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Na tarde desta segunda-feira, 24, foi realizado uma reunião no Ministério Público do Trabalho de Belo Horizonte para uma negociação com Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH).

Desde a meia noite desta segunda-feira, 24, os rodoviários de Belo Horizonte e região metropolitana fazem paralisação por tempo indeterminado. A decisão anunciada na quinta-feira, 20, diz que 100% da frota não circulariam a partir das 00h da segunda-feira, 24. Porém uma liminar expedida no domingo, 23, determina que 70% da frota deve circular durante o horário de pico e 50% dela em horário de pouca movimentação. Caso a determinação não seja cumprida o sindicato será multado em 50 mil reais por dia.

Reajuste salarial e banheiro feminino

As principais reivindicações da categoria são: diminuição da jornada de trabalho para seis horas, reajuste salarial de 21,5%, vale-refeição no valor de R$15,00, instalação de banheiros femininos no ponto final e participação nos lucros. Segundo Ronaldo Batista, presidente do STTRBH é necessário à organização da categoria para que os direitos sejam conquistados, “Estamos tomando todas as providências legais para garantir o direito de greve a nossa categoria. Agora, temos que nos manter unidos e organizados para que possamos realizar um grande movimento em prol dos nossos direitos”. A última greve ocorreu em março de 2012 e durou quatro dias e com as mesmas reivindicações.

Por:  Gabriel Amorim e Juliana Costa

Foto: Felipe Bueno (arquivo)

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Há 40 anos, artistas e produtores de Teatro do Rio de Janeiro criaram a “Campanha das Kombis”, que tinha o objetivo atrair mais público para as salas de teatro da cidade, uma vez que nos meses de dezembro e janeiro, a redução do público era grande. Organizadores da campanha abaixaram os preços das peças que ocorriam nos teatros e os ingressos eram vendidos em kombis espalhadas pela cidade. O sucesso foi tão grande que a ideia chegou a Minas Gerais e São Paulo, repercutindo logo depois, para os estados da Bahia, Paraná e outros espaços culturais do país. Na época, o projeto era patrocinado pelo Governo Federal, que foi se afastando e reduzindo sua participação. No Governo Collor, o governo saiu definitivamente da campanha.

Em Minas Gerais, desde 1983, a campanha é patrocinada pela SINPARC/MG (Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais) e sofreu algumas modificações. O nome foi a primeira mudança, passando para Campanha de Popularização do Teatro, uma vez que os ingressos são vendidos nos postos de vendas fixos. Posteriormente, a época do ano em que a campanha acontece também mudou e agora é de janeiro a março. Em 1999, a dança também foi integrada no projeto que hoje é realizado em mais cidades de Minas Gerais, além da capital, a campanha se estende em cidades como Araxá, Ipatinga e Juiz de Fora.

No decorrer dos últimos 15 anos, a campanha já alcançou mais de 4,5 milhões de espectadores e conta com o apoio das empresas: Globo Minas, Vallourec, Usiminas, Magnesita, Gurpo Contax e Copasa.

40 anos

Segundo o presidente do SINPARC, Rômulo Duque, a 40ª edição da campanha traz novidades. “Este ano acontece o lançamento da Mostra Caminhos das Artes, que tem como objetivo promover e deixar visível aos moradores de Nova Lima, os espaços de arte, riqueza e diversidade artística da região Noroeste enquanto patrimônio e polo cultural.”

Para este lançamento, diversos grupos nacionais importantes como Primeiro Ato, Quik, Armatrux e Atrás do Pano se reuniram para apresentar espetáculos de teatro adulto, infantil e dança. Além das peças, a Galeria Lemos de Sá fará parte da programação, com obras de Amílcar de Castro e de renomados artistas que fazem parte do acervo da galeria.

Para que os belo-horizontinos possam participar da programação, ônibus sairão do Palácio das Artes e fará um roteiro pelos espaços de acordo com o horário dos espetáculos.

Mais Informações no site: https://www.sinparc.com.br/40campanha/index.php 
Texto por: Luna Pontone

Foto: Divulgação

Desde de 1978 Marcelo Amâncio dos Santos é projecionista em casas de cinemas da capital mineira. Hoje, é o responsável pelas projeções do Cine Belas Artes, localizado na rua Gonçalves Dias, próximo ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Conhecido pela exibição de filmes que raramente entram em cartaz em outras casas de cinema, Amâncio dos Santos considera o público do Belas Artes como mais maduro.

