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Por Júlia Garcia

E nesta segunda-feira (09) foram divulgados os indicados a 30ª edição do Prêmio Multishow. Os artistas concorrem em diversas categorias e em algumas delas, podem ser votados pelo público. 

Confira a seguir as categorias – que podem ser votadas pelo público – e os indicados:

Clipe TVZ do Ano
  • Campo de Morango – Luísa Sonza
  • Conexões de Máfia – Matuê feat. Rich the Kid
  • Fé nas Malucas – IZA e MC Carol
  • Funk Rave – Anitta
  • Pilantra – Jão e Anitta
  • TÁ OK – DENNIS e Kevin O Chris
Hit do Ano
  • Chico – Luísa Sonza
  • Erro Gostoso (Ao Vivo) – Simone Mendes
  • Nosso Quadro – Ana Castela
  • Posturado e Calmo – Léo Santana
  • TÁ OK – DENNIS e Kevin O Chris
  • Zona de Perigo – Léo Santana
Show do Ano
  • BaianaSystem e Olodum com OlodumBaiana
  • BK’ com ICARUS
  • Ludmilla com Numanice (2023)
  • Ludmilla com Rock In Rio (2022)
  • Marisa Monte com Turnê Portas (2023)
  • Titãs com Turnê Titãs Encontro (2023)
Voz do Ano
  • Gloria Groove
  • IZA
  • Liniker
  • Ludmilla
  • Luísa Sonza
  • Marina Sena
Categoria Brasil
  • Centro Oeste – DISTRITO FEDERAL – Banda Rock Beats – Eu Só Quero Ficar Só
  • Centro Oeste – GOIÁS – Kamisa 10 – Lance Livre
  • Centro Oeste – MATO GROSSO – Karola Nunes – Botânica
  • Centro Oeste – MATO GROSSO DO SUL – SoulRa – Trapnojo (feat Theo TWK)
  • Nordeste – ALAGOAS – Bruno Berle – Quero Dizer
  • Nordeste – BAHIA – Josyara – Não Tem Lua (feat Juliana Linhares)
  • Nordeste – CEARÁ – Mateus Fazeno Rock – Pode Ser Easy (feat Mumutante)
  • Nordeste – MARANHÃO – Iuna Falcão – Silêncio
  • Nordeste – PARAÍBA – Bixarte – Pitbull Sem Coleira (feat Urias)
  • Nordeste – PERNAMBUCO – Joyce Alane (feat João Gomes) – Idiota Raiz
  • Nordeste – Piauí – Getúlio Abelha – Voguebike
  • Nordeste – RIO GRANDE DO NORTE – Tanda Macêdo – Nossa Rotina
  • Nordeste – SERGIPE – Tori – Descesse (feat Bruno Berle)
  • Norte – ACRE – Brunno Damasceno – Consciência de Classe
  • Norte – AMAPÁ – Ariel Moura – Língua Intrusa
  • Norte – AMAZONAS – Karen Francis – Cardume
  • Norte – PARÁ – Luê – Preamar
  • Norte – RONDÔNIA – Gabriê – Magia Leonina
  • Norte – RORAIMA – Marília Tavares – Me Dói Imaginar
  • Norte – TOCANTINS – Pedro Libe – O Copo Não Mente (feat com Hugo e Guilherme)
  • Sudeste – ESPÍRITO SANTO – Dudu – Mensagem (feat MC Menor, Kailê)
  • Sudeste – MINAS GERAIS – Rayane & Rafaela – Ali Te Ama (feat Henrique & Juliano)
  • Sudeste – RIO DE JANEIRO – Os Garotin – Zero A Cem
  • Sudeste – SÃO PAULO – Kaique e Felipe – Minha Pessoa (feat com Luan Santana)
  • Sul – PARANÁ – Vicka – Romântica Demais
  • Sul – RIO GRANDE DO SUL – Cristal – Kawo
  • Sul – Santa Catarina – Isa Buzzi – Direitos Autorais
Agora que você já sabe as categorias e indicados, pode votar quantas vezes quiser no seus artistas favoritos, através do Gshow. Ah, e por lá você também consegue visualizar as outras categorias e indicações

Prêmio Multishow 2023

A 30ª edição do Prêmio Multishow será conduzida por Ludmilla, Tata Werneck e Tadeu Schmidt. O evento trará o conceito “A música mexe com o Brasil”, para destacar a influência transformadora da cultura brasileira.

