cabral, fizeram uma passeata na tarde desta segunda-feira, 6 de junho. A iniciativa teve como inspiração o Dia do Meio-Ambiente, comemorado, ontem, dia 5. O tema da passeata foi o melhor destino para o chamado lixo eletrônico.

O grupo percorreu a Rua da Bahia até a Praça da Liberdade, onde os alunos apresentaram os trabalhos escolares e participaram de dinâmicas voltadas para conscientização ambiental. Os alunos seguravam cartazes e folhetos que continham frases como: “o lixo eletrônico não é virtual. Ele existe e agride a natureza” e “Pela preservação da vida: se ligue nesse assunto”.

A coordenadora pedagógica, Adriana Quintão, explica a importância de não se desfazer do lixo eletrônico junto ao lixo domiciliar e de encaminhá-lo aos órgãos competentes, ouça:


O aluno do 5º ano, David Ge-Paulo, 11, avalia a iniciativa como importante para o meio ambiente pois estimula a reciclagem.

O aluno David Ge-Paulo

A professora do maternal, Luciana Lagares, destaca que é importante as crianças aprenderem sobre preservação do meio ambiente na escola, ouça:


Texto: Bárbara de Andrade

Foto: Marina Costa

Áudio-edição: Marcos Oliveira

Em detrimento das obras de revitalização da Praça Diogo Vasconcelos na Savassi, região centro sul de Belo Horizonte, parte da Avenida Getúlio Vargas foi interditada hoje. Assim, os motoristas que usavam a via no sentido bairro Savassi/Serra, tiveram de usar um caminho alternativo proposto pela BHTrans.

Obras na Avenida Getúlio Vargas

A avenida foi fechada entre a Rua Fernandes Tourinho e Rua Paraíba e só será liberada daqui a cinco meses. Dessa maneira, as linhas de ônibus tiveram que alterar sua rota. Ao conversar com alguns motoristas, constatou-se que as informações ainda eram insuficientes. O office boy Jean Calos conta que não sabia sobre o desvio, “estou vendo agora pela placa. Percebo que está trazendo transtorno no trânsito devido a má estrutura de informação”, relata. Lucas Leite, programador, foi pego de surpresa e comenta sobre o episódio, “é a primeira vez que estou passando na Savassi depois que começaram as obras. Fiquei sabendo dos desvios por amigos e não por órgãos competentes”.

Veja na reportagem abaixo:


As alterações no trânsito foram sentidas com mais intensidade na parte da tarde, principalmente no horário de pico. As obras vêm incomodando lojistas, pedestres, moradores e motoristas da região desde março e estão previstas para terminar dentro de um ano. Orçada em 10,5 milhões, o projeto divide a opinião das pessoas. Uns avaliam como melhoria do espaço que é um lugar tradicional da cidade. Já outros vêem como desnecessária as alterações e gastos.

Por Andressa Silva, Felipe Bueno, Thaline Rachel e Vanessa C.O.G

Vídeo: Edição e imagens: Vanessa C.O.G/ Reportagem: Felipe Bueno e Andressa Silva

Fotos: Felipe Bueno

A partir das 10h de amanhã, 31 de maio, o trânsito na Savassi será alterado devido às obras de revitalização da Praça Diogo Vasconcelos. A Avenida Getúlio Vargas será fechada para o trânsito de veículos entre as ruas Fernandes Tourinho e Paraíba, sentido Afonso Pena e a Rua Paraíba passará a ter mão única até à Getúlio Vargas.

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Durante o dia de hoje, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) distribuiu panfletos com informações e orientações à população sobre as mudanças. Mesmo assim alguns lojistas da região reclamam que não foram avisados com antecedência da realização das obras e dos desvios no trânsito local.

A sócia-proprietária de uma loja de artigos populares a R$ 1,99, Renata Oliveira Cardoso reclama que os lojistas não tiveram a oportunidade opinar sobre as obras e a forma como seriam feitas e que a PBH não avisou com antecedência das alterações que afetariam a região. “A revitalização da Praça está diminuindo as vendas da loja em 40%”, estima, “as vendas estão caindo e o aluguel é o mesmo”, compara. “A reforma faz muito barulho e poeira, perco até alguns produtos”, reclama Renata Cardoso.

A proprietária de uma cafeteria da região, Ana Luiza Small, endossa a opinião da lojista com relação aos transtornos provocados pelas obras e queda das vendas. “Uma solução possível seria diminuir o aluguel [dos estabelecimentos], já que as vendas estão caindo”, sugere. De acordo com Ana Small as obras de revitalização da Praça de pouco serão úteis para o comércio diurno que, hoje, sofre com as obras.

A comerciante Renata Oliveira levanta outro aspecto associado às obras, a sinalização para proteção de pedestres. “Abriram um buraco na porta da minha loja, sem avisar, e o espaço para as pessoas passarem ficou muito pequeno é perigoso principalmente para os idosos. Reclamei, mas não solucionaram o problema. Cheguei a pensar em abrir outra porta”. Ela ainda se diz insegura em relação ao tempo de duração da obra. Ouça trechos da entrevista com Renata Oliveira.

O comerciante Michel Magno também acredita que, no momento, as obras e o desvio do trânsito serão prejudiciais para o seu negócio. “As obras provocam atrasos no trânsito e com menos espaço teremos menos vagas para estacionamento”, afirma, “com o desvio, vai aumentar o número de linhas de ônibus que passam na região o que será bom para alguns e ruim para outros”, pondera.

Próximo a Praça em obras, o cozinheiro Miguel Felipe Lopes afirma que as obras e o desvio não atrapalha seu cotidiano. “A obra é boa, pois está melhorando, por enquanto não me afeta”, avalia.

A Regional Centro-Sul foi procurada para se pronunciar a respeito das reclamações dos comerciantes locais, mas até o fechamento da matéria ninguém foi encontrado pela reportagem. Na BHTrans, a informação repassada é a de que o órgão apenas intervém no gerenciamento de trânsito.

Informações sobre as obras e o desvio acesse: www.bhtrans.pbh.gov.br

Texto: Bárbara de Andrade

Foto: Felipe Bueno

Aúdio edição: Andressa Silva


Conhecida pela beleza arquitetônica e por proporcionar espaço à prática diária de exercícios físicos, a Praça da Liberdade abriga diariamente diversos animais (rolinhas, pombos e até micos!). Diariamente, o aposentado e freqüentador, Domingos Souza, 89, alimenta diversas aves ao longo da praça e quando não pode comparecer, sempre envia alguém para realizar esse trabalho, garantindo que os animais não fiquem sem a alimentação.

Natural da cidade Além Paraíba, Zona da Mata, o aposentado se recorda da época em que vivia em uma fazenda, nos anos 1940, e destaca que o homem é a principal causa da degradação ambiental. “O próprio homem está destruindo o meio onde vive e junto com ela a natureza vai se esgotando. Será que o homem não compreende que tem que cuidar da natureza, e que as espécies estão tentando sobreviver aos nossos costumes?”, indaga.


Domingos jogando alimento para os pássaros.
Domingos jogando alimento para os pássaros.

Os aliemntos são comprados pelo próprio aposentado.
Os alimentos para os pássaros são comprados pelo próprio aposentado.

Belo horizonte é uma capital que possui expressiva diversidade de aves em seu território. Fatores importantes contribuem para a riqueza de espécies do município, como a grande variedade de habitat: lagos, lagoas, fragmentos de mata, campos rupestres, parques, praças, ruas arborizadas e pastagens.

O desmatamento desses espaços faz com que espécies migrem em outros lugares. “Vários pássaros estão saindo de seu habitat em busca de alimento, pois não estão encontrando em outros lugares, estou contribuindo para que os animais não sumam de nossa paisagem”, conclui Domingos.


Por: Marina Costa

Foto: Bárbara de Andrade

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A Palestra com o jornalista Ricardo Kotscho foi uma grande oportunidade tanto para profissionais já atuantes na área de jornalismo como também para estudantes de jornalismo, que compareceram ao Auditório do Campus Aimorés, do Centro Universitário UNA.

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Durante a coletiva, antes da palestra, o jornalista Ricardo Kotscho, foi bastante questionado sobre o futuro do jornalismo e as questões que marcam essa atividade, hoje. Essas questões também marcaram a palestra e, de acordo com Kotscho, a prática jornalística, hoje, reforça três pilares que ele considera fundamentais: “conhecimento, caráter, credibilidade.”

Logo no início do debate, Kotscho afirmou: “O grande desafio é encontrar uma novidade para contar, não podem tratar a notícia da mesma forma”, referindo-se aos diferentes suportes disponíveis, hoje, para a imprensa. Kotscho defende a ideia de que o jornalismo se encontra em um ritual de passagem de forma de fazer para uma outra cujo contorno ainda não está defindo.

Ricardo Kotscho trabalhou, praticamente, em todas as principais mídias brasileiras (jornais, revistas, tv), e, agora, utiliza o blog como uma ferramenta para o serviço de informar, uma marca do que ele define como “Era da convergência de mídias”. Para Kotscho não importa o meio em que trabalhe, mas importa sempre a qualidade da informação que será oferecida ao leitor/público.

Ricardo Kotscho é repórter, editor, chefe de reportagem, diretor de redação, exerceu o cargo de Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2004. Está entre os cinco jornalistas brasileiros condecorados com o Troféu Imprensa da ONU. Tem 20 livros publicados, entre eles, “Do Golpe ao Planalto – Uma vida de Repórter” e “A Prática da Reportagem”.

O evento de ontem contou ainda com o lançamento do livro “Vida que segue: Balaio do Kotsho Crônicas Revisitas” que aborda sua carreira profissional. Ktscho finalizou afirmando: “o principal desafio da profissão é encontrar um diferencial.

Confira abaixo o que Kotscho fala sobre cobertura hiperlocal:

Acompanhe a entrevista com Ricardo Kotscho:

Imagens e edição: Maria Amélia e Daniel Lemos

Reportagem: Andressa Silva e Thaline Araújo