#CRÔNICA: …TEMPOS QUE OS OLHOS REFLETIAM…

#CRÔNICA: …TEMPOS QUE OS OLHOS REFLETIAM…

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Por Charles Oliveira

“FOI-SE O TEMPO EM QUE OS OLHARES REFLETIAM O INTERIOR” – É assim que está descrita na parede de canto de uma farmácia da Rua Tupinambás esquina com a Avenida Olegário Maciel, no Centro de Belo Horizonte. Gostaria de ter tirado foto, mas não achei pertinente (no momento), pois um morador de rua habita logo abaixo da frase reflexiva, de autor desconhecido…, mas quando li a mensagem, automaticamente comecei a observar os olhos das pessoas, o que eles dizem? Será que a essência de cada um está no olhar ou será que há algo a mais que poderia refletir o nosso eu? Uma coisa é você confiar e acreditar em cada ser, é no sentimento de comunhão de um com outro, quanto vale estar perto do outro? Perceber o outro? As necessidades do outro? Vivemos como ser independente mais fechado no olhar, apesar de estar aberto…

 

– Dane-se, quero saber do interesse ou fator que faz o olhar ser diferente… ter algo a mais. O descontrole é total faz parte da nova era, a quem diga que perdemos a razão e partiremos para o artificial, cortamos a nossa própria carne por coisas irrisórias… doce olhar que transmite a sensação de fazer bem… que encanta o casal apaixonado… que põe a razão dos pais para educar… que constrói uma relação sincera e verdadeira… você já olhou nos olhos de quem ama? …. Tem alento mais confortante que isso? Talvez tenha é isso mesmo e a lógica e outro olhar… Olhares de fato não representam nada, a autossuficiência seria mais interessante, mais além de dados clínicos psicológicos, o que todos nós sabemos que tudo se constitui de uma forma só, e a equivalência de algo muito excepcional…, porém isso não define o caráter. Discutir valores se tornou uma tarefa complicada. A tecnologia substitui o contato humano e que vale a qualquer coisa os meios de fato nos refletem o interior… assim que baseamos os outros… conseguimos de vez, terceirizar e contornar o que é preciso para nós seres medíocres humanos, que movimentos mais desequilibrados estamos entrando, que nova linhagem define esse atual momento, como a matéria-prima do nosso ser foi aniquilada de forma equivocada sobre o olhar do outro.

 

O sentimento pode ser oriundo do coração e da alma, da qual a finalidade dos olhos nos completa…

 

– A janela da alma gostaria que eles falassem, por partes deles são de verdade, o corpo fala e alma também, se comunicar por meio do inquestionavelmente quando e o olhar…Valha me Deus que choque.

 

Isso monta um mosaico de pequenos pigmentos que vão envolto de cada ação, está muito além do que se enxerga, (externo) e do globo ocular, que passa pela formação da íris, pupilas ligamentos, retinas e nervos ópticos, cristalino… (interno) tão natural e simples mais não é assim que funciona… a visão passa por vários processos para se chegar a um resultado… muitos medos, falso moralismo, falta de compaixão por todos nós.

 

– Parece que é uma catarata… tomou conta e embaraçou tudo, não enxergo mais, sinto que perdi os sentidos… somos tão frágeis, cadê meu viver a minha estória, está escrito aqui… os meus sentidos as minhas vontades, os meus desejos – Ceguei… Acabou tudo, meu reflexo se apagou como uma mínima chama de um fósforo aceso… Meu espírito incandescente, que me direcionava como uma bússola da vida… volte por favor… não… por favor… não… (ACORDEI) – Era um sonho, perdi os sentidos… Os olhos refletem angústia…  Alguém pode perceber isso… sim!

 

– Depois de tanta balela… (risos) de uma espécie de aventura psicodélica, será que fui capaz de refletir o meu olhar? E tão pessoal, gostaria de dizer pelos outros, foi tão confuso isso… perdi-me demais, se eu não sei ser tão assertivo comigo mesmo, eu poderia ser pontual com o outro?…

 

Poderiam desenvolver um manual de olhar nos olhos dos seus, dos meus, dos nossos olhos e compreender como eles funcionam, seria ótimo, tudo podia começar desde pequenininho, um bebezinho… acredito fielmente que é dali que se envolve com natureza viva dos seres mortais… isso beneficia de forma conceituada para vida até a morte… olhe a família, olhe os amigos, olhe os colegas, olhe o amor… vamos apurar melhorar isso de forma gradativa e que se torne mais próximos de nós…. – Uma dica que seria de total importância para sociedade e se passássemos a olhar um no olho do outro e como isso se transformando em um hábito, seria um exercício diário de confiança, de acolhimento, de compaixão, de sentimento e pureza…

 

– Seria pedir demais? … tanto faz! … sei lá. Só sei de uma coisa e é verdadeira; Foi – se o tempo em que os olhares, refletiam o interior.

 

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