A premiação reunirá diversos artistas e estilos musicais e ocorrerá no dia 7 de novembro.

 
 

 

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Foto: Globo.

Por Júlia Garcia

A novela Vai na Fé teve seu último capítulo exibido na última sexta-feira (11). Escrita por Rosane Svartman, a obra terminou com 26,7 pontos na Grande SP. 

Exibida de janeiro a agosto, a telenovela ‘Vai na Fé’ foi um sucesso. A trama surpreendeu a Rede Globo e se tornou o maior faturamento das 19h. Ouso dizer que o maior fator de sucesso da novela, foi a junção do elenco, história e a produção. 

Personagens and núcleos

Antes, deixo meu elogio para a produção de elenco. A sensibilidade na escolha de cada personagem, para mim, foi um dos fatores mais importantes para o alcance da novela. Com protagonismo negro, a novela abre margem para outros autores repensarem como seguir daqui pra frente. Espero que essa iniciativa chegue para ficar.

Já me perguntei como seria outra atriz no papel da mocinha Sol (Sheron Menezes), mas, felizmente, não encontrei respostas. Sheron merecia uma protagonista há muito tempo. Demorou, mas Sol chegou e caiu em boas mãos e para sempre será lembrada.

Sol e Ben. Foto: Globo.

Que outro ator interpretaria nosso amado Dr. Benjamin Garcia? Ah, Samuel de Assis… eu e todos os telespectadores agradecemos a sua entrega e paixão pela arte. O ‘advogato’ Ben nos emocionou em cada capítulo. Você sempre será nosso Brigadeirão! 

Os núcleos de Vai na Fé foram bem representados, cada ator cumpriu seu papel e entregou tudo aquilo que precisávamos. É impossível citar todos do elenco, mas fica registrado aqui, que cada um tem um espaço no coração de vários brasileiros.

O elenco de “Vai na Fé” reunido para celebrar a última semana de gravações. Foto: Reprodução/ Instagram.
Match na vida real e ficção

Separei um espaço para me dedicar aos dois atores que criei um carinho à parte. Confesso que estou obcecada por eles! Bella Campos e Cabelinho, Jenifer e Hugo. Achei instigante o começo do casal na novela, e principalmente os desafios que o casal precisou enfrentar – e enfrentaram muito bem –  em separar o real do profissional. 

Para muitos deve ser fácil fazer par com seu parceiro de vida, mas imagina precisar interpretar um outro alguém, com outra personalidade? Vixi, é preciso focar! E de foco Bella e Cabelinho entendem muito bem, vimos o resultado durante os capítulos. 

Jenifer e Hugo. Foto: Globo.
Do Pantanal para Piedade

Já falamos do casal, e agora vou focar somente nela, Bella Campos. A atriz cuiabana, que foi descoberta na novela Pantanal e ganhou o troféu Melhores do Ano, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, interpretou Jenifer Daiane em Vai na Fé. 

Sua personagem Jenifer viveu intensamente todos os capítulos da novela. Após descobrir que Carlão (Che Moais), não é seu pai biológico, a jovem inicia uma saga atrás de verdades e luta por justiça. 

Acredito que o desenvolvimento da história se deu pela insistência de Jenifer em descobrir quem era o pai biológico. Outro ponto interessante, é a construção da personagem, que vai se soltando ao longo da trama. A ‘Faixa Gospel’, que se envolveu com Tatá (Gabriel Contente), Eduardo (Matheus Abreu) e Hugo, no final, ficou com o ‘Delincrente’. 

Bella Campos interpretou Jenifer. Foto: Reprodução/ Globo/Instagram.
Será que vai ter continuação?

O sucesso da sete chegou ao fim e os telespectadores estão ansiosos para uma possível continuação. O final da trama nos deixou com um gostinho de quero mais. Como será a carreira da Sol? E a formatura da Jenifer e dos alunos do ICAES? Como fica o futuro dos demais personagens? 

Precisamos dessas respostas! Rosane, a galera ‘tá’ pedindo muito, hein?!

Se você deseja assistir ou rever a novela, basta acessar o Globoplay. Todos os capítulos estão disponíveis na plataforma.

Time de produção de Vai na Fé. Foto: Zamenza.

