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Foto: Rafael Minkkinen

Por Bianca Rolff – Gauche – Parceira Contramão HUB

A luz finalmente entrou pela fresta no teto, e ela soube que mais um dia se iniciava. Com dificuldade, abriu os olhos grudados pelo choro da noite e sentiu o ardor da luminosidade, aquela mesma luz que outrora fazia de seus olhos os mais bonitos do Reino. Foi-se o tempo em que ela se banhava no amarelo solar, entranhando no corpo a força do astro rei e fazendo de si uma discípula devota e extremamente fiel. Nada mais era como antes, e ela agora lamentava cada momento em que sentia o iluminar do sol vindo de fora daquela masmorra.

Tentou se ajeitar melhor, mas o movimento a fez perder o equilíbrio e cair sobre o ombro esquerdo. O choque de dor passou pelo seu corpo como um raio numa tempestade de verão, e ela mordeu os lábios para não gritar. Seus braços, há tanto tempo presos às costas já não mais lhe serviam para alguma coisa, e ela mais uma vez deixou o tempo passar.

Não soube ao certo por quanto tempo permanecera deitada, mas o corpo aos poucos foi sendo tomado por um formigamento característico e ela soube que estava para acontecer.

Com uma dor lacinante, ela viu vários pontos se abrindo em seus braços, gotejando sua pele de vermelho. Em segundos que lhe pareceram a eternidade, eles estavam ali, retribuindo-lhe o olhar.

Espinhos.

Com a respiração ofegante, ela buscou se levantar, ao menos sentar-se de um jeito menos torto e desconfortável, uma busca por conforto que não chegava a existir, de fato. Olhou novamente para aqueles pequenos pontos pretos afiados em seus braços e, contrariando o que costumava fazer, chorou ainda durante o dia.

Diriam, muito tempo depois, que aquele choro fora ouvido em vários lugares do Reino e que havia trazido consigo uma nova era. Mas ela de nada soube e apenas deixou que as lágrimas caíssem em seu colo como gotas de chuva. Sabia que seu estado não era dos melhores, e depois de muito tempo sem pensar na realidade que a confrontava, ela deixou que os pensamentos tomassem conta de si.

Prenderam-na por ter espinhos. Por ser, dentre todas as moças do Reino, aquela com capacidade própria de defesa. Tentaram podá-la, “cortar o mal pela raiz”, mas de nada adiantou. A cada poda, mais espinhos nasciam, mais fortes ficavam e ela, ainda que feliz com a própria resistência, via-se em agonia pelo crescimento de espinhos maiores do que tinha sido ensinada a suportar.

Fechou os olhos e inspirou o ar frio e embolorado da masmorra. Sentiu uma gota fria de lágrima cair sobre seu pé descalço. Olhou para aquilo com curiosidade, vendo o pequeno ponto de água escorrer por entre seus dedos e cair no chão de terra batida. Fixou o olhar ali, quase se esquecendo do frio que a rodeava, do silêncio que a preenchia, do mundo que ela não mais via.
Então, esticou os braços o máximo que pôde para o lado e puxou de sua coxa um espinho remanescente da primeira leva. O único espinho restante dos originais e que por algum motivo passara despercebido nas podas pelas quais a submeteram. Numa coreografia dolorida e cheia de esperança, ela o jogou sobre o chão e o cobriu com o máximo de terra que conseguiu. Ao ver o resultado, chorou mais e mais, banhando o solo como nos tempos de colheita mais prósperos.

Sorrindo, deitou-se para um sono profundo, à espera do futuro que não mais lhe pertencia.

Sabe-se que naquele local, contrariando todas as espectativas, floresceu a mais bela flor do Reino, uma flor de cor amarela como o sol. Sabe-se também, como toda lenda que se preze, que o paradeiro da jovem que ali se mantinha nunca fora descoberto. Entretanto, nenhuma mulher jamais fora colocada em tal situação dali em diante, e diziam as línguas que o real motivo era não terem certeza se poderiam mantê-las, de fato, em cativeiro.

