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Por Auspicioso Acapela – Coletivo Parceiro Contramão HUB

_ Oi!

_ O que aconteceu?

_ Nada.

_ Como assim nada? São 3:40 da manhã!

_ O problema está aí.

_ Como assim? Do que você está falando?

_ Nada acontece, há tempos nada acontece.

_ Não estou entendendo, ontem mesmo você falou que “fez acontecer”.

_ O que eu fiz não teve consequências, logo, nada aconteceu.

_ Já tentou pegar um ônibus e seguir até o final dele, pra vê o que acontece?

_ A questão é que estou cansada de tentar, eu não consigo sozinha. Estava pensando em fazer aquela besteira.

_ Ainda é cedo! Tenta fazer outras besteiras. Podemos, sei lá viajar amanhã, o que acha?

_ Já pensei em várias outras coisas mas essa besteira não saí da minha cabeça. Não chora, vai ser melhor pra todo mundo.

_ Você não entende, eu quero você aqui!

_ Mesmo infeliz?

_ Seria muito egoísmo?

_ Sim.

_ E o que você quer fazer não? Seria pior, seria falta de gratidão, fiquei ao teu lado esse tempo todo.

_ Besteiras são egoístas, é o único momento em que pensamos só em nós mesmos.

_ Mas você é tão nova.

_ Imagina continuar até a velhice com nada acontecendo?

_ Se você já está decidida, porque me ligou?

_ Acho que queria ouvir sua voz.

_ E a Roberta?

_ Está dormindo!
_ Vai ser amanhã pela manhã?

_ Sim! Estou com medo, mas se não for agora, quando será?

_ A Roberta precisa de uma mãe!
_ Vou continuar sendo mãe dela.

_ Você sabe que você não terá mais tempo, que vai ter que deixá-la em uma creche com outras pessoas cuidando, não sabe?

_ É um preço a se pagar. Sei que não terei tempo para ajudar na sua educação e que provavelmente outras pessoas ensinaram tudo que batalhei para protegê-la.

_ Então, por que você irá fazer isso?

_ Porque não se pode viver de sonhos.

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Imagem: Reprodução/Google

Por Bruna Valentim

O movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam) surgiu em 2013 depois que um segurança caucasiano usou do seu poder como autoridade e seu armamento para assassinar um adolescente afro americano que estava hospedado no condomínio onde o guarda estava fazendo seu turno. O jovem estava caminhando, não carregava uma arma, não portava drogas, não tinha burlado a lei, não tinha feito nada de errado. O que aconteceu? Ele nasceu negro em uma sociedade racista, e por mais absurdo que seja, morreu exclusivamente por isso. Uma família perdeu seu filho, um garoto perdeu seu futuro e o segurança não perdeu nada, nem mesmo sua liberdade. É absurdo e digno de perplexidade, mas por vezes casos e casos similares passam em branco pelos olhos da população.

O crime supracitado ocorreu nos Estados Unidos, mas poderia muito bem ter acontecido no Brasil. Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa ou até mesmo aqui, em Belo Horizonte.

Pedro e Mateus são dois jovens com mais do que apenas os nomes bíblicos em comum. Os dois nasceram na capital de Minas Gerais, são estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e frequentam lugares parecidos. Pedro tem 21 anos e Mateus 25. Ambos são de classe média. Pedro canta rap e Mateus tem uma banda de reggae. Pedro faz direito, Mateus estuda gestão pública. Certamente têm conhecidos em comum e caso viessem a se conhecer provavelmente seriam amigos. Pedro é negro e Mateus é branco, e apesar de todas as similaridades que compartilham, no que se trata de experiências com a polícia as vivências divergem.

Pedro Nicácio conta que já foi abordado pela polícia algumas vezes, “Já aconteceram algumas situações. No nosso cotidiano percebemos que grande parte da polícia é racista. A gente sabe que a pessoa negra é mais visada, e muitas vezes sem nenhum motivo aparente é parada.”.

Segundo o jovem, ele já foi abordado em batalhas de rap, andando pela cidade, saindo de lanchonetes e afirma: “Em todas às vezes estava sem nada”.

Abordagem policial

“Em batalhas de rap, que é um lugar com o público majoritariamente negro, como as que acontecem no viaduto de Santa Tereza e em algumas praças, já presenciei revistas e abusos.”, relata Nicácio que completa, “Vejo nessas situações uma tentativa da polícia de calar a juventude negra. Nas abordagens eu me senti impotente, via jovens brancos do meu lado com roupas similares as minhas e eu fui o único revistado, se eu fosse branco não acredito que essas situações teriam acontecido”.

Mateus Senna por sua vez teve uma única experiência, mas nada violenta “Eu estava errado, estava fumando maconha e bebendo na rua com meus amigos e na verdade acho que nem iriam me revistar… só deram um susto na gente porque uns caras que estavam lá começaram a xingar a polícia e eu acabei sobrando nessa. Mas como eu não era punk como uns caras que estavam por perto, fiquei assustado e pedi para me liberarem, eles levaram os baseados e me deixaram ir. Mesmo com o desacato da galera não houve nenhuma violência que eu consiga me lembrar”.

O soldado Gil Júnior, de 32 anos, explica que a polícia é instruída a não fazer nenhuma distinção durante a realização do protocolo policial, mas reconhece a existência da violência e o despreparo de alguns colegas “O correto é que exista o mesmo procedimento para todos os suspeitos, mas sabemos que não é isso que acontece. Acredito que há policiais racistas que sujam a imagem da nossa instituição. Eles não deveriam estar exercendo a profissão e sinceramente espero que sejam a minoria”, desabafa Júnior.

De acordo com o soldado, o protocolo e treinamento é que eles devem parar na rua quem eles consideram suspeitos. “Segundo o caderno doutrinado, que é uma espécie de guia para o policial. Estranhamos coisas como blusa de frio (moletom, jaqueta de couro) no sol, alguém que parece dispensar algum material quando nos vê ou mudar de direção bruscamente. Se nos depararmos com alguma conduta criminosa vamos agir de acordo com a lei sempre, e isso deve ser feito independentemente da etnia do cidadão.”, esclarece o soldado.

O massoterapeuta Pedro Lucas, 24, em contrapartida acredita que a polícia existe exclusivamente para oprimir pessoas de cor e não se surpreende mais com as revistas policiais e os casos de racismo. “Nós somos as vítimas dessa sociedade que tenta nos calar o tempo todo, de maneira velada ou explicita. Sofremos sim opressão e não vejo sentido de a polícia existir se não fosse para proteger o poder do branco. Quando eu tinha mais ou menos quatorze anos entraram na minha casa em um bairro da periferia e quebraram tudo, reviraram a casa toda atrás de alguém que não morava lá, confundiram meu primo com um suspeito. Ficamos com medo. Minha avó estava chorando, bateram no meu pai, ficamos desesperados… parecia um filme de terror. Quando perceberam que meu primo não era bandido não pediram desculpas e ainda nos ameaçaram caso nós os denunciássemos e quem fala de ‘mimimi’ não sabe o que está falando, foi uma abordagem extremamente truculenta e que me traumatizou para sempre”, relembra Lucas que pondera, “Branco passa por revistas e ainda sim sem violência uma ou duas vezes na vida, para nós negros isso é rotina. Na Praça Sete policiais fazem diariamente uma

ronda e eu desafio você a ficar lá por algumas horas para ver quantos negros e brancos serão abordados” finaliza.

Histórias como essas de injustiça e desigualdade estão em todos os locais e na nossa capital não é diferente. Para a polícia muitas vezes ser pobre, ser negro, é um crime maior que estar portando entorpecentes. O título que Minas Gerais ostenta com orgulho, de melhor polícia militar do Brasil, é questionável se perguntarmos à população menos favorecida, à parcela sem privilégios que não mora na zona sul ou não segue o padrão estético eurocêntrico. A violência policial é um problema ao redor do Brasil e o genocídio de jovens negros é extremamente preocupante. Segundo a edição de 2014 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, entre 2009 e 2014 as polícias brasileiras –civil e militar- mataram tanto quanto a americana trinta anos.

De acordo com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre o Assassinato de Jovens divulgada em junho de dois mil e dezesseis, todo ano 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados. São 63 por dia. Um a cada 23 minutos. Em 2017 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em uma pesquisa com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que taxa de jovens negros assassinados no Brasil 2015 é duas vezes maior que a taxa de jovens brancos assassinados no mesmo período. É evidente que “All Lives Matter” (todas as vidas importam), mas são as vidas negras que estão sendo exterminadas e precisamos não apenas falar, mas mudar isso com urgência.

Foto por Henrique Faria

Por Henrique Faria

Os artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde, deram novos ares para a Praça da Liberdade na semana do Dias das Crianças com a exposição Jardins Móveis. ‘Esculturas-bichos’ foram instaladas fora das paredes do Memorial Minas Gerais Vale, os artistas expandiram os jardins do museu para a praça que abriga as obras até amanhã, Dia das Crianças.

Foto por Henrique Faria

A exposição, que conta com objetos de cores chamativas e tamanhos diferenciados é um ótimo atrativo para as crianças que passam diariamente pela área.

