Música

 

FESTIVAL I LOVE JAZZ
Atrações nacionais e internacionais, com o melhor do jazz e muita dança.

Foto: Divulgação
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QUANDO? ONDE? COMO?
29 e 30 de Agosto | À partir das 15h
Praça do Papa
Entrada gratuita

I MOSTRA AUDIOVISUAL DOS JORNALISTAS DE MINAS
Serão exibidas produções audiovisuais jornalísticas independentes ou realizadas para os diversos veículos de comunicação, englobando curtas, médias, matérias e registros diversos, além de rodas de debates com a presença dos realizadores.

Foto: Divulgação
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QUANDO? ONDE? COMO?
29 de agosto, às 17h.
Cine Beto – Av. Brasil, 248 sala 1102, Belo Horizonte
Entrada franca, sujeito a lotação.

Estreia: OS OUTROS FALAM DE AMOR – INTRÍNSECO COLETIVO DE CRIAÇÃO
Os outros falam de amor é um espetáculo que problematiza as relações interpessoais contemporâneas a partir de uma abordagem lírica e estética. O amor, o respeito, a coragem, a humildade e a bondade se contrastam com a guerra, a violência, o racismo, a homofobia e outras tantas características contraditórias da contemporaneidade. Afinal aonde está o amor?

Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

QUANDO? ONDE? COMO?
29 de agosto às 19:00 a 30 de agosto às 18:00
Funarte MG – Rua Januária, 68, Floresta, 30110055 Belo Horizonte
Ingressos: R$ 5,00 na bilheteria.

FICC – FESTIVAL DE CULTURA E CERVEJA
Minas Gerais recebe pela primeira vez o festival que reúne cerveja, cultura e gastronomia. Mergulhe no FICC – Festival Internacional de Cerveja e Cultura – Edição Inglaterra.

Foto: Divulgação
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QUANDO? ONDE? COMO?
28 de agosto às 18:00 a 30 de agosto às 22:00
Alphaville Lagoa Dos Ingleses | Av. Picadilly, 105 loja 122/124, 34000000 Nova Lima
Ingressos:  Lojas Central dos Eventos, On line pelo Sympla

EM QUANTO ISSO NA SALA DE JUSTIÇA DE JUSTIÇA
Show com Berico (Berimbrown) & Banda
Discotecagem Fael, Fausto, Sandrinha & Yuga.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

QUANDO? ONDE? COMO?
29 de agosto, Às 22h00
Baixo centro cultura – Rua Aarão Reis, 554, Centro, BH/MG.
Ingressos na bilheteria.

ZOO
Atrações Musicais:
Dunwich (I`m a Cliché) – França
DJ FOI MAL (Voodoohop/ Galope Discos) – MG
João Nogueira (Factory)
Rafael Cury (Factory)
MEUCUE (DISCOTHEKINGS) – São Paulo

Coletivo MASTERp la n o :
Thyer
Renato b.
OMOLOKO
TCHAkulla
Carol Mattos

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

QUANDO? ONDE? COMO?
28/8 Às 23h00
Puta Espaço Cultural – Av Santos Dumont 574 Terraço, 30111-040 Belo Horizonte
Ingressos pelo Sympla

 

TAKA FOGO
Festa voltada ao dancehall, raggamuffin, digital reggae e o rap.

Atrações:
Brunão Uaiss
(Dancehall, Raggamuffin)
Alex Orlando Shom Uaiss (Rap e Afins)
Bruno Dub Selekta (Digital Reggae e New Root’s)

Intervenções:
Hyper
Lucas Rastaman
Sarah Guedes
Polly Honorato
IP420
UAI SOUND SYSTEM

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

QUANDO? ONDE? COMO?
29/08 Às 22h00
Puta Espaço Cultural –  Av. Santos Dumont, 574 – Cobertura – Centro/BH.
Ingressos disponíveis na bilheteria: Antes de 00:00 = R$10 | Depois de 00:00 = R$15

