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A cidade recebe neste mês a edição da Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (Mostra CineBH). O evento contará com a exibição de 126 filmes nacionais e internacionais e homenageará a produtora Teia, que comemora dez anos de existência, além de oficinas, palestras, cursos, sessões de escola e lançamentos de livros.

O público terá a oportunidade de rever cinco longas que representam a carreira dos diretores Sérgio Borges, Leonardo Barcelos, Helvécio Marins Jr, Clarissa Campolina, Marília Rocha, Pablo Lobato e Cao Guimarães, todos membros da produtora.

Serão apresentadas, nesta edição, nove mostras, entre elas uma retrospectiva da carreira do diretor francês LeosCarax, que teve sua mais recente produção, o filme Holy Motor, premiada no último Festival de Cannes, e, o jovem prodígio do cinema, o mexicano Nicolas Pereda, 28 anos e que já acumula em seu currículo sete filmes e recebeu diversos prêmios, incluindo o Toulouse e Guadalajara. Pereda estará presente no evento, para discutir com o público suas técnicas de filmagem e como acontece seu processo criativo.

Pelo terceiro ano seguido será realizado, simultaneamente, com a mostra, o BrasilCineMundi, que visa a troca de experiências e capacitação dos profissionais e estudiosos do cinema, oferecendo assim oficinas, debates e estudos de caso.

Com a Mostra de filmes de produção independente e do grande mercado, os organizadores do evento visão uma conexão através de debates e seminários sobre as exibições, tendo o propósito de ampliar os questionamentos comerciais, criar ações de cooperação, lançamentos de novas ideias, com o intuito de modificar a compreensão do cinema que se faz, e refletir sobre o assunto.

A abertura da amostra será amanhã, dia 18 de outubro, às 20h30, no SESC Palladium. A entrada é franca e o evento vai até o dia 30 de outubro em diversos pontos da cidade.

Por Hemerson Morais, Paloma Sena, Rafaela Acar e Rute de Santa

Foto: divulgação do curta Cadê meu Rango?, de George Damiani

A exposição “Caderno de Roupas, Memórias e Croquis” retrata as 35 coleções do estilista Ronaldo Fraga. O evento proporciona um contato para além do mundo da moda aos que visitarem o Palácio dos Despachos, local de realização da mostra. A variedade de elementos expostos propõe algo além do mundo fashion.

Não é simplesmente uma mostra de moda. “Esta não é uma exposição de moda, é uma exposição sociocultural e sobre como a moda se envolve com essas questões”, afirma Gustavo Lima, integrante da equipe que produz a exposição.

O evento busca retratar peculiaridades de algumas coleções do estilista, como por exemplo, no São Paulo Fashion Week, em que Ronaldo já estava com o desfile pronto, porém ao acordar de manhã e ver na TV as imagens do 11 de setembro, enxergou ali a oportunidade perfeita de expressar uma realidade muitas vezes camuflada pelo meio da moda. “Nós nos vestimos, mas na realidade o nosso corpo é muito frágil, e foi então que ele apresentou o famoso desfile com os manequins de madeira”, declara Lima.

Público
Ronaldo Fraga é um ícone e para fãs como a produtora de moda Alina Maciel ele é um exemplo de brasilidade, simplicidade, riqueza e coragem de fazer moda sem se importar com o quê os outros irão pensar.
A exposição ficará em cartaz até o dia, 09 de Dezembro e a entrada é franca.

 

Por: Hemerson Morais e Rafaela Acar

Fotos: Mariah Soares e Rafaela Acar

Vejas a galeria de fotos:

Hoje, às 20h, estreia, no Grande Teatro do Palácio das Artes, a opereta “A Viúva Alegre”. A obra conta à história de amor entre uma viúva e um conde, sendo este um dos espetáculos mais encenado em todo o mundo. A peça foi escrita por Victor Léon e Leo Stein, com música de Franz Lehár e tradução de Millôr Fernandes e conta com a participação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, regida pelo maestro e diretor musical Silvio Viegas, com direção de Jorge Takla.