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Por Melina Cattoni

Foi um sonho! E como todo sonho está difícil acordar. Ela prefere dormir para continuar a sonhar ou pelo menos para o tic-tac do relógio passar mais rápido. Sabe, ela está passando por tanta coisa. Tanta coisa que você não imagina e, o pior é que não imagina mesmo. Mas se imaginasse também, diria que estava certo o tempo todo. O que na realidade, você sempre está certo. Ela é teimosa e precisa apanhar muito para finalmente entender. Ela só não imaginava que seriam tantos baques – um atrás do outro, um mais forte que o outro –. Isso tudo em uma semana.

Ela está fraca e para ela admitir isso aqui dói. Ela é tão orgulhosa quanto você. Mas ela está sem força para continuar, sem força para retornar, sem força para parar. Ela está no limbo. Mas sabe, ela recebeu um aviso pesado, daqueles que esfrega a cara no asfalto mesmo – um aviso que não é daqui, se é que me entende –. Controlar os pensamentos, as palavras, que o tempo tem o tempo dele e esse tempo é diferente do nosso tempo. Então, não adianta correr, pular, retroceder. Tudo tem um propósito, basta confiar e, principalmente, fazer a sua parte. E para ela fazer a parte dela, ela tem que se consertar. Eu não sei quanto tempo isso vai levar, mas se tivesse a sua companhia seria mais fácil. Mas eu entendo que talvez seja pedir muito e se não puder tudo bem. Eu só espero que quando esse tempo acabar, você me encontre novamente.

E sobre o sonho, bom, eu sempre vou me lembrar dele. Cada momento, cada detalhe pequenininho porque eu apenas fui atrás da felicidade e eu a encontrei. E em algum dia, eu vou acordar e continuá-lo. Como um marinheiro que retoma o controle da vela do barco. Pelo menos o barco, eu já tenho.

 

 

Por Start

E muito bem ouvintes do meu Brasil, o Super Amigos estão de volta e aproveitando o clima carnavalesco o episodio de hoje será polemico, traremos verdades, historias da vida e do cotidiano universal movidos a álcool. Sim, iremos contar sobre nossas empreitadas com a cachaça,  com um papo politicamente incorreto e cheio de causos. Cu de babado não tem dono é uma historia do passado e não condiz mais com a realidade de alguns membros, sendo assim, aproveitem mais um cast insano e bebam com responsabilidade.

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Participantes:

Tiago Jamarino

Davi Abner

Gabriel Natã

Glaudson Junior

Iure o Crow

Lucas Henrique

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Por Samuel Aguiar – Poligrafias – Parceiros Contramão HUB

A vida é uma constante ilusão de continuidade. Acreditamos em tudo que vira hábito, temos fé em tudo que parece não mudar. A noite precede o dia, beber água mata a sede, dormir anula o sono. É tudo muito certo, até deixar de ser. E se, um dia, o sinal amarelar antes de ficar verde? E se, do nada, a chuva trouxer calor? E se, sem razão alguma, tocássemos nossas vidas no modo aleatório?

Não gosto de emendar canções, não gosto de saber a música que vem em seguida. Curto a volatilidade de uma playlist mal estruturada, curto a surpresa e o impulso do “pula essa”. Gosto da realidade inenarrável das incertezas e da máxima da probabilidade. Se existe uma chance, mesmo que mínima, ao tentarmos infinitas vezes, encontraremos infinitas situações em que ela se concretiza. A obviedade surpreende.

Surpreende porque temos a habilidade de pensar teoricamente. Na real, nem sei se o infinito existe. Dá pra imaginar, dá pra entender, dá pra usar. Somos bons em fugir de tudo que é instável, somos ótimos criadores de alicerces. No infinito é muito fácil, não usamos “e se…”, usamos “e quando…”. Temos certezas tão inquestionavelmente lógicas que me pergunto se somos tão racionais assim.

Pensamos na vida como quem faz contas matemáticas, usamos toda a nossa suposta inteligência para inventar máximas curiosíssimas, mas que não me parecem nada práticas. Pensamos no dia a dia como se precisássemos estar prontos pro que vier em seguida, mas não dá pra prever.

