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O Grupo de dança belo-horizontino Primeiro Ato estreia seu 18° espetáculo intitulado “InstHabilidade”, neste sexta-feira, 30. As apresentações ocorreram até domingo, 01, no Teatro Bradesco Minas, localizado na Rua da Bahia, número 2.244.

 Criado no ano de 1982, pela diretora artística Suely Machado, o Primeiro Ato tem como objetivo formar criadores além de interpretes da dança. O grupo começou apenas como uma escola de dança e atualmente possuí quatro braços: Dançando na escola, Acervo e Criação Compartilhada, Centro de Dança e Grupo e Dança este possuindo sete integrantes.  Através de suas danças, o grupo sempre tenta falar de um sentimento comum para o seu público, trazendo de diversas formas suas memórias, dores e delicadezas para que possa mostrar o mundo violento em que vivemos. Atuando significativamente na profissionalização de crianças e jovens de diversas classes sociais, o Primeiro Ato estimula a sensibilidade por meio da música, de filmes e de livros de modo que a partir deste, possa orientar qual caminho artístico a pessoa deve seguir.

 Segundo Suely, o espetáculo “InstHabilidade” faz jus ao próprio nome. Ele mostrar a vivência no mundo, as mudanças repentinas, a solidão, as escolhas que somos obrigadas a fazer respondendo a pergunta “Qual a habilidade que tem que ter para lidar com esse momento de instabilidade?”.

No dia 10 de Junho, ocorrerá o lançamento do Livro “Primeiro Ato: 30 anos”, no Sesc Palladium, tendo a autoria de Glória Reis, historiadora de dança.

Texto: Bárbara Carvalhaes

Foto: Cedida pela Mais Assessoria de Imprensa

Nesta quinta-feira, 29, aconteceu a abertura oficial da 9ª Edição do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. A cerimônia aconteceu no Cine Vila Rica, onde apresentou à temática e os homenageados desta edição.

A CineOP se caracteriza pelo único evento a ter enfoque a preservação, a história e a educação audiovisual no Brasil. Entre os homenageados, estão os cineastas Luiz Rosemberg Filho, Ricardo Miranda e ao grande preservador e ex-curador da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Cosme Alves Netto.

Na temática histórica, Rosemberg, é considerado um dos mais inventivos, radicais artistas da geração de 68, onde desenvolveu um cinema mesclando erotismo, crítica, política e amor ao cinema. Já Ricardo Miranda, foi um artista, montador, cineasta, professor e um cinéfilo que o fez uma das grandes referências da sétima arte das duas últimas décadas. Pensando na temática de preservação, ninguém melhor do que Cosme Alves Netto, que esteve à frente da cinemateca do MAM entre 65 e 88, resistindo à ditadura militar, lutando e organizando a memória do cinema, além de ter sido um dos maiores incentivadores da produção cultural e independente da época.

Durante a cerimônia, os homenageados receberam o simbólico troféu Vila Rica. As viúvas de Ricardo e Cosme subiram ao palco para receber o prêmio e falaram da importância do reconhecimento do trabalho de ambos para o cinema brasileiro. Rosemberg, foi aplaudido de pé e, como já era de se esperar, não fez nenhuma declaração, visto que sempre se manteve longe dos holofotes da mídia, mas dedicou o prêmio aos amigos mais próximos.

Após a cerimônia de abertura, a pré-estreia do documentário “Tudo por amor ao cinema”, de Aluísio Michiles, que narra à trajetória da vida de Cosme Alves Netto através de depoimentos de amigos e cenas de filmes, que ajudam a narrar um momento de sua vida – intercalação de filmes que ajudam a ilustrar e narrar cada momento relembrado em cena. Michiles contou que “Desde jovem, me perguntava para onde iam os filmes aos quais assistia no cinema, eu queria saber o que acontecia com eles”, por isso resolveu dirigir um longa-metragem que contasse a vida de um dos homens que mais representam essa memória cinematográfica no país.

