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O evento acontece no dia 20 de fevereiro, com entrada gratuita

 Por: Daniela Reis

O Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas da 3ª. Região (CONRERP3), realizará no dia 20 de fevereiro, na Câmara Municipal de BH, a Conferência “Propósito de presente: interações sobre os dias atuais e futuros da Responsabilidade Pública no Trabalho”, em comemoração ao  Dia Mundial da Justiça Social preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O evento é uma parceria com os  conselhos regionais de Administração (CRA-MG), Engenharia e Agronomia (CREA-MG), Psicologia (CRP-MG), além do ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) e do Centro Universitário Una.  O objetivo principal  é promover a discussão sobre a  importância da atuação profissional como ferramenta transformadora da realidade, com base no tema central “Trabalho e habilidades do presente”.

Sobre a Responsabilidade Pública

A Responsabilidade pública trata das entregas que todo profissional realiza à sociedade com base não apenas em produtos ou serviços, mas também por meio do relacionamento que mantêm com os diversos públicos de interesse das instituições ou marcas que representam. Para além da Responsabilidade Técnica (RT) há uma obrigação social, decorrente do exercício profissional, em trazer impacto positivo para a população.

As inscrições devem ser realizadas pelo Sympla.

 

Programação

13h às 13h30– Cadastro e acolhimento;

14h00 – Abertura:

Anita Cardoso, Presidente do Conrerp3, ‘Comunicação Pública requer Responsabilidade pública’

14h30 às 15h00 – Palestra magna: “Justiça Social e Contemporaneidade: Os desafios da sociedade internacional” – Rodrigo Perpétuo, Secretário Executivo ICLEI (Governos locais pela Sustentabilidade) SAMS

15h00 – Abertura do painel ‘Responsabilidade pública, Trabalho e Propósito’:

15h00 as 15h20 – Annemarie Richter, ‘Comunicação pública e conflitos no território’

15h20 às 15h40 – Flavia Bretas, ‘Sobre o ODS 5, a Igualdade de Gênero aplicada na prática’

15h40 às 16h00 – Andrea Alcione, ‘A diversidade nas organizações e a questão do mérito’

16h00 às 16h20 – Lourdes Machado, ‘A saúde do trabalhador e da trabalhadora e o papel da Psicologia no âmbito da saúde pública’

16h20 às 16h40 – Maria das Graças Murici, ‘Transformação digital – mudança de mentalidade’

16h40 às 17h40 – Abertura para interações e perguntas

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*foto: Flávio Souza Cruz

Já são mais de 20 anos de trabalho das três irmãs Ferraz, ao longo desse tempo foram sete CDs, espetáculos cênicos, parcerias e shows marcantes que fizeram do trio uma referência de música popular mineira.

Por: Fernanda Guimarães, Guilherme Sá, Italo Charles

Em entrevista para o Jornal Contramão, o trio conta um pouco sobre a sua história, a relação profissional entre irmãs e como a música proporcionou momentos de união à elas na construção de uma carreira sólida, estes foram alguns dos temas abordados. 

Três irmãs se juntam e formam um grupo de música reconhecido pelo seu apreço a música brasileira, voltando um pouco na história do trio, como surgiu a ideia do Amaranto? Esse nome, por exemplo, qual o significado?

Flávia nos responde a primeira pergunta contando um pouco da história do grupo.

“O surgimento do Amaranto foi a consequência natural da maneira como a música sempre esteve inserida na nossa vida. Sempre brincamos de cantar, exploramos nossa criatividade com música desde a infância, embora em nossa família não tenha havido antes de nós músicos profissionais. Na adolescência, passamos a estudar música e tivemos a sorte de fazer amizade com pessoas também envolvidas com o canto e com o estudo de instrumentos musicais, e formamos nossas primeiras bandas. Marina, a mais nova, não fez parte do grupo Flor de Cal – nossa primeira experiência profissional – mas nos ajudava a ensaiar e fazer arranjos. Assim, quando a banda acabou, foi natural prosseguirmos juntas, as três irmãs. 

