Meio Ambiente

O Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem, conhecido como LEIA, inaugurou seu primeiro espaço comunitário na cidade de Belo Horizonte. Durante a tarde do dia 29, alunos, professores e idealizadores do projeto abriram as portas para apresentá-lo à comunidade. O local, o terraço de um prédio, está localizado na avenida João Pinheiro, nº 580, região centro-sul da capital.

Integrando quatro cursos do Centro Universitário UNA, o LEIA foi criado para o desenvolvimento de hortas urbanas e a reinvenção dos espaços da cidade. Os alunos da Arquitetura foram os responsáveis em elaborar os projetos das hortas. O principal objetivo foi a criação de um modelo funcional e compacto, que seja viável e sustentável para a sua implementação em espaços do cotidiano.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.
Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Membros dos cursos de Biologia e Nutrição dedicaram os trabalhos para desenvolver técnicas de plantio e cultivo das espécies utilizadas nas hortas. Além disso, participaram com a indicação de métodos de manutenção da compostagem adequada para o plantio. Por fim, o curso da Gastronomia ofereceu os seus alunos para auxiliar no plantio, na colheita e na utilização dos alimentos produzidos pelas hortas urbanas do projeto, na elaboração de pratos e receitas.

Interação de disciplinas: a gênese do LEIA

A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Luiza Franco é uma das coordenadoras do projeto. Ela explica que uma das razões que a motivou foi levar, para fora da sala de aula, os alunos de Arquitetura. “Eles fazem muitos projetos, mas a gente não coloca na prática, literalmente não coloca a mão na massa e a arquitetura é um meio de construir”, explica.

Para ela, a interação com outros cursos foi fundamental, “A UNA tinha um projeto de hortas urbanas, mas de fazer o mapeamento delas, pela cidade. Houve o convite para a Gastronomia, e eles sentiram que outras disciplinas também poderiam agregar. É preciso conhecimento amplo, a horta em si, necessita do conhecimento em diferentes áreas. Como convidada da Arquitetura, eu topei na hora”, ressalta.

A professora Luiza Franco destaca a importância da integração entre diferentes disciplinas que formam o projeto LEIA. Na foto, ela mostra o trabalho realizado pelos alunos do curso de Moda. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Rosilene Campolina, professora do curso de Gastronomia, é também uma das idealizadoras e coordenadoras do projeto. Compolina destaca que o espaço é aberto à comunidade, “É extremamente importante fixar isso. É um projeto de extensão que nós queremos disseminar essas práticas, aprendidas aqui e que a gente possa levar e externalizar esse conceito para atrair a comunidade. Que isso possa se tornar prática nas escolas, no seu condomínio, na sua casa, na sua empresa, no seu escritório, onde quer que você esteja”, finaliza.

Rosilene Campolina, professora e coordenadora do projeto LEIA. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Projetos, histórias e oportunidades

Durante o evento, os alunos do curso de Gastronomia participaram de uma feira apresentando e comercializando pratos que foram elaborados ao longo do semestre. Além da feira culinária, as hortas que foram desenvolvidas pelos alunos de Arquitetura também estavam expostas para o público visitante. Além de conhecer o projeto de cada um dos grupos, quem visitava a feira poderia participar de um concurso para eleger o melhor prato e o melhor projeto de horta.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.
Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

O aluno da Arquitetura, Samuel Morais, 22 anos, era um dos expositores do evento e defende que a cidade pode trazer elementos que pertencem ao campo. Acredita que o cultivo pode ser algo renovável e possibilita na criação e produção pela população, do seu próprio alimento. “O desenvolvimento do LEIA é isso: criar hortas urbanas que possam ser utilizadas no meio urbano. Hortas que possam estar em apartamentos, casas e até mesmo com a interação da família, inseridas em escolas”, ressalta.

O projeto desenvolvido pelo grupo do estudante se chama “Horta Bambulê”. Ela foi criada e pensada para ser utilizada em ambientes escolares. Para Morais, é algo que pode despertar o interesse dos alunos, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Ele destaca, também, a utilização de materiais sustentáveis, como o bambu e latas de alumínio. “É muito fácil de ser encontrado e a utilização de latas de qualquer tipo, no caso, para a plantação, incentiva a reciclagem dentro de casa”, destaca.

O aluno do curso de Arquitetura, Samuel Morais, apresenta o projeto de horta “Bambulê”.

