Redes Sociais

Seleção do campeonato (Kazyiski, Giannelli, Lukinha, Flávio, Leon, Michieletto) - Foto: Pedro Soares

Por Pedro Soares

 

O Mundial de Clubes Masculino de Vôlei que teve início na última quarta-feira (7), encerrou neste domingo (11), com enfrentamento mineiro e título inédito para o Perugia, clube italiano. A disputa do terceiro lugar do campeonato ficou com os times da capital, Sada Cruzeiro e Itambé Minas. Já a final contou com os clubes Sir Safety Susa Perugia e Itas Trentino, ambos Italianos. 

 

Disputa pelo bronze

Após serem superados pelos times italianos nas semifinais do sábado (10), Itambé Minas e Sada Cruzeiro, protagonizaram a disputa de terceiro colocado no mundial. O jogo começou com o primeiro set indo para a equipe minastenista, mas a virada do Sada veio logo depois. 

Numa remontada surpreendente, o time comandado pelo técnico Filipe Ferraz, venceu três sets seguidos e garantiu o bronze no mundial de clubes. A torcida do Sada esteve presente no ginásio Divino Braga e pôde comemorar a conquista celeste. 

Sada Cruzeiro após receber premiação - Foto: Pedro Soares
Sada Cruzeiro após receber premiação – Foto: Pedro Soares

Clássico Italiano em terras mineiras

 

Já na grande final, o Trentino, terceiro colocado do mundial em 2021, chegou para o jogo com muita vontade de buscar o hexa e saiu na frente, vencendo o primeiro set por 25 a 20. 

Nos sets seguintes, o jogo foi de domínio total do time do Perugia, que mostrou ter um psicológico forte. Mesmo começando o jogo atrás no placar, não deu chances ao adversário e se sagrou campeão mundial pela primeira vez na sua história. O placar final da partida foi de três sets a um para a equipe de Perugia. 

O campeonato mundial de vôlei masculino foi realizado pela sexta vez em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, a equipe Sir Safety Susa Perugia era estreante na competição e em sua primeira participação se consagrou campeã mundial.

Sir Safety Susa Perugia após receber premiação - Foto: Pedro Soares
Sir Safety Susa Perugia após receber premiação – Foto: Pedro Soares

Por Keven Souza

Desenvolver ensino teórico-prático, ampliar autoridade nas redes sociais e fomentar a produção de conteúdo de moda on-line. São estas as premissas do programa Tá na Trend, projeto da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em parceria com o curso de Moda do Centro Universitário Una

O Tá na Trend é uma das novas propostas criadas para o canal do Youtube do Minas Trend, maior salão de negócios da moda da América Latina, sediado pelo Sistema FIEMG, que possui mais de 8,9 mil inscritos na plataforma. 

Dito isso, o canal está de cara nova!

A primeira vista, o canal retorna com uma recente reestruturação de conteúdos e quadros exclusivos para reforçar o evento enquanto autoridade em negócios e assuntos relacionados à moda no meio digital. Com a iniciativa, estudantes do curso de Moda da Una propõem temas relacionados à sua área e têm a oportunidade de compartilhar seu aprendizado no canal do Minas Trend a partir de um olhar jovial e criativo. É o que explica o analista de comunicação digital da FIEMG, Rafael Figueiredo. 

“Aproveitando a aliança entre a FIEMG e a Una, convidamos o Centro Universitário para ser nosso parceiro nesse projeto. Então, envolver estudantes da Una foi uma forma de aproveitar a parceria e dar oportunidade para que os alunos e as alunas possam ganhar visibilidade no ramo da moda, terem mais uma forma de aprendizado e aumentar as chances de se destacarem profissionalmente”, explica. 

A universidade selecionou três estudantes de Moda para serem os apresentadoras dos conteúdos. Karen Lima, Helena Coutinho e Keren Pimentel são as acadêmicas que participam desta temporada piloto neste semestre de 2022. Ambas atuaram na última edição do Minas Trend e desde então mantêm excelência nos conteúdos produzidos. 

Os conteúdos digitais estão em vigor desde julho deste ano, e os temas são propostos pelas próprias alunas e validado pelas duas instituições. Já a FIEMG é a responsável pela produção e edição dos vídeos que abordam dicas, curiosidades, tendências e outras informações relevantes para pessoas interessadas em moda.