O passado a gente não muda, e é por isso que os condicionais só devem ser usados para imaginar o futuro. Não sei o que faria se o sinal ficasse verde depois de amarelo e nem se sairia de casa num dia quente de chuva. A minha rotina toca no aleatório, e é por isso que invisto uns bons trinta segundos em decidir se a música vai até o final ou se “pulo mais essa”.

A vida é bem mais divertida assim. E se tudo fosse uma constante continuidade?

Foto: Gabriel Peixoto

O Carnaval acabou, mas o feriado está cheio opções para se divertir. Não perca a nossa #FDS.

Sexta-Feira/ 16 de fevereiro

 

  • Amores e Dores no País das Flores

Data: 16.02.2018 – 15:00

Local: Sede do Crepúsculo – Centro de Desenvolvimento Humano (Rua Sertões – 147 – Prado)

A Crepúsculo Cia de Dança através do Projeto Manutenção do Crepúsculo apresenta o Grupo Residência de Teatro, direto de Ouro Preto, com o espetáculo:

Amores e Dores no País das Flores
As desventuras de amor, dinheiro e poder de sete personagens: Hortelino ama Tiadorim, a filha do prefeito, que ama Romeu que também é amado por Hérmia, que é amada por Juvenal, que é cúmplice dos planos de Décio para roubar a fortuna de seu patrão, Joaquim José da Silva Xavier, que ama seu dinheiro, que misteriosamente sumiu.

https://www.facebook.com/events/1217526008380096

Telefone: 31 3225-0040

Entrada Franca

 

  • Sexta No Quintal – Ressaca De Carnaval

Data: 16.02.2018 – 19:00

Local: Quintal do Chalé – Av. Professor Mário Werneck, 530 – Buritis

E para quem pensou que a melhor época do ano tinha acabado, se enganou!
Sexta no Quintal – Ressaca de Carnaval, o seu happy hour na levada do axé!

https://www.facebook.com/quintaldochale/

  • Carla Gomes

Data: 16.02.2018 – 19:00

Local: Suricato (Rua Souza Bastos, 175 – Floresta)

Em 2014, poucos meses após lançar seu primeiro álbum, “O Tempo Sou Eu”; recebeu indicação de Melhor Cantora, no 26º Prêmio da Música Brasileira, ao lado de cantoras já consagradas da MPB.

Natural de Belo Horizonte, Carla Gomes é cantora, interprete e compositora. Vem se destacando no cenário musical por sua voz forte, mas, que traz suavidade singular tendo o violão como aliado, despertando interesse do público e da crítica especializada. Trabalhou com figuras importantes da música brasileira como, o produtor musical Liminha, a banda Cidade Negra, Marco Suzano, Mauricio Tizumba, Sérgio Perere e Titane entre outros.

Nesta sexta-feira, Carla se apresentará acompanhada de seu violão, em um show intimista com bastante swuing, simpatia e sensibilidade, marcas registradas em seu trabalho. O show conta com a participação dos músicos e amigos Junim Ribeiro (Violão) e Débora Costa (Percussão). No repertório Carla Gomes apresenta composições próprias do seu álbum “O Tempo sou Eu” e releituras inusitadas de compositores já conhecidos do grande público e que influenciam o seu trabalho.

https://www.facebook.com/events/147632972549558/

  • Estamira

Data: 16.02.2018 – 19:30

Local: MIS Cine Santa Tereza

(Marcos Prado | Brasil | 2006 | Documentário | 116 min)
Estamira é a história de uma mulher de 63 anos que sofre transtornos mentais e que durante 20 anos viveu e trabalhou no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho.
Carismática e maternal, Dona Estamira convive com um pequeno grupo de catadores idosos num local renegado pela sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo produzido no Rio de Janeiro.

