O bom e velho Soul ao som do Quarteirão

O bom e velho Soul ao som do Quarteirão

Quarteirão do Soul completou no último dia 30, 12 anos de muita música e dança. O grupo que surgiu de uma iniciativa entre amigos em 2004, tem como grande apoiador e incentivador Geraldo Antônio dos Santos, que leva caixas de som para a rua para ele e os amigos dançarem.

“É um remedinho de pressão, porque você passa a semana toda naquela afobação. E quando chega no sábado e você sabe que vai ter o quarteirão do soul, ou outro evento que representa a black music, é uma nostalgia, uma adrenalina que é difícil de explicar porque é só na hora”, conta Mônica Átila de Oliveira, participante do encontro.

Com o objetivo de promover a arte da cultura negra em Belo Horizonte, o grupo cumpre muito bem. Deixando a impressão de que estamos viajando no túnel do tempo, o Quarteirão cumpre seu papel ao som do bom e velho soul das décadas de 60 e 70.

“É igual sangue na veia que vai subindo. Ali você não tem dor, não tem problema, é uma energia que te envolve e você acaba esquecendo-se dos problemas. A gente se sente bem e acaba tendo aquela energia, convívio bom que torna o pessoal aqui família”., revela Oliveira.

Os frequentadores dessa celebração da dança e da música são personagens a parte, munidos de seus melhores figurinos eles passam a ideia do que era exatamente aquela época, como conta Antônio Carlos dos Santos, o Caca, “A roupa, ela é nossa arma, nossa força. Ela nos transforma. Sem ela a gente fica faltando um pedaço”.

Fazendo valer o legado de grandes nomes da Black Music como James Brown, Aretha Franklin, Ray Charles, Stevie Wonder, Diana Ross, entre outros, os frequentadores oferece o que há de melhor no que diz respeito à diversão e imersão nesse universo.

“A dança para mim é meu legado, o quarteirão é minha academia e aqui que eu encontro meus amigos, e é aqui que eu faço amigos. Comecei a dançar aos 14 anos e minha vida tem sido isso, o meu legado é a dança.”, disse Caca ao som de James Brown.

Vale lembrar que o evento é aberto ao público, com convite válido para todos aqueles que conhecem ou gostariam de conhecer essa parte da história da música e da dança. Pois muito do que temos hoje nasceu naquela época e é bom lembrar que “sempre devemos respeitar os clássicos”. Para os que amam Black Music, o evento ocorre aos sábados e não tem local fixo, migrando pelos espaços do centro, já teve como palco: a Rua Goitacazes, Praça 7 e Viaduto Santa Tereza, o Grupo toma conta da noite de Belo Horizonte.

 

Reportagem e fotos: Lucas D’Ambrósio
Texto: Ana Paula Tinoco

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