Suspeito de apologia ao nazismo é preso após mobilização social

Suspeito de apologia ao nazismo é preso após mobilização social

Para criminalista, Antônio Donato dificilmente será condenado por todos os crimes de que é acusado. Pagodão contra o Nazismo, idealizado no Facebook,  está previsto para o dia  20 na Praça Afonso Arinos

As imagens do suspeito de apologia ao nazismo, Antônio Donato Baudson Peret, 24, tentando enforcar o catador de material reciclável Luiz Célio Damásio, 42, ganharam repercussão nacional, desde o dia 05 de abril,  e geraram uma mobilização nas redes sociais, na última semana. No Facebook, está programado para o dia 20, um evento denominado Pagodão contra o Nazismo com o objetivo de “pressionar os órgãos públicos pelo avanço da investigação e das punições”, conforme esclarece uma das organizadoras que prefere se identificar como responsável pela página Anarquistas Ensinam (link).

A mobilização será na Praça Afonso Arinos, na Avenida Álvares Cabral, pretende reunir todo grupo antifascista de Belo Horizonte. “Nosso público é diverso, todas as cores, credos, estilos e etnias. O importante é ser antifascista!”, exclama a responsável. Além de esclarecer que o pagode almeja reunir “uma galera para se divertir, e que estimule os debates e a pressão popular sobre os casos”. A autora do evento explica ainda: “Nosso pagode é uma resposta às manifestações de intolerância e formação de quadrilha nazista que tem ocorrido em Belo Horizonte, que vão desde os trotes racistas na UFMG, até os casos mais recentes envolvendo os boneheads neonazistas”.

Apologia ao nazismo

Antônio Donato foi preso em Americana (SP), na segunda, 15, e esta detido no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão, onde também estão Marcus Vinícius Garcia Cunha, 26 anos, e João Matheus Vetter de Moura, 20 anos, detidos no domingo, também acusados de agressões na capital. Donato responderá por incitação ao crime, apologia ao nazismo e ao racismo, lesão corporal leve, tortura, corrupção de menores (há uma foto de um menor, filho de um dos outros dois acusados, fazendo reverência nazista) e formação de quadrilha, a pena pode chegar a 24 anos de prisão.  Mas para a  advogada criminalista Gabriela Dourado, o suspeito dificilmente será condenado por todos os sete crimes de que é acusado. Ouça o podcast em que a advogada explica cada um desses crimes e suas respectivas penas, além de fazer uma análise do caso.

Por Ana Carolina Vitorino

Ilustração: Diego Gurgell

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