O espetáculo relata a história de uma viúva rica e passa-se na pequena cidade de Pontevedrino norte da Europa. Os moradores da província, considerando a possibilidade de a viúva viajar para Paris e gastar todo o seu dinheiro em compras ou com algum explorador, começam a pensar em maneiras de fazê-la permanecer na pequena cidade. “É uma obra de leveza encantadora, retrato de uma Europa sem preocupações, onde as intrigas amorosas eram mais importantes do que as questões políticas”, afirma o diretor Jorge Takla.

A Fundação Clóvis Salgado apresentou pela primeira vez o espetáculo “A Viúva Alegre”, em 1984, e em 1999 realizou sua segunda produção. Agora em 2012 a Fundação aposta novamente na opereta. “O figurino e cenário estão sendo recriados, com o desafio de levar o público ao início do século passado, mas com uma releitura atual”, adianta Takla.

A obra será apresentada nos dias 16, 18, 20, 22, 24 e 26 de outubro. Os ingressos já estão à venda nas bilheterias do Palácio das Artes e no site fcs.mg.gov.br.

Por Paloma Sena e Rute de Santa

Crédito das fotos: João Marcos Rosa.

Os problemas com a entrega do combustível pela refinaria Gabriel Passos que começaram no dia, 2, de outubro não afetaram os consumidores. “Abasteci meu carro na sexta-feira à tarde e não tive problemas. Foi muito tranquilo”, informa o soldador Victor Moreira.

O aposentado Adir Vitorino afirma que o abastecimento também foi normal. “Eu ouvi falar que estava faltando e que tinha aumentado o preço, porém, comigo foi tranquilo encontrei gasolina e o preço não teve alterações”, conclui.

O problema com o abastecimento dos postos de combustível começou no inicio do mês. Segundo o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais), as reclamações começaram no inicio do mês. “Começamos a receber telefonemas com reclamações que o combustível estava sendo entregue com atraso, e alguns postos estavam recebendo apenas parte do combustível solicitado”, informa a assessora de comunicação Geyse Brito.

Geyse Brito ainda informa que os distribuidores foram orientados a procurar o combustível em outras refinarias nos estados do Rio de Janeiro e Bahia.

Segundo a assessoria de imprensa da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), “O fornecimento de gasolina, no mês de outubro, está de acordo com os pedidos das distribuidoras, com entregas normalizadas em Betim.  A Petrobras disponibilizou os polos de Duque de Caxias-RJ e São Francisco do Conde-BA para entregas adicionais, caso seja necessário” informa a assessora de comunicação Liliane Vieira.

 

Por: Ana Carolina Nazareno e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

O Cine Belas Artes promove entre os dias 12 e 18 de outubro a segunda edição da Mostra Internacional de Cinema Infantil, que exibe filmes de diversos temas, produzidos em países como Argentina, Itália e Espanha. “Procuramos fazer uma seleção menos comercial possível dos filmes e todos eles tangenciam a cidadania de alguma forma. São temas como, por exemplo, a ecologia”, explica o diretor do Belas Artes, Pedro Olivotto.

Ainda de acordo com o diretor, a mostra tem o objetivo de criar uma visão mais crítica nas crianças, fugindo dos estereótipos criados pela grande mídia.  “As crianças de três, quatro anos ficam a cargo da televisão como educadora. O cinema no Brasil precisava de um projeto infantil para interferir na alfabetização do olhar”, afirma Olivotto.

A primeira edição do projeto ocorreu em 2010 no Parque Municipal e buscou atrair o público de áreas mais distantes da região central de Belo Horizonte. Desta vez a mostra será levada para outros bairros e outras cidades. Após o término das exibições no Belas Artes, haverá duas extensões, uma no Barreiro e a outra na cidade de Macacos.

Os filmes são exibidos diariamente em duas sessões, às 14:40 e às 16:30. O cinema está localizado na Rua Gonçalves Dias, 1581 – Lourdes. A entrada é gratuita.

