Mestres imortais

Mestres imortais

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Foto Reprodução Internet

Por Queka Barroso – Sou muitos – Parceira Contramão HUB

Nos últimos meses, tive reencontros fervorosos com pessoas que me deram aula, seja na escola ou na faculdade. Chega a ser engraçado o quanto elas emanam conhecimento. Tudo o que é dito tem seu valor. Não digo que outras pessoas não têm o que ensinar, mas essas profissas têm a didática no sangue e transformam um simples cumprimento em dica.

Tenho várias referências na vida que não saíram das salas de aula; não das que eu frequentava, mas que são professores de outros e, nas horas vagas e/ou encontros de família, me dão o prazer dessa experiência. E tenho também os mestres-práticos, que têm a didática de nos ensinar a trabalhar, por exemplo.

Esse fascínio pode causar estranheza, mas Rubem Alves, mais uma vez, simplifica: “Ser mestre é isso: ensinar a felicidade”. Obrigada, mestre-mor! Obrigada por facilitar e clarear mais um de meus desassossegos. Estar rodeada e constantemente em conversas com líderes é simplesmente buscar a felicidade. Por isso é tão importante olhá-los, antes de mais nada, como seres humanos experientes, entender a importância de ouvi-los e saber que por isso são inseridos em nossa vida desde cedo, em nosso primeiro compromisso “pós-mamada”: a escola.

Podemos dizer então que a escola nos ensina a ser feliz. O difícil é enxergarmos essa função e sugá-la, assim, a nosso favor. Não estou dizendo que matemática me fazia feliz. Não! Mas a possibilidade e a capacidade de aprender, sim. E dali saía as primeiras conquistas, as primeiras felicidades…

Rubem Alves é um imortal. Ele está aqui neste texto, está em seus diversos “long-sellers” e está em nossa memória intelectual. E quem me garantiu isso foi o próprio. Me garantiu também o sossego de saber que não só ele, mas todos os mestres que passam por nossas vidas serão eternizados:

“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais…”

Tornar um professor amigo é se abrir ao conhecimento contínuo. Libertamo-nos assim.

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