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Minas Gerais

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Reportagem realizada em parceria de Lucas D’Ambrosio do Jornal ContramãoBruna Ferreira e Leandro Barbosa, do História Incomum

Uma das comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Bento Rodrigues, em 2015, é a vila Crenaque, no interior de Minas Gerais. Localizada a 17 quilômetros da cidade de Resplendor, a vila está situada entre a linha férrea da Vale e às margens do Rio Doce. 
Quase dois anos após a destruição do rio, a comunidade reivindica auxílio e direitos das empresas responsáveis pelo crime ambiental. De acordo com moradores e representantes comunitários, são quase 130 pessoas que moram no local e que dependem diretamente do rio como fonte de sustento, lazer e economia.

Outro problema que dificulta o diálogo da comunidade com a Fundação Renova – empresa criada pela Samarco, Vale e BHP, responsável pela gestão e reparação dos danos causados pela lama da barragem, é a confusão de nomes entre a vila Crenaque com a aldeia indígena Krenak, que está localizada na mesma região, mas na outra margem do rio.
 
Atualmente, as empresas arcam com o pagamento de um salário mínimo e uma cesta básica para os pescadores registrados. Porém, essa compensação não seria o suficiente, tendo em vista que os danos foram causados a todos da comunidade. Antes do rompimento, a água do rio era utilizada para uso doméstico, na produção, cultivo e para o consumo. Principal fator de reclamação, os moradores alegam que não existe qualquer ajuda das empresas quanto ao abastecimento de água.
 
Atualizado às 18:29 de 26/06/2017:

Em nota, a Fundação Renova alega que a vila Crenaque não é abastecida pelo Rio Doce. Por isso, não há destinação de água para a comunidade. De acordo com a assessoria da empresa, as ações de reparações são realizadas “nos municípios das áreas de abrangência socioeconômica definidas no Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC)”. Dentre os municípios listados, consta a cidade de Resplendor.

 

Membros e representantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil do estado de Minas Gerais realizaram o segundo dia de manifestações em Belo Horizonte. Na manhã desta terça-feira, 20, os manifestantes caminharam da Praça da Assembleia até a Praça da Liberdade, região centro-sul de BH, e protestaram em frente ao quartel do comando geral da PM/MG.

Durante o ato, uma operação de trânsito, realizada na região, bloqueou o acesso de veículos no entorno da praça. Servidores da ativa e reservistas participam do movimento que é contrário à Proposta de Lei Complementar 257 e a Proposta de Emenda à Constituição 287, que tramitam no Congresso e visam a renegociação das dívidas dos estados com a União e alterações no sistema previdenciário vigente.

Há 9 anos trabalhando como policial militar, R.D.J é a favor da manifestação realizada pelos militares. Ele explica que, ao contrário de outras carreiras e sistemas de remuneração e salário trabalhistas, os militares não possuem direitos assegurados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) como, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), adicionais de periculosidade, insalubridade, noturno e pagamento por horas extras de serviço.

Em contrapartida, existem outros direitos específicos, criados para a classe: férias prêmio, progressão salarial por tempo de carreira, paridade entre os vencimentos de servidores que estão na ativa e na reserva, entre outros. “Esse projeto, alvo das recentes manifestações, tinha como alvo essas garantias, ou seja, elas seriam extintas, prejudicando a classe militar, bem como a instituição”, afirma o militar.

Outro ponto defendido é o direito de greve. Para ele, se os projetos forem aprovados pelo Congresso Nacional não haverá outra alternativa a não ser a paralisação das atividades. “Sabemos que a sociedade mineira precisa e merece do empenho de cada um de nós na lida contra a criminalidade e para garantir a segurança. Mas não podemos aceitar que nossas carreiras e conquistas sejam atingidas por esses projetos nefastos”, posiciona.

Apesar de ser favorável às paralisações, ele afirma que a segurança da população é algo que será priorizado, “Ressalto que, ainda que haja escala mínima de trabalhos, não é interessante ter nenhum policial a menos nas ruas”, afirma. Para R.D.J, a reivindicação dos militares não possui o intuito de prejudicar a sociedade. “Infelizmente vivemos uma crise financeira e política sem precedentes no país e o movimento que estamos realizando é um reflexo disso. Nossa luta é por direitos, não por privilégios. Se trata de um movimento que está contando com o apoio do Comando da instituição e não será desfeito enquanto nossas garantias estiverem à salvo”, conclui.

Reportagem: Lucas D’Ambrosio

Fotografia: Lucas D'Ambrosio

Em comemoração à chegada do natal de 2016, o circuito cultural da Praça da Liberdade recebe uma série de ações para comemorar a data. Uma delas é o Circuito de Presépios e Lapinhas de Minas Gerais, que pretende ampliar a participação de todo o estado na promoção do patrimônio cultural mineiro. Entre os dias sete de dezembro e oito de janeiro, Belo Horizonte e outras cidades do estado irão participar da programação que, além dos presépios, conta também com apresentações gratuitas de corais, bandas e diversas atrações para o público.

