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Livros, fotografias e pôsteres narram a história do rock no Brasil e no mundo. O acervo da Biblioteca Pública Estadual Luiz Bessa vira tema da exposição “Rock na Biblioteca”, inaugurada nesta quarta-feira, 23, com curadoria do jornalista João Santos. O curador teve a contribuição do músico e pesquisador Marcelo Dolabela, que cedeu algumas peças de seu acervo.

A exposição reconstrói a memória do rock, trazendo para o salão diversos elementos que marcaram a cena dos fãs do estilo. O acervo exposto reúne fanzines, biografias de grandes bandas e músicos, pôsteres e livros que influenciaram o gênero – como obras dos beatniks Ginsberg e Kerouac. Os vinis – e suas capas – também ganham espaço e vão de álbuns raros aos consagrados clássicos, junto com as antigas fitas que rememoravam os mixtapes caseiros também estavam presentes.

A memória do rock em Minas Gerais ganha ênfase na mostra. Dolabela, um dos entusiastas e colaboradores do projeto, já decretou sobre a expressão do rock mineiro: “o belo horizontino é mais cuidadoso no fazer musical”.

João Santos chama atenção para o cartaz do que pode ser um dos primeiros shows do grupo mineiro de metal, Sepultura. O Sepultura é o primeiro grupo de metal mineiro com repercussão internacional constante. Na época deles, havia outros – vários que os influenciaram, inclusive se encontravam na loja da Cogumelo, na avenida Augusto de Lima. “O cartaz é feito à caneta, é um achado, deve ser de um dos primeiros shows do Sepultura, que se tornou uma banda de reconhecimento internacional”, explica o jornalista.

Com ligação com a cena cultural, Santos está entusiasmado com a realização. Perguntado se há a pretensão de exportar o formato para outras cidades, ele brinca: “o Rock no Circuito tem um formato novo, ainda não pensamos sobre isso, ainda estamos respirando o ar da juventude, tão necessários para o rock”.

A parede da biblioteca, cheia de cartazes de festivais dos primórdios do rock n’roll, já chamava a atenção dos passantes, mesmo antes da estréia. Muitos se aproximavam e puxavam na memória de onde conheciam aquela banda que estava em cartaz na década de 70. Alguns deixavam escapar um pequeno grito, talvez a reprodução de um êxtase nostálgico, em seguida se aproximavam do curador cumprimenta-lo pelo trabalho.

A exposição Rock na Biblioteca permanecerá do dia 23 de março à 4 de maio na Galeria Paulo Campos Guimarães – Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. O horário de visitação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h e nos sábados de 8h às 12h.

Texto por Alex Bessas e Gabriel Amorim

Fotos por Juliana Costa

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) traz para Belo Horizonte entre 30 de abril a 5 de maio o Fórum Shakespeare. Em comemoração dos 450 anos de nascimento do poeta e dramaturgo William Shakespeare, o Centro Cultural está preparando uma programação gratuita que reúne oficinas, debates, palestras e exposições abertas para o público e voltados para atores, diretores e professores.

Grandes nomes da academia nacional e internacional marcam presença no Fórum, para repensar o dramaturgo sobre a ótica da realidade brasileira e analisando o por que que a obra de Shakespeare ainda é tão atual. Atores e diretores da Royal Shakespeare Company (RSC), uma das mais influentes companhias teatrais do mundo, e professores da Queen Mary University of London (QMUL), considerada em 2013 a mais importante universidade britânica em Artes Dramáticas, irão participar das palestras, oficinas e masterclass. Na programação, a fotógrafa Ellie Kurttz apresenta uma exposição com montagens de Shakespeare nos palcos das maiores companhias teatrais do Reino Unido.

