Authors Posts by editores contramao

editores contramao

1345 POSTS 5 COMMENTS

0 3436
Receita familiar excelente para acompanhar um cafézinho

Por: Daniela Reis

A receita de hoje é uma quitanda passa de geração para geração da estudante do curso de Gastromia do Centro Universitário Una, Vanessa Grasielly. A broinha de fubá de canjica é um lanche rápido e prático para o café da manhã ou o chá da tarde.

Receita
Quantidade de porções: 16 a 20 broinhas
Tempo de preparo: 40 minutos
Categoria: Quitanda/lanche
Nível de dificuldade: fácil

Ingredientes
4 ovos;
1 copo de óleo;
1/2 copo de leite;
1 colher sopa de açúcar;
1 pitada de sal;
300g de pedacinhos de queijo em cubinhos;
300g de pedacinhos de goiabada em cubinho;
500g de fubá de canjica.

Prepração

Bater no liquidificador os ovos, óleo, leite, açúcar e sal. Despeje em uma vasilha e coloque o fubá aos poucos. Atenção: não pode ficar nem duro e nem mole.

Então coloque as colheradas no tabuleiro untado e enfarinhado. Depois pegue um pedacinho do
Queijo e um da goiabada e ponha por cima da massa. Assar em forno a 160 graus, entre 15 e 20 minutos.

Sobre a chef

Vanessa Grasielly é formada em Relações Públicas e atualmente cursa Gastronomia no Centro Universitário Una. Descobriu sua paixão pela confeitaria há um ano e meio, e a cada dia se encanta mais por essa arte de fazer delícias. “Trabalhar com confeitaria é realizar sonhos, e meu papel vem sendo eternizar esses momentos através dos meus bolos e doces. E ao me ingressar na faculdade de gastronomia percebi como essa área é incrível, cada sabor, cada descoberta, tudo vem sendo uma experiência maravilhosa, e novos caminhos vem se abrindo além da confeitaria”, afirma.

Quer saber mais sobre o trabalho da chef, siga o seu instagram.

Fique por dentro de todas as receitas e notícias do Jornal Contramão e siga também nosso Facebook e Instagram.

 

0 742
Dra Izabela Reis, médica da família, conversou com a equipe do Contramão

Por Jéssica Oliveira

A pandemia do novo Coronavírus fez com que o número de pacientes internados aumentasse a ponto de sobrecarregar o sistema de saúde brasileiro, com o número de casos subindo diariamente e os casos de óbito que já ultrapassam 45 mil, locais com maior risco de contaminação. No entanto, os médicos, que estão na linha de frente na luta contra a COVID-19 afirmam que a procura por atendimento em casos crônicos ou atendimento de urgência diminuiu significativamente, em razão do risco de contágio.

Porém, a endocrinologista e médica da família, Izabela Reis, explica que em caso de doenças crônicas ou de sintomas incomuns e inesperados de outras enfermidades é necessário o acompanhamento regular e até mesmo a busca por atendimento em unidades de urgência. A medica também nos conta sobre os perigos da automedicação. Confira a entrevista completa com a prossional da saúde.

Qual a orientação para pessoas que fazem acompanhamento médico por doenças crônicas como problema de pressão e diabetes?

Portadores de doenças crônicas são considerados de risco para complicações provenientes da infecção pela COVID-19. Portanto, estes pacientes devem estar com a doença sob controle. Ou seja, devem manter o uso das medicações de forma regular como prescrito pelo médico e aliar à alimentação saudável. Sempre que possível, devem aferir a pressão arterial (caso possua aparelho em casa) e a glicemia capilar para acompanhar os níveis de açúcar. Se estes parâmetros estiverem fora dos valores normais e caso tenham dúvidas ou aparecerem outros sintomas, devem entrar em contato com o médico responsável.

Caso seja necessário uma consulta, e esta ocorra de forma presencial, o paciente deve assegurar de que há restrição do número de pessoas circulantes naquele local e ter todos os cuidados básicos como uso de máscara, evitar levar acompanhantes, manter distância de dois metros de outra pessoa e lavagem das mãos. É importante ressaltar que o CFM (Conselho Federal de Medicina) autorizou a Teleconsulta, ou seja o Médico está autorizado a realizar consultas via internet, sendo uma excelente opção neste momento para a segurança de todos. O que não pode é este paciente ficar com sua patologia fora de controle.