Escolhemos este nome pela sonoridade e porque representa uma família de flores, conhecidas por sua perenidade. Para os povos antigos da América Latina, o amaranto era símbolo de força e imortalidade. Essa ideia casava bem com nosso desejo de ser um trabalho longevo. E assim tem sido! Parece que acertamos.”

 

São mais de 20 anos juntas, a que vocês atribuem uma parceria que dá certo a tanto tempo?

Flávia: “Faremos 22 anos de carreira em fevereiro! O principal segredo é que desenvolvemos constantemente a capacidade de reconhecer as diferenças individuais e aceitá-las bem, sabendo inclusive que isso é o que torna o trabalho bonito. No início, o foco é na identidade, naquilo que nos une e que nos faz um grupo coeso. Depois, as individualidades vão ganhando espaço e força, e vão – dialeticamente – reforçando nossa união. Não é simples, exige esforço, doação e muito amor. E não é porque somos irmãs que isso acontece naturalmente, é um processo contínuo que não pode ser negligenciado. E assim, vamos regando nossa plantinha, porque nossa meta é fazer bodas de ouro, como o Quarteto em Cy!”

 

Três cabeças pensantes, cada uma com suas particularidades, na hora de escolha de repertório, quais são as inspirações do amaranto? 

Flávia: “O processo de escolha de repertório sempre partiu de um desejo individual. Aquela que imagina a voz do Amaranto em alguma canção apresenta a ideia para as outras e se a ideia vibrar no coração das três, acatamos. Assim acontece também com nossas composições. Temos referências musicais semelhantes, mas nas buscas individuais mais coisas vão sendo acrescentadas às escolhas de cada uma. Atualmente, este processo flui muito naturalmente, sem conflitos.”

 

Diversos trabalhos entre CD’s e espetáculos ao longo desses anos, gostaria de saber, tem algum que marcou de forma especial ?

“Foram realmente muitos shows importantes na nossa carreira e cada um tem cantinho especial na nossa lembrança” 

Palavras da Lúcia, mas um show marcante para ela e para as irmãs foi o show de lançamento do CD Brasilêro em 2003.

“Fizemos um projeto de lei, com ingressos a preços populares super acessível, na época a gente tava tocando muito na rádio e foi um show muito emocionante. Não foi a primeira vez tocando no Palácio das Artes, a gente já tinha feito algumas participações em outros shows mas foi nossa primeira apresentação naquele espaço sozinhas. E aí teve a casa lotada, ingressos esgotados, pessoas que chegaram na porta para comprar, fizemos um show muito especial com criação de cenário e figurino, uma grande produção. Foi muito lindo tocar no Palácio das Artes que era para a gente o maior espaço de Belo Horizonte na época, realmente foi uma grande emoção.”

 

2008 o Amaranto faz sua primeira apresentação fora do Brasil, com certeza um momento muito importante na ampliação do trabalho do grupo, conta um pouco como foi essa experiência.

Lúcia: “Em 2008 a gente recebeu um convite da embaixada brasileira de Washington, era um evento sobre a cultura da música mineira e a gastronomia, foi uma alegria esse momento na nossa carreira porque foi a nossa primeira viagem internacional, conseguimos as passagens pelo edital de passagens do governo e como já tínhamos esse convite feito pela embaixada criamos a oportunidade de fazer um outro show em Nova York, no bar de música chamado cachaça de música variada, jazz e world music. Foi uma experiência muito legal apesar de não ampliar tanto nosso trabalho o fato de ter no currículo shows internacionais que tiveram uma receptividade do público muito boa, mostra que oportunidade é o que falta, tendo oportunidade o trabalho é bem recebido em outros lugares do mundo, e isso que é o mais importante. 

 

“Três Pontes” e “A menina dos Olhos Virados”, trabalhos dedicados ao público infantil, de onde parte o desejo da criação destes? E como foi a recepção?  

