Page 304

Nesta segunda-feira, 19, a Praça da Liberdade recebeu a escola de samba “Liberdade Ainda que Tam Tam”. Com o intuito de manifestar homenageando o dia 18 de maio, considerado o Dia da Luta Antimanicomial, o desfile que é organizado pelo Fórum Mineiro da Saúde Mental e Associação de Usuários dos Serviços de Saúde e Mental de Minas Gerais (ASUSSAM), contou com a presença de usuários, familiares e trabalhadores da área da saúde mental de Belo Horizonte e outras cidades do interior, além de membros de diversos movimentos sociais.

 O formato da apresentação é como um desfile de carnaval que aborda reflexões do lugar social da loucura, defendendo a Reforma Psiquiátrica antimanicomial. No dia 26 de abril, foi escolhido o samba “Revolussamba” (música cantada durante o desfile), produzido pela oficina de música do Centro de Convivência de Venda Nova. O tema deste ano é “A cidade que queremos: seja feita a nossa vontade!”.

 Todos os participantes do desfile, tanto adultos e crianças, estavam vestidos com fantasias e segurando diversos tipos de placas, como a turma da FACEB/UNIPAC da cidade de Bom Despacho-MG, que aderiram ao “Trancar não é tratar”, “Livre, leve, louco” dentre outros.

A concentração para o desfile iniciou às 14hrs na Praça e seguiu sentido à Avenida Afonso Pena.

 

Revolussamba

 Se essa rua fosse minha eu mandava concertar

Concertava essa cidade pra o meu mundo caminhar.

A cidade, minha gente, tem muita poluição,

Não precisamos só de carro, mas de metrô na estação.

 REFRÃO

Oh Bombrilhão! Oh Bombrilhão!

Acaba com o preconceito e com a discriminação. (2x)

Não ponha corda no meu bloco, copos de leite e de flor.

Na Avenida Afonso Pena, o 18 já chegou!

Nós vamos manifestar nossa indignação

Na cidade que queremos não cabe corrupção.

 REFRÃO

Se violar fosse verbo de violão,

De tão bela essa cidade teria mais criação,

Como não é, o que devemos fazer,

É acreditar no povo que luta pra vencer.

REFRÃO

Tempestade, tempestade, eu me encharco em você!

Mas com tanta indiferença, como vou sobreviver?

Sou amigo do Mandela e contra a segregação,

Sou filho da Praça Sete e da Praia da Estação.

 REFRÃO

Como em Cuba e na França eu vou revolucionar!

Vou por meu samba na rua para o povo desfilar

Essa rua, ela é nossa e esse mura, ele é seu.

Eu só sei que essa história foi o povo que escreveu.

Oh Bombrilhão! Oh Bombrilhão!

Acaba com o preconceito e com a discriminação.

Texto e Foto: Bárbara Carvalhaes

0 595

Entre os dias 15 a 18 de Maio, O ELLA – Encontro Latinoamericano de Mulheres chega a Belo Horizonte no Centro Cultural CentoeQuatro, localizado no centro da capital. O evento é um projeto da Cultura de Rede com apoio das redes Fora do Eixo (Brasil), Teleartes (Bolívia) e Radada (Venezuela).

A expectativa de público é de em média 200 pessoas de diversos países da América Latina, sendo eles artistas, ativistas, comunicadores, mulheres e homens interessados na discussão sobre o papel e conceito do feminismo no século XXI, sexualidade, trabalho, estética, mídia, raça, política e outros.

A estudante Isabelle Chagas, 18, participou das discussões sobre Estética, Raça e Etnia no primeiro dia do evento. Segundo ela, eles debateram sobre os padrões de beleza, a exclusão da diversidade da cultura afro e também, sobre a imposição desses padrões como forma de poder. Para a estudante, as discussões foram bem pertinentes e contou com a participação de pessoas de diversos lugares do mundo, como Espanhóis, Colombianos, Paulistas e Cariocas de vários coletivos e organizações.

Toda a programação será feita através de vivências, debates, intervenções, rodas de conversas e reuniões. Para participar basta fazer inscrição no site tendo também como opção ajudar na cobertura colaborativa do evento.

