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Jogos

Conquistando mais adeptos ao longo do tempo, esta edição é a que tem mais figurinhas, páginas e seleções

Por Gustavo Meira

De 20 de julho a 20 de agosto acontece a Copa do Mundo Feminina, que será disputada na Austrália e Nova Zelândia. Presente desde a primeira edição, em 1991, a Seleção Brasileira nunca ficou com o título da competição.

Tradicionalmente em ano de Copa do Mundo, é lançado o álbum com figurinhas para colecionar e lembrar os momentos mais marcantes das partidas e as craques que fizeram e fazem o coração do torcedor vibrar. O álbum de 2023 da Panini, tem recorde de páginas e de figurinhas, devido ao aumento do número de seleções participantes no campeonato, 32.

O álbum conta com 80 páginas, para as 580 figurinhas de 32 países presentes no Mundial a serem coladas, 100 a mais do que na Copa de 2019. Uma versão digital do álbum pode ser adquirida no site da Fifa. Cada seleção é representada em duas páginas por 16 jogadoras, além de uma figurinha dourada da federação do país. Além da trajetória da equipe até a classificação, os jogos do país na Copa deste ano e gols marcados em edições anteriores.

Álbum Copa do Mundo Feminina 2023. Foto: Panini.

No site da Panini, o kit com o Álbum de capa dura com 60 envelopes que contém 5 figurinhas cada, está saindo a R$ 294,90 + frete. Assim como foi na Copa do Mundo masculina do ano passado, cada pacote contém cinco cromos e custa R$ 4,00.

Álbuns de outras edições 

2011 – A primeira edição do álbum de figurinha da Copa do Mundo Feminina foi lançado pela Panini, somente no país sede do torneio, a Alemanha. Este é o álbum mais raro entre os álbuns femininos. Ele não teve grande atratividade, até o início de 2015, seu valor de mercado era relativamente “normal” para um álbum Panini recente. Com o pré-lançamento do álbum da próxima Copa, ele passou a gerar interesse entre colecionadores em todo o mundo. Seu valor de mercado quintuplicou em alguns meses e atualmente seu valor de mercado já não é mais um valor acessível. Hoje é quase impossível completar ou ter este álbum completo.

Álbum Copa do Mundo Feminina 2011. Foto: Panini.

2015 – A edição do torneio aconteceu no Canadá. Com o aumento da popularidade do futebol feminino, a Fifa aumentou o número de seleções participantes para 24. Na Copa anterior foram 16 seleções. A distribuição foi expandida e o álbum foi lançado no Canadá e mais 24 países.

Álbum Copa do Mundo Feminina 2015. Foto: Panini.

2019 – O álbum com 480 figurinhas, 24 seleções, foi lançado na França, país sede do campeonato em  abril. Com o custo de R$ 8,90, a versão capa dura custava R$ 29,90. Cada pacotinho com 5 figurinhas custava R$ 2,50.

Álbum Copa do Mundo Feminina 2019. Foto: Panini.

A Panini não costuma revelar os números do negócio, mas o Brasil consome mais que o dobro do segundo colocado, a Alemanha.

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Imagem retirada da fanpage do Graal- MG no Facebook

Por Kedria Garcia Evangelista

 

A Praça José Mendes Júnior, localizada em frente à Casa Fiat de Cultura, tornou-se palco de muitas brincadeiras para jovens-adultos. Live Action Role-Playing – LARP ou Jogo de Interpretação, é uma das formas que o público encontrou para jogar RPG (Role Playing Game) e vem ganhando espaço no mundo nerd. As atividades são realizadas normalmente aos domingos, em que jovens armados com espadas de espumas e algumas vezes caracterizados com vestimentas da Idade Média, se encontram para treinar e desenvolver habilidades, simulando batalhas.

O entretenimento é baseado na imaginação, o faz-de-conta domina a praça e os olhares já esquecidos da infância, voltam com a energia necessária para a brincadeira.

 

LARP

É uma sigla para Live Action Role Play. O Role Play é um termo em inglês que representa criar um papel, um personagem, e interpretá-lo dentro de um contexto, uma história. “É similar ao RPG (Role Playing Game), mas este é jogado normalmente em uma mesa, com dados, papel e caneta. O Live Action se joga ao vivo e em tempo real. Por esse aspecto, o LARP se aproxima da prática teatral”, explica Daniel Prado Cozensa, um dos organizadores do Graal – MG, grupo que é um dos responsáveis por promover e difundir o LARP em Belo Horizonte.