Segundo Helena, uma das jovens participantes, os temas abordados nos vídeos foram pensados de forma estratégica e nada segmentada. “O formato comunicativo precisa ser dinâmico e leve, porque estamos trabalhando diante de um paradoxo que é fazer com que o espectador se sinta próximo ainda que esteja te vendo através de uma tela. É sempre muito legal traduzir o vocabulário técnico que aprendemos para uma linguagem acessível, divertida e atrativa. No Tá na Trend o objetivo é facilitar e democratizar o acesso à informação de moda”, diz. 

Para Keren, estudante do sexto período de Moda da Una, produzir os conteúdos foi uma experiência única. “Foi incrível conseguir repassar ao público toda a informação que eu sabia e ver que aquilo vai ajudar alguém de alguma forma. Isso me fez perceber que estou no lugar certo”, relembra. 

Ao todo, a expectativa é de que nesta primeira temporada do Tá Na Trend sejam produzidos seis vídeos para o Youtube. Publicado um por mês, dois vídeos já foram postados e o terceiro chega ao ar no dia 22 de setembro. O cronograma para os próximos meses está sendo definido, mas possivelmente as publicações acontecerão nos dias 20/10, 17/11 e 15/12. 

Da sala de aula aos estúdios de gravação 

Estudantes da Una e equipe nos estúdios FIEMG, no primeiro dia de gravação. Fonte: Rafael Figueiredo.

Bem como  aprendizado da universidade é fundamental, é na prática que se consegue colocar o conhecimento à prova e perceber a aplicabilidade dele. Por meio do Tá Na Trend, Karen, Keren e Helena se aprofundam em temas na área de Moda ao desenvolverem as propostas de conteúdos. 

Aprendem mais sobre os bastidores de gravação e produção de vídeos, desenvolvem a capacidade argumentativa ao defenderem as propostas, melhoram desenvoltura diante da câmera, ganham autoridade em falar sobre os temas propostos, contato real com o mundo corporativo e mais proximidade com o Minas Trend. 

De acordo com Rafael, até o momento as acadêmicas têm assumido uma postura ativa em relação ao conteúdo proposto. “As alunas têm sido incríveis! Elas se expressam muito bem e são todas muito carismáticas. Tem sido ótimo trabalhar com elas e com toda a equipe da Una envolvida no projeto. Esperamos ter bons resultados e começar uma nova temporada em 2023, com uma turma tão boa quanto a de agora”, afirma.

A estudante Karen diz que, desde já, o projeto tem aberto portas para o mercado. Dando visibilidade pro seu trabalho. “É uma oportunidade de afirmação  para o mercado, da minha capacidade como profissional de moda, o que é de extrema importância para mim”, declara.  

O Tá Na Trend está disponível no Youtube, através do canal do Minas Trend. Para ficar por dentro do projeto, acompanhar os conteúdos e saber mais siga o Minas Trend também no Instagram (@minastrend_). 

 

Google/Reprodução

Por Bruna Valentim

Nos últimos meses o produtor de Hollywood Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual por atrizes como Angelina Jolie, Ashley Judd o que surpreendeu e ganhou coro com acusações de personalidades como Courtney Love e Lupita Nyongo. O som de suas vozes ao falarem sobre suas experiências com o diretor deu coragem para outras vítimas se abrirem o assunto, o que ficou conhecido como o “efeito Weinsten”. A atriz mexicana Selma Hayek, de 51 anos foi a estrela mais recente a vir a público, de acordo com o jornal The New York Times, a atriz se referiu ao produtor como “Meu monstro” e deu detalhes de um episódio “As táticas de persuasão dele iam de falar coisas doces a fazer promessas, até uma vez que, em um ataque de raiva, ele disse as palavras mais assustadoras: ‘Vou te matar, não ache que eu não sou capaz” desabafou Selma. O produtor nega as acusações que vão de assédio a estupro, mas foi afastado de sua produtora e está prestes a ter seu nome retirado da Academia do Oscar.

A aluna Priscila Mendes acha que os casos de Hollywood não são casos isolados e que isso acontece em todos os lugares e em todos os meios “Eu achei muito legal, muito bonito ver essa união, dá forças para outras mulheres que não tem tanta influência como Angelina Jolie falarem. Eu gostei muito também de mulheres produtoras, diretores retirarem esses atores, essas pessoas de suas produções. Isso é presente no Brasil também, conheço vários casos, acontece de ter mulheres assediando homens, acontece de ter homens assediando homens, mas a gente sabe que isso acontece mais com homens assediando mulheres e homens poderosos que intimidam porque as pessoas têm medo de perder suas carreiras, quem está no cinema a maioria não é pelo dinheiro porque é muito difícil ganhar muito dinheiro com isso, é pelo amor e isso as intimida, então acho esse movimento muito importante” declara a estudante.

