Turismo

Por Júlia Garcia 

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

A Semana do Cinema está de volta após três edições, e essa edição começou ontem e vai até o dia 28 de fevereiro.  Todos os cinemas do Brasil estarão com ingressos para sessões de filmes 2D a R$12. O intuito é incentivar as pessoas a irem ao cinema. Além dos ingressos com preço único promocional, os combos com pipoca e refrigerante também terão valores diferenciados. E hoje, você pode aproveitar para assistir algum dos filmes que estão em cartaz.

Sábado

E neste sábado, a região metropolitana de BH recebe os cantores Veigh e Hungria. Prepare-se para uma explosão de beats na casa das estrelas da música. Os artistas comandarão a festa e prometem animar o público com grandes sucessos das suas carreiras. O evento acontece na casa de shows Star 415, a partir das 18h. Os ingressos podem ser garantidos através do ticket work.

Domingo

E no domingo, você poderá aproveitar as exposições de artesanato e variedades na Feira Hippie. A feira acontece aos domingos na Av. Afonso Pena, de 7h às 14h. Na feira tem itens de decoração, calçados, acessórios, enxoval para bebês, brinquedos, instrumentos musicais, pinturas, esculturas e muito mais. E além disso, se sentir fome, na feira tem muita comida gostosa, sucos, refrigerantes e cervejas. A Feira Hippie de Belo Horizonte funciona aos domingos, das 7 às 14 horas, no centro de BH.

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Foto: Ana Clara Souza.

Por Pedro Soares

Se você é mineiro, com certeza já ouviu o trecho da música do César Menotti e Fabiano “se Minas não tem mar, o mar não tem Minas Gerais”. O trecho que virou ditado – pra muita gente – até mesmo um mantra, tem um tanto quanto de verdade.

E hoje iremos mostrar pra vocês que não precisamos mesmo de praia, porque no verão a gente sempre dá um jeitinho. Até porque, não é só de cafezinho que vive o mineiro, então bora lá! 

1 – Cachoeiras 

Aqui não é nem um caso de “quem não tem cão mar caça vai com em cachoeira gato”, Minas Gerais é conhecida como a caixa d’água do Brasil não é à toa. O estado é um dos mais privilegiados do Brasil inteiro quando o assunto é  cachoeira! E, para você que é da região metropolitana de BH o que não vai faltar são opções para se refrescar neste verão.

Você conhece a Cachoeira do Índio? Em Rio Acima, na grande BH, está localizada uma das belezas do Parque Nacional Serra do Gandarela. A apenas 1h do centro da capital, você pode curtir uma trilha maneira com amigos ou sozinho mesmo, se refrescar e tomar aquele banho de cachoeira, que como dizem os cantores de reggae: lavam a alma. 

Essa é só uma das dezenas de cachoeiras e quedas d’água que fazem parte da região metropolitana de BH, então para de se lamentar que aqui não tem praia e vai tomar um banho de cachoeira para, e, como diz Planta e Raiz, sentir a sensação da sua alma sendo purificada por inteira. 

2 – Clubes / parques aquáticos

Se você é uma daquelas pessoas que não gostam de sujar o pézinho de terra, ou não curte muito fazer atividade física, pegar trilha e outras coisas afins – vai levantar dessa cama e fazer um exercício agora – calma, a gente tem um programa legal para você também. Em BH e na região metropolitana da capital temos inúmeros clubes com piscina que você pode estar colando pra mostrar o ombrinho, tomar aquele sol e aproveitar as delícias do verão. 

Se você é ligado no futebol e é sócio torcedor dos times da capital mineira, Atlético e Cruzeiro, vale a pena dar uma olhada nos benefícios do seu sócio e quem sabe aproveitar o clube do seu time mesmo? O Clube Vila Olímpica, do Atlético, é localizado na Avenida D. Pedro I, no bairro Planalto. Já o Clube do Cruzeiro está mais pertinho do centro, na Rua dos Guajajaras, no Barro Preto. 