Além de recepcionar os projetos acadêmicos, o espaço também abriga campanhas de conscientização ambiental e sustentável. Sentado em uma mesa coberta com latas de refrigerante e ferramentas, Damião Moisés, também estava presente no evento. O artesão de 42 anos representa a conhecida “criatividade do povo brasileiro”. Convidado para participar da inauguração do espaço LEIA o senhor, de mãos firmes e olhar atento, se concentrava na criação de suas peças.

Cortando e moldando as latas de alumínio, ele conta sobre o seu ofício. “O que faço é aproveitar as latinhas. A maioria delas a gente pega nas ruas. Eu vim da ASMARE (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Belo Horizonte) e há dez anos eu trabalho com a reutilização de materiais que possam ser reciclados”, conta.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.
O artesão Damião Josué trabalha na coleta de materiais recicláveis para a realização de seus trabalhos artesanais. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

No final de todo o processo, Moisés mostra o resultado final do seu esforço: depois de trinta minutos produzindo uma peça, a latinha que seria destinada para o lixo se transforma em uma coleção de peças decorativas. Conforme a criatividade do mestre artesão, as latas se moldam em panelas de pressão, bules de café e regadores de hortas e jardins, que são comercializados individualmente ou por meio de kits.

Reportagem produzida pelos alunos do curso de jornalismo do Centro Universitário UNA: Isabela Carvalho, Ingrid Oliveira, Gabriella Germana, Lucas D’Ambrosio e Thainá Hoehne. 

 

 

 

Foto Divulgação/ Retirada da Internet

Na Mitologia Maia, ela é considerada um animal sagrado. Também chamada de Jaguar, nome que tem sua origem na Mitologia Guarani, pode chegar a 2,10 metros de comprimento, pesando em média 150Kg e 90 cm de altura e vive entre 10 a 20 anos. Sendo um bicho solitário, ela procura um par em época de acasalamento, sua gestação dura cerca de 100 dias e pode ter até quatro filhotes. Seu habitat? As margens dos rios ou ambientes campestres, onde conquista aproximadamente 80 quilômetros quadrados de território para caça. Excelente nadadora e com a mandíbula mais poderosa entre os felinos, ela fica em segundo lugar entre os carnívoros.

Essa descrição é de um dos mais belos espécimes da fauna sul-americana e podemos nos atrever a dizer que é, também, do mundo. É a bela Onça pintada. Mas segundo reportagem da revista Scientific Reports, ela está ameaçada de extinção. No estudo divulgado pelo veículo, são menos de 300 onças espalhadas pela América Latina, divididas em pequenos grupos entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Ainda segundo a publicação, o fato das regiões que abrigam as sobreviventes estarem sendo desmatadas, quase 90% das áreas originais, restando apenas 7% de matas em bom estado de conservação que possuam alimento e tamanho suficientes para abriga-las, elas ainda são perseguidas e mortas por caçadores e fazendeiros. Se esse fluxo se seguir, a Mata Atlântica se tornará a primeira floresta do mundo a ter o seu maior predador extinto e nos restará apenas a lembrança, do belo Jaguar ou Onça Pintada, ao nos depararmos com uma nota de R$ 50 reais.

Por Ana Paula Tinoco

 

Fontes: InfoEscolaCatraca Livre, Scientific Reports

Durante o Debate Una 2016, os candidatos a prefeitura de Belo Horizonte, responderam questões relacionadas à mobilidade urbana, dois meses depois com o respectivo candidato eleito, Alexandre Kalil, retomamos estas questões em prol do Dia Mundial do Urbanismo, comemorado no  dia 08 de Novembro. A data foi instaurada em Buenos Aires, em 1949, com o objetivo de promover o debate e conscientização entre os cidadãos sobre o urbanismo, preservação das cidades, áreas verdes e mobilidade urbana. Leia o nosso bate papo com a Arquiteta Urbanista, Especialista em Sistemas Tecnológicos, Mestre em Engenharia Civil e professora do Centro Universitário UNA, Luiza Franco, 31.

Sobre a cidade em que vivemos. Que ações coletivas podem ser realizadas para a preservação do espaço público?

Para preservação dos espaços públicos acredito que devemos fazer toda a comunidade se sentir pertencente aos espaços. Quando fazemos parte nos sentimos responsáveis pela sua preservação. Eventos esportivos, culturais, educacionais, artísticos, de saúde abertos a todo o público com parceria público-privado são grandes incentivos.