Kevin Spacey ganhou o Oscar duas vezes, protagonizou o clássico dos anos 90, Beleza Americana, e atualmente é a estrela principal de House of Cards, série original Netflix. Spacey foi visto como um bom homem, discreto na sua vida pessoal e excelente em seus papéis, o ator seguia uma trajetória linear e exemplar já alguns anos até que em outubro ele foi acusado pelo ex ator mirim Anthony Raupp, que alegou investidas sexuais de Spacey sobre ele quando o mesmo tinha apenas 14 anos e Spacey 27. Ele se desculpou, mas afirmou não se lembrar do episódio, em posicionamento público acabou se assumindo homossexual, o que foi considerado um desserviço para a comunidade já que pareceu apenas uma tentativa de mascarar a polêmica.

A estagiária de cinema Stefânia Grochowski acredita que as penas devem ser justas, mas acredita na reintegração social dessas pessoas “Acho que cada caso deve ser estudado de forma única. Vejo que essas pessoas erraram, mas o caso do Kevin Spacey eu sinceramente acredito que o que aconteceu não foi pelo ato dele em si, foi pela repercussão do caso. Eu acho que a postura da Netflix, por exemplo, em nada se deve ao talento ator, acho que os produtores deviam ter colocado Kevin para conversar com um especialista e vê a raiz de seu problema e tentar achar uma solução. Excluir esses profissionais para sempre não acho que seja uma atitude justa, acho que as pessoas podem mudar e melhorar.”

Ed Westick é conhecido majoritariamente por dar vida a Chuck Bass, o personagem mais popular da série teen americana Gossip Girl. O ator namorou colegas de elenco e costuma ser simpático, apesar de reservado nas suas entrevistas. Não nega ao falar do papel que o consagrou como astro mundial. Westick estava planejando ficar noivo da modelo Jessica Serfaty quando foi surpreendido pelas acusações de estupro pela atriz Kristina Cohen. O ator simplesmente publicou uma frase negando conhecer a mulher e afirmou que nunca tentou forçar ninguém a nada, o que foi consequentemente questionado ao surgirem mais dois casos de assédio semelhantes vindos de jovens atrizes. Westick foi afastado da série que protagoniza White Gold, da emissora inglesa BBC e retirado do elenco de Ordeal by innocence da mesma emissora.

Outro caso surpreendente é o do criador da série One Tree Hill, um hit absoluto entre os jovens, no início dos anos 2000 foi acusado em uma carta aberta assinada por atrizes e pessoas envolvidas no programa. Em seguida foi a vez das mulheres da equipe de The Royals, sua atual produção exibida no Brasil pelo canal fechado E!, se pronunciarem fazendo coro às denúncias das mulheres de One Tree Hill. Alexandra Park a protagonista de The Royals, onde interpreta a Princesa Eleanor postou uma nota em seu twitter sobre a situação “Tenho uma responsabilidade por ter trabalhado com ele em The Royals. Estou devastada de admitir a mim mesma, aos meus colegas e à essa indústria, que eu também fui exposta a esses comportamentos repreensíveis. Estou orgulhosa e grata hoje, que podemos tomar um rumo diferente. O que nos encoraja a denunciar o inaceitável, liderança dolorosa; fé que essa liderança será removida e substituída. Fé que não seremos penalizados pelo comportamento de uma pessoa.”, disse a atriz. Mark foi afastado da produção da série e não se pronunciou a respeito das acusações.

Com artistas tão influentes denunciando crimes como assédio e estupro, a hashtag  #MeToo ganhou força nas redes sociais e a capa da revista TIME, com cinco mulheres que representam a força dessa luta, simbolizam a campanha: a atriz Ashley Judd, primeira a denunciar Weinstein, a cantora Taylor Swift, a lavradora Isabel Pascual (pseudônimo), a lobista Adama Iwu e a ex-engenheira do Uber Susan Fowler. Elas são conhecidas como as voices breakers, as vozes que quebraram o silêncio e simbolizam um movimento de extrema importância na luta feminista.

A estudante de jornalismo Lara Rodrigues acredita que o caso do Kevin Spacey é um exemplo a ser seguido “Acho utópico acreditar que é capaz retirar um abusador da sociedade, porque sempre vão existir pessoas que os apoiam. Mas acho que o abusador, seja quem for, deve ser humilhado e rechaçado quantas vezes necessário, porque se simplesmente deixarmos a pessoa de lado depois de um tempo tudo é esquecido e ele volta como se nada tivesse acontecido. O Kevin ter sua série cancelada e o modo como a sociedade no geral lidou com a situação é realmente o que deve acontecer. Mas é claro que acredito que o fato das vítimas de Spacey serem homens influenciou nas consequências de seus atos”.

