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Com o feriado da Semana Santa batendo à nossa porta, os serviços públicos de Belo Horizonte possuem um esquema diferenciado a respeito dos horários de funcionamento. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) funcionará facultativamente nesta quinta-feira, 17. E na sexta-feira da paixão, 18 e na segunda-feira, feriado de Tiradentes, não haverá expediente.

COMÉRCIO E BANCOS

Nesta sexta-feira, 18, e na próxima segunda-feira, 21, o comércio não funcionará devido aos feriados nacionais. Apenas padarias, supermercados, farmácias, postos de gasolina, bares, restaurantes funcionarão nestes dois dias.

Os lojistas que desejarem abrir seus estabelecimentos não poderão contar com seus funcionários. De acordo com o artigo 70 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os patrões que obrigarem seus funcionários a trabalharem estarão sujeitos a pena de multa de até R$ 4.025, prevista no artigo 75 da CLT.

TRANSPORTE

Os ônibus funcionarão quinta-feira e sábado normalmente, cumprindo o quadro de horário normal. Na sexta, no domingo e na segunda-feira, o transporte coletivo funcionará de acordo com o horário de domingo e feriado.

LAZER

O Mirante do Mangabeiras (Rua Pedro José Pardo, 1.000, Mangabeiras) funciona normalmente de amanhã a segunda, das 10h às 22h.

O Parque Municipal Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, 1.377, Centro) abre de amanhã a domingo das 6h às 18h. Os demais parques funcionam, nos mesmos dias, das 8h às 18h. Na segunda, dia 21, eles não abrirão.

O Jardim Zoológico, o Jardim Botânico, o Aquário do Rio São Francisco (avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha) e o Parque Ecológico da Pampulha (avenida Otacílio Negrão de Lima, 6.061, Pampulha) funcionam normalmente amanhã, sábado, domingo e segunda. O Jardim Botânico e o Jardim Zoológico, das 8h30 às 16h, o Aquário, das 9h às 16h, e o Parque Ecológico, das 8h30 às 17h. Na sexta-feira, 18, todas as unidades da Fundação Zoo-Botânica ficam fechadas.

COLETA DE LIXO

Quinta-feira,17, e Sábado,19, a limpeza urbana funcionará normalmente. Somente na sexta-feira,18, que o serviço não será realizado. Já no domingo, 20, e na segunda-feira, 21, haverá plantões de varrição nas áreas central, hospitalar e na Savassi.

Por: Luna Pontone
Foto: Getty Imagens

A mostra Bergman, que está em cartaz no Cine Humbeto Mauro além de filmes, traz em sua programação cursos, palestras e debates, sendo considerada a mais completa mostra já realizada na América Latina sobre o cineasta. Entre os cursos, o destaque é “O Cinema de Bergman” que discute a trajetória do cineasta. Nas palestras, estão presentes o crítico Mário Alves Coutinho, o psiquiatra e psicanalista, Stlélio Lage e o pesquisador em História e Estética do Cinema e Audiovisual,  Pedro Maciel Guimarães. As palestras vêm debatendo as fortes questões existenciais e psicanalíticas  presentes nas obras do cineasta e dramaturgo.

A “Mostra Ingmar Bergman – Instante e Eternidade” se estende por 46 dias entre os meses de março e maio em homenagem ao sueco Ingmar Bergman. Na programação, 78 filmes distribuídos em 160 sessões, entre longas e curtas – metragem, documentários, séries de TV e bastidores de filmagens.

O destaque da programação é adaptação de sua última obra “Saraban” para o teatro. Com direção de Ricardo Alves Jr e da atriz Grace Passô. Compondo o elenco, estão os atores Gustavo Werneck, Marina Viana, Rita Clemente e Rômulo Braga. A peça “Sarabanda” estará em cartaz nos dias 22 e 23 de abril, às 19 horas no Grande Teatro do Palácio das Artes.

