#CRÔNICA: Imagine só

#CRÔNICA: Imagine só

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Por Giovanna Silveira – Metrica Livre – Parceira Contramão HUB

É engraçado imaginar como histórias tomam forma, são contadas ou como são descritas. Realmente faz a imaginação funcionar quando ouvimos alguém contando um fato que aconteceu certo dia em uma certa hora, com uma riqueza de detalhes ou com

falhas de enredo.

Outra forma divertida de olhar, é não pensar que existam histórias no plural, e sim uma grande e finita história, na perspectiva de cada um de nós meros mortais, tem a sua. E nesse grande e extenso relato, todo e qualquer acontecimento da rotina não vira uma história avulsa, mas sim um episódio.

Uma ida ao supermercado pode virar um parágrafo curto e sucinto, ou pode marcar como um episódio significativo na vida. Faz sentido até aqui? É relativamente simples pensar na vida como uma auto narração de situações rotineiras ou fora do comum, fazemos isso o tempo todo. O cinema por exemplo, com obras que usam as épicas narrações e descrições de cenas, só elucidou a forma como isso acontece e nem nos damos conta disso. Pode não ser muito empírico muitas vezes, é verdade, mas somente o fato de pensarmos no que comprar para o jantar, ou as tarefas que nos aguardam no ambiente de trabalho são suficientes para justificar esse fenômeno.

Assim, pensar que somos nossos próprios narradores mentais da rotina, também guia a reflexão de que nós também somos o personagem principal, o que possui mais falas e mais cenas; mais reviravoltas e clímax, todos os dias. A partir daí, cabe individualmente pensar no peso de cada palavra, na relevância de cada mínima decisão, e no sucumbir de cada dia, como isso nos fez sentir em relação ao todo.

Eis que o efeito dominó começa a fazer sentido, se cada dia leva ao outro, se cada conto é na verdade uma parte da história, uma extensa história no qual o principal personagem é você mesmo, e os relatos da sua trama particular reagem ao passo da sua imaginação.

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