Por Marcelo Fraga e Ana Carolina Vitorino

Foto: Marcelo Fraga

EntrevistaPedroOlivotto by jornalcontramao

A partir de hoje, as danceterias e casas noturnas de Belo Horizonte são obrigadas a instalar nas suas dependências internas, em locais visíveis ao público, bebedouros de água potável, para uso gratuito de seus frequentadores. Isto é o que diz a Lei Municipal de nº 10.544, de autoria da vereadora Elaine Matozinhos (PTB), assinada ontem pelo prefeito e publicada hoje no Diário Oficial do Município (DOM).

A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana informa em nota que: “No prazo de 60 dias, [órgão] normatizará a aplicabilidade da lei. Para a concessão de novos Alvarás de Localização e Funcionamento, o item já será observado. O cumprimento da lei será verificado pelos fiscais integrados e o tema fará parte da rotina de fiscalização”.

 De acordo com a assessora de imprensa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (ABRASEL) Daniela Nunez a instituição é completamente contrária à lei. “Essa é uma lei populista, que só servirá para onerar um dos setores mais lucrativos de Belo Horizonte, o setor de bares, restaurantes e entretenimento em geral”, declara.

Segundo a Daniela Nunez a associação lamenta a falta de diálogo com o setor para a proposição dessa lei que tramita desde 2009 na Câmara dos Vereadores. “Não houve conversa da vereadora Elaine Matozinhos, com o setor, isso a gente quer deixar muito claro. É uma coisa lamentável, fazer uma lei sem antes ouvir essa parte do setor”, critica.

Custos

De acordo com a ABRASEL a proponente não observou os custos operacionais para instalação e manutenção dos bebedouros. “Esses custos terão de ser repassados aos frequentadores”. Segundo Lucas Feliz, um dos proprietários das casas noturnas Dduck, Mary in Hell e Oito Bar, concorda que há uma oneração para o setor. “Acredito que instalar um bebedouro o custo saia em torno de 2 mil reais, fora o aumento da conta de água que teremos, e a diminuição da venda, por não ter mais a renda proveniente da água. Além de ser um equipamento frágil, que tem peças que soltam facilmente e que com certeza vai gerar manutenção”, explica.

Boates

Os representantes do setor questionam não apenas a viabilidade financeira de implantação da lei, mas a forma como ela foi elaborada. “A vereadora propôs essa lei da cabeça dela, sem fazer nenhum tipo de pesquisa ou consultar pessoas relacionadas ao ramo”, declara Lucas Feliz. Para o empresário um problema evidente dessa lei se refere à higiene. “Bebedouro em boate não vai ser uma coisa muito higiênica. A maioria das pessoas vai ao banheiro e não lavam as mãos. Vai ter gente jogando água pra cima, jogando água nos amigos”, afirma.

O promoter da boate UP Ed Luiz, por sua vez pontua o problema os custos gerados pelas obras de instalação. “As boates de Belo Horizonte são pequenas e esses bebedouros ficariam fora do atual lay out”, explica.

Em contrapartida o estudante de direito Hamilton Araújo, se diz satisfeito com a decisão, segundo o estudante essa lei só apresenta pontos positivos. “É um absurdo alguém passar mal numa boate, por exemplo, e muitas vezes ter que pagar um preço exorbitante para beber um copo d’água”.

Lá fora

Alguns jornais, que repercutiram a publicação da lei, pontuaram que no exterior é comum a existência de bebedouros. Para a estudante Aline Mangabeira a instalação de bebedouros em boates não é uma boa ideia. Moradora da cidade de Dublin (Irlanda), a estudante observa que na Europa existem medidas mais higiênicas para que os clientes tenham acesso gratuito à água potável. “Aqui na Irlanda é comum pedirmos gratuitamente água em boates e pubs. Nos restaurantes, os garçons nos servem água com gelo mesmo quando não solicitado”, afirma. “Em Wicklow (Irlanda) nos não temos bebedouros, porém você pede ao bartender e ele servirá sem cobrar absolutamente nada e com a mesma atenção como se você estivesse pagando”, informa o analista em ciências da computação Killian Byrne

A equipe de reportagem tentou, sem exito,  ao longo desta tarde, contactar a vereadora Elaine Matozinhos(PTB), em seu gabinete.

Por: Rafaela Acar

Foto: Hemerson Morais