Tags Posts tagged with "Cultura"

Cultura

2 1317
Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte

Quem anda por Belo Horizonte pode encontrar pelas ruas inúmeras casas e prédios antigos que enfeitam e trazem um ar saudosista à cidade. Em meio às novas construções de aparências modernas e acinzentadas, os velhos prédios resistem – mesmo que, às vezes, sufocados por tanta modernidade – e compõem o cenário da capital.

“Casas de Belo Horizonte” é um projeto ainda em desenvolvimento que tem como objetivo despertar, por meio de fotos, o interesse das pessoas pelas casas antigas da cidade, que representam um grande patrimônio arquitetônico e histórico a ser valorizado. Arquiteto e Fotógrafo, o autor do projeto, que prefere manter sua identidade em sigilo, iniciou as postagens em seu perfil pessoal e ao perceber repercussão positiva, decidiu expandir as publicações para uma página específica do tema.

Foto: Página Casas de Belo Horizonte
Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte

As construções antigas estão por todas as partes de Belo Horizonte, e há décadas criam ligações entre épocas, famílias, pessoas e gerações, por isso, carregam em suas paredes muitas histórias pra contar. Como forma de resgatar as memórias “adormecidas” e despertar o olhar das pessoas para obras que muitas vezes passam despercebidas, a página – que funciona também como espaço para identificar essas casas – publica junto às fotos um breve relato sobre a origem e funcionamento das construções, que em alguns casos chegam a ultrapassar um século de idade. “Há alguns casos de leitores que apresentam algum vínculo familiar ou pessoal com a história das casas, o que é muito positivo”, relata o responsável pela página.

Em apenas uma semana a página alcançou mais de 40 mil acessos no facebook e tem despertado grande interesse do público pelos projetos arquitetônicos da cidade, “O apoio dos leitores superou muito as expectativas iniciais e temos recebido várias mensagens de pessoas interessadas no projeto, bem como indicações e sugestões de residências a serem fotografadas” conta o organizador.

Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte
Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte

“Percebemos que o projeto tem uma boa receptividade e, de acordo com a evolução e interesse na página, pensamos que é possível expandi-lo para outros formatos e mídias complementares.” O “Casas de Belo Horizonte” não conta com nenhum apoio financeiro e não tem vínculo com nenhuma instituição pública ou privada, mas caso a demanda seja crescente, podem procurar parcerias e suporte financeiro.

Por Marina Rezende

24 horas de música, teatro e dança, circo, artes visuais, literatura, moda e gastronomia. A 3ª edição da Virada Cultural na capital mineira chega com a proposta de reunir o que Belo Horizonte tem de melhor no quesito cultura. Neste ano, o evento começa às 19h do dia 12 e segue sem interrupções até às 19h do dia 13.

A edição 2015 traz à tona conceitos discutidos pela cidade, como o uso do espaço público, sustentabilidade, mobilidade e novas vivências. Ao todo, 600 atrações gratuitas ocuparam a cidade atendendo a todos os gostos e públicos.

Entre as atrações, está o rock da banda mineira Sepultura, o pagode do grupo Molejo, o sertanejo da dupla Chitãozinho e Xororó, Felipe Cordeiro, Cia. Base, Mundialito de Rolimã, Festival Internacional de Corais, TODA DESEO! com a Gaymada e o GastroPark, no Museu Abílio Barreto .

Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), ressalta que a Virada está se consolidando como uma potência. Para ele, às 24 horas de cultura, das mais variadas vertentes e formas, revelam a diversidade da produção artística da capital e, que, apesar do momento delicado em que vive o país, a Prefeitura, seus parceiros e os artistas, se unem para fortalecer a vocação cultural de BH.

Veja toda a programação do evento no www.viradaculturalbh.com.br. 

 

Texto: Victor Barboza

Imagem: Divulgação/Virada Cultural 2014

Fonte: Portal PBH

 

Divulgação
Divulgação
Divulgação

Na quarta-feira (29), a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, localizada na Av. Afonso Pena, inaugurou a exposição fotográfica “Gestos, relatos, escritas e autoficções”. Ao todo, 106 fotografias fotografias integram a mostra, além de sete livros e seis vídeos produzidos por 18 artistas de sete diferentes partes do país com uma grande diversidade de faixa etária.