Por Davi Gomes

Monaco recebeu a oitava etapa do circuito mundial da Fórmula 1 depois de três semanas sem corridas. Devido a fortes chuvas que atingiram a região da Emilia Romagna na Itália, o grande prêmio de Ímola, que aconteceria entre os dias 19 e 21 de maio foi cancelado e ainda não foi definido se a corrida acontecerá em outro momento da temporada ou se vão cancelá-la em definitivo.

Após vencer em Miami, o atual campeão Max Verstappen subiu novamente no lugar mais alto do pódio ao vencer uma das corridas mais tradicionais da história do automobilismo e contou com um péssimo final de semana de seu companheiro e adversário direto na disputa pelo título Sérgio Perez para abrir ainda mais vantagem na liderança do campeonato.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A corrida realizada no Principado de Mônaco geralmente não traz muitas emoções pelo fato de ser realizada nas ruas da região e ter poucos pontos de ultrapassagem, com isso as sessões para a classificação para a largada da corrida se tornam ainda mais importantes, já que quanto melhor for a posição do piloto, melhor poderá ser seu resultado final. A qualificação realizada no sábado de cara trouxe surpresas já que o mexicano Perez bateu ainda nos primeiros minutos da sessão e ficou de fora, tendo assim que largar em último lugar. Do momento da batida do piloto da Red Bull até os segundo finais do restante da classificação não houveram grandes destaques, mas com o cronômetro perto de zerar, a disputa pela pole position foi intensa, isso porque faltando menos de 2 minutos para o fim da última sessão, quarto pilotos brigaram pela primeira posição. Primeiro, o francês Esteban Ocon da equipe Alpine tinha o tempo mais rápido porém logo foi superado pelo piloto da casa Charles Leclerc da Ferrari, alguns segundo depois o espanhol Fernando Alonso foi que fez a volta mais rápida e em uma cena pouco comum dos engenheiros da Aston Martin, equipe de Alonso, já comemoravam o primeiro lugar, mas com o cronômetro já zerado, Verstappen fez uma volta mais rápida e ficou com a pole por menos de 1 centésimo de segundo. Pelas regras os pilotos precisam abrir suas voltas com o tempo contando e não há problema passarem da linha de chegada com ele zerado, por isso o atual campeão ficou com o primeiro lugar.

No dia seguinte, como já esperado, a corrida não teve grandes emoções, pelo menos na grande parte do tempo. As disputas mais acirradas pelas posições eram dos pilotos que vinham nas últimas colocações. Logan Sargeant e Alex Albon, ambos da Williams e Lance Stroll da Aston Martin tiveram muito dificuldade com o traçado da pista e tocaram nos muros e até dos concorrentes algumas vezes, Perez que largou em último tentava uma recuperação improvável mas também sofreu c

Foto: Fórmula One Management
Foto: Fórmula One Management

om batidas e não conseguiu se recuperar. As trocas de posição aconteceram em sua grande maioria quando os pilotos eram chamados para fazer as trocas de pneus. As coisas começaram a ficar um pouco mais emocionantes quando na volta 55 das 78 disputadas, a chuva resolveu tentar dar um pouco de emoção e os pilotos tiveram que mudar suas estratégias. As ultrapassagens começaram a aparecer de forma um pouco mais constantes, mas não pelas disputas entre os pilotos, mas pelos erros que alguns cometeram pelas condições da pista molhada. Os ferraristas Carlos Sainz e Leclerc sofreram muito quando ainda estavam com pneus próprios de pista seca, George Russell da Mercedes também teve dificuldades em guiar o carro na pista molhada.

No fim, Verstappen venceu sua quinta corrida de sete possíveis no ano, seguido de Fernando Alonso que mantém o bom desempenho no ano subindo mais uma vez no pódio e de Ocon que foi a grande surpresa levando sua equipe às primeiras posições pela primeira vez na temporada. Com os erros, as Ferraris de Leclerc e Sainz terminaram em sexto e oitavo respectivamente, e o destaque negativo ficou com Perez que terminou apenas em décimo sétimo.

No próximo fim de semana os pilotos voltam à pista para mais uma corrida, desta vez disputada na Espanha entre os dias 2 e 4 de junho.

Foto: Fórmula One Management
Foto: Fórmula One Management

Por Júlia Garcia

Escrita por Glória Perez, dirigida por Marcos Schechtman e transmitida pela Rede Globo, a novela Caminho das índias estreou em janeiro de 2009 e se encerrou em setembro de 2009. Com 203 capítulos, a telenovela fez um sucesso e acumulou ótimas pontuações de exibição.