Os casos acima são um exemplo claro que a união faz a força e que as mulheres vão seguir lutando contra a cultura do estupro que assombra a sociedade até o fim. O ano de 2017 parece ser o início de uma nova era para Hollywood e mostra que as pessoas não estão mais dispostas a se calarem e pelo visto os machistas não passarão, ganharão prêmios ou qualquer coisa além de uma pena justa por suas condutas.

Por: Kedria Garcia Evangelista

Fanfics são narrativas produzidas por fãs, onde o autor brinca com os personagens de uma obra já existente ou tenta reescrever a história de artistas. As inspirações vêm de várias vertentes: livros, filmes, games, figuras públicas, etc. Originada da abreviação da expressão fan fiction, que traduzindo ao pé da letra significa “ficção de fãs”, os autores se apoderam de uma parte da história original ou dos personagens e a/os recria(m), originando histórias paralelas.

Essas narrativas são difundidas na internet, geralmente em sites específicos. A maior parte do público que consomem esse material são adolescentes, majoritariamente feminina, o que não impede a participação de outros públicos, como conta Alan Rodrigo Silva de 30 anos, Designer de Jogos. “Era bem interessante, ocupava muito o meu tempo, agora não tenho tanto tempo assim para dedicar a leitura.”, complementa afirmando que existem ótimas fanfics bem escritas, em termos de técnicas e formas narrativas, tão boas quanto as que já foram ou estão sendo publicadas por vias editoriais tradicionais.

O primeiro contato de Letícia Diassis de 16 anos com esse universo, foi aos 10 anos em uma plataforma de escritores e leitores. “Escrevo e leio fanfics hoje em dia, apesar de estar quase sempre atrasada em relação à elas por conta do tempo pros estudos.”, a jovem participa de fóruns que debatem o assunto e acredita que as redes sociais são potencializadores para a divulgação, facilitando o acesso à elas. Para Natália Paixão, Divulgadora Científica de 23 anos, as redes sociais têm sua parcela negativa nesse ramo. “Tudo que difunde tem potencial de banalização, e em cima de algo livre isso ainda é maior, mas um dos fundamentos de trabalhos transformativos é justamente o acesso facilitado e acredito que as redes sociais funcionam mais como um meio de troca e abertura o que potencializa estes trabalhos.”

Um dos motivos de discussões sobre esse segmento é sua classificação como literatura. Entende-se que o conceito de literatura sofreu diversas alterações no seu conceito durante o passar dos anos, ainda assim é considerada uma “arte dos textos”. Alan acredita que as fanfics não deixam de serem menos literárias por utilizar a linguagem informal, “As fanfics de maior sucesso ainda são severamente criticadas pelo círculo literário, até entendo que a popularidade da linguagem menos erudita seduz bastante uma parcela considerável de leitores para reter receitas.”, justifica. Outra questão levantada é a edição e revisão, questionando a qualidade dessas narrativas, como aponta Natália Paixão. “Como tudo que é livre e de fácil acesso temos uma quantidade absurda de material, nem todo ele é bom, mas existem trabalhos que mereciam publicações formais e reconhecimento.”, conclui esclarecendo que existem escritoras que aprimoram o trabalho a partir dos feedbacks recebido pelos fãs.

Por se tratar de obras e/ou personagens que possuem direitos autorais, surge controvérsias a respeito desse nicho. A ideia inicial não é plagiar e sim dá outros caminhos a criação original, ou seja, não se visa lucros na produção das fanfics, além da enorme quantidade de publicações em sites e comunidades na internet, o que dificulta o processo jurídico. Por ser uma produção feita pelos fãs, as empresas aproveitam essa vertente como uma forma de publicidade. “O valor da fanfic é o seu papel como obra de transformação, fanfics são resultado de uma avaliação crítica das obras que admiramos e uma forma de empoderamento onde tornamos estes trabalho algo nosso.”, segundo Paixão.

 

Feito por:  Henrique Faria

No Brasil, o Cinema Nacional é comemorado no dia 19 de junho, data que homenageia o ítalo-brasileiro Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista brasileiro que registrou imagens do nosso território em 1898, virando a seguir o filme: “Uma vista da Baía de Guanabara”. Desde então a sétima arte vem fazendo e sendo história no nosso país e para entendermos um pouco mais sobre a importância deste dia, o Jornal Contramão conversou com produtor, crítico e professor de cinema Ataídes Braga.

