Performances e debates marcam protesto contra a LGBTfobia

Performances e debates marcam protesto contra a LGBTfobia

Estudantes e integrantes do movimento LGBT se reuniram no pátio do terceiro andar do Campus de Direito e Ciências do Estado da UFMG, no fim da tarde de ontem em ato contra os episódios de homofobia ocorridos dentro da Universidade e de outras instituições de ensino. A intervenção foi marcada por debates sobre o tema, performances artísticas e teve como ato principal o “beijaço” entre os participantes.

O protesto nomeado por “O afeto é a melhor arma contra a LGBTfobia” fez parte de intervenções que ocorreram durante todo o dia na instituição. “A população LGBT tem seu acesso restrito, e quando o tem, são silenciados. Em caso de discriminação, não têm a quem recorrer.”, revela um dos organizadores, o estudante de direito Matheus Sales, 20

O objetivo do protesto é denunciar os atos de opressão e dar visibilidade aos LGBTs dentro e fora das universidades. “Os problemas de discriminação não estão restritos somente ao espaço universitário, devemos denunciar que a comunidade LGBT é privada de direitos a todo momento. Para fundarmos uma sociedade plural, fraterna e que é justa, devemos respeitar a diversidade”, defende Sales.

Discriminação

O preconceito contra as lésbicas foi outra realidade denunciada durante o protesto. De acordo com os organizadores há registros de opressão sobre o feminino que ainda é constante na sociedade. A estudante da instituição, Juliana Almeida, 19, chama atenção para o mais recente episódio de violência sofrido por uma aluna da faculdade dentro da sala de aula, e endossa a necessidade de união entre os diferentes movimentos de resistência, “quanto mais unidas as pessoas estão por uma causa, mais força ela tem e mais chances têm de obter sucesso”.

O estudante Lucas Brás, 21, enfatiza a importância do espaço já que muitas vezes os homossexuais tiveram que ocupar, segundo ele, “lugares marginalizados e escondidos”. Ele também chama atenção para a limitação dos direitos dos homossexuais. “Quem vai definir minha sexualidade sou eu. O sexo que nos é imposto quando nascemos não vai me fazer feliz e me fazer uma pessoa completa. A população está presente, sim, e a luta não para, ela é constante!”.

Os manifestantes encerraram o protesto estendendo o “beijaço” para a porta da universidade na Avenida João Pinheiro.

Texto: Felipe Chagas e Luna Pontone

Fotos: Felipe Chagas

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