Quais as consequências de um paciente que se automedica e adia um diagnóstico, ao invés de procurar um hospital por receio de se expor ao risco da Covid?

A automedicação é perigosa, pois podem surgir efeitos colaterais indesejáveis, além do risco de mascarar sintomas que possam se manifestar para um diagnóstico médico correto. Não podemos esquecer que além do COVID-19, todas as outras doenças continuam existindo e devemos cuidá-las para evitar o possível agravamento e para não piorar ainda mais a superlotação hospitalar neste momento de pandemia. Caso o paciente apresente sintomas que coloquem sua vida em risco, deve procurar um serviço de Pronto Atendimento, caso contrário deve procurar um agendamento ambulatorial ou procurar o posto de saúde mais próximo para a orientação correta.

Até que ponto é adequado evitar ir ao hospital nessa pandemia?

Deve-se evitar sim ir ao hospital durante a pandemia desde que não esteja em risco iminente de morte ou não tenha alterações dos sinais vitais. Quando for possível aguardar uma consulta agendada, este é o melhor caminho. Então “o que são sinais vitais”? São os indicadores das funções que nos mantém vivos como frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e temperatura. Por exemplo, queda importante ou aumento excessivo da frequência cardíaca mesmo que em repouso; dor no peito; dificuldade para respirar; pressão arterial alterada mesmo com uso de medicação regular; febre alta refratária aos antitérmicos; e perda da consciência são motivos para procurar um Pronto Atendimento. Lembrando que traumas e fraturas também não devem postergar uma avaliação médica imediata

Com a estrutura das unidades básicas de saúde, qual suporte elas podem dar ao paciente evitando o contato com o hospital?
A estrutura de cada unidade básica varia de região para região. Algumas mais equipadas possuem medicações básicas orais, venosas e até mesmo exames disponíveis, outras possuem somente o médico e/ou enfermeiro, que sozinhos não conseguem tirar ninguém de uma situação de risco iminente à vida. Mas de modo geral o acompanhamento de doenças crônicas, crises hipertensivas, dores leves a moderadas, febre leve a moderada, diarréias, amigdalites, otites são patologias bem guiadas pela Unidade básica de saúde.

Um paciente que suspeita estar com Coronavírus deve recorrer ao hospital assim que perceber os sintomas?

Não. O paciente com suspeita de COVID-19 deve permanecer em casa fazendo repouso em isolamento. Só deve procurar o Hospital caso tenha falta de ar, febre que não melhore após uso de medicação e alteração do nível de consciência. Devemos lembrar que estamos numa época do ano favorável à outras doenças respiratórias, o paciente pode não estar contaminado pelo novo Coronavírus e acabar contraindo numa ida indevida ao Hospital. Outro ponto importante é que ainda não temos tratamento para a COVID-19, então não adianta correr para o hospital caso o paciente tenha somente sintomas leves.

 

Lembra-se: É indispensável o uso de máscara, a higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel, trocar de roupa e tomar banho imediatamente ao retornar para a casa e higienizar objetos como óculos e celular.

 

 

*A entrevista foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis.

0 630
Evento terá atrações aberta ao público externo

A mostra acadêmica acontece nos dias 17 e 18 de junho com eventos abertos ao público

*Por Italo Charles

A 12ª edição do ExpoUna que acontecerá nos dias 17 e 18 de junho, finaliza o semestre acadêmico com atividades para os alunos e o público externo. A novidade é que a edição será marcada com a programação totalmente online.

Uma imersão entre atividades curriculares e a promoção de experiências mercadológicas marca a mostra, que possui a finalidade de divulgar os trabalhos desenvolvidos durante o semestre letivo e aproximar o público do mercado.