Mas enfim, nossas indicações não são de clubes de futebol, mas sim de lugares para curtir o verão em BH, então lá vai … O Hotel Gran Minas, em Vespasiano – agora calma! Não precisa brigar comigo, é bem do lado de BH, a cinco minutos da Cidade Administrativa – voltando aqui, o Gran Minas conta com duas piscinas, um ofurô, área de descanso, quadra, sauna, scoth bar, sala de jogos, playground, restaurante, salão de eventos e tudo isso por R$89,00 no day use!!

E se você não gostou de nenhuma das alternativas acima, paciência, mas vale a pena dar uma olhada em outros clubes que a grande BH tem com preços acessíveis para todes.

3 – Bares

E já que Minas não tem mar, eu vou pro bar! Essa frase é um clássico, também é um trecho do axé de Alexandre Peixe e uma das maiores verdades universais, ou melhor, minerais? Um fato é que Belo Horizonte é a capital brasileira dos bares, a cidade com a maior concentração de bares por KM² do país!! Pra você ter uma ideia, de acordo com o site Sou BH  a cada 100 mil habitantes, BH tem 178 bares. 

Já deu pra perceber que opção não vai faltar, né!? Mas hoje nós não só um, mas dois lugares para apresentar a vocês, todos no centro, uma na Augusto de Lima com Rua da Bahia e o outro na Rua dos Goitacazes, bem em frente ao Mercado Central.

No segundo andar do histórico Edifício Maletta, virando à esquerda (sempre à esquerda) logo após a escada rolante a gente encontra um barzinho que é a cara do verão: o Tropical Gastrobar. O Tropical é também conhecido por “prainha”, isso porque assim que chegamos encontramos diversas cadeiras e mesinhas de praia que dão ainda mais esse ar veraneio. 

Com drinques refrescantes de gin a tradicional caipirinha, com rodada dupla nas quintas-feiras e a tradicional gelada, sempre trincando, o Tropical Gastrobar é sempre uma excelente opção para o verão de Belori e se você for universitário, calma, o preço vai caber no seu bolso. 

Agora, se você gosta mesmo de um boteco raiz, ou se você ama andar pelas ruas do centro, com toda certeza vai amar o Bar do Fernando. Na Rua dos Goitacazes, bem em frente ao Mercado Central temos uma opção bem gostosa pra indicar aos boêmios de plantão. 

O Bar do Fernando é um daqueles lugares que se você for uma vez, com toda certeza vai querer voltar mais e mais vezes. Lá você vai ver todos os tipos de pessoas, todas entrosando umas com as outras, embaladas pelo som de voz estridente de alguém que com certeza já bebeu demais cantando Pink Floyd em plenos pulmões no karaokê do bar. 

Essas são apenas algumas opções que nós da Revista Oposta amamos e indicamos com conhecimento de causa!! Mas vale mesmo a pena você ir conferir e depois contar para a gente como foi.

4 – Banho de mangueira

Não sei qual dia do mês você está lendo essa revista, mas se já passou do dia 15 e você é universitário, provavelmente a grana já vai acabando, né!? E pensando nisso, a gente trouxe pra você uma indicação baratinha que vai te proporcionar muita refrescância e diversão. 

Pra começar, você só vai precisar de duas coisas: um espaço aberto e uma mangueira. Sabe aquele pedacinho de quintal da sua casa? Ou aquela laje que você, sedentário, nunca nem utiliza? Então, é lá mesmo que a diversão acontece. 

Junta a sua turma num dia de sol, que nesse verão não está faltando, né!? Abre a mangueira, todo mundo com um traje a ser seguido, o de banho. Se vocês gostarem, cada um leva uma bebida bem refrescante e tá pronta a diversão. 

Entenda como as cidades podem se beneficiar do ecoturismo e ampliar a conservação da biodiversidade e das comunidades locais

Por Thayla Araújo

Ecoturismo é uma modalidade que tem ganhado cada vez mais espaço e relevância no mundo, pela proposta de aliar a visitação a áreas naturais à preservação do meio ambiente e da cultura local. Além de revelar boa opção de lazer e contato com a natureza, a prática tem papel importante na conservação da biodiversidade e das populações locais.