 

SHOW SARAH GUEDES DO BARTÔ
Negra, cantora e poetisa, Sarah Guedes, 21 anos, nascida e criada na região noroeste, e revelada em sarais de poesias que proliferam pela cidade de Belo Horizonte nos quais têm sido atuante desde 2011. Foi também a única mulher entre os Finalistas da primeira edição mineira do Slam de poesia.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

QUANDO? ONDE? COMO?
Sexta, 28/08 Às 19h30
Espaço BartôRua Doutor Nestor Bruno, 63, Fonte Grande, 32013-620 Contagem

 

Por: Brunas Dias

 

Foto: Yuran Khan

#FDS

BH CYCLE CHIC

Fotografias de pessoas que adotaram o ciclismo como estilo de vida, compõe a exposição do jornalista e fotógrafo Gil Sotero. A mostra visa  incentivar o uso das bicicletas na capital, e mostrar que cada vez mais, elas estão presentes no cenário urbano.

Foto Divulgação.
Foto Divulgação.

Quando? Onde? Como?
18 a 23 de agosto
Centro de Referência de Moda – rua Bahia, 1149 – Centro.
Horário de Funcionamento: 3ª a 6ª das 9h às 21h, sáb. e dom. das 10h às 14h.
Informações Adicionais: 31 3277-9248 e 9182-4349
 

ARREDA APRESENTA: XOVÊ

Festa recheada de apresentações autorais com as bandas: Cry e a Tempestade, Bélico, Absinto Muito e também no som, a DJ Bárbara Junqueira. Além da boa música, os artistas Lucas Mart, Efe Godoy e Paula Coraline, terão um espaço dedicado a exposição de suas artes.

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Foto: Divulgação

Quando? Onde? Como?

21 de agosto de 2015, 23h – 22 de agosto de 2015, 06h
Puta Espaço Cultural – Av. Santos Dumont, 574 – Centro-BH
Ingressos pelo Sympla
Lista amiga no evento

“TACA NO FOGO NO PUTERO!” e RATARIA CLAN apresentam: PRÉ- LANÇAMENTO DA MIXTAPE “DOS MUROS PROS MICS”

Para comemorar o fechamento do mixtape “Dos Muros Pros Mics”, a Família FN resolveu produzir uma festa ao som de RAP, com grandes nomes do cenário mineiro: DogTown Rap, Mão única, Esfinge Rap e DJ DANM.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Quando? Onde? Como?
22 de agosto às 22:00 a 23 de agosto às 06:00
Puta Espaço Cultural – Ave Santos Dumont, 574 – Centro-BH
Ingressos pelo Sympla
Lista amiga no evento

FESTIVAL DE INVERNO LAGOA DOS INGLESES

Quarta edição do Festival de Inverno da Lagoa dos Ingleses!
Programação:
❄ Sábado 22 de Agosto – 10h às 22h
O Rappa (Nunca tem Fim)
Classic
Gustavo Maguá
Pequena Morte

❄ Domingo 23 de Agosto – 10h às 22h
Criolo (Convoque seu Buda)
Vitória Régia (banda original de Tim Maia)
Javalli
Inquilinos

O evento também contará com Cinema Outdoor, Street Food & Wine Festival, Espaço de Arte e diversos Esportes.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Quando? Onde? Como?

22 de agosto às 10:00 a 23 de agosto às 22:00
Avenida Princesa Diana, 440, 34000-000 Nova Lima
Ingressos pelo Sympla (+ 1kg de alimento não perecível)

 

I MOSTRA AUDIOVISUAL DOS JORNALISTAS DE MINAS 

Serão exibidas produções audiovisuais jornalísticas independentes ou realizadas para os diversos veículos de comunicação, englobando curtas, médias, matérias e registros diversos, além de rodas de debates com a presença dos realizadores.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Quando? Onde? Como?

