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O Music Bank in Brazil foi ao ar, hoje, na Coreia ás 11h da manhã, mas ocorrerá uma reprise ás 18h50, através do canal do YouTube da emissora responsável pelo programas, KBS World,  e uma reprise ocorre às 5 da manhã de amanhã. No dia sete de junho o Brasil foi palco do maior festival de música pop coreana do mundo, a cidade agraciada com esse evento foi o Rio de Janeiro. No total foram sete atrações sul coreanas, B.A.P., MBLAQ, Ailee, M.I.B, INFINITE, CNBLUE e SHINee.

Na sexta-feira, 06, o HSBC Arena recebeu a coletiva de imprensa com os ídolos que já se encontravam no estado, foram selecionados dois membros de cada grupo para conversar com os jornalistas: M.I.B (KangNam e 5Zic), CNBLUE (MinHyuk e JongHyun), SHINee (Key e JongHyun), INFINITE (DongWoo e SungGyu) e a cantora Ailee. A escolhida para realizar a intermediação, entre os ídolos e a imprensa, foi a ancora da principal emissora coreana, KBS, Jeong JiWon.

Como foi a coletiva?

A coletiva estava marcada para as 14h, mas por causa do trânsito o evento foi adiado para às 15h. A Dream Maker responsável pela produção do evento recolheu as perguntas, por e-mail, uma semana antes com as mídias credenciadas. Antes dos artistas entrarem fomos avisados que não poderíamos fazer novas perguntas nem realizar por nós mesmos as que tínhamos enviados para aprovação. A Dream Maker havia selecionado algumas perguntas entre as recebidas e a ancora JiWon realizou as perguntas em coreano para artistas presentes, antes de responderem a pergunta passavam a vez para a tradutora Jenny Cho, que lia em português para os presentes na sala e só então os ídolos respondiam e traduziam as respostas.

Durante a coletiva as mídias poderiam tirar fotos e filmar, porém sem saírem do lugar. Ao final da coletiva os artistas se reuniam com o grupo completo para as fotos, nesse momento foi permitida a imprensa se mover.

O INFINITE é conhecido por suas coreografias, os fãs gostariam de saber: como vocês conseguem aprender novas coreografias?

DongWoo: Tem que jogar fora todos os pensamentos ruins como: “Ah! Eu danço mal”. A coreografia expressa bastante o amor, então tendo o amor no coração vocês vão conseguir aprender muito.

O M.I.B. já está aqui há uma semana, qual o lugar que vocês mais gostaram de visitar?

5Zic: Nós fomos em várias praias e em vários shoppings, mas o que mais gostamos foram das belas mulheres brasileiras.

Todos os presentes no local reagiram com um coro de “Own”, quando ele respondeu “eu te amo” em português.

O Show

Uma semana antes do show inúmeros fãs montaram um acampamento ao longo dos muros da HSBC Arena. No dia do show, as filas para cada setor eram imensas e a desorganização era vista desde cedo, quando os portões finalmente se abriram os fãs da pista premier se espremiam para tentar formar uma fila com três pessoas lado a lado, mas não deu muito certo, o que causou transtorno para muitas pessoas e machucou outras.

Entrando no local havia uma longa mesa em que distribuíram a primeira edição em português da revista coreana K WAVE. Passando pelos seguranças os fãs subiam uma rampa em que eram filmados e transmitidos para dois telões dentro da Arena. Muitos fãs queria entregar presentes para seus ídolos, mas ficaram confusos de onde e como fazerem isso, os menos desesperados conseguiram observar uma pilha de presentes logo no hall de entrada da cada de shows, tudo o que tinham a fazer era pedir a um staff da Mix JunkBox para pegar o presente e colocar na pilha de determinado artista.

Muitas das situações que haviam combinado antes não foram seguidas naquele momento, havia quatro empresas trabalhando na organização do Music Bank Brasil e muitos dos staffs presentes eram coreanos e não arriscavam nem responder em inglês.

Mas quando o show começou todos se esqueceram dos transtornos ocorridos. O grupo que abriu o festival foram os caras do B.A.P., de repente parecia que a arena era composta só de Babys (nome dado ao fandom do grupo), todos sabiam cantar as músicas, o grito de guerra e o nome de cada integrante. Em seguida foi à vez da Ailee, pra quem não conhecia o trabalho dela ficou fã no mesmo instante em que a “princesa do k-pop”, como muitos fãs gritaram, ficaram seduzidos com as curvas do corpo dela e com os agudos originais. O terceiro grupo da noite foi o M.I.B., os garotos que já estavam no Brasil há uma semana, realizando passeios pelo Rio de Janeiro, foram muito bem recebidos pela plateia e repetiram várias vezes as frases, “Bonita, eu te amo!”, “Brasil, eu te amo!”.

Houve pequenos shows de intervalo, como o da dupla Toheart, WooHyun do INFINITE e o Key do SHINee. A dupla sorteou na hora uma garota para subir ao palco e ser a “Dream Girl” da noite. Todos os artistas subiram ao palco para canta a música “Vou deixar” da banda mineira, Skank. A cantora Ailee mostrou que se esforçou para aprender português ao realizar um desempenho de Aquarela do Brasil do compositor mineiro Ary Barroso. Taemin, Jonghyun e Sungkyu cantaram ‘Garota de Ipanema’.

O festival seguiu com a apresentação do grupo MBLAQ que mostrou a todos que tem uma bela harmonia de grupo, com coreografias bem trabalhadas. Os meninos do INFINITE chegaram arrancando gritos de toda a plateia, de repente o local mais uma vez só parecia ter rum fandom dessa vez eram todos “Inspitis”, com seus rebolados e movimentos agitados os sete membros seduziam a plateia, DongWoo, um dos rappers do grupo tirou a camisa social ficando só se calça e camiseta, arrancando mais gritos dos fãs.

A apresentação a seguir ficou por conta da banda CNBLUE, com mais agitação que antes, todos pareciam ser Boicers, quando o vocalista YongHwa pediu para que acompanhassem seus gritos o público se agitou, mas não conseguiram acompanhar o seu ultimo agudo, arrancando palmas e gritos. A banda tirou todos do chão com a música I’m a Loner, logo que finalizaram foi a vez do grupo mais esperado da noite e logo a pergunta que vinha sendo feita há dias seria respondida, “Por onde anda Onew?”, o líder do grupo, “será que ele estava lá?”. Quando o grupo apareceu no topo da escada só havia quatro membros e não cinco, as Shawols ficaram esperançosas até o último minuto, mas não. Onew não pode participar do Music Bank Brasil.

Somente depois do show que a empresa da boyband, SMEntreteniment, divulgou que o líder do grupo passou por uma cirurgia nas cordas vocais no último dia 3 de junho e por isso teve que permanecer em repouso. Depois do show viam-se rostos desanimados, desolados, quando questionadas sobre o motivo a resposta era simples, “depressão pós Onew não estar presente”.

Do lado de fora da arena o que mais se ouvia eram fãs falando “ele sorriu para mim”, “teve esse momento que o WooHyun me olhou”, “Ah! Eu ganhei um tchauzinho do MyungSoo”. “o Key fez coração pra mim”, “o MinHyuk não parava de me olhar”. Todos ali estavam com um sorriso de satisfação no rosto, apesar dos grupos terem apresentadas três músicas cada, todos puderam presenciar por um momento, aquilo que costumam ver através de seus computadores. Os vocais, as danças e o charme. Pode se dizer que ninguém saiu decepcionado do show, mas eu estaria mentindo, esquecendo das Shawols, que esperaram até o último minuto pelos cinco garotos e só quatro puderam comparecer.

Veja nossa galeria de imagens da coletiva de imprensa, através desse link.

Texto e fotos: Juliana Costa

Era Dia dos Namorados e o caminho para casa incluía a Praça da Liberdade como rota. Dessa vez, havia algo no ar e não era o “enamoramento” dos vários casais que já tem o costume de estar na praça com ares de romantismo europeu. Dezenas de policiais circulavam por todas vias no entorno, várias viaturas chegavam fechando as ruas, cercos eram montados: uma praça de guerra era montada bem à minha vista. Me aproximei mais rápido para ver o que acontecia.

Um saxofonista, que pensava em faturar uns trocados na data, mudou de música quando a polícia tomou a praça. Não tenho ideia se era sua intenção, mas a marcha fúnebre que saiu tocando combinou com o clima que se instaurou naquela momento. Muitos casais dispersaram antes ainda de entender o que estava acontecendo; talvez até mesmo Cupido esteja mais precavido nos dias de hoje. Pouco tempo depois depois da chegada da polícia, vi as bandeiras vermelhas subindo a Avenida João Pinheiro. Mesmo imbuído da minha função (apurar todo o desenrolar da manifestação) e embora estivesse calmo, não pude evitar um arrepio de temor diante do cenário que se desenhava.

A polícia se posicionou em toda praça, com efetivo suficiente para fechar todas as ruas em volta e ainda sobrava gente para ficar em frente ao relógio da Copa – sim, falo do relógio que a Coca-Cola instalou por lá para fazer a contagem regressiva da temporada de futebol (se esse fosse um relato gonzo, eu escreveria “temporada de medo e delírio” no lugar). Ao contrário da força policial, os manifestantes não estavam em número tão expressivo. O grupo se aproximava enquanto a última porta do Xodó era fechada. O barulho não entrou bem em meus ouvidos.

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Eram exatamente 16h, quando uma linha invisível delimitou o posicionamento de manifestantes e policiais na praça; frente a frente, ambos os lados esperavam por algum movimento, alguma ação, uma faísca. A faixa invisível só não era respeitada pela imprensa, que sempre se embrenhava entre os dois grupos para ter bons registros. A linha de frente do grupo que protestava era formada por alguns mascarados, um pessoal com estilo punk e cabelos espetados, jovens e senhoras – destaco senhoras, por que não vi nenhum senhor por lá, pelo menos não à frente. Os policiais estavam imóveis, bravamente posicionados (atrás de escudos e bem armados) defronte ao fatídico relógio. Ninguém tocaria nele desta vez, nenhuma pedra o arranharia, diferente do que aconteceu nas Jornadas de Junho no ano passado. Havia forte aparato policial para garantir sua segurança desta vez.

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Contra a barreira policial os manifestantes puxaram gritos, como “olha que idiota, tá defendendo o relógio da Copa!”. Os agentes permaneciam imóveis. Até que, em certo momento, um pequeno aglomerado de manifestantes começou a queimar a bandeira do Brasil, mas o vento atrapalhou, apagando a intenção deles. Foi nesse momento em que ouvi os primeiros disparos, juntamente com o corre-corre, o gás lacrimogêneo e as pedras. Consegui ver que um manifestante havia se machucada e outro voltava para socorre-lo, mantendo as mãos sempre para cima. Ao redor: bombas de gás versus pedras. Difícil escrever “enfrentamento” para definir isso.

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Enquanto agentes policiais marchavam, uma senhora desabafou aos berros: “a população está ferida, mas o relógio está intacto! Parabéns, vocês conseguiram!”. Uma outra debochou: “a gente só queria dar um abraço no relógio, mas vocês não deixaram”. Com a praça esvaziada, mantendo formação, escudos à frente, a polícia passou a cercar outras vias.

Eram 16h20 quando um grupo de policiais saiu da praça, passou pelo prédio da biblioteca pública para enfim bloquear a Rua da Bahia. De mãos dadas com a namorada sigo para o programa romântico da tarde: vou atrás deste destacamento. Lágrimas correm pelo meu rosto e não é choro sensível pela data comercial, é o efeito do gás que já me cega. Ela assume a câmera até que eu me recupere.

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Os policiais cercaram a Rua da Bahia, mantendo duas filas de agentes. Estamos logo atrás dessa sólida formação. Afora os policiais, somos três: dois estudantes de Jornalismo – no meio de confusão de sentimentos – e um repórter de O Tempo. Enquanto acompanhamos e registramos a ação, dois policiais saíram de suas posições oficiais e se aproximaram de nós. Eu carregava uma mochila e não tinha credencial de imprensa, além disso, fotografava do celular; Guilherme Ávila, o jornalista do O Tempo, tinha credencial, uma GoPro na cabeça, câmera profissional na mão e nada de mochila. Não sei se eu usava um manto de invisibilidade ou se um repórter de jornalão, naquele momento, era mais visado para a abordagem policial, mas o caso é que os agentes me ignoraram e foram direto até Ávila. Só depois de ver a credencial, pedir seu documento de identidade, fazer vistoria corporal e fotografá-lo é que os PMs se lembraram que eu estava lá e pediram para ver o que havia na mochila sem se importar muito com o conteúdo.

Depois da revista, fizemos trajeto contrário ao ato e seguimos pela Rua da Bahia até a proximidade do Minas Tênis Clube, trocando informações com a redação. Sabíamos que com a mochila passaríamos por revistas constantemente e precisávamos nos desfazer dela. Em todo o trajeto havia circulação de policiais. Um professor universitário aparece afobado querendo saber o que estava acontecendo, o som dos tiros o assustaram. Quando explicamos ouvimos uma resposta que me fez cogitar que ele pudesse ser a própria Joana Havelange: “acho que agora não tem mais que protestar, afinal, já gastou muito dinheiro, o que tinha que ser roubado já foi roubado. Agora é nas urnas”.

De novo, o caminho de casa é o caminho da manifestação. Seguimos pela Avenida Bias Fortes. Alguns moradores estavam fora de suas casas com cara de medo. Observamos algumas pichações novas nos muros. “Vocês estão nas manifestações?”, indaga uma senhora. Explicamos que estávamos cobrindo o ato. “Tá uma bagunça, uma baderna, eu se fosse vocês passava por outro caminho”, disse ela. Expliquei que aquele também era nosso caminho para casa. “Boa sorte”.

  Texto por Alex Bessas
  Fotos: João Alves, Alex Bessas e Franciele Carvalho

Nesta quinta-feira, 29, aconteceu a abertura oficial da 9ª Edição do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. A cerimônia aconteceu no Cine Vila Rica, onde apresentou à temática e os homenageados desta edição.

A CineOP se caracteriza pelo único evento a ter enfoque a preservação, a história e a educação audiovisual no Brasil. Entre os homenageados, estão os cineastas Luiz Rosemberg Filho, Ricardo Miranda e ao grande preservador e ex-curador da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Cosme Alves Netto.

Na temática histórica, Rosemberg, é considerado um dos mais inventivos, radicais artistas da geração de 68, onde desenvolveu um cinema mesclando erotismo, crítica, política e amor ao cinema. Já Ricardo Miranda, foi um artista, montador, cineasta, professor e um cinéfilo que o fez uma das grandes referências da sétima arte das duas últimas décadas. Pensando na temática de preservação, ninguém melhor do que Cosme Alves Netto, que esteve à frente da cinemateca do MAM entre 65 e 88, resistindo à ditadura militar, lutando e organizando a memória do cinema, além de ter sido um dos maiores incentivadores da produção cultural e independente da época.

Durante a cerimônia, os homenageados receberam o simbólico troféu Vila Rica. As viúvas de Ricardo e Cosme subiram ao palco para receber o prêmio e falaram da importância do reconhecimento do trabalho de ambos para o cinema brasileiro. Rosemberg, foi aplaudido de pé e, como já era de se esperar, não fez nenhuma declaração, visto que sempre se manteve longe dos holofotes da mídia, mas dedicou o prêmio aos amigos mais próximos.