No Brasil, um dos países mais ricos em termos de diversidade biológica e cultural, o ecoturismo é uma atividade em ascensão, com oferta diversificada de destinos e experiências, de trilhas ecológicas à observação de aves, de passeios de barco a visitas a comunidades indígenas e quilombolas. Segundo a guia de turismo Rayssa Marques, “o papel do ecoturismo na conservação da biodiversidade está relacionado ao fato de que muitos dos destinos turísticos de natureza são áreas de conservação ou possuem rica fauna e flora, que precisam ser preservadas para garantia a sobrevivência das espécies e dos ecossistemas”, destaca, ao lembrar que a prática também gera recursos financeiros para a gestão e a manutenção de tais áreas, “por meio do pagamento de ingressos, taxas, licenças e outras formas de contribuição”.

Outro aspecto importante do ecoturismo diz respeito à valorização da cultura e das comunidades locais. Muitos dos destinos turísticos de natureza têm rica diversidade cultural, representada pelas comunidades tradicionais que vivem na região. “Essas comunidades, muitas vezes marginalizadas e vulneráveis, podem se beneficiar do ecoturismo, por meio do desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, como o artesanato, a produção de alimentos e a prestação de serviços turísticos. Dessa forma, ele pode contribuir para a inclusão social e o fortalecimento da identidade cultural dessas comunidades,.”, frisa Rayssa.

No entanto, também apresenta desafios e riscos à proteção ambiental e às comunidades locais, por meio do aumento dos fluxos turísticos, que podem levar a degradação ambiental, poluição, invasão de áreas protegidas, perda de biodiversidade etc. Para minimizar os riscos e maximizar os benefícios do ecoturismo, é necessário adotar práticas responsáveis ​​e sustentáveis, que promovam a inclusão da comunidade local, a implementação de medidas de preservação ambiental e a valorização da cultura e da história locais. Essas ações ajudam a monitorar o impacto do turismo e incentivar a diversificação econômica. Trata-se de atividade transformadora, capaz de promover a conservação da biodiversidade e a inclusão social. Para isso, é preciso investir em planejamento, gestão e conscientização.

Destinos

No Brasil, existem diversas opções de ecoturismo. Confira, abaixo, alguns dos mais populares.

  • Amazônia: a maior floresta tropical do mundo oferece uma infinidade de oportunidades de se divertir e preservar, como passeios de barco, caminhadas na floresta, observação de animais e visitas a comunidades indígenas.
  • Pantanal: a maior planície alagada do mundo é um dos principais destinos para observação da fauna e da flora, com muitas opções de passeios de barco, caminhadas e cavalgadas.
  • Chapada dos Veadeiros: localizada no estado de Goiás, a Chapada é um destino popular para trilhas, cachoeiras, rios e paisagens deslumbrantes.
  • Bonito: localizado no estado de Mato Grosso do Sul, o município é conhecido por suas águas cristalinas e atividades como flutuação em rios, mergulho em cavernas, trilhas e cachoeiras.
  • Serra do Cipó: refúgio do ecoturismo em Minas, perto de Belo Horizonte (e, por isso, pode lotar nas férias), a área é protegida por um parque nacional de 34 mil hectares, com nascentes, cânions, cachoeiras e córregos. É, também, lar do lobo-guará e do tamanduá-bandeira As trilhas podem ser feitas a pé, de bicicleta ou a cavalo, e passam por jardins botânicos de altitude cercados por sempre-vivas, bromélias e exóticos matacões pontiagudos.
  • Conceição do Mato Dentro: a Cachoeira do Tabuleiro é a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. Ela tem 273 metros de altura e cai entre paredões alaranjados.
Conservação e sustentabilidade

“A conservação ambiental busca conciliar o turismo com a preservação da natureza. Isso significa que os empreendimentos devem ser planejados e executados de forma sustentável, de modo a minimizar o impacto ambiental e preservar os recursos naturais”, explica Rayssa Marques. Além disso, o ecoturismo pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da conservação ambiental, por meio de atividades como trilhas ecológicas, observação de animais e visitas a áreas de preservação. “A valorização das comunidades locais ajuda a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. Isso porque, ao promover o turismo sustentável, os empreendimentos podem gerar empregos e renda para as comunidades locais, além de incentivar a valorização da cultura e dos recursos naturais da região”, completa.