Com a ideia de misturar arte e natureza os artistas utilizaram de animais infláveis (balões e boias), comercializados nos mercados populares para montar as esculturas. Os animais integram a paisagem da praça e chamam a atenção dos pedestres que passavam pelo local.

Foto por Henrique Faria

O público gostou da ideia de a exposição estar do lado de fora do museu. O professor de português e intérprete de libras, Bruno Amaral, 27, diz que é a ideia é sensacional, pois várias pessoas ainda possuem um bloqueio ao se tratar destes espaços. “Trazer isso para fora, é o mesmo que buscar para dentro. Liberta a imaginação e a vontade de conhecer”.

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Por Débora Gomes – . as cores dela . – Parceira Contramão HUB

enquanto eu não te esqueço, eu planto lavandas no jardim pra que façam companhia pros meus girassóis no próximo outono. e também pra que me passe o tempo sem que eu perceba, o entanto em que espero.

enquanto não esqueço, ‘j’apprends à parler français’, tomo chá antes de dormir, escrevo poemas quando amanhece, desenho às terças-feiras, e faço ioga às quintas pra equilibrar os chakras.

enquanto não te esqueço, eu acordo cedo aos domingos, só pra ter mais tempo pra esquecer. e frequento poucos bares, saio pouco pelas ruas, quase não atendo ao telefone, omito notícias pra ninguém me encontrar.

enquanto não esqueço, parei de colecionar cartões postais, cadernos de anotações e canções em tom maior. parei de sorrir em público também. e de escrever sobre você a cada esquina.

enquanto não te esqueço, penso em ir embora uma porção de vezes: pro sul, pro Amapá, pra Paris. qualquer lugar em que fosse mais fácil esquecer e pra onde você não pudesse chegar, nem em pensamento..

enquanto não esqueço, descubro que você nunca se lembrou. leio poemas que dizem que o amor, assim como os retratos deixados no fundo da gaveta, desbota e amarela.

guardo você no coração. tranco e jogo fora as sete chaves. dessa vez cê não sai. e eu te esqueço, antes do último pôr de sol…

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Por Rúbia Cely

No Brasil mais de 20% da sociedade têm algum tipo de deficiência, ou seja, uma média de 45 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). E foi pensando em tamanha demanda que a Conade foi criada, inserindo assim, esse grupo em partes dos processos que definem os planejamentos e as políticas voltadas para esse coletivo.

Datas como 21 de setembro, Dia da Luta Nacional da Pessoa com Deficiência, 11 outubro, Dia do Deficiente Físico e também 3 de dezembro, Dia Internacional do Portador de Deficiência, servem não só para conscientizar a população de que a participação desse coletivo em todas as atividades do cotidiano, não é favor, é um direito, mas reafirma também a necessidade de ações que permitam acessibilidade à essas pessoas e também que conheçam seus direitos.

Arthur Figueiredo Ramos, 18, deficiente auditivo, explica que grande parte das dificuldades que enfrenta no cotidiano é a socialização. Nas ruas e até dentro da própria sala de aula, o sentimento é de exclusão, confessa o jovem. “Meus colegas de sala também não me incluem nas atividades deles porque não sabem lidar com o fato de eu ser surdo. Mas eu sou um surdo oralizado e sinto que eles podiam tentar me entender, conversar comigo”, expressa.

Já Melina Cattoni, 20 anos, deficiente física por hemiparesia, afirma não ter problemas quando o assunto é interação com a sociedade e é enfática ao dizer que sempre teve ao seu lado pessoas que compreendem e a tratam normalmente. “Os colegas de sala até brincavam, porque às vezes a troca de sala era ruim e ficar em ‘tal’ andar era melhor que outro, aí acabava que eu tinha uma parcela na decisão. Sempre foi muito tranquilo. Mas, claro os primeiros dias em uma escola nova ou até mesmo na faculdade dá um frio na barriga, por que você não conhece ninguém e todo mundo olha com curiosidade, uma curiosidade que vai além de ser novata.”, comenta.

 

Arthur explica que quando sai com alguns amigos, também deficientes auditivos, acaba tendo que se preocupar com eles, por parecerem estar despreparados para lidar com os riscos e as sinalizações. “Quanto a mobilidade urbana eu não tenho problema para andar na rua sozinho porque observo muito os sinais, olho para os lados. Mas eu tive uma mãe que se preocupou em me ensinar a andar na rua sozinho.”, esclarece.

A internet vem tomando providências para tentar incluir quem possui algum tipo de deficiência, seja por meio de plataformas ou até mesmo com o uso das hashtags. Um bom exemplo foi e ainda é o uso da #PraCegoVer, uma iniciativa que se ergueu no facebook e que é usado, principalmente por instituições, para possibilitar que deficientes visuais tomem conhecimento do que circula na web.

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Foto Divulgação

Por Ana Paula Tinoco

Quando a adaptação para o cinema do livro de Isaac Marion, Sangue Quente (Warm Bodies) foi anunciada em 2011, ganhando o título no Brasil de Meu Namorado é um zumbi, foi possível ver fãs em fóruns torcendo o nariz para a produção, inclusive quem vos escreve essas linhas. Provavelmente, a maior causa desse desconforto tenha sido o mergulho que demos em um cenário improvável de vampiros que brilham, não bebem sangue e lobisomens desnudos e sem pelos, da grotesca adaptação da obra de Stephenie Meyer, a “Saga Crepúsculo”.

Sem data de lançamento prevista, muitos se sentiram aliviados e o que se podia ouvir era o ecoar de “talvez eles tenham desistido. ”, porém 2013 chegou e em 8 de fevereiro o filme estreou. Faltando quatro dias para o dia dos namorados, nos Estados Unidos a data é comemorada em 12 desse mesmo mês, o longa foi sucesso de bilheteria. E o que muitos acreditavam ser o início de mais um esfolamento de personagens clássicos, na verdade trouxe um frescor.

Para aqueles que não se lembram, no ano em que foi lançando, a criação de George A. Romero havia se tornado rentável novamente. Tomando conta de nossas TVs com adaptações de HQs (The Walking Dead estava em seu terceiro ano), jogos (Resident Evil: Revelations) e livrarias (Guerra Mundial Z), os zumbis, para onde quer que olhássemos, estavam lá.

O cenário é o de sempre, um mundo pós-apocalíptico em que os humanos estão quase extintos, um grupo de sobreviventes que tenta constantemente voltar para casa inteiro e com suprimentos e um líder para manter a ordem, cuidando para que os zumbis não vençam a batalha em que cérebros estão em jogo. Contando a sinopse, você pode dizer, “Mas eu já vi isso antes! ”, é aí que começa a diversão, lembra do frescor que mencionei no segundo parágrafo? Pois bem, vamos falar dele agora.

O romance/ comédia escrito e dirigido por Jonathan Levine não implora para ser levado a sério, pelo contrário, ele brinca com seu cenário inóspito a todo momento. Desde a primeira cena, quando conhecemos R (Nicholas Hoult) percebemos que o que o diretor quis foi mostrar algo diferente daquilo ao qual já estávamos habituados, afinal os zumbis apresentados no clássico “A Noite dos Mortos-Vivos” de Romero passaram por várias mudanças ao longo dos anos.

Voltando a R, ele é o personagem principal de toda a história. Narrando seu dia-a-dia, somos introduzidos ao seu cotidiano e de seus amigos, a cena inicial em que R apresenta seus vizinhos é cômica e ao mesmo tempo trágica, pois como ele mesmo diz, “Ser um morto-vivo não é tão excitante assim.”. E a medida em que vamos conhecendo seus amigos, aqueles que dividem um aeroporto com ele, e seu parceiro no crime e melhor amigo o zumbi M (Rob Corddy), em uma passagem hilária, percebemos que há muito de diferente por vir.

Sua rotina é tediosa, ele divide seus dias em trocar grunhidos com seu amigo M, ver seus colegas apodrecerem e ir e voltar da cidade quando está com fome. No entanto, ele vê sua vida mudar quando em uma dessas idas e vindas ele se depara com um grupo do qual Julia Grigio (Teresa Palmer) faz parte e após devorar o cérebro de Perry Kelvin (Dave Franco) namorado de Julia, ele se conecta e acaba a salvando de ser devorada por sua horda. O que pode até soar estranho aqui, é apenas a abertura para o que há por vir.

Foto Divulgação

A partir desse momento nos aprofundamos mais na personalidade de R, ao conhecermos sua moradia, em uma cena que mais parece um episódio da série “Acumuladores” do canal Discovery Home & Health, percebemos que ele não é um zumbi comum. E entre fugas e salvamentos vemos um romance nascer, mas à medida que ele vai sendo introduzido percebemos que ele está ali apenas para dar leveza ao filme, pois é neste momento que o longa perde um pouco a veia cômica e mergulha na realidade em que vivemos de que o medo do desconhecido é o que nos torna presos à estereótipos e de forma branda e consciente Levine dá espaço a discussão sobre como partimos de pré-conceitos para julgarmos o próximo. E que diferentes podem sim coexistir.

Enfim, o filme que veio despretensioso não causou desconforto nos mais fervorosos fãs dos comedores de cérebro. E se ainda não arriscou, o risco vale a pena, mas apenas se você possuir uma mente aberta.

No elenco de Meu Namorado é um Zumbi ainda estão o ótimo John Malkovich e Analeigh Tipton.