Praça da Estação

O espaço multicultural CentoeQuatro abre em 18 de maio a primeira biblioteca de artes visuais de Belo Horizonte que irá disponibilizar, gratuitamente, livros, periódicos e catálogos para artistas, estudantes, pesquisadores e visitantes. O projeto inscrito na Fundação Nacional de Artes (Funarte) recebeu o nome de Biblioteca 104, cuja coordenação é de Inês Rabelo. O objetivo é fazer um espaço multimeios. “O visitante sai de um filme e consulta material sobre cinema, vê uma exposição de fotografia e pode entender mais da técnica, de uma época através dos livros disponíveis”, explica a assessora de imprensa do CentoeQuatro Mônica Boscarino. “Foi uma oportunidade de abrir esse edital da Funarte e juntar com esse nosso desejo de ser um espaço de reflexão e a sorte do ter um espaço disponível no prédio”, acrescenta.

A consulta às publicações especializadas na BIBLIOTECA 104 serão realizadas no local, não haverá empréstimos. O Edifício 104 é um dos vários monumentos tombados da capital, ele foi inaugurado em 1908, com o intuito de abrigar a Companhia Industrial Belo Horizonte (CIBH), considerada a primeira grande indústria da capital mineira. Na década de 30 o local foi ocupado por outras companhias têxteis, muitas pessoas ainda se recordam da loja 104 dos Tecidos. Em 2009 o espaço multicultural CentroeQuatro foi inaugurado no edifício para ocupação e produção artística.

Por Juliana Costa

Foto: Heberth Zschaber

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, aproximadamente 30 organizações irão transformar o centro de Belo Horizonte em palco de manifestações  no evento “Mulheres na luta contra a violência”. No dia 8, cinco praças e o viaduto Santa Tereza serão ocupados pelos manifestantes, que depois se reunirão em frente ao Palácio da Justiça.

A partir das 13h, blocos se reunirão nas praças Raul Soares, Afonso Arinos, Rodoviária, Estação, Assembleia e no viaduto Santa Tereza. Os temas de cada praça são respectivamente: mulheres na luta contra a lesbofobia, violência doméstica, mercantilização, violência do estado, violência do campo e o bloco das pretas e nordestinas.

De acordo com uma das organizadoras do evento, Larissa Costa, a ideia das concentrações nas praças é uma estratégia para atrair as mulheres que circulam por ali. “A divisão dos temas nas praças foi para garantir que todos os temas fossem abarcados. Precisamos dizer para a sociedade que a violência não é só física e sexual, mas também moral, psicológica”, argumenta.

Em sua segunda edição, o evento tem a intenção de reunir mulheres de todas as regiões da cidade pela mesma causa. A organizadora destaca a importância dessa união. “O 8 de março para nós mulheres é um dia de luta, um dia que devemos nos organizar e ir pra ruas denunciar o sistema capitalista patriarcal e todas as suas formas de opressão contras as mulheres”, protesta.

Até o fechamento desta edição, não recebemos retorno da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) sobre o número de ocorrências registradas de violência contra mulher.

Por Ana Carolina Vitorino e Juliana Costa

Imagem: Divulgação do evento

A expectativa de encontrar uma BH mais vazia durante o Carnaval não se concretizou neste ano. Os blocos carnavalescos foram às ruas e mostraram que existe folia na capital mineira. Setenta blocos desfilaram em BH arrastando mais de 20 mil foliões pelas ruas e praças da cidade. O número de participantes surpreendeu até mesmo os organizadores dos blocos.

“É o segundo ano que o bloco saiu, ano passado não teve tanta gente assim, esse ano cresceu pra caramba, saímos com mais de 2000 pessoas”, comenta o guitarrista Zé mauro, organizador do Bloco Chama o Síndico. Zé Mauro, ainda completa que “a estrutura oferecida para o carnaval de rua precisa melhorar”.

Para a estudante Perla Ester o carnaval foi muito animado apesar da pouca infraestrutura. “O clima é muito família, tinha muitas crianças e idosos em um ambiente de respeito”, afirma. “A queixa fica por conta da sujeira. As lixeiras não comportavam a quantidade de lixo e na Praça da Santa Tereza não tinha banheiro químico”, alerta.

Perspectiva

Com o estouro do carnaval de 2013 muitos já incluíram Belo Horizonte no circuito de cidades a serem visitadas nos próximos anos. “O carnaval de BH tem tudo para virar tradição, a galera está disposta a fazer um trabalho massa aqui na cidade”, defende Zé Mauro.

O Operador de Telemarketing Rangelis Soares aponta a boa hospitalidade como um diferencial dos mineiros para os próximos carnavais. “Nós mineiros, com toda nossa pureza e simplicidade oferecemos muitos eventos bacanas nessa época, vale a pena visitar belo horizonte”, defende.

Confira o Povo fala com impressão da população sobre esse carnaval!