Desafios

O ecoturismo enfrenta diversos desafios em relação a gestão, infraestrutura, regulamentação e conscientização. Em primeiro lugar, está a gestão inadequada das áreas naturais, que pode prejudicar a biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades. É importante que os empreendimentos de todos os segmentos trabalhem em conjunto com os órgãos reguladores, para garantir o cuidado adequado às áreas de preservação.

A falta de infraestrutura, por sua vez, pode dificultar o acesso dos turistas às áreas naturais, além de prejudicar a qualidade da experiência a ser vivenciada. Além disso, há riscos à saúde e à integridade das pessoas. É de suma importância que se invista em infraestrutura adequada, em trilhas, pontes e sinalização, que garantam a segurança e o conforto dos turistas.

A regulamentação inapropriada prejudicar muito os empreendimentos, caso sejam identificadas práticas que afetam a natureza e a comunidade local. É importante seguir as regulamentações ambientais e trabalhar em conjunto aos órgãos responsáveis por sustentabilidade, preservação e segurança dos locais.

Por fim, a falta de conscientização leva a práticas indevidas, como a poluição e a perturbação da fauna e flora local. É importante investir em campanhas de conscientização, capazes de educar os turistas e a comunidade sobre a importância da preservação ambiental.

Rayssa explica que, para lidar com os desafios de forma responsável, os empreendimentos devem adotar práticas sustentáveis. “Destaco, neste sentido, o uso de energia limpa, a redução do consumo de água e a gestão adequada dos resíduos. Investimento em treinamentos e capacitações dos funcionários também garante  atendimento de qualidade. Pode-se trabalhar em parceria com organizações ambientais e a comunidade local, para promover a conscientização e a preservação ambiental”, afirma.

Experiências

O ecoturismo rende uma série de possibilidades a seus praticantes. Tais experiências tornam tudo mais belo e intenso. A começar pela observação da fauna e flora. Muitas áreas naturais são ricas em biodiversidade e oferecem a oportunidade de observar espécies de animais e plantas não encontradas em outros lugares. Presenciar pássaros, macacos, tartarugas, baleias ou leões-marinhos é algo marcante nas viagens, ainda mais para aquelas pessoas que convivem com o caos da cidade grande.

Caminhar em trilhas também pode ser uma experiência desafiadora, assim como gratificante e libertadora. A caminhada permite que o turista explore paisagens naturais, como montanhas, florestas, rios e lagos, e ainda ajuda a conhecer melhor a fauna e a flora locais. Ela  possibilita, ainda, que se entre em contato com a cultura local.

Muitos destinos também oferecem atividades esportivas, como escalada, rapel, rafting, canoagem e surfe, dentre outras. Tais práticas são uma oportunidade perfeita para testar os limites físicos e emocionais, além de proporcionar momentos de muita diversão, sozinho ou em família.

Ecoturismo também é sinônimo de conhecimento de culturas locais. O turismo sustentável, muitas vezes, está associado à cultura, pois possibilita o contato com diferentes costumes. É possível visitar as comunidades tradicionais e aprender mais sobre culinária e modo de vida. As cidades históricas, neste sentido, são ideais para adquirir novos conhecimentos. Por fim, há quem aproveite para relaxar e contemplar. Muitos destinos, afinal, oferecem tais oportunidades, que se traduzem numa pausa revigorante em relação à  estressante rotina do dia a dia.

A guia Rayssa Marques salienta que, “independentemente da experiência, é fundamental praticar o ecoturismo de forma consciente e responsável, respeitando a natureza e a cultura local, para garantir a preservação das áreas naturais e a qualidade de vida dos habitantes”.

Empreendimentos

Ainda segundo Rayssa, os turistas com interesse em escolher lugares responsáveis e sustentáveis podem tomar medidas para se informar e fazer escolhas conscientes, como pesquisar a reputação do empreendimento, verificar se possui certificações e selos de qualidade, que mostram se há prática de boas condutas ambientais e sociais. A ABNT NBR 15401, por exemplo, garante que a gestão de turismo é sustentável. A Rainforest Alliance atesta que se  praticam ações para proteger o meio ambiente e a comunidade local, com observação da infraestrutura e verificação de programas de educação ambiental.