Desde adolescente Marcelo Amâncio já se interessava por sombras e projeções. Descoberto por seu vizinho, que na época era técnico do Cine Brasil, se viu lançar nesta profissão aos 18 anos. O profissional considera ter aptidão nata para a tarefa, precisando de apenas dois meses de curso, na época oferecidos pelo Cine Akaiaka, para se estabelecer como um dos mais respeitados operadores de cinema de BH.

Questionado sobre a modernização das salas de cinema e a experiência do espectador em ir ao mesmo, Marcelo Amâncio é enfático, lamentando que em algumas salas as películas venham sendo substituídas por projetores digitais: “o espectador está perdendo sim, porque o cinema é feito com 35”. É uma película tipo fotograma, cinema é o projetor, e tudo digital não é projetor. As pessoas perguntam qual a diferença do 35” para o digital: a cor no 35” é de um vermelho forte e bonito, diferente do digital, que é uma cor braquicela (sic). Isso para mim não tem graça nenhuma”, reclama.

Com tanto tempo dentro de um cinema, o operador tem gosto bem polido, tendo predileção para musicais como Embalos de Sábado a Noite e Greace: Nos Tempos da Brilhantina, ambos com destaque para a performance de John Travolta. Os filmes marcaram tanto que Marcelo Amâncio puxa na memória: “projetei eles no Cine Metrópolis, hoje fechado”. Com quase três décadas de carrreira, rememora sua história mais marcante enquanto projecionista: a sala estava cheia e o filme já havia começado quando o motor da máquina que roda a película queimou, deixando o profissional com poucas chances para continuar a projeção: “eu só sei que troquei o prato todinho e rodei o filme todo na mão. Mais de 40 minutos. Isso ficou na minha cabeça”, se orgulha deixando ver um sorriso satisfeito.

Foto por João Alves

Texto por Alex Bessas e João Alves

Chegou a vez da Praça da Liberdade ter sua paisagem alterada por uma intervenção urbana de  artistas asiáticos que transformaram a capital, desde o dia 12 de outubro, em uma grande galeria a céu aberto. As obras que compõem o projeto BHÁsia – Câmbio Cultural ficam expostas até o dia 8 de dezembro na Barragem Santa Lúcia, Praça do Papa, Terminal Rodoviário e Praça da Liberdade, com visitações diárias, das 8h às 22h.

Após receber o Labirinto da Felicidade, em maio, e, em outubro, o Trem de Minas, carregado com o universo de Fernando Sabino, a praça é, novamente, cenário de mais uma intervenção artística que provoca, primeiro, pela forma da instalação. Como a caixa azul e o vagão sob paralelepípedos, a urna ancestral de proporções gigantescas localizada entre as alamedas centrais desperta a curiosidade de quem passa por ali.

No interior da estrutura composta por 185 placas de minério de ferro, seus moradores se   revelam para o público, sob um piso de placas de vidro iluminadas: dragão azul-celeste, tigre banco, pássaro vermelho e tartaruga negra. A proposta do artista chinês Zhang Huan foi inspirada na tradição milenar chinesa. Na China, é comum construir, em vida, urnas onde serão depositados os bens afetivos de uma pessoa quando ela morrer. Esses bens são enterrados junto com o corpo, para que o acompanhem na última viagem de quem os guardou.

A curadoria da exposição é de Marcello Dantas, responsável pelo OiR – Outras Ideias Para o Rio, e também pela concepção artística de instituições, como o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, o Museu das Minas e do Metal e o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Segundo Dantas, o projeto é uma oportunidade de conhecer a cultura de uma região do mundo com pontos de vista diferentes. “Esse contato com o estrangeiro através dos tempos foi a base que permitiu que a identidade brasileira se definisse, ainda que antropofagicamente lasciva. Nosso apetite pede diversidade. É hora de experimentarmos outros pratos que nos façam entender melhor quem somos.”, justifica.

Por: Fernanda Fonseca

Foto: João Alves

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Fórum sobre comunicação integrada reúne hoje, a partir das 19h, no auditório do Teatro ICBEU, profissionais das áreas de relações públicas, publicidade e jornalismo. Entre os palestrantes estão Marco Piquini, da Três Meia Zero Comunicação Integrada, Eliza Alves, da comunicação interna da Fiat, Laura Lima, da TV Alterosa, e Marco Zerlotini, responsável pela comunicação do Banco Mercantil do Brasil.

