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Os agentes da polícia federal fizeram na tarde desta quinta feira, um protesto contra a atual situação de trabalho. De acordo com o comando de greve, o modelo de gerenciamento está ultrapassado. “Nós temos uma polícia federal que foi herdada da ditadura militar. O quadro de pessoal foi sendo reciclado com advento de concurso público com a constituição de 1988. Mas o modelo de gestão é de quarenta anos atrás. Então, é altamente improdutiva.”, explica o agente Wladmir Brito, integrante do comando de greve.

Ainda segundo o agente Brito, os processos internos de trabalho estão defasados. “No caso de uma pesquisa sobre inquérito policial, em nosso site, cerca de 4% é utilizado pela denúncia na fase processual pelo ministério público federal. O restante se perde ou é arquivado”, elucida.

Para o agente, é necessária, ainda, uma  política de reconhecimento de profissionais com curso superior na Polícia Federal. “Temos diversos profissionais com nível superior que contribuem, decisivamente, com as grandes atividades da Polícia Federal, eles não tem o reconhecimento por parte do governo e do órgão”, avalia o agente Wladimir Brito.

Manifestação na Praça da Liberdade

Reivindicações

Na pauta de reivindicações, os policiais federais enfatizam a necessidade de abrir para sociedade o debate sobre “qual é o modelo de polícia que se deseja?”. “Não se trata de uma questão de salário. Trata-se de mudanças para termos mais reconhecimento e um melhoramento na ação para a população. As nossas demandas são: reestruturação das carreiras para que as de nível superior tenham mais reconhecimento por parte do governo; meritocracia dentro das funções internas, para que as posições de chefia sejam distribuídas pelo perfil profissional e não pelo cargo, pela função que a pessoa ocupa. Nós defendemos a modernização dos instrumentos de investigação, mais eficácia e eficiência desses modelos, repensar os processos de trabalho dentro do órgão, auditoria por parte do governo nos grandes projetos tecnológicos”, explica o agente Wladimir Brito.

Os manifestantes seguiram em passeata em direção a Savassi por volta das 15:30hs.

Por Hemerson Morais, Paloma Sena e Heberth Zschaber

Foto João Vitor Fernandes

Com a proximidade da primavera a cidade a cidade testemunha a florada dos ipês em vários pontos da cidade. Na Praça da Liberdade e ruas da região, os ipês amarelos dominam o espaço. Na rua Antônio de Albuquerque, algumas pessoas param ao lado de uma dessas árvores e fazem poses para fotografias. “Eu acho lindo! pena que é só nessa época que ele floresce”, declara a Aposentada Gilza Moura.
Na Praça, não é difícil ver cenas semelhantes. Vez por outra, há pessoas com celulares fotografando os ipês. “Eles impressionam. Todo mundo respeita e ninguém varre ao redor pra não desmanchar o tapete que se forma no chão”, avalia o vendedor Walter Figueiredo.
A aposentada Norma Ferreira, moradora do bairro Funcionários, tem o privilégio de ter um ipê bem perto de casa.  “Na porta da minha casa tem um ipê que está na florada, pena que ela acaba rápido”, diz a aposentada.
O Ipê é considerado uma árvore símbolo do Brasil, nativo da Mata Atlântica sua floração tem início no final de julho e vai até o fim de setembro, suas cores vibrantes o tornam chamativo e belo, o Ipê possui três espécies o Amarelo, Roxo e o Branco. Na região da praça da Liberdade são mais comuns o amarelo e o roxo.
Veja galeria de fotos:
Texto: Ana Carolina Nazareno
Foto: Hemerson Morais

Já imaginou o Parque Municipal aberto à noite toda, com direito a cardápio especial, café da manhã e, ainda, com todos os brinquedos liberados gratuitamente? Essa é a proposta do Noite Branca, evento promovido pela Fundação Clóvis Salgado de forma pioneira no país. Na sexta-feira, 14, a partir das 18h até às 4h de sábado, 15, o Parque e o Palácio das Artes abrigarão apresentações artísticas e musicais, mostra de vídeos, e exposições.