Trama na Índia e no Brasil

A trama principal, que se ambientou na Índia, conta a história de um triângulo amoroso formado por três jovens indianos, Maya Meetha (Juliana Paes), Bahuan (Márcio Garcia) e Raj (Rodrigo Lombardi).

A novela mostrou como funcionam algumas das tradições indianas, o casamento arranjado e o sistema de castas no país.

Raj (Rodrigo Lombardi), Maya (Juliana Paes) e Bahuan (Márcio Garcia). Foto/Divulgação: Globo

 

Já o núcleo ambientado no Brasil, contou a história de dois irmãos, Raul (Alexandre Borges) e Ramiro (Humberto Martins). Na trama, os Raul e Ramiro gerenciam o império do pai e vivem em discórdia.

Temas em debate
Yvone (Letícia Sabatela) e Tarso (Bruno Gagliasso). Foto/Divulgação: Globo

A autora Glória Perez abordou temas relacionados com doenças mentais. O ator Bruno Gagliasso interpretou o jovem Tarso, que após sofrer pressão da família, desenvolve esquizofrenia.

Além do jovem, a personagem Yvone (Letícia Sabatela) esconde um desvio de personalidade. Ela é psicopata e aproveitou a confiança que as pessoas tinham nela para destruir muitos sonhos.

Prêmio Emmy Internacional e o sucesso 

Em 23 de novembro de 2009, Caminho das Índias foi eleita a melhor telenovela na edição do prêmio Emmy Internacional, sendo a estreante a ganhar a premiação. 

Além do Emmy, a novela que marcou altas pontuações durante sua exibição, levou o sucesso para fora da telinha. Nas ruas, era possível ouvir palavras estrangeiras como bordões populares, como “are baba” e “tike”.

Caminho das Índias foi exportada para 90 países e chegou a três continentes além da América, Europa, Ásia e Europa.

A escritora Glória Perez recebendo o Emmy. Foto/Divulgação: AFP
Catálogo do Globoplay

Hoje, 28 de abril, a novela entra para o catálogo do Globoplay. Todos os capítulos estão disponíveis e você pode assistir onde e quando quiser, basta acessar o streaming da Globo. 

Imagem/Divulgação: Globo

 

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A novela Vai Na Fé marcou a segunda maior pontuação de audiência no último sábado (1) e ultrapassou o Jornal Nacional. 

 

Por Júlia Garcia
Foto: João Miguel Júnior/Globo.
Escrita por Rosane Svartman e transmitida pela TV Globo, a novela das sete teve sua estreia em 16 de janeiro. A trama, que se passa no Rio de Janeiro, conta a história de Solange (Sheron Menezzes), mais conhecida como Sol, que agora é mãe, evangélica e ex-princesa do baile funk.
A protagonista que tinha o sonho de se tornar dançarina, teve seus planos mudados e agora, adulta, vende quentinhas junto com sua melhor amiga de infância, Bruna (Carla Cristina Cardoso).
O antes e depois de Ben e Sol. Foto: TV Globo/Reprodução.
Recheada de flashbacks, a história consegue encaixar perfeitamente os acontecimentos do presente e passado. O telespectador é levado para as antigas vivências dos personagens, tendo uma experiência imersiva ao universo narrativo da história. 
Elenco quase 70% preto
Não é só o enredo de “Vai na Fé” que prende a atenção do público. O elenco da telenovela é composto por diversos talentos, alguns rostos já são conhecidos na telinha e outros estão em sua estreia.
Um ponto importante é que pela primeira vez na Rede Globo, o elenco de uma novela é composto por quase 70% de atores pretos e a trama conta com personagens em diferentes espaços. Os núcleos são divididos entre pessoas bem sucedidas e trabalhadoras tipicamente brasileiras.
O ator Samuel de Assis, que dá vida ao protagonista Ben, informou ao Splash Uol que nunca teve tanta gente preta em papéis de destaque. [] Acho importante que a gente assista e diga ao mundo: nós merecemos estar aqui, nós temos que estar aqui e nós damos audiência., afirma.
Foto: João Miguel Júnior/Globo.
Religião sem didática 
Para mais, é ímpar a forma como Rosane aborda a religião na novela. Os personagens praticam sua fé de forma natural, como na vida real, sem ditar o que é o certo. É possível notar três religiões na trama, como: cristianismo, candomblé e budismo
Em uma coletiva de imprensa, a autora afirmou que a religião não é o viés da novela. “Apesar da religiosidade não ser um pilar da novela é sim um dado importante, porque aparece na construção dos personagens.”, comentou Svartman. 
Onde assistir?
Imagem: Reprodução/TV Globo/Instagram.
A novela “Vai na Fé” está disponível na grade da TV Globo e é exibida de segunda a sexta, após a segunda edição do jornal local
Se você perdeu o capítulo na íntegra, basta assistir a reapresentação, disponível de segunda a sexta, após o Conversa com Bial.
Além do mais, todos os capítulos exibidos na íntegra estão disponíveis no Globoplay, é só conferir!

 

 

Divulgação: Filme Kevin
Divulgação: Filme Kevin

Produção cinematográfica chega aos grandes telões a partir desta quinta-feira

Por Keven Souza

No dia 03 de novembro, as salas de cinemas de todo o Brasil abrem as portas para receber a estreia do filme “Kevin”. Amantes do audiovisual nacional que residem em Belo Horizonte poderão assistir a pré-estreia do longa-metragem no Una Cine Belas Artes, que é um dos últimos cinemas de rua da cidade, através da compra de ingressos pelo site ou pela bilheteria do cinema. 

O documentário “Kevin” diz respeito à amizade, ao qual narra o reencontro da diretora com sua amiga ugandense, Kevin Adweko, abordando questões como sororidade, relações interraciais e a posição da mulher. Ele é produzido pela Bukaya Filmes, em coprodução com Anavilhana e Vaca Amarela Filmes, e com distribuição nacional da Embaúba Filmes. 

O filme é uma obra de arte dirigida e estrelada pela roteirista e diretora, Joana Oliveira, que trabalha na área audiovisual desde 1999 e possui curtas que já foram exibidos em vários festivais internacionais, como o Festival Internacional de Cine de Huesca (Espanha), e no Brasil em festivais como a Mostra de Cinema de Tiradentes. 

imagens do filme Kevin
Imagens de divulgação – Filme: Kevin

Hoje, o Contramão traz um bate-papo com Joana, que relembra como foi a construção do documentário, bem como sua carreira no cinema, e diz como está a expectativa para o lançamento nesta quinta-feira. Confira! 

 

Joana, como começou sua carreira no cinema? Você sempre soube que seria cineasta? 

Eu sempre gostei muito de assistir a filmes. Desde pequena adorava ir ao cinema ou à locadora de vídeo escolher os filmes para assistir no fim de semana. Era um barato levar as fitas VHS para casa! Mas, nunca tinha imaginado estudar cinema porque não havia cursos de graduação em Belo Horizonte. Fiz vestibular no final de 1995 e não havia Enem, ou seja, um vestibular unificado para todo o Brasil. Não pensava em sair da cidade. Porém, quando comecei a fazer Comunicação Social, vi que eu poderia ingressar no mundo do cinema e comecei a trabalhar em produções, que eram muito poucas, em Belo Horizonte. Trabalhei em um curta e um longa-metragem e decidi que era o que queria fazer da vida. 

Em 2002, fui estudar Direção de Cinema no curso regular da Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de Los Baños, Cuba, onde consegui uma bolsa da própria escola para uma parte do custo e outra do governo brasileiro para a outra parte.

Divulgação: Filme Kevin
Divulgação: Filme Kevin

Qual foi o momento em que passou a entender que havia um mercado audiovisual esperando seus filmes? 

Logo que fiz meu primeiro vídeo experimental na faculdade de Comunicação, entendi que havia muitas pessoas que assistiam a curtas-metragens. O vídeo foi selecionado para alguns festivais, inclusive o VideoBrasil que é um grande festival de arte digital e para a Mostra de Cinema de Tiradentes. Então, percebi que as pessoas tinham interesse na arte que eu estava começando a produzir. Foi um grande impulso para eu seguir em frente e ir estudar cinema.

 

Você imaginava ter produções cinematográficas notadas pelos grandes festivais nacionais e internacionais de cinema?  

Na verdade, o que queria era inventar histórias e produzi-las! Claro que eu queria que o maior número de pessoas assistisse, mas não imaginava que meu trabalho viajaria para tantos lugares! 

Divulgação: Kevin - Filme
Divulgação: Kevin – Filme

Falando agora do documentário, de onde ele nasce? 

O documentário nasce da minha vontade de rever a Kevin e ter um projeto em conjunto com ela. Sobretudo, a vontade era de celebrar a amizade! A minha amizade com ela, claro, mas também de colocar no centro de um filme a amizade entre mulheres que é um tema tão pouco retratado no cinema. Além disso, ele existe para celebrar a sororidade! “Kevin” é um filme feminista, antirracista e que promove o encontro.

 

Explique como foi gravar metade do filme em Uganda e outra parte em Belo Horizonte. Houve dificuldades de locomoção, língua ou cultura? 

O esforço de produção que houve é realmente incrível porque não tínhamos tanto dinheiro para viajar com equipe, para ficar tanto tempo na Uganda, etc. A Luana Melgaço, produtora do filme, é muito experiente e conseguiu muitos bons acordos de produção. E o filme existe também porque a Kevin se envolveu na produção, uma vez que ela nos recebeu maravilhosamente. Foi ela quem procurou um lugar para que toda a equipe ficasse, foi ela que nos apresentou tudo. Uma coisa é você receber sua amiga. Outra coisa é você receber uma equipe de filmagem que vem com ela – risos. Ela facilitou tudo. Mas realmente foi um desafio filmar em outro país! 

Entretanto, o filme é sobre minha amizade com a Kevin, então, por mais que estivéssemos na Uganda, não era um filme sobre a Uganda. Eu não conseguiria fazer um filme sobre um país que tinha acabado de chegar e não conhecia profundamente. Então, me concentrei na Kevin, que lidou com a equipe super bem. Ela é um talento natural e eu estava ali para e por ela. Filmamos de acordo com a agenda que ela estabeleceu e deu certo. 

 

Você e Kevin Adweko são as protagonistas do documentário. Como se deu essa amizade? Você sabia que seriam amigas? 

A Kevin diz que a gente se aproximou porque queríamos muito rir e nos divertir. A Alemanha, que foi onde nos conhecemos, é um país muito sério. Especificamente o lugar da Alemanha onde estávamos. Nos aproximamos de forma muito espontânea e divertida, conversando depois das aulas de alemão.

O que é legal é que não tinha a menor ideia se conseguiríamos ou não manter a amizade. Muitas relações se perdem no tempo. A internet em 1999 era ainda algo de acesso restrito. Nós nos escrevíamos cartas longas e e-mails extensos. Mas, houve muitos momentos que ficamos bastante tempo sem conversar. Em 2005, eu fiz um intercâmbio entre a minha escola de cinema em Cuba e a Alemanha. Esse momento de reencontro com a Kevin ao vivo depois de 6 anos foi muito emocionante. Acho que aí eu percebi que a amizade iria perdurar.

 

É a primeira vez que o filme “Kevin” estreia em salas de cinemas, qual sua expectativa para o lançamento? 

Kevin, na verdade, estreou na Mostra de Cinema de Tiradentes do ano passado. Também ganhou uma menção honrosa do júri do festival FEMINA deste ano. Mas, todas essas exibições foram feitas online. Agora, é a estreia do filme presencial no Brasil nos cinemas comerciais. Eu nunca tive um filme que entrou em cartaz nas salas de cinema e isso é muito emocionante! Na terça-feira, dia 01 de novembro, em Belo Horizonte, haverá uma pré-estreia em que Kevin estará presente. É muita emoção envolvida!

Para o público que irá assistir “Kevin” nesta quinta-feira, o que você diria? 

Kevin é um filme sobre o encontro. E, depois de tanto tempo em que estivemos separados das pessoas por causa da Covid-19, celebrar o encontro e a amizade é de extrema importância! 

Assista o trailer de “Kevin”

Sinopse – É a primeira vez que Joana, brasileira, visita Kevin, na Uganda (África). Elas se conheceram há 20 anos, quando estudaram juntas na Alemanha, e faz muito tempo que não se veem. A partir desse encontro, o filme tece a fina trama que é uma conversa entre duas amigas: as histórias do passado, os desejos, os caminhos trilhados, os diferentes modos de encarar os desdobramentos da vida. Disso ressurge um elo de amor e parceria que resiste à distância e ao tempo.