A “Mostra Ingmar Bergman – Instante e Eternidade”, acontece entre 28 de março a 12 de maio e reuni diversos formatos do filme, 35mm, 16mm, digital e a tecnologia de DCP (Digital Cinema Package) formato mais recente utilizado nos grandes estúdios de cinema.

Ingmar Bergman

Considerado um grande cineasta e dramaturgo sueco, iniciou a carreira em 1941, com a peça “Morte de Kasper”, logo em seguida, partiu para o cinema com o filme “Crise”, lançado em 1945.

Sua obras foram marcadas por questões existenciais, passando por pegadas da psicanálise tanto nos filmes em si, quanto no impacto que eles geravam no publico. Nos filmes “Morangos Silvestres”, 1957 e “Gritos e Sussurros”, 1972 são exemplos fortes da psicanálise levantados por Bergman.

Em vida, o cineasta Ingmar Bergman produziu cerca de 52 filmes entre 1945 a 2003 e foi premiado em diversos festivais pelo mundo.

Por Lívia Tostes

 Foto: Divulgação

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Depois da suspensão do aumento das tarifas do transporte coletivo anunciada no dia 4 deste mês e que pode durar até 30 dias a partir da data supracitada, as empresas de ônibus comunicaram a intenção de reduzir o número de viagens feitas pelos coletivos em Belo Horizonte. Embora ainda não tenha entrado em vigor, a promessa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (Setra-BH) é que podem ser reduzidas até 2 mil viagens de ônibus na capital, embora garanta que a frota de veículos será mantida nos horários de pico. A medida é uma das formas encontradas pelo sindicato para forçar o aumento das passagens.

Desde o início de abril, o aumento das tarifas tem sido o foco de protestos e polêmicas. Já aconteceram dois atos convocados pelo Movimento Tarifa Zero (TZ), o reajuste de 7,5% chegou a ser confirmado pela BHTrans e pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e foi levado a cabo, mas apenas por um dia, pelas empresas. No entanto, o valor cobrado pelo transporte coletivo permanece congelado.

Enquanto o TZ e outros movimentos sociais convocaram protestos e protocolaram denúncias junto ao MPMG com objetivo de manter o valor ou até reduzi-lo, o Setra-BH, por sua vez, tem tomado medidas para forçar o aumento tarifário. Além de entrar com um recurso para derrubar a liminar que congela a cobrança, o sindicato das empresas comunicou que pode deixar de adquirir cerca de 400 ônibus destinados a atender o BRT Move (sistema de trânsito rápido para o transporte coletivo), de forma a impedir seu completo funcionamento. Outra medida anunciada como imediata, mas que ainda não foi adotada, seria a redução de até 2 mil viagens dos coletivos na capital. Questionado sobre tais especulações, o porta-voz do Setra-BH, Edson Rios, informou que o órgão aguarda que a situação se desenrole na Justiça.

Texto por Alex Bessas e Luna Pontone

Foto por João Alves

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O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu nesta quinta e sexta-feira, 10 e 11, o Ciclo de Debates Comunicação, Regulação e Democracia. Com participação do público e transmissão dos debates através da TV Assembléia, as mesas de debates foram compostas por especialistas e representantes do poder público e sociedade civil. Entre os principais tópicos que nortearam as falas dos convidados estão o projeto de lei de iniciativa popular da comunicação social eletrônica, a democratização e a regulamentação dos meios de comunicação, o Marco Civil da Internet. O CONTRAMÃO conversou com alguns dos participantes da mesa para falar sobre estes temas.

Gustavo Gindre, jornalista e mestre em comunicação pela UFRJ

“O Marco Civil da internet é um grande avanço contra o controle da internet pelas grandes empresas de telecomunicação. O modelo de como se estrutura o comitê gestor da internet e o modelo do Marco Civil são os dois grandes produtos que o Brasil tem a mostrar, são duas referências mundias”, elogiou o jornalista e mestre em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gustavo Gindre. O profissional admite que há questões que poderão ser melhoradas com futuras emendas, como o caso da privacidade na rede.