Informações Adicionais:

Classificação indicativa: 10 anos

A retirada de ingressos é gratuita e acontece trinta minutos antes de cada sessão. Sujeito à lotação.

https://www.facebook.com/miscinesantatereza/?ref=br_rs

Telefone: 31 3277-4699

Entrada Franca

Sábado/ 16 de fevereiro

  • Anime Festival BH 2018 Summer

Data: de 17.02.2018 até 18.02.2018

Local: Colégio Pio XII – Rua Alvarenga Peixoto, 1699 – Santo Agostinho

Feira de quadrinhos, desenhos animados japoneses, mangás, games. Gincanas e atrações ligadas ao verão, férias onde a meta é a integração de todos os fãs que nos prestigiam vindos de várias regiões do interior de Minas Gerais e de outras cidades do país. Tradicional concurso Cosplay, onde fãs mostram suas melhores fantasias de desenhos animados japoneses, seriados americanos, filmes, desenhos animados americanos e ou europeus.

https://www.animefestival.com.br

Telefone: 11 4107-4540

Email: [email protected]

Promoção: Animecon Promoção de Eventos

Realização: Animecon Promoção de Eventos

  • Projeto Feito em Casa – Edição especial Ressaca de Carnaval

Data: de 17.02.2018 – 11:00 até 17.02.2018 – 18:00

Local: Power Shopping Centerminas

A folia em Belo Horizonte não acaba com o fim dos festejos carnavalescos. No dia 17 de fevereiro, sábado pós-carnaval, os belorizontinos têm um encontro marcado na primeira edição do ano do Projeto “Feito em Casa”, do Power Shopping Centerminas, edição especial ‘Ressaca de Carnaval’, com marchinhas e muito mais.

Durante o dia, no estacionamento aberto do 1º piso do mall, o público poderá conferir boa gastronomia, cervejas artesanais e música de qualidade. A edição do Projeto Feito em Casa vai contar ainda com um Espaço Kids para a criançada se divertir de montão.

O Projeto Feito em Casa tem crescido e se consolidado na capital como uma ótima opção de lazer ao ar livre, no estacionamento aberto do Power Shopping Centerminas. O objetivo principal do projeto é fomentar a cultura e proporcionar momentos de alegria para o público por meio da música, gastronomia e movimentos artísticos.

Telefone: 31 3140-4195

Entrada Franca

  • Experimente fevereiro – Let’s Rock!

Data: de 17.02.2018 – 11:00 até 17.02.2018 – 18:00

Local: Praça Quatro Elementos: Rua Kenton – Jardim Canadá

Depois de quase uma semana de festa, chegou a hora de comemorarmos com um gênero musical muito especial para nós. Na edição pós-carnaval, o projeto EXPERIMENTE irá celebrar o Rock n’ Roll. Coloque a blusa de sua banda favorita e venha curtir com a gente!
Para entrar no evento, será necessário levar 1kg de alimento não perecível, que será revertido em doação para uma instituição de caridade.

https://www.facebook.com/Projeto.Experimente/

Promoção: Bruno Lins

Realização: Bruno Lins

  • Sábado Especial de Carnaval |Fantasia Original

Data: 17.02.2018 – 11:30

Local: Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte

Leitura compartilhada do poema “O Vampiro Argemiro”, de Dilan Camargo, seguida de criação de máscaras e rimas de carnaval.
Mediação: Wander Ferreira
Público: livre

Telefone: 31 3277-8658

Email: [email protected]

Entrada Franca

  • Ressaca de Carnaval – MC G15 + Convidados

Data: 17.02.2018 – 16:00

Local: Land Spirit BR 356, km 7,7, 7575, Olhos d’Água

MC G15, Chama o Síndico, Du Monteiro + Convidados

https://www.sympla.com.br/ressaca-de-carnaval—mc-g15–convidados__233551

  • Bloco do Oi de Gato

Data: de 17.02.2018 – 17:00 até 17.02.2018 – 22:00

Local: Do Chef Espetos – São Bento

Nada melhor que aquele agito final para se despedir do Carnaval de Belô.
O Do Chef e a Banda Oi de Gato se unem mais uma vez para fechar com chave de ouro o carnaval 2018, tocando os melhores enredos de carnaval ao ritmo de samba. O evento é gratuito e para todos os gostos e idades.

Entrada Franca

  • Festival de Pizza Veganas e Vegetarianas

Data: 17.02.2018 – 19:00

Local: Iskcon – Sociedade Internacional da Consciência de Krishna

Neste sábado acontecerá mais uma edição do tradicional Festival de Pizza Beneficente da Iskcon com a grande e crescente variedade de pizzas veganas e vegetarianas!

Programação do Festival
Kirlana Yoga – 19h
Palestra sobre a filosofia trabalhada no local – 19h30
Festival de Pizza – 20h

https://www.facebook.com/events/402782436849860/

Telefone: 31 3337-7645

Entrada Franca

  • Texas Party- Baile de Carnaval

Data: 17.02.2018 – 22:00

Local: Sítio Canabrava- Rua Paquetá, 1200

https://www.sympla.com.br/texas-party—baile-de-carnaval__196940/

 

Domingo/ 18 de fevereiro

  • Desblocados Toca Raul

Data: 18.02.2018

Local: Rua Moeda, 128 – Santa Inês

Bloco temático de tributo a artistas.

https://www.facebook.com/desblocadosoficial

Telefone: 31 98471-2606

Email: [email protected]

Promoção: Guilherme Melo

Realização: Guilherme Melo

  • BH é da gente | Savassi

Data: de 18.02.2018 – 09:00 até 18.02.2018 – 13:00

Local: Trechos das avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas

Passado o período do carnavalesco, o programa “BH é da Gente” retoma as atividades na Savassi neste domingo, dia 18.
O programa é promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel).
As atividades desenvolvidas pela PBH estão programadas para ocorrer das 9h às 13h. Para as crianças estarão disponibilizados brinquedos infláveis, camas elásticas, mesas de pingue-pongue e totó, petecas, cordas, arcos e utensílios para colorir.
Sem distinção de faixa etária, o público poderá ter acesso a tabuleiros de jogos de dama, xadrez, dominó e futebol de botão. Outra atração será a apresentação da banda DaPENHA.

Programação
Oficina Tiro com Arco 
Das 10h ao meio-dia, os atletas olímpicos e paralímpicos da Federação Mineira de Tiro com Arco farão uma demonstração da prática milenar da arquearia, que requer do atleta concentração, estabilidade e consistência. Eles estarão à disposição dos usuários do programa para ensinar como praticar a atividade.

Samba
Das 10h30 às 11h30, a banda Fita Amarela vai movimentar o BH é da Gente com muito samba. Formada em 2012 com o intuito de interpretar o tradicional samba de raiz utilizando recursos modernos e de diversas vertentes do samba, a Fita Amarela tem em seu repertório músicas de Noel Rosa, Cartola, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Nelson Cavaquinho, João Bosco e Adoniran Barbosa, entre outros. Composta por Guilherme Leão: voz, violão e cavaquinho; Rayana Toledo: voz; Camila Rocha: contrabaixo e voz; e Wesley Moura:percussão,a banda carrega o nome inspirado na música “fita amarela” de Noel Rosa, um clássico do samba que foi reconhecido e fez muito sucesso no carnaval de 1933.

Rock 
Das 11h30 às 12h30, a banda DaPENHA fará apresentação com um repertório de canções que mesclam influências do tradicional rock and roll e de ritmos tipicamente brasileiros, como samba e o baião. O grupo lançou em meados de 2016 o primeiro álbum, “Da Troça ao Trampo”, com músicas 100% autorais. Entre os músicos do conjunto estão Marcelo Marte (vocal), Marcio Martins (guitarra e vocais), Ronan Zarattini (contrabaixo), Alexandre Messias (guitarra), Wesley Moura (percussão) e Dudu Corrêa (bateria).

  • O Carnaval vai continuar

Data: de 18.02.2018 – 11:00 até 18.02.2018 – 13:00

Local: Praça Carioca, entrada da Vila Acaba Mundo, próxima à Praça JK.

Com o tema “ O Carnaval vai continuar” a Associação Querubins, que atende os moradores da Vila Acaba Mundo no bairro Sion, vai promover junto com a comunidade , com apoio da Fia – Fundo da Infância e da Adolescência e patrocínio de percussão, pela Sicepot, um grito de carnaval.
A animação ficará por conta das bandas Mala Bacana e Querubloco que prometem muito batuque a alegria. O objetivo deste carnaval fora da data é divulgar a Associação Querubins
para os moradores de Belo Horizonte aproveitando a visibilidade do carnaval da cidade, além de inserir os alunos do Querubins em um evento social, valorizando seus trabalhos desenvolvidos na Associação.

https://www.facebook.com/ProjetoQuerubins/

Promoção: Associação Querubins

  • Fecha a Santa 2018

Data: de 18.02.2018 – 14:00 até 18.02.2018 – 21:00

Local: Praça Raul Soares

A Frente Autônoma LGBT e o coletivo Beijo no seu Preconceito se juntaram aos blocos para celebrar a época mais brilhante do ano!
E nesse evento, Bloco Angola Janga, Bloco Alô Abacaxi!, Bloco Corte Devassa e Bloco Garotas Solteiras vão colocar o bloco na rua e fazer uma bateria unificada.

https://www.facebook.com/events/192965374789028/

  • After Carnaval

Data: 18.02.2018 – 17:00

Local: Los Mariachis – Mexican Bar

A festa continuará com um after super caliente no Los Mariachis!
Line Up:
– Dj Vini Brown

Informações Adicionais:

Retirada de ingresso pelo Sympla.

https://losmariachismexican.com.br/

Telefone: 31 4111-0123

Entrada Franca

Fonte: Agenda BH

 

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Por Tiago Jamarino

 

Marco cultural dos filmes de super-heróis, Pantera Negra é emocionante, com cores deslumbrantes e sai do básico entregando linda mensagem!

 

Pantera Negra por si só, já é um marco cultural, tratasse do primeiro herói negro das histórias em quadrinhos. A estreia do herói é como coadjuvante em 1963, na (52.º) edição da revista da primeira família da Marvel, O Quarteto Fantástico. Soberano de um reino africano tecnologicamente chamada Wakanda e futuramente se tornando membro dos Vingadores. A Marvel desde seus primórdios já entendia sobre a necessidade de expressar sua diversidade cultural, mais que isso, sempre passando a necessidade sócia cultural de sua época.Pantera Negra veio para representar os movimentos que seguiam em sua época, nada mais justo que esta nova fase do Universo Cinematográfico Marvel desse a largada para esta representatividade. O filme é o mais diferente até agora do MCU, mas não nega suas raízes, mesmo não seguindo totalmente a fórmula, que em seu amago ainda tem muito dessa estrutura de um filme de ação. O que torna o filme do rei de Wakanda único é, a forte mensagem que o filme se preocupa em passar e por ter personagens extremamente carismáticos.

“Pantera Negra” acompanha T’Challa que, após os eventos de “Capitão América: Guerra Civil”, volta para casa para a isolada e tecnologicamente desenvolvida nação africana de Wakanda, para assumir seu lugar como Rei. Entretanto, quando um velho inimigo reaparece no radar, a fibra de T’Challa como Rei e Pantera Negra é testada quando ele é levado a um conflito que coloca o destino de Wakanda e do mundo todo em risco.

O 18.º filme do Marvel Studios novamente seria uma história de origem, mas como fazer uma história de origem sem seguir a receita de bolo usada em Homem de Ferro, Homem-Formiga e Doutor Estranho. A empresa das Maravilhas decidiu sair fora da caixinha começando a entregar gêneros diferentes, mesmo que em sua essência exista sua fórmula. Não é justo salientar que todos os seus filmes seguem a mesma premissa, temos um filme semelhante a franquia Bourne (Capitão America — Soldado Invernal), uma comédia espacial com Guardiões da Galáxia, mas para satisfação geral da nação, Pantera Negra navega em direção a novas terras. Deixando bem claro que o filme também contém a essência da fórmula, é um filme de ação, de efeitos especiais abundantes, mas  ao contrário de seus antecessores, Pantera Negra que ir além, entregando uma  ótima mensagem, principalmente falar sobre algo mais. Podemos ver muito mais da nossa cultura atual, sobre jogo de poder, intriga política e principalmente sobre ideologia.

A direção é do Ryan Coogler, dos ótimos, Fruitvale Station: A Última Parada (2013) e Creed: Nascido para Lutar (2015). É um diretor que já se provou no circuito, com belos dramas e com lutas corporais bem coreografadas, em Pantera Negra, vemos toda essa plasticidade para suas cenas de ações e porrodaria. A ação apresentada no filme é sensacional, mesmo que em algum ponto o CGI fica evidente, somos prestigiados com belas cenas, começando pela cena do cassino, nela, Coogler utiliza de um plano-sequência magistral. O diretor mostra uma plasticidade para filmar e transitar com sua câmera sempre em linha reta, é uma direção muito segura. De cenas de ação, como da cocheira, que é a briga pelo trono de Wakanda, com um planos aberto e fechado, ambos dinâmicos, para situar a luta entre os dois guerreiros outrora mostrar a nação observando o duelo.

A criação de mundos é simplesmente maravilhosa, é digna das aventuras espaciais da Marvel e todo poderio visual visto em Thor: Ragnarok. A começar por Wakanda, a cidade tecnológica, futurísticas e de cores sensacionais, não é a mais bela do MCU, mas tem um bom lugar de destaque. A fotografia é da vencedora do Oscar e bastante premiada Rachel Morrison, é o maior acerto que o filmes poderia ter, pois, temos algumas locações com destaques aqui, onde as paletas de cores dão mais um show visual, as cores quentes de Wakanda, com seu colorido e suas planícies africanas, as fortes cores da Coreia e principalmente o dourado luxuoso do Cassino. O CGI, tem seu peso corriqueiro em filmes dessa magnitude, em muitos momentos ele pesa, mas não estraga a diversão. O figurino também tem seu lugar ao sol, o preto com o roxo do Panteraexerce um contraste maravilhoso onde ele passa, assim como o visual do povo de Wakanda, misturando o colorido de roupas tribais africanas e com adereços tecnológicos. A trilha sonora composta pelo Ludwig Goransson e consultoria do Kendrick Lamar, também é um ponto alto, com uma enxurrada de hip-hop que em algumas cenas se tornam épicas.

O roteiro também escrito por Coogler e parceria com Joe Robert Cole, merece destaque, existe profundidade e uma necessidade de entregar algo a mais do que só a famigerada ação. As “piadinhas”, que são costumeiras em filmes da Marvel, não são totalmente utilizadas e nem escambadas  como vistas na última empreitada do filme do Thor, temos alivio cômico, mas o que é o interesse aqui é a trama política e o dilema vivido por esse povo. O interessante do roteiro em destacar a jornada de T’Chala para liderar seu povo, encontrando um opositor, o texto de Coogler e Cole não mostra absurdamente pontos de vista do bem e do mal, quem está certo aqui fica a critério do desenrolar da história. O rei T’Chala age impulsivamente e não escapa do julgo e nem suas ações são heroicas demais, ele erra e aprende. A história de contrapontos não poderia se sustentar sem um bom vilão, por mais, que em alguns momentos este vilão fique questionável sua qualidade a uma motivação plausível ali. O grande ponto do roteiro é realmente mostrar como os moradores de uma cidade tecnológica vivem em um certo conforto, enquanto seus vizinhos sofrem com a miséria, é um paralelo interessante com nossa sociedade atual, entre países de primeiro mundo e os chamados subdesenvolvidos.

O elenco dos sonhos é de dar inveja em qualquer produção que se prese, temos muitos talentos e nenhum coadjuvante é descartado pelo roteiro, pelo contrário a trama precisa deles para andar. Chadwick Bosemanfez sua estreia em Guerra Civil, já tivemos um vislumbre do potencial do ator, mas as dúvidas eram se o ator seguraria um filme sozinho, o resultado é, sim. Pelas suas experiências com o Barão Zemo e sua busca de vingança cega, T’Challa é um rei piedoso e convicto, mesmo isso sendo uma fraqueza. O ator tem presença e carisma como monarca, sua jornada para se tornar o rei e o herói é fantástica. Lupita Nyong’o e Danai Guriraestão incríveis, ambas com um bom tempo de tela, como guerreiras entregando cenas de ações fantásticas e dignas de aplausos. Martin Freeman não tem muito a dizer, entregando uma atuação bem regular mediante ao vasto elenco. A Letitia Wright como alivio cômico está muito bem, com um QI aproximadamente igual ao de Tony Stark, ela faz o papel do nerd que entrega todos os apetrechos a seu irmão mais velho T’Challa.

Ao falar dos vilões do filme, devemos reconhecer os devidos problemas enfrentados pela casa das ideias em estabelecer um bom vilão em seu universo cinematográfico. O grande mal da formulinha do gênero é usar vilões como escada para seus heróis, esses vilões são subdesenvolvidos e suas motivações são pífias, dignas de esquecimento total. Vilões da Marvel que conseguiram destaque são justamente da Netflix, Boca de Algodão, Fisk e Killgrave, o que ambos tem em comum é simples, tempo de tela para se desenvolverem e mostrarem ao que vieram. Isso não é visto em nenhum filme da Marvel até o momento, a missão de Pantera Negra é conseguir sair dessa escrita, mas ainda não chegou lá. Andy Serkis entrega um Ulysses Klaue bem perturbado, um terrorista impiedoso, mas entra nessa lista citada acima de vilão utilizado como escada para o herói, o personagem é um mero instrumento do roteiro. O vilão Killmonger vivido por Michael B. Jordan é interessante, possuindo várias camadas e uma trama mais densa, vive a oposição de T’Challa, o lado extremista, querendo colocar Wakanda como o centro do mundo. Sendo assim, ainda falta uma consistência maior para um bom vilão, mas B. Jordan se sai melhor que a encomenda.

Pantera Negra” é um bom fora da curva para os filmes de heróis, até mesmo da Marvel. O filme entrega um ótimo roteiro, tanto em sua história, seus costumes e ambientação da cultura africana. Com menos piadinhas, mas com um humor bem dosado, o filme de Coogler aposta no algo a mais para criar uma trama redonda e bem elaborada. O protagonista é forte, justo e impiedoso, assim como o resto do elenco, que mesmo tendo alguns menos aproveitados, ainda é o melhor visto no MCU. Antes de militar sobre representatividade é só ver o vídeo em que crianças de uma escola é sorteada para assistir ao filme, daí, podemos entender a importância que é esse filme para história do cinema e do gênero de super-herói.

 

4-Ótimo

 

 

 

FICHA TÉCNICA

 

  • DIREÇÃO

    • Ryan Coogler

    EQUIPE TÉCNICA

    Roteiro: Joe Robert Cole, Ryan Coogler

    Produção: David J. Grant, Kevin Feige

    Fotografia: Rachel Morrison

    Trilha Sonora: Ludwig Goransson

    Estúdio: Marvel Studios, Walt Disney Pictures

    Montador: Debbie Berman, Michael P. Shawver

    Distribuidora: Walt Disney Pictures

    ELENCO

    Alexis Rhee, Andy Serkis, Angela Bassett, Atandwa Kani, Bambadjan Bamba, Chadwick Boseman, Connie Chiume, Danai Gurira, Daniel Kaluuya, David S. Lee, Elizabeth Elkins, Florence Kasumba, Forest Whitaker, Francesca Faridany, Isaach De Bankolé, John Kani, Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Mark Ashworth, Martin Freeman, Michael B. Jordan, Nabiyah Be, Sasha Morfaw, Seth Carr, Shaunette Renée Wilson, Sope Aluko, Sterling K. Brown, Sydelle Noel, Tony Sears, Tunde Laleye, Winston Duke