Alguns convidados da mostra no dia 17 são: a maquiadora Mariely Lacerda, o educador de corte Gustavo Gomes, o empresário Júlio Jr. (Vermelho), e a banda Chico e o Mar. Já no segundo dia, o confeiteiro Júlio César Cândido, o músico Gabriel Barros e a dupla Felipe e Thiago são presenças confirmadas na edição.

Com a programação recheada de atividades, os espectadores poderão navegar em oficinas e palestras que integram à várias áreas de cursos ofertados no Centro Universitário Una.

A programação da Una Liberdade

17/6 quarta
11h Webinar Auto Maquiagem com a Mariely Lacerda

11h Webinar com Gustavo Gomes da Barbearia Torres

19h Webinar Estratégias e Bastidores dos Eventos com o produtor Júlio Jr. (Vermelho)

21h Live Banda Chico e o Mar

18/6 quinta

11h Aula show de Gastronomia com Júlio César (prato arroz de abóbora e porco)

19h Live com Gabriel Barros

20h Encerramento com a dupla Felipe e Thiago

Você pode conferir a programação completa acessando o link: https://www.una.br/expouna2020/

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

 

 

0 1570
Delegada titular da Delegacia de Proteção ao Idoso de Belo Horizonte, Margareth Travessoni, conversou sobre o assunto com a equipe do Contramão.

*Por Izabela Avelar e Moisés Martins

O Relatório de denúncias registradas pelo disque 100 dos Direitos Humanos em 2019, aponta violações contra o grupo de pessoas idosas como sendo a segunda maior demanda de ocorrências. Segundo o documento, no ano passado foram registradas mais de 48 mil denúncias envolvendo o idoso. Este número representa 30% dos casos de registros do canal de monitoramento.

Os dados foram apresentados pelo Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos, em junho de 2020, e retrata as violações de Direitos Humanos no Brasil. A negligência consiste na violação com maior volume para o grupo de idosos, com registros de (41%), seguida da violência psicológica com (24%), e abuso financeiro que consiste em (20%) das ocorrências. Os abusos foram constatados em todo o Brasil e os estados que registraram os maiores índices de denúncias foram, principalmente, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Hoje, 15 de junho, é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data foi declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. Desde 2006, acontecem campanhas pelo mundo todo com o objetivo maior de reconhecer as pessoas idosas como sujeitos de direito, sabendo que os números se agravam, gradativamente, e por isso demanda atenção.

Para falar mais sobre o assunto, o Contramão conversou com a delegada titular da Delegacia de Proteção ao Idoso de Belo Horizonte Margareth Travessoni.

Como funciona a Delegacia de Proteção ao Idoso em Belo Horizonte?

Em BH, a delegacia está localizada na rua Barbacena, nº 288, no Barro Preto. Nós atendemos os casos de violências domésticas contra pessoas idosas e também casos previstos nos Estatuto do Idoso. Funcionamos de segunda a sexta-feira, no horário comercial e plantões aos finais de semanas para mulheres vítimas de violências.

 

Quais são as principais denúncias que vocês recebem para investigação?

Maus-tratos a pessoa idosa, apropriação do benefício previdenciário, abandono do idoso, agressões físicas e psicológicas.

 

Como essas denúncias chegam até a delegacia e como vocês fazem o trabalho de investigação e a comprovação do crime?

As denúncias chegam através do disque 100, Direitos Humanos. Logo após o recebimento da denúncia, a gente designa uma equipe que vai até o local da ocorrência apurar e verificar os fatos e situação diária daquele idoso. Sendo procedente, damos início a uma investigação mais detalhada, convidando as pessoas a comparecerem na unidade policial para formalizar os termos e declarações dos fatos, até finalizar a investigação com o indiciamento do investigado ou não.

 

O que a lei prevê em casos de abusos comprovados?

As penas variam muito, para crimes mais leves e comuns como os maus-tratos a pessoa pode pegar de 1 a 4 anos de prisão. Caso o crime resulte na morte do idoso o acusado pode pegar até 12 anos de prisão.

 

Dentre os agressores quem são os principais algozes? E qual é o sexo mais afetado?

