é mentira, a minha
Por Auspicioso Acapela – Coletivo Parceiro Contramão HUB
Sete dias, duas semanas, um mês … E de repente já se passaram seis meses. Seis meses, acordando, trabalhando, estudando e nos intervalos do dia muitos copos de café. Como uma bela taurina, precisa de controle e organização. Ela acredita que existem dois tipos de rotina, aquela que a sociedade nos obriga e aquela sem obrigação, a faz por lazer. Ao mesmo tempo que a rotina é pesada, quando se cria o hábito de algo e, por algum motivo, vê sob seus olhos que está perdendo-o, ela sente falta. Novamente, como uma bela taurina, possessiva.
Ao mesmo tempo que deseja viajar o mundo, quando algo está indo embora sente falta.
Ao mesmo tempo que deseja aventurar-se por aí, logo pensa,
será mesmo?
Ao mesmo tempo que já se divertiu e saiu diversas vezes, hoje prefere dormir e ficar distante do telefone.
Ao mesmo tempo que precisa de carinho,
afasta ou deixa as pessoas se afastarem.
E assim, passa o tempo de seis em seis meses.
Até um dia, ela conseguir mudar.
Afinal, o tempo corre e quando vê já é tarde.
Essa história de nunca ser tarde demais,
é mentira.
Nunca será da mesma forma, o tempo é diferente, a circunstância é diferente.
Mas para isso acontecer, a principal mudança tem que ser nela.