22 e 29 de agosto (sábados), às 17h.
Cine Beto – Av. Brasil, 248 sala 1102, Belo Horizonte
Entrada franca, sujeito a lotação.

 

FESTIVAL DA ÍNDIA – Ratha – Yatra- 2015

Maior festival cultural/religioso do mundo, em sua versão mineira! Começando na Praça Sete, onde iniciará o tradicionalíssimo desfile celebrando a paz e a harmonia. Logo após, o evento continua no Parque Municipal, com shows, dança, gastronomia e yoga, com presença de mestres e expoentes do bhakti-yoga.

Foto Divulgação
Foto Divulgação

Quando? Onde? Como?

22 de agosto às 10 horas.
Concentração na Praça Sete, continuidade no parque municipal.
Evento gratuito.

 

Por: Bruna Dias

Foto: Site Oficial de Cauby Peixoto https://www.caubypeixoto.com.br/caubypeixoto.htm

“Cantei, cantei, jamais cantei tão lindo assim. Só sei que todo cabaré me aplaudiu de pé quando cheguei ao fim”.

Cauby Peixoto foi o primeiro cantor a gravar rock em português, em 1957. Com 84 anos performáticos de idade, é mestre em brilhos, perucas e apresentações marcantes. Show-men desde o início do século passado, o cantor já participou de filmes musicais e interpretou canções de Chico Buarque, como Bastidores, uma das mais pedidas recentemente em seus shows.

Documentário

Começaria tudo outra vez, um dos maiores sucessos do repertório de Cauby Peixoto é o título do documentário de Nelson Hoineff que retrata a vida do artista. O longa é composto por trechos de shows, entrevistas com os poucos amigos do cantor e, claro, falas inéditas do artista que roubou corações no meio do século passado. O filme esteve, recentemente, em cartaz no Cine centoequatro, em Belo Horizonte, e tem lugar garantido em outras salas de cinema de todo o Brasil.

O diretor Hoineff, idealizador e diretor do projeto, em entrevista ao CONTRAMÃO, contou sobre todo o processo de produção de Cauby – Começaria Tudo Outra Vez e sobre sua experiência ao lidar com o cantor.

CONTRAMÃO – Como foi quanto tempo durou o processo de idealização do documentário? Como o nome Cauby – Começaria tudo outra vez foi definido e por quê?

Nelson Hoineff – O processo todo, da idealização ao final da produção, levou quase quatro anos. Esse tempo todo deve-se a duas razões. Em primeiro lugar, a negociação foi longa; Cauby e sua empresária não tinham certeza sobre nós. Até que os convidei para a festa de lançamento do Alo, Alo, Terezinha!, filme que fizemos sobre o Chacrinha. Foi ali que eles ficaram mais seguros e ganhamos a autorização. Em segundo lugar, eu queria acompanhar o Cauby por um longo tempo, não queria me limitar a gravar dois ou três shows no mesmo lugar. Fizemos isso de 2010 a 2014. Foi o tempo exato para alcançar os resultados que eu pretendia.

CONTRAMÃO – Ao longo das gravações, Cauby Peixoto foi se “abrindo” mais? Você conseguiu extrair do cantor tudo o que queria ou houve algum tipo de bloqueio por parte dele?

Nelson Hoineff – Essa é uma pergunta essencial. O começo foi muito difícil. Por um lado, Cauby ainda não tinha plena confiança em mim. Por outro fui percebendo que eles é muito reservado mesmo, de uma forma que que eu nunca tinha visto. O curioso é que eu me considero um autor capaz de extrair tudo das pessoas, como fiz ao longo de mais de 400 episódios da série “Documento Especial”. Mas o Cauby não se abria. Fiquei desesperado e fui fazer queixa à irmã dele, Andiara. Para completar meu desespero ela me respondeu da seguinte forma: “Ah, Nelson, o Cauby é assim mesmo. Não sai de casa, não tem amigos…” Eu lhe disse: ”Não é possível, todo mundo tem pelo menos um amigo”. E a Andiara: “Bem, talvez o Agnaldo Timóteo”. Aquilo foi música para meus ouvidos. O Timóteo é meu amigo e uma grande figura. Fui conversar com ele sobre o Cauby e ouvi o seguinte: “Nelson, o Cauby é meu amigo há 54 anos e eu não sei absolutamente nada sobre ele”. Gostei daquilo, porque estabeleceu-se um embate entre o Cauby e eu. Ele determinado a não falar nada, e eu determinado a extrair tudo. Francamente, acho que ganhei essa disputa. Aos poucos, o Cauby foi ganhando confiança em mim e acabamos transitando num clima delicioso e extraindo0 dele coisas que ele jamais havia dito.

CONTRAMÃO – Para você, qual a importância de um documento audiovisual sobre a trajetória de um dos maiores cantores do país e um dos únicos ainda vivos da época de ouro do rádio?

Nelson Hoineff – Acho que essa é uma importante questão. A memória do brasileiro é muito curta, em grande parte justamente pela ausência de documentários mais ricos, que mostrem coisas substanciais sobre seus personagens. Cauby é um personagem riquíssimo, inesgotável. Em certo momento, tínhamos mais de 200 horas de material, de arquivo ou original. Reduzir tudo isso a pouco menos de duas horas mantendo a substância era um desafio muito grande. Finalmente chegamos ao recorte que eu queria. Algumas das pessoas que trabalhavam comigo tinham 20 anos, jamais tinham ouvido falar de Cauby e ao longo do filme ficaram entusiasmadas. Compreendi então que o filme estava atingido a todos, que tínhamos conseguido fazer algo que efetivamente comprimisse a essência desse artista único na música brasileira.

CONTRAMÃO – Cauby é um cantor performático. Uma de suas músicas, composta por Chico Buarque, retrata esse seu lado, Bastidores. Para você, essa música é um retrato da vida de Cauby?

Nelson Hoineff – É um retrato extraordinário. Cauby entendeu isso e canta Bastidores como nenhuma outra p0essoa poderia fazer. Essa é mais uma de suas características admiráveis. Cauby entende o que canta, sabe exatamente do que está falando. Reconheço isso em poucos artistas. Bethânia, Caetano, João, por exemplo. Cauby faz parte desse grupo. Por isso, quando canta algo como  “Bastidores”, que fala sobre sí mesmo, é capaz de levar as plateias à loucura.

CONTRAMÃO – Cauby contou sobre suas experiências homossexuais no documentário? Como aconteceu e como ele contou?

Nelson Hoineff – Isso faz parte do longo embate para extrair algo dele. Todo dia eu dizia: “Cauby, fale sobre seus amores”. Ele respondia: “Meus amores são minhas fãs”. E eu: “Cauby, não é isso”. E começava tudo de novo. Até que chegou um dia em que eu percebi que o terreno estava sendo preparado. A gente estava gravando algo sobre seu guarda-roupa, mostrando os ternos que ele usava. Isso no seu quarto, colocando os ternos sobre a cama. Cauby e eu já estávamos cada vez mais próximos, o gelo estava quase sendo quebrado. Num momento, nós dois estávamos sentados na cama, conversando como velhos amigos. Sua empresária, Nancy, havia nos dado uma folga: estava fora do quarto. Senti que era o momento. Começamos a falar sobre sua sexualidade, Cauby dez vezes mais receptivo do que eu imaginava. Nancy tentou entrar no quarto e eu bati a porta. Cauby então fez um discursos psicanalítico sobre sua sexualidade, da infância até os dias de hoje. Falou o que nunca tinha falado para ninguém ao longo de mais de 60 anos de carreira. Foi um momento chave para o filme.  

CONTRAMÃO – Em resumo, como você definiria Cauby – Começaria Tudo Outra Vez?