Cada vez mais o espaço urbano tem sido ocupado pelos belo horizontinos, como podemos aproveitar esse espaço conservando as áreas verdes?

Espaço urbano tem sempre que estar associado a áreas verdes. Isso é algo imprescindível para que ele seja bem aproveitado e consequentemente conservado. As áreas verdes contribuem para o conforto ambiental, minimizam as ilhas de calor das áreas urbanizadas e aproximam o cidadão da natureza.

Você acha que o governo de Minas tem trabalhado para preservar os locais públicos e áreas verdes de Belo Horizonte? Como?

Pensando unicamente na cidade de Belo Horizonte, o governo de Minas não tem atuações tão significativas quanto a prefeitura, pois já é uma área urbanizada bem consolidada. Algumas ações pontuais, ainda em descompasso com as todas as reivindicações sociais, têm sido realizadas. No Brasil inteiro vemos decisões equivocadas, que vão na contramão do que se espera do governo. Em MG não é diferente. A preocupação fica muito com a manutenção das áreas verdes dentro do cinturão urbano de Belo Horizonte a carga do município e da preservação de grandes patrimônios como, por exemplo, a Serra do Curral, a Serra da Moeda, Serra do Rola-Moça e a Serra da Piedade, localizadas dentro da RMBH, a cargo do estado também. Incentivos do governo para o estabelecimento de Reservas Legais e RPPNs – Reservas Particulares do Patrimônio Natural são positivos. Destaco a preocupação com a PEC 65/2012 aprovada pelo Senado Federal que visa dar celeridade ao processo de licenciamento ambiental, mas coloca em jogo a real garantia de mitigação dos impactos socioambientais e preservação de nossas áreas verdes, como questionado nesta entrevista.

Várias obras foram feitas para a Copa do Mundo em 2014 e para as Olimpíadas esse ano, uma delas foi a implantação do sistema de transporte Move, acha que realmente foi uma mudança válida para melhoria na mobilidade urbana?

A implantação do sistema de transporte Move, a meu ver, foi uma pequena contribuição para a mobilidade urbana de Belo Horizonte. Outros projetos e ações devem acontecer para que efetivamente tenham melhorias. O metrô conectando todas as regiões e mais revitalizações da área central, a partir de concursos públicos para arquitetos urbanistas, tendo como diretrizes a priorização do deslocamento dos pedestres e os transportes coletivos. Ainda como contribuição,  a ampliação e conexão das ciclovias e campanhas educacionais de uso do espaço coletivo para a conscientização do cidadão sobre a hierarquia  viária e respeito no trânsito. Sou a favor de, nos fins de semana, ocorrerem formas de uso diferentes para certos eixos de circulação, priorizando os pedestres, os ciclistas e as ações culturais.

Recentemente em Belo Horizonte, surgiram vários movimentos populares que visam a utilização e apropriação do espaço público para o bem comum. Dois deles citados abaixo, o Tarifa Zero e Resiste Izidora. Esse movimentos têm sido debatidos nas salas de aula? Poderia dar sua opinião sobre eles?

Dentro do curso de arquitetura e urbanismo sempre são debatidos os movimentos populares e acontecimentos urbanos  que envolvem a RMBH – Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além dos alunos terem que lidar com esses conflitos no desenvolvimentos dos projetos acadêmicos; projetos de pesquisa, iniciação científica e extensão são feitos junto com os alunos fazendo eles lidarem efetivamente com o acontecimento reais, algumas vezes em campo com contribuições para sua análise e/ou melhorias.

Qual a sua opinião sobre o projeto de lei de iniciativa popular em Belo Horizonte, o tarifa zero?

O Projeto de Lei Tarifa Zero é legítimo e iniciativas como essa fazem ampliar os debates e “oxigenar” a comunicação da sociedade com os governos. Apoio que as mudanças sejam gradativas e com avaliações do seus resultados, sejam de natureza econômica, fiscal e urbana para possíveis ajustes nas diretrizes e incisos. Dessa forma, apoio ampliar a gratuidade para os estudantes, assim como já temos para os idosos, pessoas com necessidades especiais, carteiros, oficiais da justiça e agentes de inspeção do ministério do trabalho.

Existe um conflito recente sobre a ocupação nas comunidades de Rosa Leão , Vitória e Esperança, na região Isidoro, em Belo Horizonte. Como você vê esse movimento em relação a apropriação de locais públicos que aparentemente não estavam sendo utilizados?

Problemas com moradia e ocupações em áreas não determinadas para tal no Plano Diretor são desafios primários desde o estabelecimento da cidade de Belo Horizonte, como ocorre em milhões de cidades em todo mundo. Cada caso deve ser acompanhado com exclusividade para serem ouvidas todas as partes envolvidas e não serem estabelecidas decisões judiciais padrões sem o conhecimento profundo do caso. Outro ponto é verificar se são ocupações somente em áreas públicas, pois, por vezes, existem ocupações em áreas particulares que devem ser medidas de forma diferente. A moradia é um direito constitucional e deve ser respeitado com a criação de um acordo a partir da mediação dos conflitos por representantes diretos e indiretos, do governo e da sociedade no caso da região Isidoro. Outro ponto fundamental, sobre a ótica urbanista, é a necessidade das zonas com diretrizes habitacionais serem estabelecidas com a conectividade aos serviços básicos, não somente o saneamento básico, mas também serviço de transporte facilitado para a região central, além da proximidade do comércio, lazer e instituições educacionais.

Reportagem: Gabriella Germana.

A primavera, época marcada pelo desabrochar das flores, começou nesta quinta-feira,22. Em Belo Horizonte, cidade conhecida pela farta área verde, já é possível observar, por exemplo, os ipês florescendo e colorindo a capital. Nesta sexta,23, a tradicional Feira das Flores, localizada no quarteirão fechado entre a rua Ceará e a Av. Brasil, estava movimentada por pessoas inspiradas pela estação que se inicia.

A aposentada Vera Lúcia, 68,  tem o hábito de ir à feira todas às sextas escolher flores para enfeitar sua casa. Porém, é na primavera que sua flor favorita é encontrada com mais facilidade, “ as gérberas, minhas prediletas, gostam muito de sol, então nessa época elas estão mais bonitas e eu as acho com mais variedade de cores”, conta.

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A feira possui grande diversidade de flores, perpassando entre samambaias e flores de grande porte, à lírios, orquídeas, margaridas, miniaturas de árvores, e claro, as gérberas de Dona Vera Lúcia, que são vendidas individualmente, em arranjos, ou em dúzias de R$ 20,00.

Gérberas, R$ 20,00 meia dúzia
Gérberas

Além das flores e plantas, ao caminhar pelo corredor da feira, encontra-se também mudinhas de vegetais, ervas, hortaliças e outras variedades alimentícias. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a feira conta com mais de 60 espécies.

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Por tratar-se de uma feira onde a exposição é realizada diretamente com os produtores, os preços são mais acessíveis. Há mudinhas de plantas comercializadas à R$2,50, vasinhos de cactos e margaridas à R$ 5,00, arranjos com flores diversas à R$ 20,00… Os valores mais altos sofrem um contraste: são dedicados às flores de grandes portes e as miniaturas: os famosos bonsais. A feirante, Maria Aparecida, explica que quanto mais antigo for as arvorezinhas, mais o preço aumenta, devida sua raridade.

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Encontra-se à venda também vasos ornamentais e demais produtos para o plantio.Os comerciantes possuem infraestrutura para enviar pedidos.

 

SERVIÇO:

Feira das Flores

ONDE: Quarteirão fechado entre a rua Ceará e a Av. Brasil, ao lado do Colégio Arnaldo.

QUANDO: Às sextas-feira, de 6h00 às 18h00

INFORMAÇÕES: (31) 3277-4914

 

Texto: Bruna Dias

Encontrar alternativas destinadas à produção orgânica de alimentos, principalmente na agropecuária, tem sido um desafio presente na sociedade. A meta de especialistas, ambientalistas e pessoas que estão preocupadas com o tema é criar meios para afastar a aplicação de agrotóxicos nos alimentos destinados ao consumo, priorizando entre outros, a produção caseira dos mesmos.

De acordo com dados apresentados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), que é vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), somente no ano de 2009, 170 pessoas vieram a óbito em decorrência de intoxicação causada por agrotóxicos, de um total de 5.204 casos registrados no mesmo ano.

