A Copa da “Zebra”

A Copa da “Zebra”

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Crédito: Reprodução/Site Oficial da Fifa

por Gabriel Francisco

Parece fantasia.  Há um mês, assistíamos à abertura tão esperada . Encantos e, ao mesmo tempo, desconfiança com a possibilidade do Hexa canarinho. Pelo caminho,  várias pedras. Mal sabíamos, entretanto, que tudo pode terminar em zebra. Durante os jogos do Brasil em copas do mundo, os dias são convertidos em feriado nacional. Seja a Copa no “jalapão, no Jaraguá”.

No primeiro jogo, a anfitriã Rússia fez história. Desacreditada, chegou às oitavas de final, mas foi eliminada nas quartas . Na partida entre Portugal e Espanha, palmas para o melhor do mundo, Cristiano Ronaldo. Também para Diego Costa. Seriam eles concorrentes ao título de melhor jogador do mundial? O empate estonteante, com seis gols, entrou para história como um dos melhores jogos da competição.

Não é à toa que chamam o futebol de “caixinha de surpresas”. Não foi cogitado que  seleções favoritas, como Espanha, Portugal e Argentina, cairiam nas oitavas de final! E em seguida veio a notícia da despedida da atual campeã, Alemanha. Seria então que tudo começaria a dar errado?

Na fase seguinte, Cavani se machucou, desfalcando a equipe uruguaia. Das apostas, a única “viva”, que segue é a França. A maior competição mundial dá pinta de ser a Copa da Zebra. Grandes seleções, como Uruguai, Argentina, Alemanha  – e o maior campeão das copas, Brasil –  foram eliminadas. A seleção canarinho se despediu ao perder para a Bélgica por 2 a 1. Tanto marketing e merchandising pelo Hexa, que não veio. Pelo menos em 2018, não! No futebol, dizemos: “quem veste a 10…a 10 pesa!”. E pesou para Neymar. O pesadelo veio sobre los “diabulos”, que perdeu para a França

A derrota nas quartas de final é algo que os brasileiros estão acostumados a ver. “Vencer, vencer” é o lema de quem teve Pelé, em 1958, Sócrates em 1970, Cafu, Ronaldinho, Dunga, Rivaldo (mais à frente, em 1990/00). “É tetra” dizia Galvão Bueno sobre o Gol de Taffarel (1994, Estados Unidos). “É penta!”(2002, Coreia do Sul / Japão).

SAIBA MAIS SOBRE DERROTAS DO BRASIL NAS COPAS

1998: o medo

A França teve importante papel após o tetra. Mostrou que “em terras de gigante, a juventude é uma propaganda de refrigerante”; e derrotou o então campeão. A França, anfitriã derrotou o Brasil. Um marco: Anfitrião-Campeão.

2010: a desconfiança

O pesadelo começava na África do Sul, em 2010, quando a Espanha levantava o troféu para o mundo – vide “polvo-vidente”. Iniesta, Piqué, Silva, em lágrimas de alegria naquela terra tão rica em minerais.

2014: a goleada

É sempre bom vestir a camisa com da seleção a se tornar pentacampeão e pedir a vinda do hexacampeonato. Mas o Brasil entrou em prantos, quando, no Estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido como Mineirão, a Alemanha goleou o Brasil por 7 a 1.

2018: o teatro

Não foi este ano que a seleção brasileira levou o sonhado hexa.  Na memória,  o futebol de Ronaldo Fenômeno (2002), as pernas tortas de Garrincha (1970), o lençol de Pelé (1958), a cobrança de falta de Gaúcho, ‘bomba’ nas faltas de Roberto Carlos (2002).  O futebol brasileiro era pura arte. Em 2018, era para o Neymar  ‘puxar’ jogada de efeito, desvencilhar a marcação, conseguir espaço onde não tem.  Não o fez. Seleção canarinho foi derrotada!  Neymar chamou mais atenção não pelo desempenho, mas as prováveis simulações de faltas. Agora, olharemos a taça se erguida pelas mãos dos europeus… 

 

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