 Programação:

17 DE MAIO (SÁBADO)

 10h às 12h: Tema: Saúde

10h às 12h: Apresentação de Experiências

10h: Oficina de Dança Afro

14h: Oficina Assim ELLA dançou

14h: Ato Nacional Contra a Homofobia (lá na Praça 7)

17h: Oficina vivencial sobre violência de gênero com práticas psicodramáticas

 18 DE MAIO (DOMINGO)

 10h às 12h: Oficina de Turbante

10h às 12h: Oficina de break para crianças

10h às 12h: Apresentação de Experiências

14h às 20h: Tema: Economia e Trabalho

14h às 20h: Tema: Relações Afetivas

14h: Coaching de Relacionamento e de Vida

17h: Oficina de absorvente

Por: Bárbara Carvalhaes e Luna Pontone
Foto: Divulgação

A gente passa por ela todos os dias, subindo, descendo, se for íngreme seguimos em ziguezague para não cansar. Ela nos leva onde queremos e precisamos. Ela está lá, fazendo parte do dia a dia de cada um. A Rua acolhe aqueles que precisam e guia os mais perdidos.

Muitas vezes estamos presos a uma rotina, que não notamos o que ela nos mostra. A exposição “Street Photography“, chega a Belo Horizonte, para aguçar nossa percepção pela Rua. Até o dia 8 de junho, o Espaço Oi Futuro, instiga a população a olhar para as ruas, com a exposição Fotografia de Rua, que foi destaque no Festival de Fotografia de Tiradentes.

Ao todo, foram enviadas 1091 fotos, de 244 inscritos e destas 39 foram selecionadas para integrar a exposição. Nenhum fotografo teve mais do que um trabalho exposto. Entre eles, 11 são de Minas Gerais e nove são da capital mineira. O fotografo Sergio Falci, enviou três fotografias, já o Guilherme Bergamini, enviou quatro e o Sergio Badian, cinco.

Badian revela que as fotos que enviou para a seleção pertencem a um ensaio que tem temática original diferente da “Street Photography“, mas achou que poderiam ser enquadradas dentro da categoria. Já Bergamini e Falci usaram fotos distintas de seus arquivos feitas durante viagens pelo país há andanças pela cidade.

A Rua e o Fotografo

 “Entendo a rua como espaço múltiplo e democrático. A pluralidade de ações, interações e desejos em um      espaço público, permitem inúmeras descobertas e experiências. A rua é o local de encontro e desencontro    onde cada um tem a sua intenção de ser visto ou passar despercebido sobre o olhar do próximo”.  Guilherme Bergamini é fotojornalista, nasceu em 1978, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

“A rua é o lugar da vida, de encontros e desencontros, onde exercemos nossa identidade, urbanidade, civilidade e somos públicos”. Sergio Badian, 44 anos, descobriu o interesse pela fotografia durante seu bacharelado em Comunicação.

 

  “A fotografia de rua tem tudo a ver com o fotojornalismo, que é minha formação profissional.Vejo a rua como um    lugar   ótimo para exercitar o ” faro refinado ” do fotógrafo.  Esse “faro”tem tudo a ver com o “instante decisivo”de  Cartier Bresson, considerado o pai do fotojornalismo. A rua é dinâmica, as coisas acontecem muito rapidamente, você  tem que ver e apertar o “dedo no gatilho”, capturando aquele momento, aquela luz, aquele contexto… isso é o momento  decisivo. Aquele exato instante em que tudo se encaixou perfeitamente, você viu e fez a foto. Então na rua temos a  oportunidade de refinar este faro porque ali estão as pessoas, com seus problemas, suas angústias, suas pressas, suas    roupas, seus jeitos, e a cidade, com suas fachadas estéticas e estáticas, suas ruas e trânsito, a sujeira, os grafites e a luz refletindo entre as paredes dos prédios e das casas, sendo absorvida, sem refletir, naquele cinza do asfalto.

Uma luz diferente, própria das cidades, própria das ruas. Quando eu saio para fotografar na rua, fico ligado em tudo. Sinto que tudo pode acontecer alí naquele momento. E  eu estou com a câmera na mão e pronto para fazer a foto. Como um caçador procurando sua caça na floresta de pedra. Isso porque gosto de fotografar gente. E na rua tem muita gente”. Sergio Falci é fotojornalista, formado pela Universidade PUC-Minas.

 

Por: Juliana Costa
Foto de capa: Guilherme Bergamini, imagem escolhida para a exposição Fotografia de Rua.

Das 3,7 mil toneladas de lixo descartado na capital mineira, 28 t são destinados à reciclagem. A reutilização dos materiais recicláveis movimentou em 2013 mais de 10 bilhões através de iniciativas privadas.