Gindre alerta que as teles já começaram a reagir à lei através de duas frentes: a primeira seria por em prática ações que depõe contra a neutralidade da rede, dificultando que a lei se cumpra quando aprovada; outra forma de revide seria o loby para senadores, como no caso do tucano Eduardo Azeredo, que já sugeriu uma emenda que anularia a questão da neutralidade defendida pelo projeto original. O jornalista não tem dúvidas de que o único caminho para a aprovação do Marco Civil da internet no Senado seja a pressão popular.

Wilson Gomes, professor Titular de Teoria da Comunicação na UFBA

Para o professor Titular de Teoria da Comunicação na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Wilson Gomes, os debates sobre a democratização dos meios e a regulamentação da mídia estão viciados, “se um grupo fala regulamentação o outro entende censura”, critica. Sobre a regulação, o professor é enfático: “qualquer tipo de norma ou intervenção tem que levar em consideração quais são os valores que nós queremos que sejam defendidos aqui e tem que ser valores da democracia, valores republicanos, de direitos humanos”. Gomes é crítico em relação ao uso político do debate, razão que impede avanços concretos, acredita. Por esse motivo, defende que o debate “não pode ser simplesmente em termos de crivagem ideológica, porque assim nunca vamos conseguir pactos que sejam aceitos por todos os envolvidos e vamos sempre estar nessa polarização”.

Ao comentar sobre modelos de regulação, Wilson Gomes defende a transparência na distribuição das verbas publicitárias governamentais, além de sua redução: “na verdade países de democracia consolidade, primeiro que não tem tanto dinheiro governamental dirigido para este tema, em segundo lugar essas coisas devem ser transparentes”. O professor da UFBA questiona o modelo que pede distribuição equitativa destas verbas entre mídias alternativas, “não conheço nenhum case de sucesso e nem entendo porque deveria ser esse critério em que todos os canais devem ser beneficiados, já que esse dinheiro público é para publicidade e não para financiamento”, finaliza.

Gabriel Priolli, jornalista e consultor de comunicação e marketing político

O jornalista e consultor de comunicação e marketing político, Gabriel Priolli, ressalta que a televisão pública representa um debate muito importante para a democratização dos meios e que é necessário uma restruturação do setor audiovisual como um todo para que ele possa cumprir suas obrigações institucionais. “Não é só a televisão pública que tem a obrigação com a cultura, com a pluralidade e com o interesse público”, critica. “As emissoras comerciais pela própria natureza e necessidade de produzir lucros, foca muito mais na questão do entretenimento e não participa afetivamente do debate de programas nacionais”.

Texto e fotos por Alex Bessas e Lívia Tostes

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Longa retrata a história do elenco de Cidade de Deus uma década depois do lançamento do filme.

O documentário “Cidade de Deus – 10 anos depois” inspirado em um dos maiores filmes brasileiros dos últimos tempos, Cidade de Deus, do diretor Fernando Meirelles, será lançado nesta sexta-feira, 11, em Belo Horizonte, no Cine Centro e Quatro, às 20h30. O longa dirigido pelo carioca Cavi Borges mostra o que aconteceu com os atores do filme, após dez anos do lançamento.

A ideia de produzir o longa, surgiu após que Cavi Borges, ajudou a jornalista Maria Rosário Caetano em uma matéria sobre onde os participantes (atores) do longa se encontravam nos dias de hoje. Diante da proposta sugerida pela jornalista, Borges convidou o ator, diretor e roteirista, Luciano Vidigal para dividir com ele a direção do projeto. E foi da parceria com Vidigal que surgiu a ideia de transformar o documentário em uma análise sobre os obstáculos de ser um ator negro no Brasil.

A Mostra faz parte da Sessão Livres Filmes de Cinema Brasileiro, que também acontece em Vitória, Aracaju, São Paulo e Rio de Janeiro. A exibição desta sexta-feira na capital mineira conta com sessão comentada com o diretor Cavi Borges.