A exposição Gestos, relatos, escritas e autoficções, possui fotografias contemporâneas e outras mais tradicionais, um de seus principais atrativos é o cuidado que os fotógrafos tiveram ao realizá-las, como se fossem um processo íntimo de produção escrita, com as mesmas estruturas de construção para que pudessem contar uma história através das lentes. “Não importa se o trabalho é mais tradicional ou contemporâneo, todos mostram a fotografia como um processo”, destaca o curador da mostra Mariano Klautau.

Divulgação
Divulgação

Inicialmente, a exposição foi criada para o Festival de Fotografia de Tiradentes de 2015, e chegou a Belo Horizonte para marcar a transição do antigo Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, inaugurada em 2010, para a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, que, diferente do antigo espaço, agora passa a abranger debates e reflexões sobre a fotografia, além da ideia de transforma-lo em referencial no estado.

A exposição fica aberta ao público até o dia 12 de setembro de 2015, de terça a sábado, das 9h30 às 21h.

Endereço: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – Av. Afonso Pena, 737 Centro – Belo Horizonte/MG

Entrada gratuita.

Para mais informações: (31) 3236-7400

Por Julia Guimarães

A livraria Van Damme, localizada na Rua dos Guajajaras, 505 no centro de Belo Horizonte, se mantém fiel a seu propósito: Vender Livros. Contradizendo a forma trabalhada pelas livrarias de shoppings que vendem diversos outros artigos além de livros, tais como, CD’s, videogames, a aclamada Van Damme não comercializa nada além de livros.

Fundada em 1971, a livraria não se sente ameaçada com os concorrentes das livrarias de shoppings, como conta o diretor financeiro Johan Van Damme Junior, 44. “A Van Damme foi fundada há muito tempo e é tradicional, ela tem um público cativo e tem um perfil diferente das livrarias de shopping. Não as vejo como nossas concorrentes”, explica.

Em uma época em que duas grandes livrarias tradicionais da capital mineira fecharam, a Van Damme acredita que isso ocorreu após a revitalização da Savassi, a Mineiriana e a Status se viram obrigadas a fecharem em função dos aumentos dos aluguéis, que estão altíssimos. “A Van Damme sobrevive no mercado porque o imóvel é próprio e também porque meu pai, fundador do estabelecimento é referência em livraria, em cultura e experiência que ele adquiriu ao longo dos anos com o estabelecimento”, destaca Van Damme Jr.

dsc08082

Sobre os preços

Evitada pelo público mais jovem que procura economizar gastos e uma comodidade maior com os inúmeros sites de vendas onlines, o diretor financeiro defende que livraria não cobra mais caro pelos produtos. De acordo com o comerciante isso se trata dos preços estabelecidos pelas próprias editoras: “Livro é tabelado e os preços são impostos pelas editoras. A Van Damme pratica o preço que a editora coloca.

Ele acredita que as livrarias de shopping para atrair a clientela, colocam as promoções e que lá, não é necessário isso, já que os clientes que frequentam o local são fiéis. “Não vendemos mais caro, apenas colocamos os preços das editoras. Meu pai é coerente com isso desde o início. Quando informatizamos em 1995, para facilitar o trabalho, nós pegamos alguns livros antigos e fizemos uma liquidação, mas isso foi uma prática isolada e não é pratica da Van Damme normalmente”, finaliza.

www.vandammelivraria.com.br/Reportagem produzida para o Trabalho Interdisciplinar Dirigido V que tem como temática o cotidiano das ruas de Belo Horizonte. Belo Horizonte, junho de 2015.