A especialista destaca, por fim, a importância de escolher operadoras de turismo especializadas em ecoturismo. “Elas têm maior conhecimento sobre os destinos e empreendimentos, e podem oferecer sugestões e informações valiosas para a escolha consciente. Também é importante lembrar que a certificação não é garantia absoluta de que a iniciativa seja sustentável e responsável. Trata-se, antes, de um indicativo importante”, comenta. Além disso, é fundamental que os turistas adotem práticas conscientes durante a viagem, como respeitar as normas de preservação ambiental e as tradições culturais das comunidades locais, para contribuir com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável do turismo.

Por Júlia Garcia

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

A agenda cultural começa com um espetáculo bem interativo. O mineiro Anderson Profeta apresenta o “CÊ DA CURSO” – GRAVAÇÃO DO ESPECIAL. Nascido e criado na Região Oeste de Belo Horizonte, o influencer começou a produzir conteúdos após ter sido mandado embora de seu antigo trabalho. Atualmente ele reúne mais de sete milhões de seguidores, em todas as suas redes sociais, e interpreta personagens de diversas profissões em situações do dia a dia. O espetáculo acontece hoje, no Cine Theatro Brasil Vallourec, em duas sessões disponíveis: 19h e 21:30. Os ingressos podem ser garantidos no Eventim.

Sábado

A banda Capital Inicial desembarca em Belo Horizonte com a turnê comemorativa “Capital Inicial 4.0”. Neste sábado o grupo apresenta o novo show com músicas repaginadas, lados B e novidades. A tour teve início no palco do Rock in Rio, em 2022, e, agora, roda o país contagiando gerações diferentes com o seu rock candango. O quarteto formado por Dinho Ouro Preto, Yves Passarell, Fê e Flávio Lemos se apresenta no Expominas BH, a partir das 22h. Para garantir seu ingresso, basta acessar o Eventim.

Domingo

E no domingo acontece a primeira edição do Baile do X. E quem se apresenta na estreia é o FBC, um dos maiores nomes da música mineira e nacional. FBC cantará os lançamentos de seu último álbum e alguns hits consagrados. Segundo o artista, seu novo disco pode ser considerado o melhor trabalho de sua carreira. O “Padrim” mandou avisar que está confirmado no baile e vai te levar para outro planeta. O show acontece no Rust Music Bar, a partir das 18h. Os ingressos estão disponíveis no Sympla, no aplicativo ou no site. Mas corra, pois muitos já esgotaram. 

Por Júlia Garcia

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

E se prepare para virar a noite na Pré Virada Cultural. Hoje, sexta-feira, acontece uma experiência única, com shows de diversas bandas de diversos estilos para mostrar a potência dos artistas da cidade. Se prepare para aquecer seus olhos e ouvidos para a Virada Cultural de Belo Horizonte. A Pré virada acontece na Casa Matriz, a partir das 19h e os ingressos estão disponíveis no Sympla.

Mas, se você deseja curtir uma boa comédia, pode prestigiar o show Assim Caminha a Humanidade. Apresentado pelo comediante Renato Albani, o stand up relata os anos 1990/2000 e utiliza suas referências com programas de TV, desenhos animados, amigos/histórias da infância e relacionamento familiar entre pais e filhos. O show acontece nesta sexta-feira, no Minascentro, com três horários disponíveis: 19h, 21h30 e 23h30. Os ingressos podem ser adquiridos no Sympla.

Sábado

E no sábado começa a Virada Cultural de Belo Horizonte. Com mais de 260 atrações gratuitas, a expectativa da prefeitura é que pelo menos 300 mil pessoas curtam a programação. O evento conta com seis palcos espalhados pela cidade e mais de 24 horas de programação. E no sábado, os destaques são a dupla ClaraXSofia, que se apresenta no Palco Gramado, e Gaby Amarantos, no Palco Sesc, às 22h30.

Para os amantes do samba, neste sábado Nova Lima recebe o Raça Negra. Muita música, samba e pagode para você curtir. Além do Raça Negra, o evento conta com outras atrações também, como Deu Samba e Dj DH.  O show acontece na Star 415, a partir de 20h. Para garantir seu ingresso basta acessar o Ticket Work.