Com iniciativa do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG), 250 presépios podem ser visitados em 150 cidades por toda Minas Gerais, que possui uma tradição desde o século 18. O objetivo do circuito é promover a Folia de Reis, uma manifestação cultural celebrada na noite do dia cinco para o dia seis de janeiro, em que pessoas saem às ruas, tocando músicas populares e celebrando a chegada dos reis magos e o nascimento de Jesus, uma manifestação folclórica e religiosa.

Fabiano Lopes de Paula, 60, é arqueólogo e funcionário do IEPHA. Um dos curadores da mostra de presépios, ele ressalta a importância de criar um resgate de manifestações culturais pelo estado, como as festividades natalinas. “Resolvemos fazer essa homenagem aos artesãos mineiros festejando as celebrações natalinas que se perdem ao longo do tempo. Temos diversos artistas, tendências e modelos de presépios”, comenta.

Da Paraíba para Minas Gerais

Um dos artistas expositores é Oceano Cavalcante. Filho do nordeste brasileiro, o jovem de 56 anos nasceu “em uma pequena família de 14 irmãos”, como costuma dizer. É enfermeiro de profissão e artista plástico por vocação. No ano de 1979, ao lado de sua família, saiu da sua cidade natal em Areia, interior do estado da Paraíba, com destino às Minas Gerais. Morou em Esmeraldas e posteriormente, Belo Horizonte.

O enfermeiro e artista plástico, Oceano Cavalcante abraçou o estado de Minas Gerais com sua sensibilidade artística e traços da sua terra natal. Fotografia: Lucas D'Ambrosio
O enfermeiro e artista plástico, Oceano Cavalcante abraçou o estado de Minas Gerais com sua sensibilidade artística e traços da sua terra natal. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Sua principal referência artística é o legado deixado pelo mestre barroco Aleijadinho. Porém, o entalhe na madeira como era costume e presente nas obras do artista do Brasil Colonial, deu espaço para a reutilização de materiais encontrados na rua: a essência da obra realizada por Cavalcante. “Meu trabalho de arte possui uma visão ecológica e sustentável. Procuro retirar do meio ambiente o material do meu trabalho. Todos eles vêm da rua”, explica o artista.

Oceano Cavalcante e seu presépio. O reaproveitamento de materiais encontrados na rua criam a estética singular na obra do artista. Fotografia: Lucas D'Ambrosio.
Oceano Cavalcante e seu presépio. O reaproveitamento de materiais encontrados na rua criam a estética singular na obra do artista. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

No presépio que está exposto no salão de entrada do IEPHA, Oceano Cavalcante utilizou três matérias-primas: papelão, garrafa pet e jornal. Suas peças possuem uma estética e tonalidade que referenciam, além das obras barrocas, a terra e o povo nordestino. “Além do barroco, tento transmitir o nordeste com minhas peças. Ele está no meu sangue. Nem o sotaque a gente esquece. Posso estar por anos longe da minha terra, mas ele nunca sai da gente”, ressalta.

Além do IEPHA, outros pontos turísticos que fazem parte do circuito da Praça da Liberdade também recebem exposição de presépios como, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, o Espaço do Conhecimento da UFMG, o Memorial Minas Gerais Vale, MM Gerdau, Museu Mineiro, Palácio Cristo Rei, entre outros.

Detalhe do presépio exposto na Casa Fiat de Cultura, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. fotografia: Lucas D'Ambrosio
Detalhe do presépio exposto na Casa Fiat de Cultura, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. fotografia: Lucas D’Ambrosio

 

Detalhe do presépio exposto no Memorial Minas Gerais Vale, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Fotografia: Lucas D'Ambrosio.
Detalhe do presépio exposto no Memorial Minas Gerais Vale, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Fotografias e Reportagem: Lucas D’Ambrosio

Filme Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois encerra trilogia sobre a morte do diretor Petrus Cariry

O longa-metragem, Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois, do diretor Petrus Cariry, conta a história e os dilemas de Clarisse para conseguir sua “libertação” após traumas vividos na infância que insistem em retornar durante a última visita feita a seu pai.

Com direção e fotografia de Petrus Cariry, a produção foi toda realizada no Ceará, “com uma equipe 90% cearense”, destaca a produtora e irmã do diretor, Bárbara Cariry.  O filme de suspense vem para encerrar a trilogia sobre a morte, produzida por Cariry.

Durante a exibição do filme, nesta quarta-feira (27), no Cine-Tenda na Mostra Transições, uma forte chuva despencou na cidade de Tiradentes, deixando a sala de projeção com um ar ainda mais apreensivo durante as cenas de suspense vividas pela personagem principal. “Algumas pessoas me perguntaram se as trovoadas faziam parte do filme ou eram da chuva. Não temos nenhum som de trovão no longa”, brinca o diretor. “Fui para a sala de projeção ajustar o som, já que o barulho da chuva e do vento estava mais alto. Foi interessante ver dali de cima a apreensão das pessoas”, conta.

