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No próximo sábado, 02, às 10h, ocorrerá o lançamento do livro “A Secretescrita e o desafio decifradórico”, na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte. Escrito pelo poeta e arte-educador Chico dos Bonecos e ilustrado por Joana Resek, a obra é protagonizada por José que envia uma carta para sua família e quando eles recebem o bilhete, descobrem que a mensagem está decodificada e para que o papel faça sentido, terão que se empenhar em decifrar e os leitores têm que ajuda-los.

A obra é voltada para o público infantil e, para aguçar a curiosidade das crianças, nas orelhas do livro, é encontrado o Astrogal, um aparelho usado para esconder mensagens, inventado por Enéas, no século IV antes de Cristo. Além da narrativa enigmática, há também símbolos espalhados pelo poema de José para ajudar os pequenos a interpretar o real significado da mensagem.

O evento será realizado pela editora Peirópolis, com cessão de espaço da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte. O autor, Chico dos Bonecos, estará presente para uma sessão de autógrafos e também terá um festival de ‘diabolôs’, brinquedo artesanal muito utilizado no interior.

Local: Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte

Rua Carangola, 288/Térreo. Bairro: Santo Antônio

Por: Luna Pontone
Foto: Divulgação

Lei Estado de Incentivo a Cultura atinge teto de renúncia fiscal e prejudica setor cultural de Minas Gerais

O teto de renúncia fiscal de ICMS foi atingido. A Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais diz que a captação de 79 milhões de reais foram atingidos ainda no primeiro semestre, e foi distribuído, em 380 projetos, sendo R$ 18,15 milhões em projetos do edital de 2012 e R$ 61,13 milhões em projetos do edital de 2013.

Para a secretaria, a renuncia atingiu seu teto tão rapidamente, devido as mudanças ocorridas na Lei, que passou a contrapartida das empresas patrocinadoras para 1 a 5%, em vez dos 20%. A diminuição dessa porcentagem, contribuiu para que 104 novas empresas entrasse no roll de patrocínio. De acordo com a secretaria, a notícia foi dada em tom de comemoração, pois mostra um panorama positivo da lei. “É a primeira vez na história da LEIC que atingimos o teto da renuncia efetivamente – um teto que está em aumento constante”, diz Laura Guimarães, chefe de comunicação da Secretaria Estadual de Cultura.

Com tudo, artistas e produtores culturais receberam a notícia com surpresa. Em carta aberta, eles reconheceram que a Lei de Incentivo à Cultura se apresenta como principal instrumento de política pública para o setor cultural do Estado de Minas Gerais. Entretanto, acreditam que nos últimos anos, a secretaria acabou entrando num colapso. Resultado que apresenta diversos projetos que se encontram em situação precária ou ameaçados a descontinuidade e que não conseguem mais captar recursos por intermédio da LeiC. “Em primeiro lugar, é preciso destacar a decisão equivocada pela redução da contrapartida para as empresas incentivadoras sem o aumento do percentual do teto da renúncia fiscal. Acreditamos que tal alteração, além de abrir mão do montante de recursos próprios que era investido pelas empresas nos projetos culturais, acirrou ainda mais a disputa por patrocínios, prejudicando, sobretudo, os pequenos empreendedores do Estado”, cita na carta aberta.

Em nota, a secretaria, destacou que não se trata de esgotamento da renúncia fiscal, uma vez que os projetos podem captar em 2015. E diante disto, a Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com a Secretaria de Estado de Fazenda, tomou a providência de elaborar e publicar uma solução para o problema. Essa solução, segundo eles, normatiza os procedimentos de patrocínio por meio da Lei Estadual, com duas alternativas para que projetos aprovados pelo mecanismo de fomento possam receber recursos ainda este ano. São elas:

• Substituição pela empresa de projetos por ela patrocinados, com foco na troca de projetos que serão executados em 2015 por outros que têm previsão de execução ainda em 2014.

• Antecipação do investimento por parte da empresa, mantendo a dedução do imposto em 2015. A expectativa é de que esses procedimentos, aliados ao mecanismo da Dívida Ativa, possam atenuar as dificuldades dos agentes culturais neste momento de transição e adaptação ao novo cenário.

Para o setor cultural, “não há, portanto, motivo para comemoração do esgotamento da renúncia fiscal. Afinal, a situação tende a se tornar ainda mais grave, pois, no ritmo em que se encontra a utilização dos recursos, grande parte da verba prevista para 2015 terá sido consumida já no primeiro trimestre, como resultado do ‘efeito bola de neve’ criado na atual gestão da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais.” Dizem na carta os produtores culturais de Minas Gerais.

Carta aberta

Resposta da Secretaria à carta

Produtores culturais falam para o Contramão:

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Por Lívia Tostes

A Agência Nacional do Cinema, leva o projeto ”Um dia com a ANCINE” para a capital Mineira, nesta sexta-feira,1, das 9h30 às 17h, no Auditório ICBEU – Rua da Bahia, 1723, Lourdes. O projeto tem a parceria da Associação Curta Minas (ABD-MG) e da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV). A oficina é uma ação de transparência institucional da ANCINE e faz parte de uma série de eventos promovidos pela mesma. A oficina tem como objetivo capacitar os agentes do mercado e tirar dúvidas sobre o funcionamento de áreas-chave da agência, como as ferramentas já disponíveis no Portal ANCINE.