Domingo

E no domingo a Virada Cultural continua e o destaque deste dia é a banda Titãs, que se apresenta na Praça da Estação, a partir das 18h30. A banda vai apresentar o show do disco “Olho Furta-Cor”. Além deste show, você poderá conferir outras atrações no entorno da capital mineira.

Foto: Flávio Tavares.

Por Yasmin Mariana

Inaugurado em 1963, o Mercado Novo surgiu para funcionar como um complemento para o Mercado Central de Belo Horizonte, que era realizado a céu aberto. Como uma promessa de ser um dos mais modernos e maiores mercados do país, a construtora a frente do projeto veio a falir antes mesmo de finalizar a obra. 

O local, então, se tornou marginalizado e seu espaço em maioria desocupado por muitos anos. Mas, ali existiam gráficas, oficinas de conserto e algumas lanchonetes, que ocupam o espaço até hoje.

Foto/Divulgação: Cervejaria Viela/CNN.
Importância para a cultura local

Em 2010, com a inauguração do Mercado das Borboletas, no terceiro andar, como um evento cultural no qual eram realizados shows e festas que atraíam o público, e assim, chamando a atenção de investidores para o local. 

Com a chegada dos empreendedores da Cervejaria Viela, produtores artesanais de Minas, em 2018, e a inauguração da Cervejaria Viela e o Restaurante Tupis, que teve por objetivo engrandecer o espaço, e que funcionou: o sucesso de seus estabelecimentos impulsionou o Mercado e a sua revitalização, agregando novos produtores e negócios e ainda sim mantendo os comerciantes antigos e sua identidade.

Para Marcelo Albuquerque, pintor, desenhista e professor dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design Una, os pontos turísticos como o Mercado Novo, Mercado Central, Mercado Distrital do Cruzeiro, Feira Hippie e Expominas desempenham um papel crucial na preservação da cultura local. “Esses locais promovem a cultura local ao oferecer produtos artesanais e industriais, alimentos típicos, produtos da indústria e obras de arte regionais, valorizando as tradições culturais e impulsionando a economia local. Além disso, eles preservam práticas tradicionais, promovem o turismo cultural, fomentam a economia local e divulgam a identidade cultural da cidade, fortalecendo o vínculo entre moradores locais e visitantes e garantindo a continuidade da rica herança cultural de Belo Horizonte”, destaca.

Foto/Divulgação: Leonardo Lara/Flickr.
Reinauguração

Após um longo período de planejamento e restauração, o Mercado Novo foi reinaugurado em 2019. Sua revitalização preservou a arquitetura original, mas, incorporando elementos contemporâneos que tornaram o prédio um espaço único. Resultou-se, então, em uma mistura de características tradicionais com uma atmosfera moderna e vibrante. 

As melhorias incluíram revitalização da estrutura física, modernização das instalações elétricas e hidráulicas, além da criação de espaços dedicados a experiências gastronômicas diferenciadas.

Para a arquiteta e sócia-fundadora da Libelo.la Arquitetura, Laura Souza Campos, o prédio possui características modernistas. “Ele é um edifício que possui as linhas retas e longilíneas como forma principal. Esse grande caixote com a fachada em cobogós foi projetado pelos arquitetos Fernando Graça e Sandoval Azevedo Filho no ano de 1962. No seu interior, longas e robustas rampas e longos corredores, bem característico desse estilo arquitetônico. Os cobogós deixam o edifício super simpático, pois quando bate a luz do sol cria desenhos mágicos no interior da construção. O elemento cobogó foi criado por um grupo de engenheiros (o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis) aqui no Brasil, em 1920 em Recife, foi muito utilizado na arquitetura modernista brasileira”, comenta. 

Laura ressaltou ainda que a requalificação e a revitalização da maneira em que está sendo feita, preservando os comerciantes antigos, priorizando pequenas empresas e pequenos produtores locais, contribui para enriquecer a cultura da cidade. “Se a gestão mantiver esse princípio, a tendência é que o Mercado se torne referência nacional e até internacional como uma incubadora de pequenos negócios locais. E com a permanência dos comerciantes antigos, esse caso mostra que é possível o antigo e o novo coexistirem“, finaliza. 