Mais informações: www.cineop.com.br 

Por Lívia Tostes
Fotos: Leo Lara/Universo Produções

Durante a assembléia unificada dos servidores públicos com a participação dos professores da rede estadual, os grevistas fecharam parcialmente os dois sentidos da av. Afonso Pena, na região central de Belo Horizonte, na manhã desta quinta. O ato foi em recusa a proposta salarial feita pela prefeitura. Os servidores decidiram por manter a greve que já dura 23 dias.

Os servidores reivindicam o reajuste salarial e pedem o aumento do vale-alimentação de R$ 17 para R$ 28. A proposta apresentada pela PBH foi de 7% de reajuste salarial, a ser pago em duas etapas, nas folhas de julho e em novembro deste ano, com parcelas iguais, além do aumento do salário a proposta prevê o reajuste do vale alimentação de R$ 17,00 para R$ 18,50.

Na quarta, 28, funcionários realizaram uma assembléia em três pontos da capital, Praça da Estação, Praça Afonso Arinos e Praça da Assembleia, ao término os servidores caminharam até a Praça Sete de Setembro, no centro.

Por: Gabriel Amorim
Foto: João Alves

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Nesta quarta-feira, 28, o Sesc Palladium receberá a Mostra Funk.Doc, com a exibição do longa Funk Rio, que terá sessão comentada com o professor de  etnomusicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carlos Palombini. Com entrada gratuita, o evento estará presente até o próximo sábado, 31.

Durante os quatro dias da mostra no Sesc Palladium, serão exibidos documentários e longas-metragens que mostram diferentes pontos em relação ao funk no Brasil.

O Rio de Janeiro é considerado o principal espaço do funk no Brasil, mas os estudantes Felipe Xavier, Hudson Freitas, Jéssica Newman e Leonora Laporte, hoje, jornalistas formados, realizaram um documentário para o Trabalho de Conclusão de Curso, falando sobre a realidade do estilo musical em Minas Gerais.

De acordo com Felipe Xavier, a ideia de realizar o documentário “Na Batida”, que fala a respeito do funk em Belo Horizonte, partiu do pressuposto de todos os integrantes do grupo gostarem do estilo musical e da falta de espaço sobre o assunto no meio acadêmico. “A gente queria mostrar a realidade. Como era fazer o funk. Como os DJ’s e MC’s entendiam a história do ritmo. Mostrar como as pessoas consumiam o funk na periferia, seu local de origem”, explica Xavier.

Na Batida:

Programação completa da Mostra Funk.DOC

28 de maio (quarta-feira)

20h – Funk Rio * Sessão seguida de palestra e bate-papo com o pesquisador Carlos Palombini (proibidao.org e UFMG)

29 de maio (quinta-feira)

17h – Favela on Blast

19h – A Batalha do Passinho – O Filme

21h – Funk Ostentação + Esculacho * Sessão seguida de bate-papo com o diretor Marcelo Reis

30 de maio (sexta-feira)

17h – Funk Ostentação: O Sonho + 90 Dias com Catra

19h – Favela on Blast

21h – A Batalha do Passinho – O Filme

31 de maio (sábado)

17h – Funk Ostentação + Esculacho

19h – Funk Rio

21h – Favela on Blast

Por: Luna Pontone

Foto: Retirada da Fanpage no Facebook

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O fim de semana foi de irritação com o transporte público de Belo Horizonte. Há 17 dias da Copa do Mundo, a Estação Pampulha continua inacabada.

Sábado, às 18h30min horas: Ida até a Pampulha

Chegando à Estação Paraná, fui comprar um ticket passagem e não consegui. Como assim não vende ticket? Não, você tem que comprar o cartão BH Bus, no valor de cinco reais (R$5,00) + a recarga, ou seja, minha passagem vai sair por R$ 7,85, certo? Que absurdo!
Tudo bem, eu compro, afinal preciso chegar até meu destino. Hora de enfrentar o MOVE até a Estação Pampulha. O ônibus número 51 chega, as postas se abrem e começa o empurra-empurra na luta para garantir um lugar no ônibus superlotado.
Ótimo, em 20 minutos cheguei ao meu destino. Por onde eu saio? Olha, ali tem uma placa enorme escrito SAÍDA, chego até lá e nada, dou de cara com grades. Pergunto para o funcionário da BHTrans, “por favor, como saio da estação?”, e ele me responde “moça é lá do outro lado”. Hein? E essa placa é apenas enfeite?

