A importância do Ballet em Belo Horizonte

A importância do Ballet em Belo Horizonte

Para conhecer um pouco desse mercado que cresce cada vez mais na capital mineira, conversamos com Cristiano de Souza Reis, diretor da Companhia de Dança do Palácio das Artes, e também com os bailarinos Fernando Cordeiro, 46, e Lucas Raphael Medeiros, 24, que nos contaram um pouco das suas experiências com a dança e os principais desafios que enfrentaram no decorrer dessa jornada.

Lucas Medeiros começou sua carreira na dança, há seis anos, em uma igreja, aos poucos descobriu que ela poderia virar uma profissão e resolveu investir nela: “Fiz dois anos de aula de ballet e participei de alguns grupos amadores durante esse período, até que eu entrei no Palácio das Artes como estagiário, acompanhando os processos criativos da companhia e fazendo aulas de dança. Logo em seguida, ocorreu outro processo seletivo dentro da companhia e eu entrei como bailarino profissional”.

O bailarino Fernando Cordeiro passou por percurso semelhante. Cordeiro sempre praticou atividades físicas e ingressou na dança, aos 22 anos, em pequenas Companhias, até que participou de uma audição pública na Companhia de Dança do Palácio das Artes, da qual faz parte desde então. “A dança é um desafio constante. Há um horário a ser cumprido, esclarece. “Sabemos que a dança, atualmente, é uma manifestação artística, e o meu maior medo é o que eu poderia fazer quando parasse de dançar”. Ele ainda acrescenta : “O mercado tem mudado bastante com relação à dança e que hoje algumas Companhias têm bailarinos de até sessenta anos, que a relação do mercado da dança é muito aberta e que existem companhias de dança que aceitam pessoas mais velhas, com certos tipos de deficiência, e até mesmo pessoas mais maduras, coisas que há 20 anos atrás ainda não encontrávamos nas Companhias de dança.”

O diretor da Companhia de Dança do Palácio das Artes, Cristiano de Souza Reis começou sua carreira com 15 anos de idade, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde praticava a ginástica olímpica, até que um dia recebeu um convite da diretora do SESC para poder entrar na dança, mas tinha um pouco de receio no princípio, talvez por não conhecê-la bem ou por causa das roupas muito justas. Hoje, com 38 anos de idade, ele afirma que não se arrependeu da escolha de trilhar sua carreira na dança, mesmo abrindo mão de fazer uma faculdade aos 18 anos, como todos os jovens na época faziam.

No ano de 2000, Reis começou a jornada na Companhia de Dança do Palácio das Artes, que foi quando ele se mudou para Belo Horizonte. Nesse mesmo período, resolveu retomar os seus estudos, se graduou e fez mestrado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ele comenta que sempre acompanhou os processos artísticos da companhia e se tornou o primeiro diretor homem dos últimos vinte e cinco anos.

A Companhia de Dança do Palácio das Artes começou as suas atividades no ano de 1971 e pertence à Fundação Clóvis Salgado. As apresentações já foram vistas por diversas pessoas de várias cidades de Minas Gerais e por vários países, como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

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Por: Raphael Duarte

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