Foto/Divulgação: Cervejaria Viela/CNN.
Diversidade gastronômica

Hoje, uma das principais atrações do Mercado é a gastronomia diversificada. Desde os tradicionais pães de queijo e cachaça a pratos sofisticados, de pratos típicos mineiros a pratos estrangeiros, é uma verdadeira experiência gastronômica. Além da gastronomia, destaca-se também, os produtos artesanais e locais. Você certamente irá encontrar lojas com artigos únicos e verdadeiras obras de arte, produzidas por mineiros. 

Para Laura a importância histórica e cultural do Mercado para BH é que ele se tornou um novo ponto turístico. “Virou um polo da gastronomia mineira raiz, essa gastronomia de boteco, de mercado como a Cozinha Tupis, Café Jetiboca, Copa Cozinha… um polo das bebidas locais como Herbário IVY, Runeria Mascate, Cachaçaria Lamparina e Carimbó Açaí; um polo da moda autoral, com a O Jambu, Rocus, Meu Lugar, Cutuca… de produtos sustentáveis como na Gira e seus vinhos orgânicos… de galerias de arte e de outros empreendimentos inovadores como o Inverso, hub de advocacia. Esse movimento consolida a participação da produção em pequena escala na economia da cidade. O Mercado Novo nos mostra que é possível gerar emprego, trazer mais dinheiro para a cidade, quando se dá espaço e oportunidade para que pequenos negócios floresçam”, deslumbra. 

Patrimônio cultural

O Mercado vai além do comércio. O espaço é hoje um importante cenário cultural da capital. Reúne exposições, shows e eventos, que atraem públicos diversos e tornando-se um local no qual profissionais de diversas áreas têm espaço para expor e compartilhar seus talentos.

Marcelo explica que patrimônios culturais como o Mercado podem trazer, também, benefícios econômicos significativos. “Estímulo econômico, criação de empregos e revitalização urbana, enquanto promovem a preservação cultural, o intercâmbio cultural e a compreensão mútua. Além disso, esses locais incentivam a conservação e a restauração, fortalecendo o senso de identidade e orgulho da comunidade local”, destaca. 

Além disso, Marcelo ressalta as características arquitetônicas distintas do Mercado Novo que o tornam um patrimônio importante. “O Mercado Novo de Belo Horizonte é um patrimônio importante devido à sua localização tradicional e distinta. Seu estilo arquitetônico é controverso, ao incorporar influências modernistas, visando o aspecto funcional em seu interior, porém sua fachada se apresenta como um grande caixa maciça de alvenaria aparente com cobogós tornando o diálogo entre o interno e o externo praticamente nulo, assim como no Mercado Central. Por outro lado, seu interior promove a caminhabilidade e a interação social”

Marcelo ressaltou, ainda, que o mercado abriga uma diversidade funcional, com uma variedade de lojas, restaurantes e espaços artísticos e de entretenimento, incentivando uma comunidade autossuficiente e que sua localização central favorece a conectividade com o entorno urbano e a utilização de meios de transporte. “Os espaços públicos vibrantes, como praças e áreas de convivência, promovem encontros sociais e fortalecem o senso de comunidade. Essas características arquitetônicas tornam o Mercado Novo um patrimônio valioso, que preserva a cultura local e o potencial de incorporar princípios do novo urbanismo, criando um ambiente urbano mais humano, inclusivo e sustentável.” 

Foto/Divulgação: Felipe Khoury/HZ.
Referência de Minas

O Mercado nesses 60 anos se consolidou como um importante patrimônio cultural e gastronômico de BH. Com sua revitalização, o espaço se tornou referência para quem busca experiências com a cara dos mineiros. O Mercado cada vez mais agrega públicos diversificados e valoriza a cultura e os produtores locais, seu grande diferencial. 

É como um símbolo da tradição e renovação da cidade. O Mercado se reinventou para se adequar aos tempos atuais, mas mantendo sua identidade mas com um espaço vibrante e repleto de experiências para os visitantes e novas oportunidades para produtores e comerciantes locais.