Literatura

Na tarde desta quinta-feira, 08, o Centro Cultural Banco do Brasil finaliza o circuito de palestras do “Arte: Diálogo”, que teve inicio na quarta-feira, 07. Com o objetivo de integrar público e arte de forma espontânea, o evento traz para essa tarde, uma programação voltada para o papel da arte na história do mundo.

Ontem, o palestrante Thiago Gomide, destacou vários artistas brasileiros que possuem uma forte identidade nacional e que a partir dessa identidade, conseguiram influenciar outros artistas fora do país, como: Lígia Clark, Almicar de Castro Franz Weissmann, Judith Lauand, Willys de Castro, Ivan Serpa e Lygia Pape. Toda discussão ocorreu de forma descontraída e com a interação total do público.

Hoje as palestras ocorrem das 14h as 20h20, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), localizado na Praça da Liberdade. A entrada é gratuita, porém as palestras então sujeitas à lotação.

Programação:

14h às 15h15 – O que é Arte Contemporânea – Fernando Cocchiarale
15h20 às 16h20 – Artes Visuais – Da imagem analógica à digital – Angélica de Moraes
16h30 às 17h45 – Ícones da Arte Contemporânea – Lucia Santaella
18h às 19h – Arte e Design – Gringo Cardia
19h10 às 20h10 – Mesa Redonda com Leda Catunda
20h10 às 20h20 – Encerramento – O Grivo (instalações e execuções acústicas)

Texto: Babara Carvalhes
Foto: Joao Alves

Na década de 50, Belo Horizonte vivia uma escassez de espaços culturais, já que o Teatro Público de BH se tornou o Cinema Metrópole e o Palácio das Artes estava ainda em construção. Tal carência fez surgir o Teatro Francisco Nunes que na época abriu as portas da capital para o teatro moderno.

Construído na década de 50, o teatro recebeu este nome por causa do maestro e clarinetista Francisco Nunes (1874-1934) que dirigiu o Conservatório Mineiro de Música e foi criador da Sociedade de Concertos Sinfônicos de BH. Desde a sua inauguração, já foram realizadas duas reformas, uma nos anos 80 e outra que teve fim neste ano (2014).

Nos últimos cinco anos, o teatro permaneceu interditado. Nesse tempo foi todo restaurado em sua originalidade, preservando os traços da época como o forro vermelho e mosaicos no jardim, porém, a parte interna do palco foi toda automatizada e as 543 poltronas foram enumeradas e mantidas.

Referência para muitos, o teatro é considerado como o principal da cidade. “É uma relação muito forte, eu comecei a fazer teatro com o Chico Nunes”, conta o ator e diretor, Chico Pelúcio, um dos fundadores do Grupo Galpão. “O galpão, antes de ser Galpão, apresentou “A alma boa de Set-Suam”, lá no teatro com os alemães há 33 anos. Ele é um símbolo do teatro em Minas, é o nosso Teatro Municipal, tinha que reabrir”, ressalta Pelúcio.

O Teatro será reinaugurado na noite desta terça-feira, 6 de maio, com a peça “Prazer”, da companhia de teatro Luna Lunera, que faz parte do Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte que teve estreia hoje.

A revitalização do local foi feita pela empresa Unimed através do Programa Adote um Bem Cultural, criado pela prefeitura com o intuito de incentivar a parceria entre o poder público e uma empresa privada na restauração de Patrimônios Culturais.

Texto: Bárbara Carvalhaes e João Alves
Áudio: Marcella Carvalho
Foto: Site da Prefeitura de Belo Horizonte

 

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) traz para Belo Horizonte entre 30 de abril a 5 de maio o Fórum Shakespeare. Em comemoração dos 450 anos de nascimento do poeta e dramaturgo William Shakespeare, o Centro Cultural está preparando uma programação gratuita que reúne oficinas, debates, palestras e exposições abertas para o público e voltados para atores, diretores e professores.

Grandes nomes da academia nacional e internacional marcam presença no Fórum, para repensar o dramaturgo sobre a ótica da realidade brasileira e analisando o por que que a obra de Shakespeare ainda é tão atual. Atores e diretores da Royal Shakespeare Company (RSC), uma das mais influentes companhias teatrais do mundo, e professores da Queen Mary University of London (QMUL), considerada em 2013 a mais importante universidade britânica em Artes Dramáticas, irão participar das palestras, oficinas e masterclass. Na programação, a fotógrafa Ellie Kurttz apresenta uma exposição com montagens de Shakespeare nos palcos das maiores companhias teatrais do Reino Unido.

A atriz, diretora e escritora do The Instant Café Theatre Company (Malásia),  Jo Kukathas, traz a oficina “Shakespeare, xamã e mágico”, que irá explorar o mundo revirado dos loucos e sábios de Shakespeare, dos tolos que falam a verdade desafiando o poder e, dos homens e mulheres que vivem à beira da loucura. Já a professora e mestre em encenação de Shakespeare do Royal Shakespeare Company (Reino Unido), Helen Leblique, traz a oficina “Shakespeare, Shakespeare, o mundo é um palco” que busca revelar as dicas de perfomaces que dramaturgo dá aos atores em seus textos. Através de exercícios simples, porém extremamente eficazes, os participantes poderão experimentar as palavras do autor de maneira visceral, descobrindo como se conectar a intimamente com os pensamentos e sentimentos dos personagens que interpreta.

Mais informações: https://culturabancodobrasil.com.br/portal/belo-horizonte/

Por: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

O Abril Poético é um salão nacional de poesia e uma celebração artístico-cultural e que busca mostrar a história de Minas Gerais através das poesias. Neste ano, a temática é sobre o mestre do barroco mineiro Aleijadinho e suas obras. O projeto tem a sua abertura na capital mineira nesta quarta-feira, dia 2, e tem encerramento marcado para o o dia 30 de abril, no município de Congonhas.

