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O trânsito da região Centro-Sul de Belo Horizonte, passará por alterações no que diz respeito à circulação de veículos no bairro Lourdes, a partir desta quinta. A mudança faz parte de mais uma etapa do Mobicentro, projeto que visa a melhoria da mobilidade do centro da Capital, e que foi criado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em parceria com Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

Atente-se as mudanças: Ruas São Paulo e Rio de Janeiro fazem parte da mudança. Segundo a BHTrans, a instituição financeira AFD, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), disponibilizará R$ 50 milhões para o desenvolvimento de soluções integradas de engenharia de tráfego e de transportes, com foco nas condições ambientais das áreas que serão beneficiadas, ou seja, mais segurança e menos poluição.

A iniciativa visa transformar o Hipercentro em um ambiente mais seguro para os pedestres priorizando sua segurança, procura também, a melhoria do transporte para aqueles que fazem uso dos coletivos oferecendo boas alternativas para dispersão do tráfego de atravessamento e assim, organizar e atender o restante dos veículos para que o percurso dentro do Hipercentro seja feito com o menor percurso possível.

Essas intervenções começaram em 2013, sendo que ano passado as regiões alteradas foram as do Barro Preto, Praça Sete, Rua Curitiba, Rua dos Tupis e na Avenida Assis Chateaubriand.

Mapa ilustra as principais intervenções:

Mapa retirado: Metro Jornal
Mapa retirado: Metro Jornal

Reportagem Ana Paula Tinoco

Hoje o jornalismo brasileiro ficou mais triste. Hoje o meu jornalismo ficou mais triste.

Geneton Moraes Neto fez a passagem. Sim, o icônico jornalista pelos diversos dossiês, entre eles o da última entrevista do poeta mineiro, Carlos Drummond de Andrade, acaba de falecer. Referência para alguns, Geneton é, e foi um pilar para mim.

Tudo começou por conta de uma entrevista que a pequena equipe de estagiários do jornal hiperlocal da faculdade, o Jornal Contramão, iria realizar. Recém-chegado no estágio e mais novo ainda na área jornalística – cursava publicidade -, eu não fazia ideia de quem seria o Moraes Neto.  Lembro que todos estavam eufóricos, Alex Bessas estudava as perguntas, Juliana Costa pensava nos conteúdos para as redes sociais, Fernanda Kalil preparava o equipamento visual e eu pensava nos planos que poderia fazer dele. Pronto, todos preparados e estudados, fomos ao encontro dele.

Após esperar por dez minutos, ele caminha até nós com uma camisa de botão verde, calça jeans, casaco bege, sapato fechado, cabelos grisalhos e óculos arredondados. Este era Geneton Moraes Neto. Simples, modesto e atencioso. Nós sentamos na recepção do Hotel Mercure e começamos a entrevista. Em um determinado momento, ele para e reflete o que seria o jornalismo, “jornalismo é produzir memória” ele conclui. Mal sabíamos que aquela entrevista seria um fato dominante em minha vida. Ela iria ficar para memória.

Alguns meses se passaram e recebo um email do Geneton através do contato do jornal. O assunto era “Favor encaminhar ao João Alves”. Enlouqueci quando li isso. Ele continua “ Caro João: tudo bem? Você poderia entrar em contato? Queria ver se você poderia nos enviar uma foto tirada naquela entrevista em BH”. Caraca, o Geneton lembra da nossa entrevista e ainda viu as fotos que postamos em nossa página. Eu não to acreditando. De imediato eu respondi e enviei algumas opções.

Emails foram trocados e ele foi bem específico em qual foto queria. Preta e Branca, três planos, no primeiro plano havia a câmera enquadrada em seu rosto, no segundo havia um Geneton reflexivo, no último plano havia penas um sofá preto. Esta foi a foto que ele escolheu e que meses depois tive o prazer de ser comunicado que seria a foto de orelha do mais novo livro dele, o Dossiê 50.

Quando eu disse que ele era um pilar, não estava exagerando. Na época em que eu estava divido entre a Publicidade e o Jornalismo, Geneton foi um divisor de águas nas minhas carreiras acadêmicas e profissionais. Eu acreditava no meu trabalho. Eu acreditava no meu olhar. No dia 25 de novembro de 2013 recebo o livro em minha casa via sedex. Abro o pacote com enorme cuidado e me deparo com o livro. Abro e leio:

“Para João – Fotógrafo de olhar afiado – com meus votos de sucesso na profissão, um abraço, Geneton, Nov, 2013”.

O fotografo de olhar afiado fica órfã. Assim como Luke Skywalker teve ajuda de vários mestres, sempre tem um que deixa aquela saudade, Leia-se Obi Wan Kenobi. A jornada ainda continua um pouco mais triste, mas com a certeza que é possível fazer um belo trabalho. Seja através de dossiês, entrevistas ou fotografias, o importante é produzir memória.

E você, caro Geneton Moraes Neto, ficará para a memória. Ficará na minha, na do Jornal Contramão e na história do jornalismo brasileiro.

Vá em paz e muito obrigado!

Texto e Foto: João Alves.

Fotos: João Alves

Entre jogos mornos, caos nos serviços de bar e a Zika, quem brilhou mesmo foram os torcedores com a sua animação, criatividade e humor. A olimpíada promete

O futebol feminino deu a largada ao calendário de competições que Belo Horizonte irá receber durante toda a Olimpíada. As seleções da Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Colômbia protagonizaram a primeira fase do grupo G, que ainda tem mais dois jogos a serem realizados nos dias 12 e 16 de Agosto, no Estádio Mineirão.

Com bastante aparato policial, porém menos agressivo como visto na Copa do Mundo, os torcedores chegaram entusiasmados com jogo, carregando bandeiras e vestindo as camisas das seleções de cada país. Mesmo assim, os torcedores dos times mineiros, Atlético e Cruzeiro, vieram em peso e demonstraram as suas preferências.

Dentro do Mineirão que se apresentava bem vazio, o favoritismo da torcida praticamente era só uma, Nova Zelândia. Mesmo com o time inferior e com um gol já nos primeiros 15 minutos de jogo, a torcida não deixou de empurrar o time com gritos e “Ôlas”. Já o time americano não foi tão bem recebido assim. A goleira da seleção dos Estados Unidos, Hope Solo, recebeu vaias seguido de “zika” em coro, toda vez que tocava na bola. Os gritos entoados foram um tipo de resposta às postagens que a goleira publicou em suas redes sociais ironizando o Brasil e o vírus Zika, doença que casou pânico e desencadeou uma epidemia no país. No Twitter, diversos usuários riram da piada e aprovaram a situação – @leandokhaled escreveu – “Eu preciso agradecer os torcedores lá do Mineirão que começaram com o Ooooo Zika para Hope Solo. Vocês são Feras! #Rio2016”. O jogo terminou com o favorito ao ouro, Estados Unidos, vitorioso por 2×0.

Se a entrada para o estádio foi tranquila e bem organizada, o intervalo foi caótico. Os bares disponíveis não conseguiam atender a quantidade de pedidos e as cozinhas se transformaram em uma verdadeira bagunça. Foram necessários 44 minutos para comprar a ficha do caixa e retirar a mercadoria no balcão. Durante a espera, foi possível ouvir reclamações, deboches e xingamentos por parte dos visitantes. Para piorar, os preços eram absurdamente caros, um pão de queijo custava R$8,00 reais e um saco de pipoca R$ 13,00 reais.

Distante daquele caos, o jogo entre França e Colômbia ocorreu com menos torcedores presentes que o anterior, mas nenhum um pouco menos animado. Eram visíveis os esforço das colombianas em criar táticas no meio de campo e criar chances de gols pela direita, mas a marcação francesa não abria espaço e marcava em cima as adversárias. Enquanto isso, nas arquibancadas, os belo-horizontinos gritavam junto com os estrangeiros presentes e vibravam com cada chute a gol feito. A França com um time mais estruturado, treinado e coeso sai como vitoriosa com 4 gols, contra a esforçada Colômbia.

Texto e foto: João Alves

Funcionária da Capela Nossa Senhora do Rosário fecha as portas da construção que foi interditada pela Defesa Civil de MG. Fotografia: Lucas D'Ambrosio

A Capela Nossa Senhora do Rosário – a mais antiga da cidade – foi erguida no ano de 1897, na esquina da rua São Paulo com a avenida Amazonas, região central de BH. No inicio do mês, a Defesa Civil de Minas Gerais interditou a capela impedindo o acesso de fieis e visitantes em seu interior. Medida esta, tomada pela Arquidiocese de Belo Horizonte, devido ao desgaste presente na estrutura do teto, feito de madeira, que, pela consequente falta de reforço estrutural, está sob risco de desabar.

De paredes brancas, pequeno porte e timidamente inserida no caos urbano belo-horizontino, ela é um refúgio espiritual para os fieis católicos que transitam pela região e a visitam semanalmente. Com seus 119 anos a capela vem resistindo ao tempo e é um dos símbolos históricos remanescentes da cidade. Cerca de 3 mil pessoas a visitam diariamente, participando de missas, confissões e orações pessoais.

Alina Maria Maciel, administradora de empresas, é frequentadora da capela há mais de um ano. Para ela, o aconchego é especial. “Não é minha paróquia, mas sempre que passo por aqui eu entro. Ela é pequenininha, tem um jardim lindo, bem cuidado e é extremamente aconchegante.”. Sobre a importância desse local para o centro da cidade, ela completa, “é vital uma capela como essa (no centro). Milhares de pessoas passam por aqui todos os dias e elas têm a oportunidade de fazerem suas orações ou confissões”, finaliza.

Há seis anos frequentando o local, Marina Brandão Menezes, aposentada, 72, é moradora do centro de Belo Horizonte. Todos os dias, ela visita a capela em busca de serenidade, “é uma capela aconchegante. Devido ao seu tamanho, existe uma maior sensação de intimidade nas orações. Com a interdição da capela, ainda estou procurando por outra igreja. Isso é algo muito pessoal, que leva tempo até nos acostumarmos com outro local”, lamenta a senhora, se despedindo naquele momento, da capela interditada.