 

Jornal Contramão: Qual a importância do Dia do Cinema Nacional?

Ataides: Tem a importância, não necessariamente de uma data comemorativa, mas sim histórica, como uma espécie de certidão de nascimento e a partir daí vira uma necessidade de afirmação de todas as lutas desenvolvidas contra a hegemonia de cinematografias externas que em diversos momentos nos deixaram em uma posição de inferioridade e opressão.

Jornal Contramão: Estamos na Época de Ouro do Cinema Nacional?

Ataides: Sim e não, o cinema brasileiro é muito complexo, diversificado, do ponto de vista mercadológico, temos uma certa produção, majoritariamente comédias, que estão muito bem de bilheterias, mas existem muitos outros filmes que nem se quer são ou serão lançados.

Jornal Contramão: Quais as dificuldades de se fazer um filme independente hoje no Brasil?

Ataides: A ausência de uma política pública específica; falta de controle do mercado exibidor. Controlado ainda  hoje,  pela majors americanas; dificuldade, mesmo quando feitos, não conseguem distribuição e exibição, quase todas voltadas para filmes de mercado.

Jornal Contramão: Vemos cada dia mais faculdades abrindo o curso de CINEMA, quais seriam os benefícios e malefícios disso?

Ataides: A formação teórica e prática é fundamental, mas nem sempre essas faculdades tem professores capacitados e quando os tem, não tem a liberdade criativa para desenvolverem projetos que possam pensar o cinema. Eles só reproduzem o mesmo tipo de filmes e possibilidades que já estão saturados por aí.

 

O lançamento da campanha #SomosTodosParalímpicos, da Vogue Brasil, repercutiu nas redes sociais de modo diferente do esperado. Estrelada pelos atores Cleo Pires e Paulo Vilhena a campanha despertou críticas em torno da representatividade para os atletas paralímpicos. A peça fotográfica traz as imagens dos corpos dos artistas sobrepostas, por Photoshop, aos corpos dos atletas Bruna Alexandre paratleta de tênis de mesa e Renato Leite  paratleta de vôlei sentado. A revista investiu no ensaio tencionando a visibilidade dos atletas paradesportivos, devido ao cenário em que houve a redução do orçamento, a pouca cobertura midiática e as baixas vendas dos ingressos para a competição.

No Twitter, os internautas criticaram a falha na representatividade, uma vez que, a revista poderia convidar um esportista para posar.  “Que negócio estúpido essa campanha da Vogue eu sou deficiente e achei O CÚMULO DO RIDÍCULO.” tweetou @HailYsgramor.  Apesar do retorno negativo da campanha o assunto se manteve nos Trends Topics do Brasil durante todo o dia, a jogada de marketing na visão de alguns deu certo “Se a Vogue Brasil tivesse pego os atletas paralímpicos não ia ter dado repercussão, sabe por que? Porque o povo não apoia, a grande maioria, não da bola.” tweetou @DiegoSpier.

O Baile Africano promovido pela revista em fevereiro de 2016, também foi lembrado pelos internautas. Na ocasião, a festa pretendia homenagear a cultura Afrodescendente, mas acabou contando com poucos convidados negros e com a presença de atrizes brancas usando penteados e adereços de origem Africana. No Facebook o site que marcou presença na polêmica foi o Sensacionalista, que divulgou uma matéria ironizando o feito, declarando que a magazine irá realizar um editorial sobre a cultura Africana utilizando modelos escandinavos.

O professor do curso de Publicidade e Propaganda, do Centro Universitário UNA,  Luiz Lana comentando sobre o assunto, demonstrou sua insatisfação com a campanha, “Eu achei de extremo mau gosto. Acho que ela tenta promover empatia aos atletas paraolímpicos, mas pisa na bola ao tentar fazê-lo.”  Como resposta aos comentários, Cleo Pires postou um vídeo em sua conta do Instagram, tentando explicar o real sentido da campanha. A paratleta Natália Mayara comentou sobre a repercussão do caso, “Gente a ideia era justamente essa, mostrar que qualquer um pode ser paralímpico! Inclusive atores globais famosos que todos veneram, mostrar que entre nós e eles a única diferença é a condição física. Além da visibilidade que esses atores tem que vai atingir muito mais pessoas pelo mundo. Parem de querer polemizar tudo.”.

Reportagem: Kedria Garcia Evagenlista – Aluna do Curso de Jornalismo do Centro Universitário UNA-ICA