#CRÍTICA: MOANA – UM MAR DE AVENTURAS

#CRÍTICA: MOANA – UM MAR DE AVENTURAS

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NOTA:      

                A nova princesa da Disney, Moana, mal chegou aos cinemas e já está dando ao que falar, mas não seria para menos, uma vez que a jovem pode ser considerada a princesa mais forte, decidida e corajosa de toda Disney, sem contar de possuir o enredo mais inteligente, emocionante e elaborado de todas as já realizadas. O longa retrata a história da jovem Moana, uma garotinha completamente apaixonada pelo mar e curiosa por conhecer tudo aquilo que está aos seus arredores. A garota, filha do chefe da aldeia, se prepara para assumir o posto do pai quando uma série de acontecimentos trágicos começam a cercar sua região, fazendo com que a mesma decida a embarcar em uma perigosa jornada devido à instrução de sua avó, que mostra a Moana que foi a escolhida pelo oceano para realizar a missão. A menina de apenas 16 anos deveria adentrar o bravo oceano em busca do semideus mitológico Maui e lhe fazer devolver o coração de Derviche.

                O filme em si não encanta somente por trazer uma protagonista forte, destemida e completamente independente, Moana além de demonstrar ser superior a qualquer questionamento de Maui a respeito de sua capacidade, consegue provar que a crença, o amor e a força consegue ser maior que qualquer empecilho.  A garota é cativante por si só e faz o filme se iluminar do início ao fim, sem qualquer problema relacionado a perca da narrativa. Os criadores conseguiram realizar algo surpreendente, principalmente por não possuírem nenhuma mulher na construção do roteiro e na direção.

                A animação não é um simples filme destinado a entreter a criançada e conseguir levantar um bom dinheiro com publicidade e venda de brinquedos, roupas, fantasias ou produtos em geral, o filme é um aprendizado, é a busca por fazer a coisa certa, é a vontade de proteger todos aqueles que se ama, é a paixão que consegue mover não só montanhas, mas também o oceano. No filme, Moana é escolhida por ser uma guerreira corajosa e por possuir um coração repleto de amor, bondade e vontade de ajudar e acolher o próximo, seja qual for o desafio. A garota não possui fraqueza alguma, ela é completamente transbordada pela vontade de fazer acontecer, diferente de Maui, que só deseja ser acolhido e aceito pelos humanos, assim como é por Moana.

                Em diversos momentos do filme a garota encontra barreiras que a poderiam impedir de realizar sua missão, como no principio, onde seu rígido pai teme o que a filha pode encontrar mar adentro, principalmente após ter sofrido um trauma; suas obrigações presenciais com seu povo; seu destino já traçado e até mesmo a péssima experiência adquirida após sair escondida na noite e encontrar um mar furioso logo depois do recife. Moana se reprime, mas ainda assim seu coração continua presente ali junto ao mar, até sua avó lhe mostrar a verdadeira história de seu povo e provar que toda a mitologia a respeito de Maiu e do coração de Derviche é real, assim, a paixão desperta mil vezes mais forte e Moana encara o desafio. Esses não foram os únicos empecilhos que fizeram a garota provar sua integridade, a forma como lida com um grosso e ignorante Maui com grandeza e liderança mostra o quão grande a jovem pode ser. O filme é todo feito de problemas enfrentados de cabeça erguida pela personagem, principalmente quando a mesma se vê sozinha enfrentando um gigante monstro de lava para conseguir devolver o coração ao seu devido lugar. A jovem ganha o filme, a tela e a paixão de homens, mulheres e crianças.

                O longa traz cenas vividas, empolgantes, emocionantes e músicas que se encaixam perfeitamente em cada ponto da trama, impedindo que fiquem maçantes, chatas, tediosas, excessivas ou até mesmo desnecessárias. Apesar dos problemas enfrentados pelos Estúdios Disney em relação a venda de produtos semelhantes ao personagem mitológico Maui, uma vez que os polinésios (aqueles que cultuam a imagem do semideus) acharam a forma na qual o personagem foi caracterizado uma ofensa, os mesmos acertaram em cheio na realização, já que tal filme consegue superar sem pestanejar e em diversos critérios outros títulos como Valente, e até mesmo o sucesso Frozen, que é o filme que mais vem lucrando, vendendo e sendo assunto da empresa da década. Não se pode afirmar que Moana possuirá a mesma força comercial e de encantamento infantil de Frozen, que é completamente voltado e moldado à tal faixa etária, fator que o tornou “bobo” e o já dito, maçante. Moana é uma realização animada perfeita, sem erros, brechas ou assuntos pendentes, a Disney merece ser aplaudida de pé, e que venha o Oscar!

Por: Isadora Morandi

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