Geralmente os agressores são os próprios familiares dos idosos, filhos, netos, irmãos. Quanto ao sexo mais afetado, não existe muita diferença, sofrem simplesmente por serem vulneráveis, homens e mulheres.

 

Margareth, fala um pouco das três violências citadas no relatório do disque 100, negligência, violência psicológica e abuso financeiro.

 A negligência é justamente o cuidado que o idoso deixa de receber, a falta de alimentação, uma falta de banho, uma troca de roupa ou fraldas, o não uso correto dos medicamentos, já a violência psicológica é aquilo que geralmente o idoso ouve, frases como: “ Porque você não morre” “ Você é um fardo”, e o abuso financeiro que é a apropriação especialmente do benefício previdenciário do idoso.

 

Conte-nos pouco sobre a sua formação e como você chegou à Delegacia de Proteção ao Idoso?

Eu estou a frente da delegacia há um ano. É  um trabalho muito gratificante, foram muitas investigações concluídas nesse período, esse ano estamos pensando até em soltar o balanço das atividades da Unidade, expedimos várias medidas protetivas para idosos que sofrem de violência doméstica. Lembrando que durante a pandemia de Coronavírus as denúncias aumentaram no canal do disque 100, e nossa equipe não parou, durante esse tempo foram em média de 500 ocorrências já verificadas.

 

Após a permanência no cargo, mudou alguma coisa em sua visão pessoal em relação à pessoa idosa?

É satisfatório, saber que estamos ajudando as pessoas, e muitas vezes só a ida da Polícia Civil até o local da ocorrência já inibe a ação dos agressores. Minha vida mudou muito, a gente vê muita coisa ruim, ficamos sensibilizados, mas nos esforçamos muito para que todos os casos que chegam até a equipe seja resolvido.

Ao final da entrevista, a delegada chamou a atenção para que as pessoas denunciem os casos de abusos contra os idosos, através do disque 100, segundo a mesma, a ligação é gratuita e a pessoa não precisa se identificar.

 

* A entrevista foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

0 1322

Por Daniela Reis

Para essa véspera de feriado, o Contramão, em parceria com o curso de Gastronomia do Centro Universitário Una, traz a receita de uma sobremesa especial: Panna Cotta aromatizada com cumaru, coulis de goiabada cascão e farofa de baru.

Se liga nessa delícia!

Quantidade de porções: 6 porções

Tempo de preparo: 40 min + 6h na geladeira

Categoria: Sobremesa

Nível de dificuldade: Fácil

Ingredientes:

Panna cotta

450 g de creme de leite fresco

1 g de cumaru ralado

100 g de açúcar refinado

8g de gelatina em pó incolor ( 4 folhas)

Coulis de goiabada

300 g de goiabada cascão
100 ml de água
10 ml suco de limão

Farofa de Baru

100g de castanha de baru descascada
20g de manteiga

Modo de Preparo:

Panna Cotta

1. Comece hidratando a gelatina Coloque as folhas de gelatina na água fria e as mantenha submersas por 10 a 15 minutos. Reserve.
2. Aqueça a mistura de creme de leite, açúcar e cumaru ralado.
3. Desligue o fogo, adicione as folhas e misture até que elas dissolvam
4. Coloque em 6 formas separadas e deixe 6h na geladeira para que a gelatina deixe o creme firme para ser desenformado.

Coulis de Goiabada

1. Leve ao fogo a goiabada cortada em cubos com água até derreter por completo
2. Desligue o fogo e adicione o suco de limão
3. Reserve na geladeira.

Farofa de Baru

1. Cortar o Baru finente com a faca
2. Derreter a manteiga, adicionar o baru e torrar até libere um aroma amendoado.

Com a palavra, o chef

“Minha relação com a gastronomia surgiu na infância com duas principais influências. Desde pequeno, já frequentava a Fazenda do Derrubado, que pertence a minha família há 4 gerações. Dessa forma, cresci tendo contato com a terra e com as iguarias da cozinha caipira. A criação de cordeiro, a horta orgânica e a produção de queijo me ensinaram a importância dos ingredientes desde a sua produção.Por outro lado, a descendência italiana me despertou interesse pela cultura dos meus antepassados e a paixão pela culinária que é a alma do povo italiano”. Chef Guilherme Righi @lacucinarighi – aluno do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una.