Após a cerimônia de abertura, a pré-estreia do documentário “Tudo por amor ao cinema”, de Aluísio Michiles, que narra à trajetória da vida de Cosme Alves Netto através de depoimentos de amigos e cenas de filmes, que ajudam a narrar um momento de sua vida – intercalação de filmes que ajudam a ilustrar e narrar cada momento relembrado em cena. Michiles contou que “Desde jovem, me perguntava para onde iam os filmes aos quais assistia no cinema, eu queria saber o que acontecia com eles”, por isso resolveu dirigir um longa-metragem que contasse a vida de um dos homens que mais representam essa memória cinematográfica no país.

Mais informações: www.cineop.com.br 

Por Lívia Tostes
Fotos: Leo Lara/Universo Produções

O Brasil imprime diferentes culturas e mesmo com tanta diversidade, uma pesquisa constatou que 85% dos brasileiros não frequentam programas culturais durante a semana, especialmente em feriados prolongados.

A pesquisa realizada pelo o Sesc em parceria com a Fundação Perseu Abramo em 25 Estados brasileiros, entre os meses de agosto e setembro de 2013, com 2.400 entrevistados, verificou que 51% dos entrevistados não fazem nenhuma atividade cultural aos fins de semana, sendo que 71% nunca foram as exposições de pintura, escultura ou outras artes.

Em Belo horizonte, matéria do CONTRAMÃO constatou que o público desconhece o Circuito Cultural Praça da Liberdade, que possui 11 espaços culturais com diversas programações gratuitas.

Durante o recesso da Semana Santa e o feriado de Tiradentes, os mineiros poderão desfrutar de varias opções culturais.

Exposições:

Minas território da Arte

Palácio das Artes
Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Entrada Franca
 

Dandara

Palácio das Artes
Espaço Mari’Stella Tristão – Entrada Franca
 

Um Olhar sobre o Brasil

Centro Cultural Banco do Brasil
3º andar – Entrada Franca
 
Amostra de Cinema:
Ingmar Bergman – Instante e Eternidade
Palácio das Artes
Cine Humberto Mauro – Entrada Franca 
 
Teatro:
Contrações
Centro Cultural Banco do Brasil
  R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada). 
Horários: sextas, às 20h; sábados e domingos, às 19h (excepcionalmente no dia 18/04 não haverá apresentação. Sendo assim, o grupo fará duas apresentações no dia 20/04, às 17h e às 19h). Classificação 14 anos.
 
Para mais informações, acesse www.circuitoculturalliberdade.com.br
 
Por: João Alves
Foto: Contramão

Baseado no curta de sucesso “Eu não quero voltar sozinho”, o filme “Hoje eu quero voltar sozinho”, do diretor Daniel Ribeiro, ganhou os críticos em Berlim e os prêmios Fipresci pela crítica e o Teddy, destinado a filmes com temáticas LGBT. O primeiro trabalho do diretor, lançado em 2011, conta com mais de três milhões de visualizações na internet e serve de prévia para o longa, que tem sua estreia brasileira no dia 10 de abril. O diretor Daniel Ribeiro conversou com o CONTRAMÃO  sobre a produção do filme e o amadurecimento dos atores.

O curta “Eu quero voltar sozinho” foi gravado em 2010 e desde lá já se passaram três anos. O elenco ficou mais velho assim como a equipe. Como foi o processo de criação e concepção do filme e personagens ao longo desse tempo? Houve um amadurecimento do filme junto com a equipe?

Daniel Ribeiro: Durante estes três anos, cada um acabou seguindo um caminho diferente. Estávamos sempre em contato, já que sempre houve o plano de fazer o longa, mas só em 2012 que conseguimos confirmar as filmagens para o começo de 2013 e, felizmente, todos puderam voltar ao projeto. Durante este período, eu me dediquei a escrever o roteiro e também a captação de recursos pro filme. Felizmente, assim que a pré-produção começou no fim de 2012, toda a química que havia entre o elenco e também entre a equipe, voltou com a maior naturalidade e, melhor ainda, cada um com a bagagem que trouxe das experiências individuais dos últimos anos.