Nesta quinta-feira (28), um bate papo entre publico e diretor foi mediado pelo curador e professor Pedro Maciel Guimarães, com a presença da crítica Guiomar Ramos.

Cariry possui uma longa conexão com a Mostra de Cinema de Tiradentes, já que seu primeiro filme da trilogia sobre a morte, “O Grão”, participou da Mostra Aurora há dez anos. O segundo filme da trilogia, foi gravado com orçamento de curta, e se chama “Mãe e Filha”.  O diretor, além de conversar sobre o filme e deixar uma interrogação sobre a história que ronda na sua produção, que pode ser interpretado das mais diversas formas, também apresentou ao publico um pouco do seu novo projeto previsto para ser lançado no segundo semestre de 2016. “O Barco será um filme menos sombrio, mas também fala sobre deslocamentos e sobre a luta para sair da ilha”, finaliza.

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O resultado das Mostras competitivas acontecerá no sábado dia (30) no Cine-Tenda e terá cobertura completa pelo Jornal Contramão em parceria com o Jornal Hoje em Dia.

Por Julia Guimarães e Gael Benítez
Foto capa: Divulgação do filme

Na manhã desta quarta-feira, 15 torcedores atleticanos compareceram na Igreja N. S. da Boa Viagem, região centro-sul, para Missa de Ação de Graças pelos 107 anos do Clube Atlético Mineiro (CAM) e foram surpreendidas cancelamento da celebração. Segundo a assessoria de comunicação do Galo a diretoria do clube não foi responsável por agendar a missa e desconhece o motivo do cancelamento. Já a secretaria paroquial da igreja pronunciou que o cancelamento foi realizado pela diretoria do clube, mas não sabe informar quem encomendou a missa.

Um dos presentes para a celebração de hoje foi o narrador esportivo da radio Itatiaia Mário Henrique “Caixa” lamentou que a notícia do cancelamento não tinha chegado a todos os torcedores do Galo. Sobre as expectativas para 2015, Caixa afirmou que o presente que o time poderia dar para a “massa” seria o bicampeonato da Copa do Brasil e, também, o da Libertadores da América.

A dona de casa Marliza Castro que, há muitos anos, acompanha o time de coração, segurando um terço e ela garante que todos os anos comparece às celebrações de aniversário do Galo.

Nas redes sociais os atleticanos se manifestaram parabenizando o clube pelos seus 107 anos desde sua criação.

História

Fundado em 25 de março de 1908  por estudantes da capital mineira, o Clube Atlético Mineiro é um clube tradicional e possuí uma torcida que apóia o time até nos momentos de fraqueza.

 

por: Guilherme Souza, Leandro Castro e Pedro Ribeiro. Alunos do Curso de Jornalismo Multimídia do Centro Universitário UNA

Fotos: Pedro Ribeiro.

Ouça a entrevista do Mário Henrique Caixa

Prevenção de acidentes de trânsito e afogamentos, são o foco da ação do Corpo de Bombeiros para o feriado de Corpus Christi, a ação teve início hoje, 29, às 14h e término previsto para o dia 2, de junho, mobilizando 700 profissionais, 90 viaturas e dois helicópteros que estrão de prontidão para transporte das vítimas de acidentes graves.

“Estamos em um período de chuvas e é preciso maior atenção do motorista, principalmente nas ultrapassagens.”, alerta o Capitão do Batalhão de Operações Aéreas, Petterson Monteiro. No dia de hoje, já houveram ocorrências de quedas de árvores e acidentes de carros em decorrência da chuva, de acordo com o twitter do Corpo de Bombeiros, 21 ocorrências já foram registradas.

Foram implantados 60 pontos de base nas proximidades de locais com maiores índices de acidentes, na região metropolitana de Belo Horizonte os bombeiros estarão de prontidão na MG 356, BR040, Anel Rodoviário, Rodovia Fernão Dias, BR 262, BR 381, MG 10 e MG 424, segundo o Capitão falhas humanas ainda são responsáveis por grande parte dos acidentes.

No último ano a operação Corpus Christi registrou nas rodovias estaduais um saldo de 6 mortos e 12 feridos , nas rodovias federais foram registrados 11 ocorrências de vítimas fatais e 59 feridos. Para prevenir as ocorrências de afogamento equipes de mergulhadores e salva vidas estarão de prontidão em lagoas e áreas de lazer orientando frequentadores e resgatando possíveis vítimas, que no último anos teve um saldo de 10 vítimas fatais.

Por: Gabriel Amorim e Juliana Costa

Foto: Zênio Souza