O serviço de coleta seletiva é feito de duas formas em Belo Horizonte, pelo  atendimento porta a porta, que está disponível para 30 bairros da cidade, e pelos pontos de coletas instalados nas ruas da capital, nas cores padrão definidas pela Resolução do Conama para os materiais recicláveis: azul para o papel, vermelho para o plástico, amarelo para o metal e verde para o vidro. Em ambos os casos os moradores são os responsáveis pela separação do lixo.

A professora Daniela Viegas conta que não é atendida pela coleta porta a porta, e que buscou informações através da ouvidoria da prefeitura para saber onde poderia descartar o lixo reciclável. “Só tive a resposta da prefeitura porque uma aluna trabalha lá, enquanto cidadã, não sei se teria resposta” ressalta a professora.

Em resposta a prefeitura (PBH) informou que muitos dos pontos de coletas foram retirados por vandalismo e a pedidos dos moradores. Segundo eles, o descarte de materiais orgânicos, atraia animais e causava mau cheiro. O orgão destaca que está em fase reprogramação de pontos de coleta.

Viegas destaca a importância do serviço para a população. “A coleta seletiva deveria ser implantada como política pública, isso é uma questão ligada ao meio ambiente.” Além de melhorar a logística dos pontos de coletas, é necessário aumentar a área de cobertura do serviço – porta a porta. “Devemos olhar com mais atenção aqueles que tiram seu sustento através do lixo reciclável.” finaliza a professora.

Por: Gabriel Amorim
Foto: Internet

0 673

Desde 2011, o dia 15 de maio é conhecido como Dia Nacional de Mobilizações e Lutas Populares. E para marcar a data, o movimento Tarifa Zero organiza uma mobilização na internet contra o aumento da tarifa, que se deu no último sábado, 10 de maio. O evento intitulado 15M, está marcado para as 17h, de amanhã, na Praça Raul Soares, no centro da capital.

Mostra Cineclube Comum no Sesc Palladium debate Movimentos Populares

 Ao longo do mês de maio, o espaço exibe a Mostra Cineclube Comum: Políticas do Cinema Contemporâneo, onde vários documentários e longas, estão sendo exibidos e discutidos. Na sessão desta quinta-feira, 15, às 20h, a mostra exibe o documentário “Rumo a Madri”, de Sylvain George, que apresenta pontos de vista, cenas e momentos da luta de classes em Madri através do Movimento 15 M, o primeiro grande movimento popular do começo do século 21. Após a exibição do documentário, ocorre o bate papo com a cineasta Junia Torres.

“O movimento “Los indignados” representa um fenômeno único para os nossos tempos. Ele trouxe de volta conceitos e ideias que pareciam ter sido esquecidos. Este é um filme que retrata sua época e fala sobre os anos da crise internacional, através de vozes dos manifestantes, onde a única solução para a economia espanhola em ruínas parece ser a luta de classes.”  (Cine France)

Por: Luna Pontone

Foto: Retirada do site 37º mostra internacional de cinema de São Paulo

O Circuito Cultural Praça da Liberdade recebe o pré-lançamento do Ei Música Brasil – Encontro Internacional da Música em Minas Gerais por meio do Programa de Música Minas, do Sebrae e da Secretaria de Estado de Cultura.

“Ei Música” é um seminário para colher opiniões, capacitar e gerar mais informação sendo um teste inicial para pensar como seria uma feira internacional que atenda as necessidades, anseios e vontades de quem participa. Ao todo serão seis shows e duas mesas de debates que reunirão nomes de destaque na questão cultural do país.

Benjamim Taubkin em sua palestra Novas plataformas para a promoção da música no Brasil e no mundo apresentada ontem, dia 12, fez um apanhado compartilhando seus pensamentos e experiências no universo da música, contando com a participação do público, sendo sua maioria pessoas que trabalham nesse universo. No momento em que descreve suas vivências em festivais em outros países, Taubkin ressalta: “percebi que só consegue ter uma presença mais forte no mundo se você tiver uma música forte no seu país, você tem que poder ter uma cultura forte para poder conversar melhor com o mundo”.

Além do debate também houve a criação de Grupos de Trabalhos (GT) com os participantes do evento para a discussão de macro temas e seus desdobramentos. A entrada é gratuita, porém as palestras estão sujeitas a lotação. As apresentações musicais dos artistas Sérgio Pererê, Dibigode e DJ Luiz Valente iniciaram as 19 hr na Praça da Liberdade.

click na imagem para ampliar

Por: Bárbara Carvalhaes
Imagem: Divulgação