O seu longa conquistou Berlim, tanto que levou o prêmio Fipresci da crítica e escolha do publico. Qual é a maior característica do filme para fisgar o espectador? E como foi participar do festival de Berlim?

DR: Acho que o fato do filme falar de temas universais consegue dialogar mais facilmente com os espectadores. Apesar do filme ser sobre um jovem cego se descobrindo gay, o foco é na descoberta do primeiro amor e na expectativa do primeiro beijo. Esses são assuntos que qualquer pessoa consegue se identificar. Participar de Berlim foi muito surpreendente, principalmente pela reação muito positiva do público além dos prêmios que nos deixaram muito felizes.

Nos seus trabalhos anteriores, como o próprio “Eu não quero voltar sozinho” e o “Café com Leite” você aborda o tema da Homossexualidade, mas de uma forma delicada. A uma preocupação para não trazer o homossexual estereotipado?

DR: Não me preocupava especialmente em fugir do homossexual estereotipado, mas sim do foco nas questões problemáticas que muitas vezes filmes com personagens gays tem. O que eu queria era retratar personagens homossexuais que não veem a descoberta da sua sexualidade como um problema. Me preocupo em focar no que há de parecido e universal em personagens. No caso do Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, é um personagem cego e gay, mas cujos dilemas não giram especialmente em torno dessas características, mas sim, do que há de igual entre ele e os que são diferente dele.

Em entrevistas recentes os diretores  José Padilha (Tropa de Elite) e o Hilton Lacerda (Tatuagem) disseram que “fazer cinema no Brasil é difícil”. Você compartilha dessa opinião? Houve alguma dificuldade durante a produção do filme?

DR: Fazer cinema é difícil no mundo inteiro. Fazer cinema é caro e envolve investimentos muito grandes. Felizmente, hoje, no Brasil, existe uma quantidade boa de recursos públicos sendo investidos em produções cinematográficas. Isso não deixa o processo fácil mas, pelo menos, é possível.

O longa tem estreia marcada para o dia 10 de Abril aqui no Brasil. Qual e a sua expectativa para o lançamento?  

DR: Espero que o filme consiga chegar no maior número de salas possíveis e que consiga se comunicar com os espectadores!

Veja as fotos exclusivas em nossa fanpage:

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.439838776119744.1073741891.209723495797941&type=1 

Por: João Alves

Foto: Divulgação

O 8° Festival internacional de quadrinhos, teve a presença do Jornal Laborátorio da UNA, Jornal Contramão, prestigiando o espaço interativo, e observando a movimentação nos dias 13 a 17 de novembro na serraria souza pinto em BH.

A despedida do FIQ, já deixou no ar a espectativa para o próximo em 2015 para o operador de empilhadeira  Sérgio Vieira, 24, que estava acompanhado da mulher, a vendedora Cintia Lilian, 23. “Os personagens que mais gosto são o Homem de Ferro e o Batman. Ambos tinham replicas bem elaboradas,  achei  muito bom e criativo, me fez voltar a infância”, delcara Vieira.

Já Cíntia observou que o evento é direcionado para  o publico masculino e ressaltou que a organização poderia ter valorizado as personagens femininas como a Betty Boop que estreou em 1931 e uma das mais conhecidas heroinas feminas dos quadrinhos, a  Mulher Maravilha, criada em 1942, por William Moulton Marston.

Homenageado

O Evento  teve como homenageado o cartunista mais em voga no Brasil: Laerte Coutinho. Além dele marcaram  presença cartunistas como: Ryot, os irmãos Cafaggi, Gomba, Gabriel Góes, os gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon, Alves etc.  Para quem  perdeu,  2015 já está chegando.

 Por:   Aline Viana
Foto:  João Alves