No dia 14 de setembro, foi divulgada a aquisição da empresa fabricante de bioquímicos Monsanto, pela Bayer, que é destinada à produção farmacêutica. A Monsanto é uma multinacional de agricultura destinada para a produção e comercialização de agrotóxicos em países da África, Europa, Oceania, Américas do Norte e do Sul. A aquisição foi efetuada no valor estimado de 66 bilhões de dólares e aguarda aprovação pelos órgãos reguladores.

A recente operação comercial levantou questionamentos quanto aos rumos em que as indústrias alimentícias e farmacêuticas irão tomar. O monopólio de produção de agrotóxicos, concentrados em uma mesma empresa que também fabrica medicamentos contra doenças, apresenta contradições que vão além dos detalhes de uma operação comercial do mercado financeiro.

Soluções contra os agrotóxicos

Um meio encontrado para driblar a toxicidade dos alimentos que possuem agrotóxico é o cultivo caseiro e orgânico de frutas, legumes e verduras. É o caso de Vicente Carlos Pimentel, 66, aposentado, que explica como surgiu a ideia de criar uma horta em sua casa. “Primeiro, para preencher as horas vagas. E depois, pelo prazer de lidar com a terra, sementes, mudas e colher o que foi plantado sabendo que estamos comendo alimentos sem agrotóxico é gratificante”, comenta Pimentel.

Ingridy da Silva, 19, é estudante de geologia. Ela também realiza o cultivo de produtos orgânicos em sua casa e relembra os momentos da infância quando presenciava os cuidados de suas avós com a terra. “Quando criança, ficava maravilhada com o cantinho de flores e hortaliças que elas mantinham. No meu amadurecimento social, vi que cultivar uma horta traz grandes benefícios diante da sociedade imediatista e industrializada”, ressaltando a importância de reduzir o consumo de agrotóxicos.

Ações para a comunidade

Encontrar alternativas ao consumo de alimentos contaminados por químicos pode ser um desafio. Porém, existem ações que são realizadas com o objetivo de restaurar a forma da produção natural e saudável dos alimentos. Este é o caso do Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem, o LEIA.

Ele é um projeto de extensão desenvolvido pelo Centro Universitário UNA e irá promover a ecologia de saberes entre conhecimentos acadêmicos e populares. A princípio, ele visa criar meios alternativos para o uso de espaços ociosos, transformando-os em ambientes educativos, de forma colaborativa.

Rosilene de Lima Campolina, gastrônoma e jornalista, é uma das pessoas que está à frente do projeto. Ela acredita que a agricultura familiar comunitária é um benefício para a comunidade que cria uma forma alternativa de acesso aos alimentos livres de agrotóxicos. “Produtos orgânicos ainda têm preços elevados devido à demanda (procura e oferta), mas o fomento e crescimento da agroecologia podem mudar este cenário e tornar a aquisição uma prática acessível a todos”, ressaltando a importância desse modelo de projeto.

Reportagem: Bruna Dias e Lucas D’Ambrosio

Infográfico: Isabela Castro

O trânsito da região Centro-Sul de Belo Horizonte, passará por alterações no que diz respeito à circulação de veículos no bairro Lourdes, a partir desta quinta. A mudança faz parte de mais uma etapa do Mobicentro, projeto que visa a melhoria da mobilidade do centro da Capital, e que foi criado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em parceria com Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

Atente-se as mudanças: Ruas São Paulo e Rio de Janeiro fazem parte da mudança. Segundo a BHTrans, a instituição financeira AFD, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), disponibilizará R$ 50 milhões para o desenvolvimento de soluções integradas de engenharia de tráfego e de transportes, com foco nas condições ambientais das áreas que serão beneficiadas, ou seja, mais segurança e menos poluição.

A iniciativa visa transformar o Hipercentro em um ambiente mais seguro para os pedestres priorizando sua segurança, procura também, a melhoria do transporte para aqueles que fazem uso dos coletivos oferecendo boas alternativas para dispersão do tráfego de atravessamento e assim, organizar e atender o restante dos veículos para que o percurso dentro do Hipercentro seja feito com o menor percurso possível.

Essas intervenções começaram em 2013, sendo que ano passado as regiões alteradas foram as do Barro Preto, Praça Sete, Rua Curitiba, Rua dos Tupis e na Avenida Assis Chateaubriand.

Mapa ilustra as principais intervenções:

Mapa retirado: Metro Jornal
Mapa retirado: Metro Jornal

Reportagem Ana Paula Tinoco