De acordo com a Defesa Civil a interdição foi realizada após a verificação de falhas na estrutura do teto da construção. A assessoria da Arquidiocese informou que a medida foi tomada por prevenção à segurança de quem visita o local e pela restauração do espaço histórico. Após a visita de técnicos e engenheiros, decidiram pelo fechamento temporário do prédio até a conclusão das reformas. Especialistas estão finalizando o projeto que ainda não tem previsão para ser finalizado. De acordo com a própria Arquidiocese, o processo será lento por todas as peculiares características da construção, datada do século dezenove.

Como alternativa para os fieis que frequentam a capela, outros pontos na região central oferecem missas e confissões: a Igreja São José, localizada na rua dos Tupis, número 164, no centro de BH; a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, localizada na rua Sergipe, número 175 no bairro Funcionários; e a Basílica de Lourdes, que está na rua da Bahia 1596, no bairro de Lourdes.

Texto e fotos: Lucas D’Ambrosio

Foto Divulgação

Porque você não deve deixar a capital mineira durante o Carnaval.

Seguindo a linha dos carnavais do interior, BH tem folia para todos os gostos, dá só uma olhada na programação.

Blocos de Rua

Os blocos mineiros são tradição na cidade. As folias nas ruas arrastam multidão independente dos seus gostos musicais. Com mais de 170 blocos a cidade tem espaço para todo mundo, do Rock à ficção cientifica você escolhe e vai se divertir com a turma. Veja os blocos de rua no link: Contramão na folia

Segurança e conforto

Para curtir a festividade sem se preocupar, os foliões terão transporte público de graça. Seguindo a ideia do Movimento Tarifa Zero, desde 2014, a marca de cerveja (Skol) irá disponibilizar uma frota composta por 14 ônibus que percorrerá toda a Avenida do Contorno passando pelos principais blocos da cidade.

Camarotes

Você prefere lugares fechados e reservados? A prefeitura oferece camarotes, com a presença de grandes artistas, entre eles Sidney Magal e a banda Rappa. Com os valores que variam de R$ 140 à R$600 reais os ingressos já estão à venda.

Desfiles

Para aqueles que adoram as escolas de samba e dos blocos caricatos, mais uma vez a Avenida Afonso Pena será palco dessa tradição. Os desfiles que acontecerão nos dias 8 e 9 de fevereiro terão início às 19h com o primeiro desfile e o encerramento à 0h. No primeiro dia de desfile poderão ser vistos os blocos caricatos e no segundo dia as escolas de samba.

Comes e bebes

Nesse ano o número de comerciantes credenciados triplicou e serão mais de 3.400 estabelecimentos vendendo bebida e adereços por toda a cidade.  Com relação à comida a prefeitura de Belo Horizonte sorteou barraqueiros que oferecerão aos foliões os comes por todo o percurso da folia. 

Por Ana Paula Tinoco

 

Cada vez mais distraídas com seus gadgets, muitas vezes, as pessoas não notam no que está ao seu lado. O modo como as pessoas se desligam do mundo real chamou a atenção do fotógrafo inglês Babycakes Romero, que começou a registrar pela lente de sua câmera esse cotidiano.

Inspirado no trabalho do fotógrafo, o Jornal Contramão também realizou um ensaio fotográfico, mostrando a relação dos belo-horizontinos com seus smartphones.

Hoje, aquela boa ‘prosa’ que as pessoas não dispensavam em um café da manhã, pode estar sendo substituída pelas mensagens instantâneas. Com a popularização dos smartphones, os aplicativos e as redes sociais móveis se tornaram praticamente indispensáveis para a vida dos usuários e ofereceram as pessoas novos recursos de comunicação.

Com esses novos recursos, a conversa ‘olho no olho’ morreu?

Para o estudante de Publicidade e Propaganda, Leonardo Silva, de 19 anos. As pessoas estão menos dinamizadas. “Muitas conversas, até mesmo em família, são ignoradas por uma pessoa que se encontra online, mas ainda existe a conversa frente a frente”.

Já Valéria Alves, Babá, 21 anos, diz que a conversa ‘olho no olho’ morreu sim. “Está muito a desejar. As pessoas não conversam como antes. Tudo é celular! Celular e celular”, enfoca.

Em uma conversa face a face, Suzana Cohen, Publicitaria, mestre em Linguística e fundadora do Über Trends, diz que as pessoas passam muito tempo “vidradas” na tela do celular, porque o mesmo se tornou um dispositivo que converge diversas tecnologias em um único ambiente. “A todo momento e a todo instante você é convidado a tirar o celular do bolso para executar alguma ação, e pode ser que você pegue o celular várias vezes ao dia e cada vez que você pegou ele foi com um objetivo diferente”, contextualiza Cohen.

 

Texto: Victor Barboza

Fotos: Yuran Khan