Entre os temas em pauta, estarão também a emissão do Certificado de Produto Brasileiro (CPB), o registro de agentes econômicos e o trâmite para a realização de um projeto audiovisual utilizando-se de recursos de fomento e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O evento será aberto com uma palestra, que ficará a cargo da diretora Rosana Alcântara e o seminário será conduzido pelo Especialista em Regulação da Atividade Cinematográfica e Audiovisual, Layo Barros. A iniciativa é voltada para novos profissionais do setor e teve sua primeira edição, em São Paulo, no último dia 10 de junho.

De acordo com Marco Aurélio, presidente da Associação Curta Minas e promotor do evento na cidade, o número de inscritos em Minas bateu recorde.
“Geralmente os eventos da ANCINE são para 60 à 120 pessoas e eles fecharam este com 150 vagas”, ressalta Marco Aurélio.

Até a última sexta-feira, os organizadores receberam cerca de 200 inscrições para participar do seminário, contando que depois das inscrições no site terem sido encerradas, ainda receberam algumas de última hora através do e-mail.

Para o presidente da Associação Curta Minas, o recorde de inscrições provém da falta de eventos deste porte no estado. “Minas Gerais possui grande demanda de público interessados nestes assuntos e sofre com essa falta principalmente pelo fato de sua capital (Belo Horizonte) sempre ficar de fora das programações” destaca Marco Aurélio

Mais informações no e-mail: [email protected]

Por: Yuran Khan e Bárbara Carvalhaes

Na próxima quarta-feira, 23, o jornalista, compositor e escritor Ademir Assunção irá apresentar o show Viralatas de Córdoba junto de sua banda Fracasso da Raça. A apresentação será no Sesc Palladium, às 19:30, com entrada gratuita.

Em entrevista para o Jornal Contramão, o letrista explica que o nome “Viralatas de Córdoba” surgiu em uma de suas viagens, neste caso, quando foi para Córdoba, na Argentina. Segundo ele, havia muitos viralatas (cachorros) vivendo nas ruas da cidade e ele acabou gostou deles e com isso resolveu colocar este nome no CD.  Para Ademir, este nome representa bem o tom do trabalho e, afirma que gosta da liberdade dos viralatas, que se sentem bem fuçando a poeira das ruas.

Ao perguntar qual o conceito trabalhado neste show, Assunção destaca: “O show é uma fusão de poesia com blues, rock’n’roll e baladas. Quando a poesia sai do espaço silencioso do livro e passa para a fala, ganha outras possibilidades de linguagem: o tom da voz, a emissão mais forte ou mais aveludada, as pausas. Em diálogo com instrumentos musicais, como o baixo, a bateria e a guitarra, no meu caso, ganham mais recursos ainda. Acho bom para a poesia tomar esse choque elétrico na carne. E acho bom para o público tomar esse choque de palavras na testa.”

Livro A Voz Ventríloquo, Ademir Assunção

Em 2013, Ademir Assunção ganhou o prêmio Jabuti com o livro de poesias “A voz do Ventríloquo” e se diz feliz em ter recebido o prêmio, mesmo que já tenha declarado em entrevistas que nunca havia
ganhado prêmios com poesia e que não corre atrás deles. Para escrever, Assunção gosta da ideia de Tom Waits sobre o processo criativo: “É como um aquário que pouco a pouco vai se enchendo de peixes.
Peixes azuis, vermelhos, negros, amarelos, de tamanhos, texturas e formatos diferentes. De repente, o aquário está cheio e eles começam a saltar para fora”.

“É mais ou menos assim. De repente, os peixes começam a saltar para fora do aquário”, ressalta Assunção.

Por Bárbara Carvalhaes
Foto e vídeo: Divulgação

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A partir desta sexta-feira,18, a Academia Mineira de Letras receberá a exposição “Dalí – A Divina Comédia” que será agraciada com 100 ilustrações do artista surrealista Salvador Dalí.

A mostra, que teve sua estreia em julho de 2012, no Rio de Janeiro, já percorreu diversas cidades como Curitiba, Recife, São Paulo e Salvador, agora traz a Belo Horizonte a experiência de ver os trabalhos do artista espanhol.

A partir da década de 50, para cada parte do poema “A Divina Comédia”, do escritor Dante Alighieri, o pintor Salvador Dalí criou centenas de aquarelas para retratar as três fases do poema: Inferno, Purgatório e Paraíso. Além de conhecer as obras de Dante com a partir da visão de Dalí, os visitantes poderão saber aprofundar um pouco mais nos traços surrealistas do pintor.

Encomendada pelo governo italiano, a obra de Dalí tinha como objetivo celebrar os 700 anos do nascimento de Dante. Porém, devido a nacionalidade do pintor, os artistas italianos não concordaram com a maneira que Dalí tinha de expressar “A Divina Comédia”, o governo decidiu então encerrar o projeto, mas isso não impediu o artista espanhol de continuar a manifestar seus sentimentos pela obra.