A prática vem ganhando vários admiradores por trazer a magia da criatividade. “Cada jogador entra em um personagem e começa a agir, falar e até pensar como ele. Assim como os livros, jogos e peças teatrais, existem vários tipos e gêneros de LARP, como aventura, comédia, terror, ação, drama, e variando entre temas, como um medieval fantástico, contemporâneo, futurista, até um mundo pós-apocalíptico. ”, completa Cozensa.

 

Início | Onde surgiu

Cristiano Guerra, um dos fundadores do Graal – MG, lembra como foi o início: “No Anime Festival de 2004, eu e mais cinco amigos conhecemos e ficamos maravilhados com o Graal – RJ, que estava se apresentando no dia. A galera do Rio de Janeiro tentou ficar por aqui, mas não deu muito certo, houve muito conflito de lideranças, então eles foram embora e deixaram duas espadas aqui com a gente e falaram ‘Boa Sorte’. Logo nos tornamos um grupo e assim foi a primeira era do Graal – MG, com oito organizadores. ” Ainda, de acordo com Guerra, a partir deste momento o grupo foi crescendo com amigos e amigos de amigos. Outra atividade que o grupo oferece é o Swordplay, que é uma prática esportiva de simulação de combate usando armas acolchoadas, e tratando-as como se realmente fosse de metal ou madeira. Os trajes são levados a sério, o que facilita ao jogador entrar no personagem.

Segundo a organização, qualquer pessoa pode participar das atividades propostas, para os menores de 15 anos é necessário ter um acompanhamento de um responsável. “O LARP de forma geral, ao redor do mundo, é uma comunidade bem acolhedora, tendo uma grande porcentagem de membros LGBT, e da comunidade Geek e Cosplayers, artistas marciais que também compõem grande parte da comunidade”, De forma geral, para participar de um LARP basta entrar em contato com quem estiver organizando e aparecer no dia. No Brasil os jogos de LARP são gratuitos, recebendo doações de membros, então não existe uma barreira financeira, fora o transporte “Mesmo assim pode ser que alguém more perto de você lhe dê uma carona.”, afirma André Vaz de Melo Raymundo Bacha, participante e um dos ex- organizadores.

 

A Praça

A Praça José Mendes Júnior, já apelidada de Praça do Graal, acolhe esse público há treze anos, foi escolhida por ser de fácil acesso, não ter uma circulação grande de pessoas e possuir capacidade de receber um número considerável de jogadores. “Ainda temos problemas, por exemplo, em épocas chuvosas, em que acabamos tendo que interromper as atividades. Mas é um local familiar, tanto para os membros antigos quanto as pessoas que frequentam a região da Savassi, Praça da Liberdade e do Parque Municipal. ” Explica Cosenza.

“No geral, escolhemos locais mais vazios para realizar nossas atividades. A maior parte das interações com o público enquanto estamos jogando não são um problema. As pessoas se divertem assistindo e várias são bem-educadas, mas alguns jogadores se sentem desconfortáveis atuando na frente de desconhecidos e alguns espectadores acabam atrapalhando a imersão e fluidez da cena. ” Alega Daniel, afirmando que os olhares já não o intimidam e com muito orgulho carrega pela a cidade seus aparatos como espadas, lanças, escudos, arcos, roupas de personagens e máscaras.

Imagem retirada da fanpage do Graal- MG no Facebook

 

Bacha, considera o LARP como uma peça de um quebra cabeça que ele sempre sentiu faltava na sociedade. “Algo tão necessário quanto a educação científica que recebemos na escola, sinto que é uma ajuda sobre o aprendizado emocional”, destaca. De acordo com o jovem, se feito corretamente o LARP é um excelente ambiente para testar nossas maiores ambições, como mudar o mundo ou a nós mesmos. “Eu recomendo àqueles que desejam participar, que façam um personagem, que exagere todos os seus defeitos e qualidades, uma persona. Ao colocar essa abstração dos seus medos e ambições a teste, frente às outras pessoas, você pode aprender muito sobre a sua própria personalidade e até onde você consegue concluir seus objetivos sendo limitado por seus defeitos, e se tornar uma pessoa melhor. Sem ter o risco de ser julgado por suas ações. No LARP temos o conceito: ‘o que acontece dentro do jogo fica dentro do jogo, o resto é aprendizado’. Então se você quiser fazer algo que sempre quis fazer e ver as repercussões disso em um ambiente controlado, esse é o lugar. ” Finaliza Bacha.