 

0 521

*Por João Gabriel

O planeta passa,talvez, pela pior crise humanitária de toda a história. Há muito tempo não se via algo de proporções parecidas: instabilidades sociais e econômicas se manifestam, diferenças de ordem política se afloram, enquanto o número de mortes pela Covid-19 se multiplica de forma aterradora, mundo afora. Período este, que pode ser facilmente associado a tempos de guerra.

O surto começa a explodir na China, em dezembro passado, e se alastra para o resto do mundo numa velocidade sem precedentes. Em meio ao caos, teorias conspiratórias ridículas começam a surgir e a ser propagadas por pessoas, em tese, desinformadas – ou,muitas vezes, fundamentadas em discursos, e a esbanjar suposta “sabedoria”, tão ilógica quanto asquerosa.

Confesso que chego a ficar quase incrédulo, ao ver afirmações, no mínimo, imbecis, como: “Isto é invenção da mídia”, “ Os chineses criaram este vírus para instaurar o comunismo no mundo”, ou outras sandices tão hilárias quanto trágicas. “A mídia está focada em estabelecer o terror nas pessoas, para desestabilizar o Bolsonaro”.

Por falar em Bolsonaro, que tal a infame pérola profanada por este ser: “Temos que encarar este vírus como homens, não como moleques. Pessoas vão morrer, mesmo”. Isto, para mim, evidencia o quanto estamos órfãos de representantes que tenham, como premissa, trabalhar para o bem-estar e a melhoria para todos. De um cidadão que deveria zelar pelos interesses de todos os segmentos de uma sociedade tão plural como a nossa, e não em prol da desordem e da desinformação do povo, ao disseminar fake News aos montes.

Que o diga o estímulo à automedicação, com a divulgação da cloroquina  como cura do coronavírus, de modo que Bolsonaro age tal qual um moleque, inconsequente e mal compreendido. Como se não bastasse a postura perigosa e autoritária do presidente, aplaudida e endossada por militantes, que, dentro das bolhas do fanatismo cego e patológico, apoiam, incondicionalmente, seu adorado “mito”.

Somos obrigados a conviver com a figura máxima da representação do país a instigar a violência contra repórteres, a minimizar a classe científica. Há ainda, pasmem! agressões a profissionais de saúde, que atuam, de forma altruísta e em condições desumanas, na linha de frente, ao combater a doença em hospitais, às vezes, sem estrutura, seja de equipamentos, seja de respiradores e EPIs.

Somos bombardeados, quase diariamente, por tais declarações, mesmo que estejamos diante um cenário cada vez mais assustador, em virtude de uma pandemia, com a restrição de nossos afazeres comuns e do convívio social. A crescente curva de contágio por um vírus altamente agressivo, em escala global, resulta em mortes aos montes, e, ainda, colapso dos sistemas de saúde e funerário, como no caso do Equador, e mesmo estados brasileiros, como Amazonas, Pará, Ceará e São Paulo. É real possibilidade de o Brasil se tornar o epicentro da doença no mundo.

A tragédia só não está maior graças aos governadores e prefeitos que se opõem ao pensamento do presidente. Nosso alento pode ser saber que a maioria da população brasileira tem aderido à quarenta, e compreende o quão positivo a medida é para a futura erradicação do vírus. Segundo estudos de cientistas da Unicamp, estima-se que, caso a aderência ao isolamento social continue em bons índices – embora ainda estejamos longe do padrão recomendado por órgãos de saúde no país, cerca de 15 mil vidas podem ser salvas nas próximas duas semanas.

Isso representa uma vida salva a cada 78 segundos. Este é somente um, dentre inúmeros estudos, feitos por instituições científicas de todo o mundo, que comprovam como as medidas de isolamento social, promovidas e estimuladas pela ONU – outra instituição criticada por Bolsonaro por enquanto, o caminho mais seguro e eficaz para evitar ainda mais perdas e frear o avanço do coronavírus.

*O artigo foi produzido sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr.