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outono

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Por Débora Gomes – as cores dela – Parceira Contramão Hub

algumas vezes, desenho palavras que só fazem sentido aqui, no meu coração.
que nem meu amor pelo que é teu: só parece valer alguma pena, quando conjugado, em silêncio, na primeira pessoa de dentro de mim.
eu sei que é meio hard, sombrio e antigo falar de amor nesses tempos tão cruéis. mas se não escrevo sobre ele (e você), que mais vou fazer com esse tanto que me resta?
uns poemas sem rima, umas estrofes sem qualquer emoção: é isso que vira o tempo quando tento girar os ponteiros sem ouvir teu coração.
é que sei muito pouco sobre a vida. mas sei que a sinto muito, principalmente quando tua voz me chama às 2 da manhã, pra falar sobre poesias e constelações.
quando paro ~ e me atento ~ sei que tem muito mais de amor em mim quando cê vai embora, do que quando chega. e é assim, também, que aprendo sobre permanências sem prisões, sobre pertencimento sem arriscar a chance do voo, sobre amar em liberdade, sem importância com distâncias ou abismos…

penso muito (e é quase sempre) que às vezes já é tarde demais pra esperançar nosso rastro. mas quando ouço o trilhar do tempo no tom da tua voz, volto a acreditar em potes de ouro no fim do arco-íris, a sonhar com finais felizes, a ter fé num destino que, se antes inventado, hoje nos foi dado como sinal de paz…

se a gente tiver mesmo a chance de voar, acho que nunca mais voltarei a cravar pés e desejos ao chão…

Outono é época das árvores perderem o verde, dando lugar para um tapete de folhas secas no chão. Porém, quem passa pela Praça da Liberdade nem percebe que é outono: parece primavera o ano todo, devido ao trabalho dos jardineiros responsáveis pelo cuidado de cada canteiro.

O jardineiro Erivelton de Araújo, 40, trabalha há um ano e oito meses cuidando dos jardins da praça. Além de achar o trabalho tranquilo, pois não há quase barulho algum, Araújo diz que é muito prazeroso trabalhar em meio à natureza. “Só não acho muito tranquilo quando chega muda pra plantar, porque é muita planta, dá muito trabalho!”, conta sorrindo.

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) e a prefeitura de Belo Horizonte (PBH), fazem um mapa das mudas que devem ser plantadas em cada canteiro. A ‘Vale’ é a atual responsável pela manutenção geral dos jardins da praça, utilizando os serviços da empresa terceirizada Conservel, de Pará de Minas.

Hoje, a Praça da Liberdade conta com variadas espécies de plantas dentre a grama preta, o Buchinho, a Dama Da noite, a Desmaiada (que só floresce se exposta ao sol), o Pirí, a Grama Amendoim, os Ypês e o Cravinho, além das Rosas, que de acordo com Erivelton Araújo, só podem ser podadas na Lua Nova.

Com o outono o trabalho dos jardineiros também aumenta: “As folhas caem sem parar. Às vezes acabo de varrer e tenho que começar de novo.”, diz Araújo no meio da primavera da praça.

Por: Débora Gomes

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