Em dia de estreia olímpica, quem brilha são os anfitriões mineiros

Em dia de estreia olímpica, quem brilha são os anfitriões mineiros

Fotos: João Alves

Entre jogos mornos, caos nos serviços de bar e a Zika, quem brilhou mesmo foram os torcedores com a sua animação, criatividade e humor. A olimpíada promete

O futebol feminino deu a largada ao calendário de competições que Belo Horizonte irá receber durante toda a Olimpíada. As seleções da Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Colômbia protagonizaram a primeira fase do grupo G, que ainda tem mais dois jogos a serem realizados nos dias 12 e 16 de Agosto, no Estádio Mineirão.

Com bastante aparato policial, porém menos agressivo como visto na Copa do Mundo, os torcedores chegaram entusiasmados com jogo, carregando bandeiras e vestindo as camisas das seleções de cada país. Mesmo assim, os torcedores dos times mineiros, Atlético e Cruzeiro, vieram em peso e demonstraram as suas preferências.

Dentro do Mineirão que se apresentava bem vazio, o favoritismo da torcida praticamente era só uma, Nova Zelândia. Mesmo com o time inferior e com um gol já nos primeiros 15 minutos de jogo, a torcida não deixou de empurrar o time com gritos e “Ôlas”. Já o time americano não foi tão bem recebido assim. A goleira da seleção dos Estados Unidos, Hope Solo, recebeu vaias seguido de “zika” em coro, toda vez que tocava na bola. Os gritos entoados foram um tipo de resposta às postagens que a goleira publicou em suas redes sociais ironizando o Brasil e o vírus Zika, doença que casou pânico e desencadeou uma epidemia no país. No Twitter, diversos usuários riram da piada e aprovaram a situação – @leandokhaled escreveu – “Eu preciso agradecer os torcedores lá do Mineirão que começaram com o Ooooo Zika para Hope Solo. Vocês são Feras! #Rio2016”. O jogo terminou com o favorito ao ouro, Estados Unidos, vitorioso por 2×0.

Se a entrada para o estádio foi tranquila e bem organizada, o intervalo foi caótico. Os bares disponíveis não conseguiam atender a quantidade de pedidos e as cozinhas se transformaram em uma verdadeira bagunça. Foram necessários 44 minutos para comprar a ficha do caixa e retirar a mercadoria no balcão. Durante a espera, foi possível ouvir reclamações, deboches e xingamentos por parte dos visitantes. Para piorar, os preços eram absurdamente caros, um pão de queijo custava R$8,00 reais e um saco de pipoca R$ 13,00 reais.

Distante daquele caos, o jogo entre França e Colômbia ocorreu com menos torcedores presentes que o anterior, mas nenhum um pouco menos animado. Eram visíveis os esforço das colombianas em criar táticas no meio de campo e criar chances de gols pela direita, mas a marcação francesa não abria espaço e marcava em cima as adversárias. Enquanto isso, nas arquibancadas, os belo-horizontinos gritavam junto com os estrangeiros presentes e vibravam com cada chute a gol feito. A França com um time mais estruturado, treinado e coeso sai como vitoriosa com 4 gols, contra a esforçada Colômbia.

Texto e foto: João Alves

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