Ingressos: Sessão das 17h | R$10 (inteira) R$5,00 (meia)
Sessão das 20h30 | ingresso promocional | R$5,00 (inteira) R$2,50 (meia)

Por: Luna Pontone

Foto: Divulgação

O Festival Varilux de Cinema Francês começa nesta quinta-feira, 10, em BH. O evento está na 5ª edição e cria um circuito entre 45 cidades das regiões sul, sudeste e nordeste do país. Na programação, 15 filmes inéditos que foram lançados nas últimas semanas na França, além do clássico “Os Incompreendidos”, em versão restaurada, que faz uma homenagem aos 30 anos da morte do diretor François Truffaut.

Um dos destaques da programação é o filme “’Yves Saint Laurent’, dirigido por Jalil Lespert, que conta a história do estilista que assume a marca Christian Dior e do encontro dele com o companheiro e sócio Pierre Bergé. O longa ganha sua exibição comercial ainda esta semana.

Outro destaque do festival é a presença do diretor do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, Jean-Pierre Jeunet, que apresenta seu mais novo filme “Uma viagem extraordinária”. Segundo a organização do evento, o longa será projetado em 3D gratuitamente para crianças em sessões educativas, nos dias 11 de abril, às 13h30, no Cine Belas Artes, e 13 de abril, às 15h30, no Cine Art Ponteio e Belas Artes.

“Uma Viagem Extraordinária”, de Jean-Pierre Jeunet

A expectativa de público para este ano é de mais de 100.000 pessoas. O diretor do festival, Christian Boudier, diz que o sucesso do Varilux é mais uma prova que o público brasileiro gosta muito e confia no cinema francês: “ao longo dos anos, o Festival Varilux se tornou um dos maiores eventos de cinema a nível nacional”. Para ele, “esse feito só é possível graças ao crescente interesse do público pela cinematografia francesa; nesta edição, não será diferente”.

Para o estudante Luis Gustavo Lima, que participa pela primeira vez do evento, a expectativa é enorme. Segundo ele, o cinema francês vem nos presenteando com grandes produções nos últimos anos: “o fato de termos filmes inéditos no festival serve como mais um grande atrativo para o evento e a possibilidade de acesso a filmes que ainda não entraram em cartaz nos grandes centros é um grande presente aos admiradores do cinema francês”. “É uma iniciativa fantástica”, elogia. Luis Gustavo também comenta sobre a agitada programação de cinema de Belo Horizonte. Para ele, “esse modelo de evento que Belo Horizonte vem participando – mostra de filme Alemão, Bergman e Varilux – nos dá a oportunidade para apreciar e conhecer o cinema de todos os cantos do planeta, sem nenhuma restrição”.

Em Belo Horizonte, a extensa programação do Festival Varilux segue entre os dias 10 a 16 de abril,  no Cine Belas Artes e no Cine Art Ponteio Lar Shopping.

Rio e São Paulo

Na edição de 2014, o festival traz a atriz Isabelle Huppert e os diretores Jean-Pierre Jeunet, Jean Marie Larrieu, Arnaud Larieu, Jalil Lespert, MarcFitoussi, Philippe Claudel, Laurent Tuel, Nicole Garcia, que participam dos debates nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

O Varilux traz o renomado diretor Jean-Pierre Jeunet para ministrar um masterclass que será realizado no dia 8 de abril em São Paulo e no dia 10 de abril no Rio de Janeiro. Além do masterclass, a programação oferece diversas oficinas, com destaque para a 3ª oficina Franco-Brasileira de Roteiros Audiovisuais, voltada para o desenvolvimento de roteiros de longa-metragem, direcionado para o público de estudantes e profissionais do cinema.

Maiores informações: https://variluxcinefrances.com/

Por Lívia Tostes

Foto: Divulgação