A atriz, diretora e escritora do The Instant Café Theatre Company (Malásia),  Jo Kukathas, traz a oficina “Shakespeare, xamã e mágico”, que irá explorar o mundo revirado dos loucos e sábios de Shakespeare, dos tolos que falam a verdade desafiando o poder e, dos homens e mulheres que vivem à beira da loucura. Já a professora e mestre em encenação de Shakespeare do Royal Shakespeare Company (Reino Unido), Helen Leblique, traz a oficina “Shakespeare, Shakespeare, o mundo é um palco” que busca revelar as dicas de perfomaces que dramaturgo dá aos atores em seus textos. Através de exercícios simples, porém extremamente eficazes, os participantes poderão experimentar as palavras do autor de maneira visceral, descobrindo como se conectar a intimamente com os pensamentos e sentimentos dos personagens que interpreta.

Mais informações: https://culturabancodobrasil.com.br/portal/belo-horizonte/

Por: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

Pensando em economia criativa, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade abre as portas para um novo empreendimento. Ocupando uma antiga residência na Rua Santa Rita Durão, a Casa de Economia Criativa chega aos mineiros com o objetivo de dividir experiências e compartilhar ideias. Localizada na antiga “Casa a Amarela”, de 1910, a Casa proporciona um ambiente acolhedor, que faz com que o público interaja e busque informações sobre empreendedorismo e economia criativa, um assunto pouco explorado no Brasil.

De acordo com a coordenadora do núcleo de economia criativa do SEBRAE e gestora da Casa, Regina Faria, a Economia Criativa é um novo conceito que vem sendo discutido por urbanistas, economistas, publicitários, jornalistas, fotógrafos e grupos de teatro e dança que estão dentro das artes cênicas e que possuem a criatividade como o principal negócio.

Para a gestora, a localização da Casa dentro do Circuito Cultural vem dizer para a sociedade e para todo o complexo que circunda a praça que a Cultura é um negócio.

A Casa oferece ao público, cursos de financias, de plano de negócios e de controles financeiros. O objetivo é divulgar e disseminar o conceito de economia criativa, destaca a gestora. “Acreditamos que isso precisa estar dentro da mente das pessoas. Quando você fala indústria, você sabe o que vem a sua cabeça – quando você fala economia criativa, as pessoas pensam: Mas o que, que será isso?”.

“Aos poucos as pessoas vão entendendo isso, sabemos disso! É uma questão de tempo”, afirma Regina. A Casa de Economia Criativa trabalha também com a melhoria da gestão de novos empreendedores, realizando palestras, cursos e encontros onde o público pode debater sobre o mercado de todos os setores.

Foto e texto por: Juliana Costa

Hoje, às 17h ocorreu mais um Duelo de MCS em frente à Prefeitura de Belo Horizonte. No convite realizado pelo Facebook, os rappers explicaram que o motivo desta edição do duelo se deve à falta de resposta à solicitação feita à Procuradoria Geral do Município. Esta solicitação diz respeito à garantia da isenção das taxas públicas, além do licenciamento do Duelo de MCS e do Família de Rua Game of Skate.

No mês passado, os organizadores decidiram realizar os duelos na Praça João Pessoa, localizada no bairro Santa Efigênia. Quando solicitaram os alvarás de licença da Prefeitura, não ficou claro se haveria a isenção das taxas que não eram cobradas antes.

O duelo originalmente ocorria nas noites de sexta, embaixo do viaduto Santa Tereza, mas com o espaço fechado para reforma desde março, os rappers vêm à procura de um novo local que publico onde podem realizar os duelos. No fim da descrição sobre o evento, eles informam que irão “exercer  nosso direito de ocupar os espaços públicos da cidade e realizar mais uma edição do Duelo de MCs na porta da Prefeitura”.

A estudante de jornalismo Fernanda Fernandes, 21, foi pela primeira vez ao duelo “é muito bom e as pessoas são super educadas, você consegue conversar com todos com facilidade, eu não sabia que o duelo existia, mas agora eu sei e tem um ritmo muito legal, fora do que eu estou acostumada a ouvir”. Os organizadores informaram que ainda não tem um novo duelo marcado.

Veja a nossa galeria de fotos do inicio do duelo.

Por Juliana Costa

Nesta semana, o eclipse total da lua pôde ser observado a olho nu por milhares de pessoas. O fenômeno deixou vermelho o satélite natural  devido ao alinhamento entre a Terra, a Lua e o Sol. O estudo amador dos astros e estrelas é o tema do debate Café com Conhecimento – Astronomia amadora, no Espaço Conhecimento UFMG, neste sábado, 19, conduzido por Cristovão Jacques

 O engenheiro civil e químico, Cristovão Jacques juntamente com o advogado Eduardo Pimentel e ao psicanalista João Ribeiro de Barros, desenvolveram em 2013 o observatório Sonear, que descobriram o primeiro “cometa brasileiro” batizado de C/2014 A4 Sonear. Jacques explica as diferenças entre os amantes da observação celeste. “Existem vários tipos de astrônomos amadores: os que gostam de contemplar o céu, os que gostam de construir instrumentos e os que se dedicam à pesquisa, como é o meu caso”, explica o engenheiro.

Para os iniciantes, Cristovão Jacques ressalta a importância dos grupos de discussões. “Para os que querem começar, eu sugiro que procurem um clube de astronomia amadora, até para que a pessoa não faça um grande investimento comprando equipamentos por empolgação, e depois fique perdida”, ressalta o engenheiro.

 A escassez de  incentivo e investimento do governo para a astronomia faz com que os curiosos abandonem os estudos. “A falta de investimento governamental no setor e um comum despreparo por parte dos professores para lidarem com o tema, acabam deixando o ensino de astronomia, a divulgação para o grande público, e até a pesquisa muito imbricados às ações dos astrônomos amadores”, explica Jacques.

Programação:

Café com Conhecimento – Astronomia amadora

Data:  19 de abril, 11h

Local: Espaço do Conhecimento UFMG – Circuito Cultural Praça da Liberdade

Entrada Franca

Por: Gabriel Amorim

Foto: Divulgação

O Brasil imprime diferentes culturas e mesmo com tanta diversidade, uma pesquisa constatou que 85% dos brasileiros não frequentam programas culturais durante a semana, especialmente em feriados prolongados.

A pesquisa realizada pelo o Sesc em parceria com a Fundação Perseu Abramo em 25 Estados brasileiros, entre os meses de agosto e setembro de 2013, com 2.400 entrevistados, verificou que 51% dos entrevistados não fazem nenhuma atividade cultural aos fins de semana, sendo que 71% nunca foram as exposições de pintura, escultura ou outras artes.

Em Belo horizonte, matéria do CONTRAMÃO constatou que o público desconhece o Circuito Cultural Praça da Liberdade, que possui 11 espaços culturais com diversas programações gratuitas.

Durante o recesso da Semana Santa e o feriado de Tiradentes, os mineiros poderão desfrutar de varias opções culturais.

Exposições:

Minas território da Arte

Palácio das Artes
Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Entrada Franca
 

Dandara

Palácio das Artes
Espaço Mari’Stella Tristão – Entrada Franca
 

Um Olhar sobre o Brasil

Centro Cultural Banco do Brasil
3º andar – Entrada Franca
 
Amostra de Cinema:
Ingmar Bergman – Instante e Eternidade
Palácio das Artes
Cine Humberto Mauro – Entrada Franca 
 
Teatro:
Contrações
Centro Cultural Banco do Brasil
  R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada). 
Horários: sextas, às 20h; sábados e domingos, às 19h (excepcionalmente no dia 18/04 não haverá apresentação. Sendo assim, o grupo fará duas apresentações no dia 20/04, às 17h e às 19h). Classificação 14 anos.
 
Para mais informações, acesse www.circuitoculturalliberdade.com.br
 
Por: João Alves
Foto: Contramão