Marina Ferraz a irmã caçula do trio responde a pergunta, “Os dois trabalhos dedicados ao universo infantil do Amaranto, tiveram origens um pouco distintas, o Três Pontes  temos um trabalho baseado muito na receptividade que a gente tinha com as crianças no palco, a gente tocava músicas para adultos e as Crianças ficavam na beirada do palco escutando, no final do show era sempre cheio de crianças assistindo bem pertinho da gente, é isso que nos motivou a construir o Três Pontes. Já o segundo Trabalho foi um pouco diferente, motivada pelo percurso que eu, Marina Ferraz, tive com o teatro. Fiquei muito entusiasmada para colocar em prática meus inscritos, que Surgiram desde muito nova e tive vontade de levar a Lúcia e a Flávia para o palco,  levando o nosso universo infantil, coisas que a gente sempre fez quando criança. E aí eu escrevi essa história A Menina dos Olhos Virados que surgiu a partir da música Olhos Virados, é essa música que me fez criar uma história inteira com canções. A Menina dos Olhos Virados já foi uma coisa um pouquinho mais planejada e os dois trabalhos deram super certo, e agora estamos com um terceiro trabalho, Menino da Sem Palavras, que estaremos inaugurando agora no fim do ano em dezembro.”

A originalidade na composição dos arranjos é uma marca do Amaranto, explorando ao máximo todos recursos de voz e instrumentos. Como é feita a construção dessa identidade sempre citada por quem avalia o trabalho do trio?

Lúcia: “A construção dos arranjos vocais do Amaranto são feitas entre a gente mesmo, pelas três integrantes, a gente sempre faz os arranjos coletivamente na hora que tá experimentando a música. Então eu acho que talvez essa  originalidade tem a ver um pouco com as nossas experiências de criação musical da infância, dessa liberdade de compor e criar em cima de uma coisa que já existe, uma melodia já existente. E aí a gente vai experimentando, cantando e aos poucos as ideias vão surgindo e as que são interessantes ficam e as outras vão embora. A maneira é sempre intuitiva, apesar da gente ter o conhecimento musical, ter o estudo da música, na hora de criar a gente deixa a liberdade da brincadeira da criação coletiva. E a parte instrumental sempre é muito mais simples quando é só a gente e, quando tem outros músicos envolvidos é realmente sempre no coletivo. Eu acho que a gente tem essa ideia de que o coletivo sempre traz muitas possibilidades.”

A música feita aqui em minas tem grandes momentos como o clube da esquina, as bandas Jota Quest e Skank com grande força de mercado, e nos últimos tempos vem crescendo o Rap e o Samba. Tem um lugar para a música popular, como a feita por vocês nessa crescente? Retomando a tradição mineira no estilo?

Flávia: “Tem sim! Existe espaço para todos. Mas é preciso ter consciência de que o mercado da comunicação de massa escolhe pouca coisa para trabalhar e ampliar o alcance daquilo. Há bastante gente que curte música vocal (uma das tradições que resgatamos) e se vê representada pelo nosso nosso trabalho. A gente não se sente limitada por um estilo ou tradição. Vamos fazendo o que nos representa esteticamente e fazendo esforço de nos conectar àquelas pessoas a quem nossa arte faz sentido.”

 

Recentemente em entrevista com Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo, Milton Nascimento declara que: “música brasileira está uma merda”, como vocês avaliam o cenário musical atual?

Flávia: “A fala do Milton tinha foco em um tipo de produção musical presente hoje no Brasil. Ele próprio teve de esclarecer esta fala depois da publicação da entrevista. Makely Ka cunhou uma expressão que – para nós – representa muito bem o que acontece na música brasileira: “música orgânica”, em contraposição às “monoculturas, aos latifúndios musicais”. Há coisas maravilhosamente incríveis e inspiradoras sendo feitas na música brasileira sim. Há tanta coisa que é impossível se dar conta de tudo. Mas são trabalhos que são feitos com envolvimento direto de quem os cria em todas as etapas de sua produção. É como uma pequena propriedade, plantando e colhendo seus produtos, sem uso de aditivos químicos. Cultura de massa, desde que surgiu, é uma coisa diferente de Arte. Arte brota. É manifestação da essência do artista, de certa forma incontrolável, por ser absolutamente necessária para o artista. Isto que se planeja meticulosamente, com estudos de mercado, injeção de muito dinheiro, é diferente de arte. É da ordem do mundo do entretenimento – que de vez em quando encontra a arte sim – mas não isso acontece fortuitamente, não é o que se busca em primeira instância. Neste sentido, a arte e a música brasileira, andam muito bem, obrigada.

 

Quais os desafios de fazer música independente se popularizar entre os ouvintes que, hoje tem a mão diversas formas de consumo, como  plataformas de Streaming e Youtube, como o grupo trabalha nesta área ?

Flávia: “O maior desafio é fazer a música chegar a quem ela pode realmente fazer sentido, virar alimento da alma. É isso que o artista busca. Preocupamos com a ampliação do nosso público, mas não com um projeto de expansão exponencial. É um trabalho de formiguinha. Um a um. As conexões se dão por amizades, por compartilhamentos de interesses comuns. E o público que chega para nós por meio deste caminho, é muito fiel. É muito parceiro. Vira um divulgador e já divulga para as pessoas certas. Bate um desanima vez ou outra – mas a gente espera passar e segue firme! – é a quantidade de tempo que a gente despende com atividades extra-musicais, com criação de conteúdo para redes sociais etc. Mas não há outro caminho. Seguimos firmes.”

Em 2018 o grupo realizou na Fundação de Educação Artística (FEA)  um show para ajudar no programa social de bolsas de estudo. Qual a importância de ações como esta, principalmente nos dias atuais, onde a área cultural não recebe incentivo de fato?

Lúcia: “Eu acho que, a princípio são ações pequenas, e que às vezes parecem não surtir um grande efeito no mundo de hoje. Mas é só mesmo com elas para a gente sentir que alguma coisa está sendo feita, porque se não podemos contar com ações do governo, infelizmente, estamos mesmo em um período realmente muito triste para a cultura e para outras áreas, como as ações do governo não feitas e inclusive até o contrário na desvalorização da Cultura. Se a gente dá conta de fazer pequenas ações, já temos a sensação de que alguma coisa está sendo feita, pequena sementinhas estão sendo plantadas de alguma forma. É uma pena realmente as ações não serem maiores, mas quando cada um faz um pouquinho eu acho que o mundo vai se transformando, é o que a gente tem que tentar fazer hoje em dia, fazemos nossa parte dentro de casa e na música fica pensando no que fazer. Apesar dessa ação muito voltada para as bolsas, para ajuda nas bolsas, a gente tem feito outras nesse sentido, que se for para pensar a gente quase que não ganha, não recebe para fazer um show, para fazer um trabalho novo para lançar um projeto novo, mas a gente faz por amor a música e por amor a arte e por saber que isso faz diferença na vida de muita gente então acho que é assim que se começa do pequeno e aos poucos as coisas vão crescendo.

 

E para o futuro, quais são os planos? O que o grupo prepara para o público?

Marina: “O Amaranto tem para esse ano dois grandes projetos que a gente idealizou bem no comecinho e agora estão chegando na reta final. Um deles é o livro Menino da sem palavras, escrito por mim Marina Ferraz, e o CD homônimo  com canções compostas pela Lúcia Ferraz, Thiago Godoy, Marina Ferraz e Flávia, dedicado a nome de pessoas, esse CD vem encartado junto do livro que é infanto juvenil e também vem o áudio da peça que a gente adaptou para teatro, o lançamento será agora em Dezembro. Estamos muito feliz de ir mais uma vez para o Teatro, poder apresentar nosso trabalho junto da Daniele Braga e do Thiago Corrêa. E o outro é o Bendito jazz, o CD do show gravado em 2017 na sala Minas Gerais, realizado pelo Amaranto e o Trio Mitre, que é maravilhoso e a gente compôs um repertório com canções dos irmãos Gershwin e do Cole Porter, esse trabalho foi condensado no período muito curto, em um mês a gente ensaiou e criou os arranjos juntos e agora estamos tendo alegria de ter esse material, registrado no dia do show sem a gente saber pelo Murilo Correia. E agora juntamos esse material e estamos lançando em CD, então são esses os nossos projetos e, para os próximos anos terá novidades mas estamos primeiro concentrado nessa nessas duas grandes ideias.

*Entrevista realizada sob a supervisão do professor Aurélio Silva

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Una faz maratona de cursos de férias para estudantes e profissionais

Serão oferecidos minicursos e oficinas para o público interno e externo

*por Daniela Reis

O Cento Universitário Una promove entre os dias 27 e 31 de janeiro uma maratona de Cursos de Férias. O evento traz uma programação diversificada voltada para diferentes áreas de atuação da comunicação (jornalismo, publicidade e relações públicas) com temas atuais e profissionais reconhecidos no mercado.

As inscrições devem ser realizadas no Sympla e a programação você confere abaixo:

Como um publicitário pode ganhar dinheiro com Inbound Marketinng

Promessa é dívida – Como criar e entregar valor usando Design Thinking

Selfie-vídeo para sites, blogs e redes sociais (manhã)

Selfie-vídeo para sites, blogs e redes sociais (tarde)

Ei, mãe! Tenho uma startup. Criação de negócios inovadores usando apenas uma folha

Shark Tank, me chama! Criar apresentações para negócios de impacto

• Critério Brasil está morto – ferramentas para criação de personas

• Fotografia 360 para jornalistas

WordPress para jornalistas

Como criar campanhas quase impossíveis de serem ignoradas no Facebook e Instagram

 

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Campanha de Popularização do Teatro e da Dança movimenta a capital e região metropolitana

A 46ª campanha de popularização do teatro e da dança acontece até o dia 16 de fevereiro

*Por Joyce Oliveira

Ahh… as férias! Uma pausa da correria do dia dia, tempo livre para fazer coisas diferentes, sair da rotina, dar uma relaxada, como não amar as férias?Porém, muitas vezes o baixo orçamento acaba sendo uma pedrinha no sapato de quem quer curtir esse período e a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança vêm como uma opção de diversão sem pesar no bolso. Com 150 espetáculos, todos montados por artistas mineiros, a campanha traz ingressos à preços populares que variam entre dez e vinte reais, o que dá margem para fazer uma programação cultural para crianças e adultos até o dia 16 de fevereiro.

A 46ª edição tem como novidade a extensão da campanha para além de Belô. Agora as sessões também acontecem em Betim, Contagem, Confins, Juiz de Fora, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas.

Na edição anterior 460 mil pessoas estiveram presentes nos espetáculos oferecidos. Para bater esse público, o Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc) conta com 52 atrações estreantes e também com a proximidade do carnaval que atrai muitos turistas desde o aquecimento da folia ainda em janeiro.

Com peças para todos os gostos e idades, a programação conta com espetáculos de comédia, dança contemporânea e clássica, drama, infantis, mostras especiais, stand-ups e teatro de rua. Sendo os de humor os mais procurados. O slogan “Você na Campanha” traduz a intenção de atrair ao teatro pessoas que não frequentam espaços culturais e divulgar artistas e produções mineiras não só no período da campanha, mas durante todo o ano.

As montagens agradam o público, um exemplo é a peça veterana Um Espírito Baixou Em Mim, do ator e diretor Maurício Canguçu que está em cartaz e detém a maior bilheteria do evento há 21 anos. O artista também está envolvido em mais três peças desta edição.

Como comprar 

Os valores de dez e vinte reais são válidos apenas para as compras nos postos Sinparc e na internet. Nas bilheterias dos teatros, são cobrados os valores integrais dos ingressos. Na internet você compra no site https://www.vaaoteatromg.com.br/  ou no aplicativo Vá ao Teatro, com pagamentos somente no cartão. Nos postos oficiais é possível adquirir os ingressos com dinheiro e cartão de débito. O posto do Shopping Cidade também aceita Dotz e Vale Cultura.

Qualquer dúvida basta entrar em contato no (31) 25517758 de segunda a sábado das 10h às 19h, e aos domingos até às 18h. As dúvidas sobre vendas on-line podem ser esclarecidas no [email protected]

Aqui você encontra o guia de toda a programação: https://www.vaaoteatromg.com.br/files/7da1c16303feda6ee936236746badb46.pdf

Você pode comprar também nos postos físicos oficiais:

Belo Horizonte

  • Posto Mercado das Flores (avenida Afonso Pena, 1055, esquina com Rua da Bahia, centro)

Seg a Sáb das 10h às 19h, Dom das 10h às 18h.

  • Posto Shopping Cidade (rua Tupis, 337, G5, centro)

Seg a Sáb das 10h às 19h, Dom das 10h às 18h.

  • Posto Shopping Pátio Savassi (Av. do Contorno, 6.061, Piso L3, Funcionários)

Seg a Sáb das 12h às 19h, Dom das 14h às 18h

  • Posto Shopping Estação BH (avenida Cristiano Machado, 11.833, Piso 2, Venda Nova)

Seg a Sáb das 12h às 19h, Dom das 14h às 18h

  • Posto Shopping Oiapoque BH (avenida Oiapoque, 156, Piso 2, Box J106, centro)

Seg a Sáb das 10h às 19h, Dom das 09h às 15h

Betim

  • Posto Partage Shopping Betim (rodovia Fernão Dias, KM 492, 601, 3º Piso)

Seg a Sáb das 12h às 19h , Dom das 14h às 18h

Contagem

  • Posto ItaúPower Shopping (avenida General David Sarnoff, 5160, 2º piso, Cidade Industrial)

Seg a Sáb das 12h às 19h, Dom das 14h às 18h

  • Posto Shopping Oiapoque Contagem (Térreo- Box 275) (rua Mario vital, 168, Térreo, Box 275, Eldorado)

Seg a Sáb das 10h às 19h, Dom das 09h às 15h

 

  • A matéria foi realizada sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

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Foto: José Sérgio

A peça fica em cartaz até dia 19 de dezembro com entrada franca

  • Por: Italo Charles

Transitar entre o individual e o coletivo, transmitindo pensamentos sobre modos de existência, levando ao público uma parcela de desconstrução e referências do que permeia na cidade de Belo Horizonte, possibilitou a criação  de “Vinte”, peça encenada pelos alunos formandos do 3ª ano do curso Técnico em Teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart).

 

Dirigida por Márcio Abreu, diretor da Companhia Brasileira de Teatro, e com os diretores assistentes Lydia Del Picchia e Rafael Bacelar, a obra apresenta aos espectadores um aclamo à sociedade que se desenvolve a partir de movimentos do mundo atual.

 

O processo de construção do espetáculo surgiu de forma orgânica após o convite dos formandos à Márcio em 2018. “Partimos de dois princípios, investigar as impossibilidades e a partilha, como um campo possível de convivência, de pensamentos a respeito do que é comum dentro de uma experiência artística quanto pública, na dimensão que isso se dá nas nossas relações sociais”, comentou Tomás Sarquis.

 

De acordo com Rafael Bacelar os atores foram divididos em núcleos e participaram de todo processo. “Os alunos estiveram presente desde a elaboração e construção dos textos que se deu de forma individual e coletiva até a execução do espetáculo no palco”. Para o ator Davds Lacerda a divisão da turma em núcleos foi uma oportunidade muito rica de estar imerso no trabalho para além da atuação. “Participei do núcleo de produção por pedido meu, por interesse na área e foi uma experiência muito interessante”, completa.

 

Já o ator Arthur Barbosa participou do núcleo de cenografia e afirma: “Em primeiro momento fiquei em dúvida entre dois núcleos, o de cenografia e figurino. Mas por ter muito interesse na área de cenografia e já ter formação em Edificações, o Márcio sugeriu que eu ficasse no de cenografia”.

 

Encenado por vinte atores e atrizes, a montagem tem início no exterior do Teatro. Uma performance dá vida a primeira cena interpretada por Arthur, nela os espectadores são convidados a percorrerem um trajeto com destino ao Palácio das Artes. “O texto dessa cena partiu de um pedido do Tomás Sarquis (participante do núcleo de dramaturgia), como um exercício. Fiquei responsável por inserir o meu contexto diário dentro do trajeto, brincando com a questão de existir tantos palácios, porque nossa turma sempre esteve conectada com Palácios”,  comentou Arthur.

 

Já no interior do Teatro, as luzes se apagam e uma voz surge, “ouve, ouve  o rumor?”, uma súplica à sociedade sobre o que está acontecendo ali dentro e lá fora. Marcados pelo espaço e tempo, as cenas partem da particularidade  para multidão. Fragmentos da dança, música e performance tomam conta do palco.

 

Repleto de cenas reflexivas, a montagem leva ao público o contexto da nudez como quebra de paradigmas. A cena em que o ator Davds aparece nu sobre uma bicicleta durante a fala de Vinny sá, leva a plateia uma experiência de observação. “Acho que a imagem gerada nessa cena é muito bonita. Me instiga a forma como o teatro traz a nudez para um lugar de naturalidade, são apenas corpos, como o meu e o seu, é importante ao meu ver, que saibamos observá-los com naturalidade e respeito”, comentou Davds.

 

A partir de uma cartografia de Belo horizonte, com mapas, ruas e histórias ocultas a cena central acontece. Segundo Tomás, “A passagem pode representar três críticas”. Marcado por grandes acontecimentos da cidade, a cena é narrada por seus moradores contando as histórias não oficiais.

 

“Silêncio por favor, enquanto esqueço um pouco a dor no peito”, trecho da música “Para ver as meninas de Marisa Monte”, marca a passagem em uma das cenas finais, com o desejo que o público ouça o que está acontecendo no contexto atual.

 

Serviço

 

A peça fica em cartaz até o dia 19 de dezembro. Sendo terça, quarta e quinta às 20h, na Sala João Ceschiatti – Palácio das Artes

A entrada é franca, com retirada de ingresso uma hora antes do espetáculo.

*A matéria foi realizada sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

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O afeto e a inclusão são os melhores tratamentos para o autismo

Especialista sugere que estigma em relação às pessoas com autismo tem que ser quebrado e que a educação tem um papel determinante na inserção 

Por: Moisés Martins

De acordo com dados da instituição americana CDC (Center of Deseases Control and Prevention), existe hoje, um caso de autismo para cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. Contudo, apesar de numerosos, os milhões de brasileiros autistas ainda sofrem para encontrar tratamento adequado. 

Apesar do transtorno ter uma grande incidência, a síndrome só foi catalogada pela Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde OMS) em 1993. A demora na inclusão do autismo neste ranking é reflexo do pouco que se sabe sobre a questão. Ainda nos dias de hoje, o diagnóstico é impreciso, e nem mesmo um exame genético é capaz de afirmar com precisão a ocorrência da síndrome. 

O garoto Miguel Henrique Burmann, de 5 anos, foi diagnosticado com autismo não verbal com  dois anos e três meses. Sua mãe, Manuela Burmann, teve que se habituar à uma nova rotina, pois o menino está de pé todos os dias às seis da manhã para assistir desenho. O tratamento do autismo exige da mãe e do filho, durante a semana, são três visitas à APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), onde ele é recebido com muito carinho e atenção pela equipe. Lá ele é atendido por diversos especialistas; como fonoaudiólogo fisioterapeuta e psicóloga.

Segundo relato de sua mãe, Miguel não gosta muito de lugares fechados, característica comum do portador de autismo, por isso, a psicóloga inseriu a equoterapia em seu tratamento. A terapia com cavalos ajuda no estímulo e desenvolvimento da mente e do corpo, além de possibilitar que o paciente tenha contato com a natureza. 

O primeiro dia na escolinha foi um desafio, Manuela ficou com bastante receio, pois o fato do filho não falar poderia ser um obstáculo junto com os colegas. Meses mais tarde, ela diz ter acertado em sua escolha e hoje se surpreende com o fato do filho ser apaixonado pelo ambiente escolar. “Não demorou muito, e ele se inseriu nesse universo, já socializa e senta ao lado dos colegas de sala para lanchar. O Miguel sabe o horário de ir para a escolinha”, conta ela bastante entusiasmada.

Outro caso é o do garoto Heithor Gomes, de 6 anos. Ele nasceu com 34 semanas e sua mãe, Luciana Mourão, ficou internada quinze dias antes do seu nascimento, o motivo foi a perda de líquido amniótico. Quando Heithor completou dois anos, em uma consulta com o neurologista veio o diagnóstico: grau dois de autismo e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

O pequeno Heithor tem uma rotina bastante intensa. Ele vai ao fonoaudiólogo, psicopedagoga e terapia ocupacional, e, de três em três meses, o garotinho precisa ir ao neurologista para renovar sua medicação.   “No início, quando Heithor entrou para a escolinha, ele era  bastante agitado, pelo fato de os coleguinhas não entenderem o que ele falava. Com os tratamentos e as medicações, ele passou a socializar e hoje está melhor inserido no grupo de amiguinhos”. contou a mãe.

Com a palavra, a especialista 

A psicóloga Daisimar Sampaio alerta que, ainda que as intervenções para a socialização do autista seja muito difícil, é preciso dar voz às pessoas com esse transtorno, com o intuito de elevar o conhecimento em torno da área de pesquisas. Isso porque ainda há muitas dúvidas e perguntas em torno da síndrome. Nesse sentido, a educação é algo imprescindível no processo.

O autismo é uma síndrome que causa alterações na capacidade de comunicação, um transtorno no desenvolvimento. Os seus sinais aparecem nos três primeiros anos de vida da criança. A síndrome provoca sinais e sintomas como dificuldades na fala, bloqueios na forma de expressar ideias e sentimentos, assim como comportamentos incomuns, como não gostar de interagir, ficar agitado ou repetir movimentos. O autismo pode surgir em pessoas de diferentes idades, habilidades e limitações.

O preconceito que os autistas sofrem, segundo a psicóloga, é um tema recorrente que deve ser avaliado com muito cuidado. É preciso promover a conscientização da sociedade com o objetivo de quebrar a estigmatização que essas pessoas sofrem. 

O comportamento apresentado por pessoas com autismo gera, no imaginário das outras, uma série de equívocos. Mais uma vez, a psicóloga desmistifica a impressão que o senso comum têm em relação aos autistas que não falam. “Não falar não significa não saber. Não falar não significa não sentir”, conclui Daisimar Sampaio referindo-se ao autismo não verbal. 

Durante toda entrevista, a médica ressalta a questão do preconceito que os autistas sofrem por serem diferentes. “ A sociedade não entende que o autista é especial e merece um pouco mais de cuidado e atenção. O preconceito é real e nem sempre é só uma escolha do autista, mas da sociedade de estar preparada para inclusão, nossa sociedade está cada dia mais envenenada pelo preconceito”.  afirmou a especialista

Num caráter mais surreal, Daisimar conclui a entrevista dizendo: “Eles podem entender a alma das pessoas tendo uma grande sintonia com os sentimentos, isso é muito lindo”. 

 

 

*O estagiário escreveu a matéria sob a supervisão da jornalista Daniela Reis