Arte tem o poder de frear o fluxo do tempo

Arte tem o poder de frear o fluxo do tempo

Hoje, enquanto fazia minha ronda diária pelo bairro de Lurdes, me deparei com o que de longe parecia ser um ato de vandalismo a fachada do BDMG Cultural toda borrada de verde. Foi quando me aproximei que percebi que fazia parte da exposição, “Inéditos e Guardados” da artista plástica mineira, Sylvia Amélia, “Na verdade o que eu fiz com a fachada da galeria faz parte de um projeto chamado Era que incide em varias outras fachadas, o motivo é que as pessoas não tem o hábito de reparar o que é cotidiano, a partir do momento que eu consigo capturá-las, como ocorreu com você, meu trabalho faz sentido”, explica.

Artista Sylvia Amélia

A exposição é fruto de um trabalho de 10 anos com imagens de São Paulo, Ouro Preto e Belo Horizonte onde a letra e a palavra é matéria central. A artista explica que o recorte da palavra responde um dialogo com o espaço. “Os trabalhos surgem a partir das observações de um espaço, eu observo penso o que falta. Como minha arte pode acrescentar nesses espaços?”, elucida.

Uma de suas obras, em São Paulo, feito um mapa da cidade na janela de um centro cultural. “Peguei o perfil da cidade e montei em uma janela no centro cultural, pedi aos amigos para mandar palavras que tivessem haver com a cidade na visão deles. Depois escolhi as cores para cada uma delas. Achei o resultado muito Formidável”, lembra.

Obra do mapa de São Paulo

Para Sylvia Amélia a “arte tem o poder de frear o fluxo do tempo”, ela não expõe os seus trabalhos em Belo Horizonte, há 5 anos. A mostra “Inéditos e Guardados” começa amanhã e vai até o dia 24 de junho, diariamente, das 10h às 18h, com a entrada franca.

Texto: Bruno Coelho

Foto: João Vitor Fernandes

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