Escassez de água: qual é a real situação da capital?

Escassez de água: qual é a real situação da capital?

A falta de água é assunto recorrente em todo o país, e em Minas Gerais o foco está em  algumas cidades do interior. Mesmo que Belo Horizonte ainda não tenha níveis alarmantes, a população já começa a se preocupar com a possibilidade de a situação se repetir na capital.

Um dos receios vem da parte da população que mora nos bairros mais altos da cidade, como o Belvedere, Mangabeiras e Santo Antônio, mas a empresa diz já ter uma solução para o caso. A intenção é que, caso a estiagem continue, medidas especiais sejam utilizadas, como a instalação de unidades de reserva e bombeamento de água para a regularização das pressões nas redes. A COPASA não informou em qual quantidade será feita essa reserva.

O cineasta Júlio Pessoa, 47, professor do Centro Universitário UNA, mora no bairro Santo Antônio e afirma que já houve um racionamento no seu prédio, mas a reserva da caixa foi o suficiente para que não faltasse água em sua casa. Ele acredita que a solução para o problema possa ser “taxar a água de forma mais racional e liberar seu uso mais sazonalmente”, ou seja, estabelecer uma cota de uso.

Segundo Rosilene Soares, 42, vendedora, que mora no Bairro Industrial em Contagem, na RMBH, a água tem faltado regularmente em sua casa. Ela relatou que todo os dias, por volta de 19h30, o abastecimento é interrompido e só volta a funcionar cerca de 6 horas depois, quando já é madrugada. Informou também que, em conversa com alguns vizinhos, a mesma reclamação foi feita. Questionada se algum pronunciamento foi feito pela empresa responsável pelo fornecimento (COPASA), ela disse: “não recebemos nenhum comunicado ou justificativa”. E acentua a falta de informação: “ó temos informações através da mídia”, afirmou.

Segundo um relatório oficial da COPASA: “os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte estão com os níveis de oscilação previstos para o período de estiagem”. A região é abastecida pelos rios das Velhas e Paraopeba e “essa integração permite flexibilidade e robustez ao abastecimento de água, tendo em vista que várias áreas da região podem ser abastecidas por mais de um sistema de produção.”

Por: Ítalo Lopes e Umberto Nunes

Foto: Umberto Nunes

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