De acordo com a curadora da mostra, Ania Rodrigues, a exposição traz o encontro de dois grandes gênios que revolucionaram a literatura e as artes visuais. Assim como Salvador Dalí, diversos artistas retrataram A Divina Comédia em seus trabalhos, tais como Botticelli, Doré, Bouguereau e Barceló, o que traz aos amantes do poema uma ajuda maior no entendimento da obra de Dante.

Para a estudante de produção de Moda, Mariana Nascimento, 19, Belo Horizonte está abrindo as portas para muitas exposições diferentes. Para ela “Dalí – A Divina Comédia”, seguirá essa mesma premissa. “Minha vontade de visitar a exposição é de ter contato com algo inspirador. Acho que a arte mexe muito com o imaginário, coloca nossa cabeça para funcionar. E como faço produção de moda, acho importante ter um repertório artístico bacana”, finaliza a estudante.

A entrada na exposição é gratuita e permanecerá na Academia Mineira de Letras de quarta a domingo, de 09h às 19h até o dia 17 de agosto.

 Por: Luna Pontone
Foto: Divulgação

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Os serviços oferecidos pelos taxistas vêm sendo fundamentais para a população devido a sua praticidade na hora de chamar um táxi. A BHTrans, uma das empresas responsáveis pela mobilidade e transporte na Capital, preza pelo melhor atendimento envolvendo esse sistema de locomoção. Os avanços tecnológicos e os cursos ofertados pela empresa vêm sendo um dos maiores investimentos feitos em prol dos taxistas e da população.

Para que houvesse uma melhora no atendimento dos taxistas nesta Copa do Mundo, foram oferecidos vários cursos, não obrigatórios, tendo a participação voluntária do condutor. Além disso, foram realizadas campanhas para os operadores do serviço de táxi com a participação da BHTrans, do Serviço Social de Transporte (SEST) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), que constou um DVD sobre os principais locais de interesse turístico de Belo Horizonte. A BHTrans diz ser a favor de qualquer inovação tecnológica que traga benefício ao sistema. Exemplo disso é a aderência dos taxistas pelos aplicativos de celular: Easy Taxi, Way Taxi e BH Táxi utilizando-os no lugar do rádio táxi. Esses aplicativos facilitam a comunicação entre os usuários e operadores e aperfeiçoa a operação do serviço.

No ano de 1990, Belo Horizonte foi considerado a cidade com o melhor serviço de táxi da América Latina. Já neste ano, no período de Copa, não podemos dizer o mesmo. Foram constatadas diversas falhas no atendimento tanto em BH quanto nas outras cidades sede dos jogos. Tarifas caras, cobranças indevidas, taxistas infratores e carros mal conservados foram um dos pontos destacados pelos turistas. De acordo com a BHTrans, a respeito da busca por um melhor atendimento, eles trabalham para que o serviço de táxi atenda as necessidades dos usuários e operadores e além de orientações que são repassadas eles também utilizam o avanço tecnológico para a regularidade e confiabilidade na prestação do serviço. Desde o dia 1º de junho de 2012, os veículos táxis de permissões outorgadas através da Concorrência Pública 02/2012, por força de Edital, possuem a biometria e atualmente o sistema de táxi é composto por 745 veículos com essa tecnologia.

Biometria nos táxis

 Para a BHTrans, a tecnologia da biometria nos táxis tem objetivo de monitorar, eletronicamente, a operação do serviço e melhorar a sua confiabilidade com a identificação digital do condutor. Vários dispositivos compõem a tecnologia, dentre eles um rádio móvel de comunicação com antena, instalado no carro, onde são feitos os registros e o armazenamento de todas as informações referentes à operação do veículo e aos dados do condutor. Essas informações são coletadas pela BHTRANS, via wireless, quando o taxista comparece com seu veículo na sede da BHTRANS. Isso vem ocorrendo desde o início de novembro de 2013. Segundo o órgão, o uso desta tecnologia é fundamental para que se garanta a qualidade dos serviços ofertados aos usuários do Sistema de Táxi do município de Belo Horizonte.

 Aceitação dos taxistas

Isaías Pereira, taxista há 50 anos, utiliza os aplicativos disponíveis há um ano. Segundo ele, esse novo sistema é espetacular principalmente porque é gratuito. Pereira disse não ter presenciado nenhum problema em relação ao sistema e escuta muitos elogios por parte dos passageiros. Tal aceitação vem pelo fato do passageiro ter condições de saber que o carro está indo para atendê-lo, sendo totalmente ao contrário do rádio táxi. Ao utilizar o sistema de rádio, o passageiro acaba esperando enquanto o atendente acaba retornando a ligação para a própria pessoa que pediu o táxi informando que não conseguiu um, enquanto no aplicativo ele consegue visualizar que a pessoa está indo atender seu chamado.

Isaías Pereira – Taxista

Texto e Foto: Bárbara Carvalhaes