Fotos: João Alves

Entre jogos mornos, caos nos serviços de bar e a Zika, quem brilhou mesmo foram os torcedores com a sua animação, criatividade e humor. A olimpíada promete

O futebol feminino deu a largada ao calendário de competições que Belo Horizonte irá receber durante toda a Olimpíada. As seleções da Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Colômbia protagonizaram a primeira fase do grupo G, que ainda tem mais dois jogos a serem realizados nos dias 12 e 16 de Agosto, no Estádio Mineirão.

Com bastante aparato policial, porém menos agressivo como visto na Copa do Mundo, os torcedores chegaram entusiasmados com jogo, carregando bandeiras e vestindo as camisas das seleções de cada país. Mesmo assim, os torcedores dos times mineiros, Atlético e Cruzeiro, vieram em peso e demonstraram as suas preferências.

Dentro do Mineirão que se apresentava bem vazio, o favoritismo da torcida praticamente era só uma, Nova Zelândia. Mesmo com o time inferior e com um gol já nos primeiros 15 minutos de jogo, a torcida não deixou de empurrar o time com gritos e “Ôlas”. Já o time americano não foi tão bem recebido assim. A goleira da seleção dos Estados Unidos, Hope Solo, recebeu vaias seguido de “zika” em coro, toda vez que tocava na bola. Os gritos entoados foram um tipo de resposta às postagens que a goleira publicou em suas redes sociais ironizando o Brasil e o vírus Zika, doença que casou pânico e desencadeou uma epidemia no país. No Twitter, diversos usuários riram da piada e aprovaram a situação – @leandokhaled escreveu – “Eu preciso agradecer os torcedores lá do Mineirão que começaram com o Ooooo Zika para Hope Solo. Vocês são Feras! #Rio2016”. O jogo terminou com o favorito ao ouro, Estados Unidos, vitorioso por 2×0.

Se a entrada para o estádio foi tranquila e bem organizada, o intervalo foi caótico. Os bares disponíveis não conseguiam atender a quantidade de pedidos e as cozinhas se transformaram em uma verdadeira bagunça. Foram necessários 44 minutos para comprar a ficha do caixa e retirar a mercadoria no balcão. Durante a espera, foi possível ouvir reclamações, deboches e xingamentos por parte dos visitantes. Para piorar, os preços eram absurdamente caros, um pão de queijo custava R$8,00 reais e um saco de pipoca R$ 13,00 reais.

Distante daquele caos, o jogo entre França e Colômbia ocorreu com menos torcedores presentes que o anterior, mas nenhum um pouco menos animado. Eram visíveis os esforço das colombianas em criar táticas no meio de campo e criar chances de gols pela direita, mas a marcação francesa não abria espaço e marcava em cima as adversárias. Enquanto isso, nas arquibancadas, os belo-horizontinos gritavam junto com os estrangeiros presentes e vibravam com cada chute a gol feito. A França com um time mais estruturado, treinado e coeso sai como vitoriosa com 4 gols, contra a esforçada Colômbia.

Texto e foto: João Alves

Jogos em tabuleiros é a aposta do espaço Tim UFMG do Conhecimento que utiliza temas modernos para estimular e divertir os visitantes. “O evento reúne cerca de 25 pessoas, entre jovens e adultos e é um programa de extensão da UFMG para divulgar os jogos como uma forma de entretenimento entre familiares e amigos”, afirma o professor do curso de Cinema de Animação e Artes Digitais  da UFMG, Luís Moraes Coelho

Reciclagem e gripe do frango são alguns dos temas abordados pelos jogos. Existem também temas históricos como o protótipo do “Inconfidente”, baseado na inconfidência mineira, projeto que está em desenvolvimento há um ano e meio. “O público é bem alternativo, temos a oportunidade de difundir o projeto e aos poucos criar uma comunidade com interesse neste tipo de jogos”, relata Coelho.

O evento acontece toda quinta-feira e reúne jogadores para diversas ações educativas e apresentações de jogos inéditos no Brasil. O projeto é desenvolvido através de uma parceira do espaço Tim UFMG do conhecimento junto com o UFMGames (grupo de estudos com o objetivo de divulgar o conhecimento e estimula a criação de jogos em diversas plataformas, do tabuleiro à digital), coordenado por Coelho. A programação é
gratuita e tem início das 19h ás 21h.

Nos jogos de tabuleiro além de uso de raciocínio lógico, os jogadores utilizam outros métodos, “O jogo não é de sorte, apesar de ser um jogo de tabuleiro, é necessário muita estratégia.”, comenta Coelho.

Por Ana Carolina Nazareno e Rute de Santa

Foto João Vitor Fernandes