Por: Lucas Freitas e Luna Pontone
Fotos por: Moniele Vilela

Hoje, terça-feira (7), Belo Horizonte recebe a exposição “Uma certa Itália – 15 artistas do Piemonte na Casa Fiat de Cultura. Piemonte, situada no norte da Itália, teve grande efervescência artística nos últimos 40 anos, com ênfase em sua capital, Turim. A partir de então, novos artistas inseridos em um contexto diferente dos já conhecidos pintores Italianos surgiram, influenciados por tecnologias e meios de comunicação atuais, e a produção artística foi rejuvenescida.

“Muitos dos artistas apresentados utilizam da tecnologia eletrônica em alguma fase de seu processo de criação. Outros, não utilizando esses recursos de modo direto, mostram a influência que as modernas tecnologias tiveram sobre sua visão do mundo e da arte”, explica o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira.

Ao todo, 45 obras de 15 jovens artistas piemonteses foram selecionadas. Os critérios para escolha desses artistas, segundo o presidente da Casa Fiat, foi: “baseada na relevância de suas pinturas no cenário artístico, já com uma carreira consolidada, premiada e amplamente apreciada entre os críticos. Cada um, a seu modo, com linguagens e técnicas distintas. Em comum entre eles, o fato de todos serem da região do Piemonte. Eles são a vanguarda da pintura no Piemonte. E a Casa Fiat de Cultura tem no Piemonte a sua referência cultural italiana, berço de sua matriz industrial, a Fiat, que, em Minas, aportou nos anos 1970”.

Além das 45 telas, a exposição conta com o “Robô Racer”, unindo arte e tecnologia. Racer, criado pela COMAU, é o mais rápido em sua categoria.

“O robozinho faz um contraponto. Ele ‘faz’ videoarte. Será que ‘faz’ mesmo? A resposta, os visitantes é que darão”, destaca Pereira.

Com o objetivo de mostrar alguns caminhos atuais da produção artística italiana, a exposição pode ser visitada a partir de hoje até o dia 7 de setembro de 2015, terças e sextas, das 10h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Endereço: Casa Fiat de Cultura / Circuito Cultural Praça da Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG.
Entrada gratuita.
Para mais informações: (31) 3289-8900

[email protected]
facebook.com.br/casafiatdecultura
Instagram: @casafiatdecultura
www.circuitoculturalliberdade.com.br

 

Texto: Bruna Dias

Imagens: Divulgação

Como forma de refletir sobre as diversas modos de percepção e facilitar o acesso a obras de arte, a exposição “Sentidos”, do escultor mineiro Leandro Gabriel, marca a comemoração dos 50 anos do Setor Braille na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.

De acordo com a Assessoria da Biblioteca, a experiência sensorial é algo único e passa despercebido por quem se firma em enxergar apenas com os olhos, e ver apenas com os olhos é uma ação muito limitada com base no que os sentidos podem oferecer.

Serão exibidas oito obras, sendo sete delas inéditas, parte do acervo particular do artista Leandro Gabriel, que, apesar do aspecto rústico, transmite delicadeza em suas criações. Quem não puder ver a textura sentirá por meio do tato.

A mostra faz parte da celebração dos 50 anos do Setor Braille da Biblioteca que, nesse período, facilitou o atendimento ao deficiente visual na orientação de pesquisas e estudos para o acesso à informação e à literatura por meio de audiolivros e obras em braille.

_DSC0015
Estantes de livros no Setor Braille da Biblioteca Pública Luiz de Bessa

A exibição foi idealizada pelo coordenador do Setor Braille, Glicério Ramos, e pelo coordenador das Galerias de Arte da Biblioteca, Ricardo Girundi. “Devemos mudar a forma de ver a arte no Brasil. Precisamos criar exposições nas quais se transmitam às pessoas a essência das obras que não podem ser vistas por deficientes visuais”, ressalta Girundi. O coordenador ainda enfatiza o objetivo da mostra, que é torná-la mais interativa no uso de outros sentidos, seja por meio da fala, do toque ou do cheiro.

As obras ficarão expostas até 11 de julho, no segundo andar da Biblioteca Pública Municipal Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21 – Funcionários, Belo Horizonte/MG). A entrada é gratuita.

 

Texto e Fotos: Victor Barboza