Vou até o local onde o funcionário me indicou e finalmente consigo achar a saída. Mas espera aí, eu preciso ir até o Labareda – Clube do Atlético, como vou chegar até lá se a passarela está inacabada? Acho que vou ter que arriscar minha vida na Avenida Portugal, andar no cantinho da rua e rezar para não ser atropelada. Ufa! Consegui chegar ao meu destino final.

 Domingo, às 10h00min horas: À volta para a casa.

Chegando à Estação Pampulha, enfrento mais uma vez o caos.

Já com meu BH Bus recarregado, fui passar a catraca e surpresa! Nenhuma delas estava funcionando. Segundo a funcionária, a estação estava sem luz. Engraçado! As luzes estavam acesas. Catraca sem funcionar, pensei, vou pular! Imagina, para evitar esse tipo de “problema” existe uma funcionária que vai anotar em uma folha de papel o número do seu BH Bus para depois ser debitada a passagem. Ora, que culpa tenho eu, se a catraca não funciona?

Pergunto a funcionária como chego até a plataforma de embarque e ela me disse para eu descer a escada rolante que já estaria na plataforma. Lá vou eu! Chego na escada rolante e fico esperando… ops, ela não funciona, está sem luz, vou ter que praticar exercício físico.

Chegando la embaixo, mais uma catraca? Poxa, não vou pagar novamente né. Mais uma vez vou conversar com a funcionária da maldita BH Trans. “Moça eu paguei a passagem lá em cima só para descer a escada rolante? Desculpa-me, mas agora ou eu pulo a catraca ou você me deixa passar, não acho justo ter que pagar duas vezes”. Com cara de desconfiada, a funcionária me deixou passar, porém me deu uma informação errada. Ela me disse para pegar o ônibus número 50 (o qual vai direto para o centro), estou esperando, passa um, dois, três ônibus números 51. Procuro um painel para ver se o meu já está chegando e onde está o painel? Não existe… Mais uma vez procuro uma informação com outra pessoa da BHTrans (nunca vi tantos funcionários trabalhando). “Moço, por favor, sabe se o ônibus número 50 vai demorar?”, e para minha surpresa uma informação correta, “menina, o ônibus 50 não passa aos domingos, se você quer ir até o centro, pode pegar o 51”. Que ótimo, já passaram três deles e eu aqui, parada que nem um dois de paus esperando um ônibus que não vai chegar.

Finalmente chega mais um ônibus número 51, quando o motorista abre a porta, começa o empurra-empurra para cada um garantir seu lugar. Eba! Dessa vez não vou em pé, tem um lugar lá no fundo, o último assento. Para a alegria de uns e a tristeza de outros (o meu caso a tristeza). Sentei-me embaixo do ar-condicionado, que só faltou cuspir gelo. A ventania que vinha dele direto na minha cabeça (o banco é alto e minha cabeça ficou quase colada no ar) me fez andar 27 minutos morrendo de frio.