Promovido pela ONG Liga Ecológica Santa Matilde (LESMA) e parceiros, o Abril Poético percorre o Circuito dos Minérios, na Região Central e o Circuito das Águas, no Sul de Minas, levando para essas regiões uma programação diversificada com lançamentos de livros, sarau de poesias, oficinas sobre a educação patrimonial e palestras sobre o mestre Aleijadinho e sustentabilidade.

Pensando em promover uma ligação entre meio ambiente, cultura e educação, a iniciativa pretende ocupar bibliotecas, universidades, escolas e espaços públicos. O projeto não tem apoio de leis de incentivo a cultura e só consegue se desenvolver com o ajuda de parceiros e algumas entidades que os municípios participantes possuem.

Em sua 10ª edição, o Abril Poético já percorre 12 cidades do interior de Minas Gerais. O curador do programa, Osmir Camilo, se mostra bem empolgado ao trazer o projeto pelo terceiro ano consecutivo na capital mineira. “A poesia tá muito viva, então, nosso projeto desenvolve pela abertura que ele tem de misturar com as outras artes e por irmos muito em escolas, se torna muito didático”, explica.

As cidades que integram o circuito do Abril Poético são: Belo Horizonte (abertura), Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Caranaíba, Capela Nova, Rio Espera, Cambuquira, Três Corações, Campanha, São João del Rei, encerrando em Congonhas.

Os interessados em participar das oficinas podem entrar em contato através do email [email protected]

Maiores informações: https://www.grupolesma.blogspot.com.br

Por: Lívia Tostes e Luna Pontone
Foto: Lívia Tostes

O 8° Festival internacional de quadrinhos, teve a presença do Jornal Laborátorio da UNA, Jornal Contramão, prestigiando o espaço interativo, e observando a movimentação nos dias 13 a 17 de novembro na serraria souza pinto em BH.

A despedida do FIQ, já deixou no ar a espectativa para o próximo em 2015 para o operador de empilhadeira  Sérgio Vieira, 24, que estava acompanhado da mulher, a vendedora Cintia Lilian, 23. “Os personagens que mais gosto são o Homem de Ferro e o Batman. Ambos tinham replicas bem elaboradas,  achei  muito bom e criativo, me fez voltar a infância”, delcara Vieira.

Já Cíntia observou que o evento é direcionado para  o publico masculino e ressaltou que a organização poderia ter valorizado as personagens femininas como a Betty Boop que estreou em 1931 e uma das mais conhecidas heroinas feminas dos quadrinhos, a  Mulher Maravilha, criada em 1942, por William Moulton Marston.

Homenageado

O Evento  teve como homenageado o cartunista mais em voga no Brasil: Laerte Coutinho. Além dele marcaram  presença cartunistas como: Ryot, os irmãos Cafaggi, Gomba, Gabriel Góes, os gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon, Alves etc.  Para quem  perdeu,  2015 já está chegando.

 Por:   Aline Viana
Foto:  João Alves

Faltam apenas nove dias para o maior festival de quadrinhos do Brasil, quiçá das Américas. O Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) vai estar em seu lugar de costume, a Serraria Souza Pinto do dia 13 ao dia 17 de novembro e o público nerd está ansioso para que esses dias cheguem. Pois vão poder encontrar os criadores de seus quadrinhos preferidos, presenciar o lançamento de novas histórias e participar das oficinas oferecidas pelo evento.

O estudante de administração, Paulo Ricardo, 23, que já participou do festival de 2009 e 2011 espera que o evento desse ano seja melhor do que os anteriores. Para suprir expectativas como a de Paulo, Afonso Andrade, um dos organizadores do evento explicou que é esperado um público similar ao do ultimo FIQ, em 2011. “Para isso, tentamos melhorar a circulação dentro da Serraria e instalaremos uma tenda no estacionamento, para aumentar a área útil do evento”, explica Andrade.

A microempresária e estudante de Artes Visuais na UEMG, Deyse Neto, 20, está com a expectativa elevada sobre o evento. “Espero conhecer mais sobre o universo dos quadrinhos, se tiver oficina eu irei participar. Quero me informar mais sobre técnicas de desenhos, conhecer/conversar com os autores”, conta a estudante quando questionada sobre qual artista deseja encontrar durante o evento, ela responde animadamente: “Os irmãos Cafaggi, que são duas pessoas super simpáticas e talentosas”. Vitor e Lu Cafggi são dois quadrinistas mineiros que dão aula na Casa dos Quadrinhos e, em maio desse ano, publicaram Turma da Mônica – Laços.

Assim como Deyse, a estudante Paula Moreno, 17, espera se encontrar com os ilustradores que mais gosta. “Espero prestigiar o trabalho de todos os quadrinistas e ilustradores convidados que eu admiro, como a quadrinista americana Becky Cloonan, o quadrinista Laerte, além de reencontrar os gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon, que tive a oportunidade de conhecer durante o evento de 2011”, conta Paula.

O último FIQ contou com 69 convidados, mas, para esse ano, a lista aumentou para 85. Destes, 32 são de Minas Gerais, 18 internacionais e 35 dos demais estados do Brasil. Os últimos convidados a serem confirmados foram os mineiros Jão,  Erick Azevedo e o manauense Eber Ferreira . Toda edição do FIQ possui um homenageado, o escolhido para a 8ª edição é o quadrinista Laerte Coutinho, considerado um dos mais importantes da atualidade.

Por Juliana Costa

Ilustração Diego Gurgell