Uma das apresentações da noite será do Grupo de Percussão da Escola de Música da UFMG. O grupo foi fundado pelo professor Fernando Rocha, em 1989. Os alunos da Escola de Música fazem percussão como pratos, freios de carro e o com próprio corpo. A equipe musical de percussão traz para o Noite Branca arranjos do compositor, multi-instrumentista e contador de histórias Hermeto Pascoal.

Segundo o professor Fernando Rocha, o grupo preparou, exclusivamente, para o evento músicas que utilizam a marimba e o vibrafone, o que gera uma harmonia e melodia bem cativante. O Grupo de Percussão da Escola de Música da UFMG se apresenta às 20h30.

Por  Heberth Zschaber, Perla Gomes e Rute de Santa

Foto: Internet

A Biblioteca Pública abre as portas para as escolas da região metropolitana de Belo Horizonte, oferecendo tardes animadas com visita guiada e narração de histórias. Essa programação faz parte dos eventos criados em comemoração aos 30 anos da editora Miguilim.

A contadora de histórias Beatriz Myrrha encanta as tardes das crianças com música, histórias, poesia e brincadeiras que fazem viajar pelo mundo da imaginação nas páginas dos livros. As comemorações vão até o dia 24 de setembro e a Narração de histórias é somente um dos diversos eventos organizados no espaço da Biblioteca Pública Luiz de Bessa.

Por Hemerson Morais, Paloma Sena e Heberth Zschaber

Foto: Hemerson Morais

Veja o vídeo com Beatriz Myrrha.

O queijo canastra é um patrimônio histórico de Minas Gerais e está no centro de uma polêmica sobre a sua produção e comercialização. Um artigo da legislação federal criada em 1952, proíbe a comercialização de produtos feitos com leite cru e restringe a distribuição do produto fora dos limites do estado. “O queijo feito com leite vem desde a época do império romano e todos os países que fabricam bons queijos, como França e Itália, utilizam esta técnica. Acredito que padronizar a produção com outro tipo de leite é acabar com a tradição”, explica o feirante do Mercado Central de Belo Horizonte, Expedito Camilo.

Outro comerciante que preferiu não se identificar disse a nossa reportagem que o queijo Canastra já superou várias barreiras. “Eles tratam nossa produção como clandestina. Chegam aqui e multam a gente. Acredito que isso é para privilegiar as indústrias de queijo”, comenta.

Consumidores comprando queijo no Mercado Central

No estado são ao todo 480 famílias que vivem da venda da produção artesanal do Canastra. Essas famílias aliadas aos chefes de cozinha e gastrônomos organizam um abaixo assinado que será entregue a ANVISA e ao Ministério da Agricultura com o objetivo de derrubar as barreiras que atrapalham a comercialização do produto nacionalmente.

Por João Vitor Fernandes, Marcelo Fraga e Heberth Zschaber

Fotos: João Vitor Fernandes

A Biblioteca Pública Luiz de Bessa apresenta a exposição “Atrás das páginas”, o evento é organizado em parceria com a Editora Miguilim, em comemoração aos 30 anos da editora. A exposição apresenta os avanços da escrita ao longo da história da humanidade. A responsável pelo evento Pâmela Miranda fala da importância do que é exposto “É muito importante, por quê você vê como o homem foi evoluindo, buscando o melhor meio de se comunicar e percebe que hoje a produção é muito menor em tempo, mas em resultados é muito grande. Pensamos que podemos chegar a um lugar muito bom”, comenta.

 

 

O que tem chamado muito a atenção neste evento é a possibilidade do contato com a escrita manul. “Hoje em dia as pessoas ficam muito bitoladas ao digital e ter em mãos a tinta e a canetinha faz toda a diferença o contato real que você tem com o trabalho”, relata Pâmela.

O evento mostra a forma como as publicações são produzidas, passando pelo processo de cores e do trabalho com textura e resinas. A exposição “Atrás das páginas” vai até o dia 29 deste mês, no prédio da Galeria de Arte Paulo Campos.

Por: Paloma Sena e Hemerson Morais.

Fotos: Hemerson Morais