 Essa foi a minha experiência com o BRTMove. Vejo a Copa do Mundo chegando e turistas ficando completamente perdidos por aí, tentando fazer o caminho Estação Pampulha – obra inacabada – Mineirão. Ah sim, não havia NENHUMA placa em inglês. #NãoVaiTerCopa #BRTFail  Relato por Lívia Tostes


“Andando no MOVE, a única coisa que passa na minha mente é: “De onde tiraram que isso seria melhor?” A minha revolta maior é pelo tempo para chegar à faculdade. Um trajeto que era feito em 50 minutos sentada, faço agora com o MOVE em 1h e 30m em pé, apertada e passando calor (porque não ligaram o ar condicionado, não me perguntem o motivo). A minha esperança era de que o MOVE funcionasse de tal forma que grande parte da população preferiria ele a ir de carro. Mas entre ficar sentada no conforto do carro uma hora e ficar em pé 1h e 30m, prefiro o “engarrafamento rápido e confortável”. Posso dizer tranquilamente que o que está sendo feito em Belo Horizonte hoje é uma obra de imobilidade urbana, nada mais”.  Relato por Fernanda Leonel Gomes, estudante

 

Se a intenção era atrapalhar a vida dos cidadãos de Belo Horizonte iludindo com propagandas enganosas de que tudo é bonito, conseguiram. O novo meio de transporte que faz parte do cotidiano de grande parte da população, conhecido pelo nome de MOVE, não funciona.

Minha primeira experiência utilizando este transporte foi no último sábado dia 24 de maio. Cheguei à estação Pampulha, não sabia para onde ir e como não havia placas suficientes com explicações e os funcionários de “Posso Ajudar?” não ajudam em nada, tive a péssima experiência de ficar entrando e saindo de vários ônibus porque toda hora em que eu perguntava qual era o ônibus que vinha até a área hospitalar, me falavam um número diferente. Com muita dificuldade eu descobri que o ônibus que me deixava perto do meu destino era o 51. No decorrer do percurso, no qual é muito lento, houve problemas do motorista estacionar muito longe da plataforma ou muito perto fazendo com que a porta não abrisse direito. Além disso, a porta estragou e andou durante três estações praticamente aberta, até o motorista ter o bom senso de parar a viagem e tentar arrumar a porta. Voltei para a casa neste mesmo dia após as 18 horas e só para sair do centro levei mais de 40 minutos, pois em cada ponto que o ônibus ficava parado na região da área hospitalar era mais de 5 minutos para esperar todos entrarem.

 Na segunda-feira, 26, primeiro dia útil com a extinção da outra parte das linhas de ônibus da região, posso dizer que senti medo dentro daquela estação. O número de usuários era muito grande, pior que o metrô de Belo Horizonte. Consegui entrar no 51 após deixar dois passar pois estava impossível entrar e quando entrei ainda tive que ir para o Centro em pé e morrendo de calor porque estava tão cheio que o ar condicionado parecia nem existir.

Esse novo sistema de meio de transporte é tão revoltante que hoje, terça-feira, preferi pegar um ônibus no qual me fez praticamente atravessar o centro andando para conseguir chegar na faculdade no horário certo sem ficar trocando de ônibus. Além de cansar ao extremo pelo fato de ficar trocando de ônibus toda hora, o MOVE faz apenas com que gastemos mais tempo do que o normal. Se colocar uma tartaruga para disputar corrida com esse transporte que só tem tamanho, tenho certeza que a tartaruga ganha. Relato por Bárbara Carvalhaes

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Antes das jornadas de Junho do último ano, não era nada comum os trabalhadores irem para as ruas atrás de seus direitos. Hoje em dia, a cena se torna cada vez mais comum ao povo brasileiro. Apenas no mês de Maio, o Jornal Contramão contabilizou oito manifestações.

Na manhã desta segunda-feira, 26, cerca de 90 profissionais da saúde foram reivindicar na porta do Hospital Risoleta Neves. Além dos funcionários do próprio hospital, alguns funcionários do João XXIII também participaram, dando força as reivindicações.

Os servidores reivindicam contra o Plano de Atendimento de Desastres e Catástrofes (PAD), que o governo está organizando para o período da Copa do Mundo, que terá inicio no próximo dia 12. Segundo os manifestantes, cerca de 70% dos funcionários do João XXIII, principal pronto-socorro de Belo Horizonte, são novatos e não estão devidamente preparados para os desastres que podem acontecer na época do mundial.

Por: Luna Pontone
Foto: Divulgalção Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (ASTHEMG)