Por João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Parte fundamental de qualquer carnaval, os blocos de rua fazem a alegria de foliões durante os dias de festa.  Aquecendo as festas deste ano o bloco de Rua Chama o Sindico levou cerca de dois mil foliões à praça da liberdade na noite da última quinta-feira, 6. Para Zé Mauro, guitarrista e organizador do bloco, a quantidade de pessoas surpreendeu. “Ano passado nós saímos aqui do mesmo lugar e não teve tanta gente assim, massa de mais”, comenta.

Ainda segundo Zé Mauro, os blocos vêm ser organizando e o carnaval de belo horizonte tem tudo para se tornar grande. “Os blocos já existem a muito tempo, porém agora, a galera mais jovem está participando e o carnaval de Belo Horizonte tem tudo para se tornar o melhor do país”, aponta.

Os foliões desceram a Avenida João Pinheiro, sentido Avenida Afonso Pena e a PM não registrou nenhum incidente.

Confira abaixo a galeria de fotos.
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Por João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes e Hemerson Morais

 

O filme francês Tomboy, dirigido por Céline Sciamma, será exibido a partir de hoje,11, até o dia 13 de dezembro, no Cine CentoeQuatro. Hoje, às 19h, a sessão será comentada pela cineasta e professora do Centro Universitário UNA, Tatiana Carvalho Costa, e pela psicóloga Rafaela Vasconcelos, ambas integrantes do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania GLBT da UFMG.

Segundo Tatiana Costa, o filme trata de algumas questões relacionadas à infância e adolescência no âmbito da orientação sexual e identidade de gênero. “A protagonista se vê como um menino e se comporta como tal, negando seu próprio corpo, isso já é uma manifestação transexual”, comenta.

Sinopse:

Laure tem 10 dez anos e sempre se sentiu um moleque. Ao mudar com a família para outro bairro, resolve se apresentar como “Mickäel” aos novos amiguinhos. Apesar de parecer um menino como os outros, Mickäel é diferente o suficiente para despertar a paixão de Lisa, uma garota da turma. Em meio às brincadeiras de verão, Laure arrisca-se a explorar os limites de sua nova identidade.

Os ingressos para a exibição do longa podem ser adquiridos na portaria do Cine Centoe Quatro. Eles custam R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada). A classificação é 12 anos.

Por Rafaela Acar e Rute de Santa

Foto: Internet

Desde sua aprovação, pelo Prefeito Márcio Lacerda, o decreto 13.863/2010, que limita a realização de eventos na Praça da Estação, trouxe à tona insatisfação por parte da população. Como forma de protesto a esse regulamento foi criado o Praia da Estação, com intuito de protestar de forma pacifica e bem humorada esse movimento busca a não privatização do espaço público. Sem periodicidade definida o movimento reúne pessoas que tem como objetivo protestar ou somente se divertir nas fontes, algumas, inclusive, com trajes de banho. Para tratar desse assunto e explicar a importância desse tipo de movimento, o CONTRAMÃO entrevistou hoje o redator e organizador do movimento Fideles Alcantra.

Jornal Contramão: Qual foi a inspiração do movimento Praia da Estação?

Fideles Alcantra: O movimento Praia da Estação foi inspirado no decreto 13.863/2010 do município de Belo Horizonte, sancionado pelo atual prefeito Márcio Lacerda. O decreto, desde dezembro de 2009, suspendeu a autorização para a realização de eventos na Praça da Estação.

Jornal Contramão: Qual o foco da Praia da estação?

Fideles Alcantra: O movimento luta contra a privatização do espaço público. A prefeitura de Belo Horizonte tem feito diversos acordos com empresas privadas, onde essas empresas assumem a manutenção das praças e também podem legislar sobre elas, fazendo exigências de como utilizar este espaço público.

Jornal Contramão: O que você acha da inclusão da Praia da Estação no calendário da prefeitura?

Fideles Alcantra: Essa inclusão é uma tentativa da prefeitura de desmobilizar o movimento e de usá-lo para benefício próprio. A prefeitura já tentou fazer essa inclusão no carnaval desse ano, queriam transformar A Praia da Estação em Samba da Estação, que acabou virando Sol Estação de Samba. Foi uma forma que a prefeitura viu de descaracterizar o movimento, tentando fazer com que a população não tenha ciência do objetivo primordial da manifestação.

Jornal Contramão: E para você, qual é a importância do movimento?

Fideles Alcantra: Movimentos como esse são essenciais para o desenvolvimento da cidade. O movimento foi registrado por diversos meios de comunicação, jornais e revistas de todo Brasil. Teve uma cobertura maior fora de Minas Gerais, onde a imprensa evita colocar comentários contra a prefeitura.

Jornal Contramão: Como é a divulgação do movimento?

Fideles Alcantra: Divulgamos o movimento através das redes sociais e do nosso blog.

Para mais informações acesse: pracalivrebh.wordpress.com

Por Carla Neves, Rafaela Acar, Rute de Santa e Orlando Vinícius

Foto: Divulgação do movimento