Apresentar as possibilidades disponíveis no mercado da comunicação é um dos objetivos do evento, realizado por alunos dos 3º e 4º períodos de Relações Públicas da UNA, sob a orientação da professora Daniela Viegas. O estudante Higor Brito explica que o Fórum integra um dos Trabalhos Interdisciplinares (TIDIR) do curso. “A proposta do TIDIR desse semestre era fazer um evento e nós optamos por fazer algo voltado para a área de comunicação. A ideia do Fórum surgiu como opção a uma simples palestra”, sinaliza.

O encontro promove uma mesa redonda em que os convidados discutirão a importância da comunicação no mercado de trabalho e pretende atingir a geração de profissionais que está se formando. Segundo Brito, o público alvo é, em um primeiro momento, os alunos do Instituto de Comunicação e Artes (ICA) da UNA.

Mas também há atrações para interessados em ingressar na universidade. Uma Mostra de Profissões, voltada para o público externo, com estandes das três carreiras representadas no Fórum integra a programação. “Divulgamos o evento em escolas, para as turmas do ensino médio, procurando mobilizar principalmente os alunos do 3º ano a participar, para contribuir de alguma forma na escolha profissional dessas pessoas”, esclarece Higor Brito.

Além da mostra, produções internas dos alunos do Centro Universitário serão apresentadas em um espaço audiovisual interativo. Durante as inscrições, alimentos foram arrecadados e serão doados para os atingidos pelas chuvas de final de ano.

Por: Fernanda Fonseca

Foto: Fernanda Fonseca

O quadrinista Vitor Cafaggi, é responsável pela as aventuras do cachorrinho Valente e da HQ A Turma da Monica – Laços, esteve presente na 8º Edição do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ). Cafaggi explica que, em seu processo criativo, ele explora muito de sua vivência nas histórias que escreve. “Todos os meus quadrinhos tem um pouco de mim e o Valente é o que tem mais. É quase uma biografia. Tem mais haver com a minha adolescência, do que eu sou ou do que eu pensava na época.” O quadrinista explica, ainda. “A amiga dele, a Bu, é a minha irmã. Então por ai vai. Valente é muito biográfico”.

Turma da Mônica

A convite de Mauricio de Souza, Cafaggi e a irmã Lu Cafaggi escreveram e desenharam A Turma da Monica – Laços, lançado em maio de 2013. “Trabalhar com o Mauricio foi muito legal. Quando eu conheci, ele já sabia quem eu era por causa da historia do Chico Bento.” Lançado para a coletânea MSP+50 em comemoração a 50 anos do Autor. “Vê ele pessoalmente e mostrar o meu trabalho, isso foi muito legal”.

Para Vitor Cafaggi, o trabalho com Maurício de Souza foi uma experiência tranquila e de muita liberdade.  “Foi bem fácil na verdade. Minha irmã e eu sempre lemos Turma da Monica desde pequeno, então, só foi relembrar as historias, os trejeitos de cada um, ter a visão de cada personagem e pensar com eles. Eles nos deram liberdade total para trabalhar na historia, então foi como brincar com amigos de infância mesmo”, declara.

Irmãos

Conhecidos no FIQ como os irmãos Cafaggi, o quadrinista esclarece a experiência de trabalhar pela a primeira vez com a sua irmã. “Foi ótimo. Trabalhamos juntos pela a primeira vez, mas um sempre da à opinião no trabalho do outro, acabamos mexendo um pouco no trabalho do outro e com o Laços isso se integrou mais. Trabalhar com a Lu deu mais segurança para os dois, acreditamos muito um no outro”, afirma.

Além disso, Vitor comentou que lê desde HQs de super-heróis americanos passando por quadrinhos independentes e ate um pouco de mangá para ter varias referências. “Eu leio o máximo possível, para que o meu traço não fique a copia de alguém, que seja a minha cara, mas com varias referências”.

Redes

Vitor Cafaggi garante ter uma boa relação com as redes sociais, principalmente com no twitter “Eu tento ser educado, se me perguntam eu tento responder tudo”. E lembra-se da época que utilizava o Orkut para divulgar o seu trabalho “Eu postava as tirinhas e na hora as pessoas comentavam, mandavam scrap e é claro que lia e respondia. É uma das possibilidades que a internet traz”, lembra.

Vitor Cafaggi segurando HQ “A Turma da Mônica – Laços”

 Texto e Foto por João Alves.