Nelson HoineffAcredito que Cauby – começaria tudo outra vez seja um recorte fiel à carreira desse grande artista e sobretudo uma obra capaz de emocionar o público. Por isso, no momento em que dou essa entrevista, ele está há 11 semanas em cartaz, algo quase impensável para um documentário brasileiro. Fundamentalmente, o filme fala sobre a eternidade da obra de Cauby, seu eterno recomeço, sua capacidade de atingir jovens e velhos. Acho que conseguimos traduzir para o cinema a essência desse grande cantor.

História

Cauby Peixoto nasceu em Niterói em 1934. Veio de família de artistas e iniciou sua carreira na década de 1950. De nome completo Cauby Peixoto de Barros, sem o Barros no artístico, foi ídolo de muitas garotas na era de ouro do rádio e, ainda hoje, arranca suspiros do público em apresentações em São Paulo, onde canta as aclamadas Conceição e Bastidores, canções que o consagraram.

Por Gabriel da Silva

Esse fim de semana é marcado pela transição do mês de julho para o mês de agosto. Ele tem previsão de ser privilegiado com uma das luas-cheias mais bonitas dos últimos 20 anos, e o Contramão preparou uma programação especial para curtir o #FDS.

A casa A Autêntica recebe o show Aldan + Lupe de Lupe part. Jonathan Tadeu amanhã, dia 1°, às 22h. O evento marca uma apresentação da turnê nacional Sem sair na Rolling Stone, da Lupe de Lupe, com a participação do artista Jonathan Tadeu. A Aldan, no clima de lançamento do álbum Pode ser que daqui a algum tempo eu tenha 30, também tem seu espaço garantido no palco da casa. O ingresso antecipado custa 20 reais.

Há algum tempo, o Contramão conversou com Marcus Vinícius Evaristo, da Aldan, sobre a banda e o lançamento do novo trabalho. Reveja:

O Museu das Minas e do Metal, localizado na Praça da Liberdade, oferece a oficina Vestindo Descartados, neste sábado, a partir das 14h. O evento pretende envolver, com tramas coloridas, materiais encontrados nas ruas.

Nossa página no Facebook realiza, periodicamente, um ensaio fotográfico chamado Um olhar sobre a cidade, que busca trazer novas significações ao que vemos todos os dias nas ruas. Num desses ensaios, no mês passado, encontramos mulheres “tricotando” árvores na região da Savassi.

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Foto: Gabriel da Silva

Ainda no sábado, a Feirinha do Aproxima ocorre no DiamondMall. Sempre no primeiro sábado de todo mês, o evento faz parte do Projeto Aproxima, que objetiva difundir a gastronomia mineira. Cachaças, linguiças e outras delícias do estado vão estar de 10h ás 17h no estacionamento G4 do shopping. A entrada é gratuita.

E para curtir a lua-cheia, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG realiza mais uma edição do Lua Cheia no Museu. Às sextas e aos sábados, das 19h às 23h, o público pode participar do evento, que alia didática e experiência.

Mais informações: https://www.guiabh.com.br/programacao/lua-cheia-no-museu

 

Por Gabriel da Silva

Cazuza morreu aos 32 anos de idade vítima de complicações em decorrência da AIDS

Vida e Carreira

Filho de Lucinha Araújo e João Araújo, ele era jovem de classe média, que não se contentava apenas com aquilo que lhe era mostrado, seu pai era um dos maiores nomes da indústria fonográfica do país, mas para ele isso não era o suficiente, ele queria mais, e mostrar seu talento sem depender do nome que seu pai adquiriu com o passar dos anos.

No ano de 1981 ingressa no grupo Barão Vermelho, que lança seu primeiro álbum no ano de 1982, e logo em seguida emplaca os maiores sucessos da época como “Bete Balanço”, fazendo sucesso nas rádios de todo o país e fazendo diversos shows, inclusive no Rock in Rio, em sua primeira edição no Brasil, em 1985. No mesmo ano do Rock in Rio, Cazuza decide abandonar o Barão Vermelho e seguir sua carreira solo, com o lançamento do disco “Exagerado”.

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Infográfico: Marina Rezende

Cazuza para os fãs

Para algumas pessoas, o dia sete de julho é um dia comum, mas para quem conhece e gosta da obra do cantor e compositor Cazuza, não é tão simples assim, é um dia triste, de memórias e lembranças de um ídolo que se foi jovem vítima da AIDS. “Assisti um show de Cazuza no Palácio das Artes em 1989, pouco antes de Cazuza falecer, em 1990, estava muito magro, com um lenço na cabeça, foi um show muito intimista, ele estava bastante debilitado por causa da doença e apenas com a voz baixa e seu violão. A plateia bastante emocionada”, desabafa Valéria Bontempo, 49, que é professora universitária.

Com um público bem diversificado e de todas as idades, o cantor tem um público bem fiel as suas letras e composições atualmente, mesmo 25 anos após seu falecimento. Para o publicitário Rodrigo Franco, 27, “Cazuza entrou em minha vida aos 12 anos de idade, quando iniciei a minha adolescência, meus amores platônicos dessa época foram embalados ao som de Caju. Tenho algumas semelhanças com o meu ídolo, principalmente a forte ligação com a mãe. Deixou o legado de um jovem rebelde que sempre demonstrava seus sentimentos e de forma translouca, acreditava que o Brasil poderia mudar”.

Legado de Cazuza:

O Jornal Contramão conversou com Thiago Pereira Alberto que é especialista em Crítica e Produção Cultural em Belo Horizonte.

Qual a sua análise sobre a carreira do cantor e compositor Cazuza?

Cazuza é um dos nomes cruciais para se entender a música brasileira dos anos 1980 para frente. Ele gostava e fazia e compunha rock, mas também gostava e compunha exemplares típicos de MPB, bossa nova, etc. Não era um xiita, não se escorou apenas nessa trincheira fundamental que foi o rock brasileiro dos 80´s. Regravou Cartola, Caetano Veloso (e foi regravado por ele), tem parcerias com Gilberto Gil (em “Um Trem Pras Estrelas”) e Ney Matogrosso (no campo afetivo e profissional) e por aí vai. Sua discografia pode se apresentar meio errática, mas possui exemplares notáveis do que de melhor se produziu na música brasileira durante o período em que viveu tanto nos excelentes primeiros discos do Barão quanto na carreira solo. Trata-se de um nome maíusculo, importantíssimo não só no campo da música, mas como retrato comportamental de toda uma geração.

Até que ponto você acha que a doença de Cazuza interferiu em sua carreira?

Interferiu, primeiramente, no sentido de abreviá-la, muito precocemente. Prova disso é a quantidade de material pós-morte que se apresentou depois. O que é algo bastante lamentável. Outro ponto de vista é justamente a opção de Cazuza, corajosamente, lidar com sua condição em público, na vida e na arte. É muito difícil, a partir de certo momento de sua carreira, isolar o dado da doença de sua trajetória. Ele se tornou uma espécie de exemplo e de vitrine da AIDS no Brasil, de forma muito nítida. No campo da criação, desenvolveu canções magníficas, densas, sobre sua situação, o embate entre vida e morte, sua condição de figura pública, etc. Não podemos esquecer que Cazuza morreu trabalhando, febrilmente, em busca de registrar tudo que podia; situação que é bem ilustrada no disco “Burguesia”. Podemos acreditar então que Cazuza tinha muito a produzir ainda.

Qual a sua opinião sobre a saída de Cazuza do Barão Vermelho? Para você, isso teve um impacto positivo na carreira do cantor?

Minha opinião é de que o público ganhou mais do que perdeu. Particularmente sou um admirador da obra do Barão pós-Cazuza, apesar de ter em alta conta os discos com Cazuza cantando e compondo, talvez estejam ali os melhores momentos criativos de ambas as partes. Mas, assim como o Barão driblou muito bem- e a duras penas- a ausência de Cazuza, a narrativa construída por Cazuza solo é interessantíssima, especialmente por tudo aquilo que pontuei na primeira resposta. Acho que ambos os lados encontraram saídas válidas e interessantes para seguirem em frente.

Qual o maior legado que Cazuza deixou para essa geração que não teve a oportunidade de o ver de perto e vivenciar sua obra?

A coragem, a personalidade, a liberdade musical, a firmeza poética, a vontade de narrar com precisão, em um primeiro momento, o seu “aqui e agora” de noitadas e amores expressos nas garrafas e bitucas de cigarro no Baixo Leblon, e, em um segundo momento, os temas universais à condição humana como a ética, o tempo, o amor e a morte.

Por: Raphael Duarte

Foto: Vivacazuza.org/ Divulgação

Na contramão do mercado, casas de shows da região centro-sul de Belo Horizonte têm aberto, cada vez mais, suas portas para músicos e bandas independentes. Abrigando artistas covers ou autorais, casas como Baixo Cultural e A Autêntica pautam sua programação, majoritariamente, por apresentações do gênero.

O Jornal Contramão mapeou as quatro principais casas de shows que recebem musicais independentes e entrevistou Bernardo Dias, músico e sócio-proprietário da A Autêntica.

Contramão

Como você enxerga a música autoral belo-horizontina? Ela tem ganhado mais espaço no cenário cultural da cidade?

Bernardo Dias

Belo Horizonte é uma cidade riquíssima em produção cultural, mas com poucos meios de difusão desse material. Mas ótimas iniciativas acontecem na cidade que fazem com que as perspectivas sejam as melhores possíveis.

Acho que ainda há um espaço mínimo pro tanto de material cultural que a cidade  produz. Mas a construção de uma cena é assim mesmo, a formação de público tem que acontecer não só pelas bandas, como também pelas casas noturnas que trabalham nesse mercado. São várias iniciativas que acontecem separadamente, mas que juntas impulsionam essa construção.

Contramão

Qual é o principal objetivo da A Autêntica? Ela prioriza ou pretende evidenciar bandas e cantores autorais independentes?

Bernardo Dias

O principal objetivo é ter um espaço em BH onde o público possa sair pra se divertir e conhecer novos sons que estão acontecendo na cidade, no país e no mundo; dar a opção ao público que se interessa pelo novo de vir e ter acesso a artistas que não têm muitas opções de se apresentar na cidade. A consequência disso é que criarmos para os artistas uma nova possibilidade de se apresentarem e encontrarem um público sedento por novidade.

Contramão

Para você, Belo Horizonte tem espaços suficientes que recebam os artistas musicais independentes? Por quê?

Bernardo Dias

Não, tanto que enxergamos essa demanda em aberto para podermos trabalhar. Isso acontece porque existe um público reprimido para esse tipo de evento. Eles existem, mas não saem por falta de opção. Por isso que digo que nosso desafio também é formar o público. Exatamente por essa suposta “falta” de público poucos empreendedores investem nesse mercado.

Contramão

Quais são os critérios para a escolha dos artistas que se apresentam na A Autêntica?

Bernardo Dias

Pelo fato de estarmos formando o público da casa ainda, precisamos que os artistas que se apresentam aqui tenham seu público pra que a noite aconteça e, infelizmente, este é um dos critérios. Mas a tendência é que, com a formação do público da casa, possamos trabalhar 100% com a essência do som.

Buscamos aqui sempre artistas com trabalho contemporâneos, inovadores e produções que possam surpreender o nosso público. A nossa linha de corte não é por estilo, mas sim por atitude musical. Um projeto bem montado, com boas músicas, uma produção competente, responsável e alinhada com os nossos princípios de comunicação têm as portas abertas para proporem datas aqui, seja o estilo musical que for.

Por Gabriel da Silva